Segundo declarou o Departamento de Justiça, o pagamento inclui 499 milhões de dólares mais juros de cerca de 16 milhões de dólares. A Bristol-Myers entrou também num acordo de integridade corporativa de cinco anos, que requer que a companhia mantenha programas de conformidade para monitorar as práticas de negócio.
A investigação norte-americana envolveu actividades relativas à atribuição de preços e de promoção de mais de 50 medicamentos, incluindo 13 fármacos com vendas combinadas de 10,7 mil milhões de dólares, no ano passado, o que corresponde a 69 por cento dos lucros farmacêuticos da Bristol-Myers em 2007. Entre estes encontram-se os fármacos mais vendidos da companhia: o anticoagulante Plavix, o antipsicótico Abilify, o Pravachol para o colesterol e a terapia para o cancro Taxol.
O governo americano acusou ainda a Bristol-Myers de promover o antipsicótico Abilify para utilização em crianças, e como terapia para a demência, duas indicações não aprovadas pela entidade reguladora dos medicamentos. A companhia direccionou a força de vendas para visitar psiquiatras infantis, de modo a promover o fármaco para o uso em crianças, e em casas de repouso para promovê-lo para pacientes idosos, indicou o Departamento de Justiça.
A Bristol-Myers também inflacionou os preços de uma ampla variedade de fármacos para o cancro, tendo ainda recebido pagamentos do governo mais elevados do que devia pelo antidepressivo Serzone.
Isabel Marques
Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg