terça-feira, 5 de junho de 2007

A SIDA aumenta entre as chinesas

A infecção HIV/SIDA atinge cerca de 30%, no total de chineses que sofrem desta doença, quando no inicio da década a percentagem era de apenas 20%, segundo dados oficiais, citados pela Imprensa da China.
O vice-ministro da Saúde chinês, Wang Longde, disse em conferência de imprensa, que em 2006, a proporção entre casos de contágio aumentou de dois para um, em homens e mulheres, este contágio é na maior parte, por via sexual.
Até Abril de 2007, as autoridades de saúde contaram 203.527 casos, mais 20.000 do que a 31 de Outubro de 2006.
Segundo o governo chinês existem cerca de 650.000 casos, mas as autoridades não-governamentais contestam o número, já que as consultas são demasiado caras (38 euros) e muitos doentes não as podem pagar.
A falta de informação sobre o vírus e doenças sexualmente transmissíveis são uma das grandes causas de transmissão do vírus nas áreas rurais da China onde os rendimentos são muito baixos, em relação a outras zonas do país e onde mora cerca de 80% da população

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital

Bebés mais seguros em Torres Vedras

O Centro Hospitalar de Torres Vedras começa hoje a utilizar um novo de sistema de vigilância e segurança em bebés, através de uma pulseira electrónica, para assim prevenir raptos, como aconteceu no Hospital Padre Américo, em Penafiel.
Ao colocar a pulseira, seja no pé ou no pulso da criança, este poderá ser localizada, em qualquer local da maternidade ou da pediatria, e tudo é visto e monitorizado em tempo real.
O sistema da pulseira emite alarmes, sempre que alguém tente, de alguma forma tirar a pulseira ou então quando a própria pulseira deixe de emitir algum tipo de sinal, ao afastar-se da maternidade ou pediatria.
Durante a apresentação deste novo método, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar, José Mateus, revelou à Comunicação Social, que “Embora nunca tenha existido no hospital nenhuma tentativa de rapto de crianças, pensamos que este tipo de sistema é muito importante para gerar a confiança dos pais e também dos profissionais de saúde”
O hospial tem cerca de 60 pulseiras, e estas são desactivadas quando o bebé deixa o centro hospitalar. Este sistema permite ainda, a criação de uma base de dados de identificação com a mãe


Fonte: Diário Digital

Juliana PEreira

VI Congresso Português de Psico-Oncologia



Entre os dias 15 e 16 de Junho de 2007 irá realizar-se o "VI Congresso Português de Psico-Oncologia", em Coimbra.
O congresso contará com a participação da Dra. Maggie Watson,psicóloga e investigadora no Royal Marsden Hospital de Londres, para proferir a conferência inaugural "Does Psychological Response Affects Survival; Evidence and Mechanisms?".
A Dra.Maggie Watson orientará também o IX Curso Intensivo de Psico-Oncologia,que a academia realizará entre 13 e 14 de Junho.

Para mais informações pode visitar o site http://appo.pt,onde poderá fazer o download completo do programa.

Sandra Cunha
Fonte:www.roche.pt e http://appo.pt

DGS alerta para perigos das ondas de calor

Nos últimos 70 anos, o Verão de 2006 foi o quinto verão mais quente. Segundo um relatório apresentado pela Agência Europeia do Ambiente, a temperatura média no continente europeu tem tendência a aumentar.

Em 2003 verificaram-se os picos mais altos de temperatura desde 1931 e a mortalidade observou um aumento em relação aos outros anos em cerca de um milhar de óbitos, sendo a maior percentagem referente a idosos e crianças.

Dada a sua localização geográfica, a Europa é um dos continentes mais afectados pelo aquecimento global, com especial destaque para os países do sul.
Nos próximos 50 anos prevê-se que em Portugal em 20% dos dias a temperatura atinja valores superiores a 35ºC (Climate Change in Portugal. Scenarios, Impacts and Adaptation Measures – SIAM).

Como tal, o Ministério da Saúde colocou em prática o Plano de Contingência para as Ondas de Calor” (PCOC), em vigor desde 2004, que visa preparar as estruturas de saúde para gerir o risco de saúde das populações face as ondas de calor.
O PCOC consiste numa estratégia de prevenção que implica uma articulação entre diversos parceiros, incluindo as populações, para protecção da saúde pública.

Sob a coordenação das ARS/CRSP (Administração Regional de Saúde/ Centro Regional de Saúde Pública), os Grupos de Trabalho Regionais (GTR) deverão efectuar todos os dias uma avaliação do risco e definir qual é o respectivo nível de alerta e as medidas preventivas a tomar. Existem três níveis de alerta, consoante a gravidade: verde, amarelo e vermelho.
Posteriormente fica à responsabilidade dos GTR informar os Centros de Saúde, Hospitais, Governos Civis, o Instituto de Segurança Social e as autarquias do distrito qual o alerta do dia.

O PCOC está em funcionamento entre 15 de Maio e 30 de Setembro, por ser a época durante a qual a temperatura atinge valores mais elevados.

Durante este período a DGS salienta quais os maiores cuidados a ter, como evitar longas exposições ao Sol por muitos dias consecutivos, de modo a evitar problemas como a desidratação, esgotamentos ou golpes de calor que podem provocar graves lesões na pele ou levar à morte.

As elevadas temperaturas que se têm verificado nos últimos anos e as chuvas fortes que tiveram lugar nos meses de Outubro e Novembro do ano passado demonstram que Portugal é um dos países europeus afectado pelos chamados “fenómenos climáticos extremos”, que podem dar origem a uma desertificação do terreno e aumentar o risco de incêndio.


Fonte: Ministério da Saúde, Agência Europeia do Ambiente, Instituto de Meteorologia

Medicamentos: reacções adversas não quantificadas

As reacções adversas devido à utilização de medicamentos podem ter como consequência a hospitalização, incapacidade permanente e, até mesmo, a morte. Em Portugal, a morbilidade e mortalidade associadas aos fármacos não está quantificada. O alerta é de Tice Macedo, docente da Faculdade de Medicina de Coimbra.

A morbilidade e mortalidade determinada pelas Reacções Adversas a Medicamentos (RAM) são um problema maior de saúde pública.
“Nos EUA, as RAM’s estão entre a quarta e sexta causa de morte. Na França, Reino Unido e Noruega representam mais de 10% das causas de internamento hospitalar mas, no nosso País, os casos não estão quantificados”, advertiu uma docente de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).
Segundo Tice Macedo, “este é um problema comum mas, passível de ser prevenido”, informando que “são várias as fontes de dados em farmacovigilância.”
A docente considera que “os sistemas de notificação espontânea são de um valor inestimável enquanto sistemas de alerta, através dos quais efeitos adversos inesperados podem ser rapidamente identificados”, porém, lamentou que a sua principal limitação seja a potencial subnotificação: “Um dos mais graves problemas do Sistema Nacional de Farmacovigilância é o da elevada taxa de subnotificação e, a nível da União Europeia, Portugal é um dos países com mais baixa taxa de notificação”, denunciou Tice Macedo.
Na opinião da especialista em farmacologia, “apesar de os profissionais de saúde compreenderem que nenhum medicamento é completamente seguro, poucos estarão conscientes do impacto global das reacções adversas medicamentosas nos serviços de saúde”, defendendo, por isso, a necessidade de “assegurar que os problemas emergentes são prontamente reconhecidos” e de “encontrar formas de incentivo para aumentar o número de notificações espontâneas.”
Neste sentido, a docente da FMUC reforçou que “a instituição de sistemas de farmacovigilância assume especial relevância em termos de protecção da saúde pública e requer a adequada participação de todos os intervenientes — doentes, profissionais de saúde, investigadores, universidades, indústria farmacêutica, governos, organizações internacionais e comunicação social.”
Tice Macedo explicou que “a etapa do ciclo de vida do medicamento, designada por utilização dos medicamentos, tem duas componentes: os serviços relacionados com o ‘processo’ de utilização dos medicamentos e os serviços relacionados com os ‘resultados clínicos’ desta utilização”, concretizando que “muitas vezes os resultados esperados não são os alcançados, o que provoca morbi-mortalidade associada ao uso dos medicamentos.”
A professora esclareceu também que “está demonstrado que os resultados clínicos negativos da utilização dos fármacos podem ocorrer quando o processo de utilização é correcto” e, por isso, destacou “a responsabilidade acrescida do farmacêutico na identificação, prevenção e resolução dos Resultados Negativos da Medicação (RNM), o que pode ser feito através da prática profissional do Seguimento Farmacoterapêutico.”

Prevenção de RAM
Neste sentido, Tice Macedo adiantou alguns pontos fundamentais para a prevenção de RAM: “A alergia e a idiossincrasia são causas importantes das reacções adversas – perguntar sempre se houve reacções anteriores; perguntar se está a tomar outros medicamentos (preparados de plantas medicinais ou complemento) pois há risco de interacções possíveis; avisar sempre o doente se há probabilidade de ocorrer uma reacção greve; a idade, as doenças hepáticas ou renais podem alterar o metabolismo e a eliminação – reduzir a dose; tomar o menor número possível de medicamentos.”
“Um medicamento só é usado com segurança ao fim de uma geração”, concluiu.

Raquel Pacheco
Fonte: Prof.ª Tice Macedo/FMUC (Reportagem – Parte I)

XXVII Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva

Vai ter lugar, o XXVII Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva, no Tivoli Marinotel, em Vilamoura, a partir de amanhã, até dia 9 de Junho, a principal reunião dos Gastrenterologistas portugueses.

De acordo com Carlos Sofia, presidente do Congresso, «a Comissão Organizadora preocupou-se, desde a primeira hora, na elaboração de um programa científico que, no essencial, tivesse como guia dois objectivos genéricos: por um lado, um intuito de desenvolver o que está em destaque ou o que se perspectiva de avanços e de progresso; por outro, um propósito avaliador crítico da aplicabilidade da matéria de alguns dos temas à realidade portuguesa.»

Nuno Oliveira Jorge

Fonte: Jasfarma

E assim nasce um medicamento…

Toda a vida do medicamento, desde a génese da investigação e ensaios, até à autorização de introdução no mercado; da decisão de comparticipação, até ao preço, é fortemente regulamentada. O período de “gestação” medeia os doze anos e o investimento ronda os 900 milhões de euros. A farmacêutica produz, o Governo dita o preço.

Muitos desconhecem o longo percurso e a trama legislativa de um fármaco até chegar à fase de comercialização.
“A descoberta de novos medicamentos é regida por princípios rigorosos de organização e planeamento da metodologia de investigação, que abrange a descoberta, modificação, avaliação e patenteamento de novos compostos químicos e orgânicos”, esclareceu Fontes Ribeiro, do Instituto de Farmacologia e Terapêutica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Segundo informou o docente, “o desenvolvimento de uma nova molécula contempla, na primeira fase, a sua avaliação exaustiva através de testes laboratoriais «in vitro» e em animais (chamados de ensaios não clínicos)”, acrescentando que “na ausência de evidências de potencial toxicidade, segue-se a fase de experiência em humanos.”
“First in Man” é então, segundo Fontes Ribeiro, o nome segunda fase “que já pressupõe a condução de ensaios clínicos, que passam pelas clássicas fases (I a IV): “Primeiro a substância é usada em humanos saudáveis (fase I), depois em voluntários com a doença a que o medicamento se destina (fase II) e, por fim, aplicada a uma amostra de três a quatro mil doentes (fase III). Quando o medicamento já está à venda (fase IV) podem ser feitas investigações para descobrir outras indicações”, explicou.
Em Portugal, a grande maioria dos ensaios clínicos são promovidos pela Indústria Farmacêutica e estão enquadrados nos planos de desenvolvimento globais de Novos Medicamentos. Estes ensaios, pelo número de doentes que envolvem, são habitualmente internacionais e multicêntricos, isto é, “são ensaios nos quais são utilizados protocolos de investigação idênticos em vários locais ou centros de ensaio”, clarificou o especialista.
Segundo Fontes Ribeiro, “50 a 70% dos produtos testados na Fase I não resultam, sendo que, da Fase II para a III passam apenas 1/3 dos produtos e desta, para a última fase (já no mercado), passam 25%.”
O professor ressalvou que, na última fase (IV) “é natural que espoletem casos negativos em alguns utentes, uma vez que, os doentes que participaram no estudo estiveram num ambiente muito controlado e só consumiam o fármaco em questão.”
No que concerne à formação do preço, esta é uma competência fixada pelo Governo.
Recorde-se que, o Ministério da Saúde vai alterar até ao final do ano o modelo de atribuição do preço dos medicamentos, que considera "complicado", e reduzir o custo de todos os medicamentos actualmente comparticipados a partir de Setembro.
A definição do preço dos medicamentos que se estreiam no mercado português é actualmente feita tendo em conta o seu preço mais baixo em três países considerados de referência para o mercado nacional, a Espanha, a França e a Itália.
Caso o medicamento em causa seja lançado primeiro em Portugal, é-lhe atribuído um preço provisório, que deve ir baixando até alcançar um valor idêntico ao custo desse medicamento nos países de referência.


Raquel Pacheco
Fonte: Prof. Fontes Ribeiro/FMUC (Reportagem – parte II)

Ensaios clínicos online

A Federação Internacional da Indústria Farmacêutica e a IBM lançaram um portal na Internet, através do qual é possível aceder aos ensaios clínicos que estão a ser feitos em todo o mundo.
O novo site – www.ifpma.org/clinicaltrials com informação disponível em cinco línguas (inglês, alemão, francês, espanhol e japonês), dá a conhecer a médicos, doentes e ao público em geral, o esforço de investigação da indústria farmacêutica, à escala global. O principal objectivo dos mentores é o de promover e melhorar a transparência dos dados biomédicos, disponibilizando-os numa plataforma comum. O portal está dotado de um motor de busca, através do qual se pode ter acesso aos ensaios que ainda estão a decorrer, ou que já terminaram. Para ter acesso à informação não é necessário o recurso a termos médicos ou técnicos, uma vez que a linguagem foi simplificada para democratizar o acesso.

Raquel Pacheco
Fonte: British Medical Journal (Reportagem – Parte III)

UCB e APDI criam comunidade online para doentes de Crohn

“Eu e Crohn”, uma comunidade online para doentes portugueses, é a mais recente iniciativa da biofarmacêutica UCB Pharma, apoiada pela Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI) que será apresentada na quinta-feira (7 de Junho), no Congresso Nacional de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva que se realiza em Vilamoura.

Um dos principais objectivos desta acção passa por sensibilizar para as Doenças Inflamatórias do Intestino (DII), onde se incluem a Doença de Crohn e a colite ulcerosa, e fornecer informações a doentes, familiares e curiosos. No site www.euecrohn.pt, construído integralmente em português, podem encontrar-se as respostas para muitas das questões sobre estas patologias ou o tratamento aplicado. Há ainda testemunhos e descrições acerca do dia-a-dia dos doentes.

A construção do site nasce através da política de responsabilidade da UCB e pretende também ser um ponto de troca de experiências entre esta comunidade de doentes. Uma das responsabilidades assumidas pelo “Eu e Crohn” reside na transmissão de incentivos para que os doentes encarem de forma positiva os condicionalismos da doença e consigam aproveitar a vida da melhor maneira. Nesse sentido está também disponível uma opção que permite a criação de um “Diário de Crohn” onde cada doente pode registar os seus sintomas de forma a acompanhar as evoluções da doença e poder, posteriormente, partilhá-las com o médico.

Apesar de poder desenvolver-se em qualquer idade, as doenças inflamatórias do intestino têm uma maior incidência nos jovens. Trinta por cento das pessoas com DII tem entre 10 e 19 anos, sendo que a média de idade para diagnóstico é de 27 anos. Só na Europa, mais de um milhão de pessoas são afectadas pela doença de Crohn e pela colite ulcerosa.

Nos doentes de Crohn, o sistema imunitário ataca as células saudáveis do tracto intestinal, causando inflamação constante. Entre os principais sintomas estão a diarreia, dores abdominais, perda de apetite e de peso e febre. Em casos mais raros podem também manifestar-se inflamações das articulações, da pele e do branco dos olhos.

Marta Bilro

Fonte: Jasfarma, www.euecrohn.pt

Associação SOS Hepatites defende criação de uma baixa médica especial

A Associação SOS Hepatites defendeu hoje, a criação de uma baixa médica especial para os doentes com hepatite B e C em tratamento.
O objectivo é que estes possam trabalhar em horário reduzido não tendo assim que, ficar em casa o dia inteiro o que pode levar à depressão, como explicou a Emília Rodrigues, responsável desta associação, á agência Lusa "Um doente em tratamento não consegue trabalhar a tempo inteiro, mas 24 horas em casa contribuem para a depressão".
A responsável defende ainda que,"A empresa ou serviço pagaria metade do salário e a Segurança social outra metade".
Isto implicará um esforço adicional pela parte do governo e a associação está a lançar uma petição para entregar ao Parlamento, que conta desde já com 1.500 assinaturas.Faltam pelo menos mais 6.000 assinaturas para cumprir o objectivo "Gostaríamos de ter 7.500 assinaturas para pôr os nossos deputados a falar das hepatites"confessou a responsável.
A petição pretende assim resolver outros problemas e injustiças.
Segundo a agência Lusa, a SOS Hepatites pretende também que os portadores de hepatite B e C tenham acesso a um seguro de vida exigido pelo banco quando pretendem comprar casa, algo que não acontece actualmente.
Uma das soluções passaria pelo aumento do preço do seguro.
Estima-se que existe em Portugal 300 mil infectados com hepatite B e outras 150 mil têm a variante C.
A Heptite B transmite-se através do sangue e das relações sexuais desprotegidas e manifesta-se através da diarreias ou olhos amarelados.O Hepatite C, transmite-se igualmente através do sangue.Toxicodependentes, reclusos e ex-reclusos,pessoas submetidas a transfusões de sangue antes de 1992 e os ex-combatentes são os grupos de risco.
Todavia, a Hepetite C não se manifesta e o cansaço é o seu único sintoma.
O rastreio das doenças consegue-se através de uma análise especifica ao sangue.
A SOS Hepatites vai lançar hoje dois livros, um sobre a hepatite B e outro sobre a C,que serão distribuídos nas escolas,câmaras municipais, prisões e aos doentes que recorrerem à associação.
A ideia é de alertar para os perigos da doença e a importância do rastreio.

Sandra Cunha

Fonte:Agência Lusa

PJ investiga falsificação de receitas no Funchal

Vários médicos, um armazenista e uma farmácia estão a ser investigados pelo departamento da Polícia Judiciária (PJ) do Funchal sob suspeitas de envolvimento numa alegada fraude por falsificação de receitas médicas. De acordo com o Jornal da Madeira, que cita um jornal da região, o processo encontra-se em segredo de justiça. O coordenador da PJ no Funchal, Carlos Farinha, não confirmou a existência de qualquer investigação por falsificação de receitas médicas e a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais está a aguardar os desenvolvimentos do caso.

A organização do sistema da alegada falsificação tinha início no armazenista que cortava as vinhetas de medicamentos cujos prazos teriam expirado, antes de serem enviados para a Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra. Posteriormente as vinhetas recolhidas eram enviadas aos médicos que as colocavam no receituário. Depois de entregues na farmácia, com a conivência de familiares ou amigos, as mesmas eram remetidas à Segurança Social que restituía à farmácia as respectivas comparticipações do Estado.

Em declarações à Antena1, o presidente da delegação regional da Madeira da Ordem dos Farmacêuticos, Paulo Sousa, confirmou a existência de uma investigação em curso, porém não adiantou quaisquer pormenores. “A única coisa que se confirma é que houve uma rusga policial e tanto quanto eu sei isto está em segredo de Justiça, pelo que é totalmente prematuro tirar ilações desta matéria. De qualquer forma o que lá está escrito é de uma grande gravidade, a confirmar-se”, afirmou o responsável.

O presidente da Ordem dos Médicos na Madeira, França Gomes, preferiu abster-se de comentar o assunto uma vez que ultrapassa as suas competências, ainda assim disponibilizou-se para cooperar. “Isto é uma investigação policial, quando vierem perguntar algumas coisas, então vamos estar prontos para responder”, asseverou.

Marta Bilro

Fonte: Jornal da Madeira

Vacina contra a tuberculose latente


A infecção da tuberculose latente poderá ter, já para 2012, uma vacina que será possível administrar a um terço da população mundial.
Prevê-se que inicialmente seja administrada a pessoas com maior risco, como o caso dos seropositivos, referiu Pere-Joan Cardona, responsável pela investigação. De acordo com este investigador, a vacina será bastante mais eficaz do que o anterior tratamento (um antibiótico), uma vez que pode ser reduzido a um mês, estimulando a imunidade.
A primeira fase de experimentação desta vacina está a decorrer no Hospital Germans Trias i Pujol de Badalona, em Barcelona, e conta com a participação de 24 voluntários saudáveis, que se irão submeter a tratamento durante um ano. Na segunda fase, se os testes forem positivos, a eficácia da vacina será testada em 72 voluntários infectados com tuberculose.A terceira e última fase, umas das mais importantes, pois permitirá avançar com o pedido de comercialização da vacina, será feita num país subsariano, com cerca de três mil pessoas.
Conforme a agência Lusa notícia, o desenvolvimento da RUTI (nome da vacina) é um marco mundial porque, até agora não existia nenhuma vacina que tratasse esta infecção. O único tratamento existente era o antibiótico que devido à sua toxicidade, não era administrado em alguns pacientes.


Liliana Duarte


Fontes: Jornal de Notícias, Ciência Hoje, Jornal Digital e Lusa

ABRAÇO organiza «Marcha Cívica», em Lisboa

A Associação ABRAÇO comemora o seu 15º Aniversário no próximo dia 9 de Junho uma Marcha Cívica que terá início às 16 horas na Praça do Marquês de Pombal, seguindo-se de um desfile na Avenida da Liberdade e encerrando com um espectáculo na Praça da Figueira. Sob o tema «Abraçar em Português».

O objectivo será para sensibilizar toda a comunidade para a temática do VIH/SIDA ao nível da prevenção.

Nuno Oliveira Jorge

Ministério da Saúde cria site dedicado à Presidência Portuguesa da UE em versão bilingue

O Grupo de Projecto da Saúde para a Presidência Portuguesa da UE, coordenado por José Pereira Miguel, lançou, por isso, um site, com muita informação útil disponível em Português e Inglês.

Na preparação da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) ganham dinamismo à medida que o dia 1 de Julho se aproxima.

Este link: http://www.eu2007.min-saude.pt/ incluí:
Programa da Saúde; Iniciativas técnicas; Eventos; Notícias; Documentos e Newsletter

Nuno Oliveira Jorge

Fonte Ministério da Saúde

Gezmar tem resultados positivos no tratamento do cancro da mama

A Lilly Oncology, uma divisão da Eli Lilly and Company, deu a conhecer um estudo que avalia a actuação do Gemzar (R) (gemcitabina HC1 injectável) em conjunto com o paclitaxel (Taxol R) no tratamento de primeira linha e pós-cirúrgico do cancro de mama metastático. As conclusões apresentadas durante o 43º Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla inglesa) prometem resultados animadores no tratamento pré-cirúrgico do cancro da mama.

Para os pacientes com cancro da mama no estágio II e III, a administração de Gezmar em conjunto com o tratamento habitual revelou resultados promissores. Para além disso, a farmacêutica anunciou que os testes para o estágio III estão bem encaminhados e que a substancia será avaliada como uma base quimioterapeutica para o tratamento do cancro da mama em fase inicial. Os dados apresentados hoje foram já descritos pelo director do departamento de medicina oncológica da Lilly, Allen Melemed, como fruto de um “agressivo plano de pesquisa”.

Para o vice-presidente da farmacêutica e responsável pelo departamento de investigação oncológica da Lilly Oncology, “este é um momento emocionante na investigação do cancro” porque os especialistas aproximam-se de um tratamento com características únicas. “O compromisso da Lilly em encontrar o medicamento certo, na dose apropriada e adequada a cada paciente e no momento próprio foi este ano demonstrado no ASCO”, acrescentou.

CANCRO DA MAMA EM NÚMEROS. De acordo com dados divulgados pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), diariamente são detectados 13 novos casos de cancro da mama e em Portugal morrem diariamente quatro a cinco mulheres vítimas da doença. Todos os anos há 4.200 novos casos que são detectados em Portugal e em todo o mundo 1,1 milhão de mulheres são diagnosticadas. A detecção precoce é um dos segredos para o sucesso da diminuição da mortalidade e na recuperação dos pacientes. Os estudos mais recentes demonstram que o rastreio permite reduzir a mortalidade por cancro em 30 por cento. Anualmente a LPCC realiza 130 mil mamografias em todo o país.

Marta Bilro

Fonte: PS Newswire, Revista Fator, Diário de Notícias, PM Farma

Portugal lidera lista de países com maior absentismo por doença

De acordo com um estudo levado a cabo pela consultora Mercer, Portugal é o pais europeu, de entre um total de 16, que apresenta a mais alta taxa média de absentismo por doença.
Segundo o estudo, cerca de 20% das empresas inquiridas, referem que em média, cada trabalhador, falta dez dias por ano ao trabalho, por motivos de saúde. A par de Portugal encontra-se a França, onde os números atingem valores semelhantes.
Em Portugal, cerca de metade das empresas proporciona aos seus trabalhadores iniciativas de promoção da saúde, como é o caso de rastreios de doenças, a iniciativa mais popular, contrariamente às consultas de nutricionismo ou aos tratamentos contra o tabagismo, referidos apenas por menos de um terço das empresas.
Cerca de 88% das empresas, considera que estes benefícios contribuem para uma maior produtividade dos trabalhadores. Contudo, cerca de 70% das empresas portuguesas pondera uma redução destes benefícios, como forma de redução de custos, o que se afasta da tendência europeia.
O estudo foi desenvolvido em três áreas geográficas distintas, o Leste, o Norte e o Sul da Europa. As taxas médias de absentismo por doença registadas, apontam que na maioria dos países, o número de dias que cada trabalhador, falta ao trabalho, situa-se abaixo dos dez. Em 12% dos casos, as taxas são superiores a dez dias, entre os quais se encontra Portugal.
O motivo mais apresentado para o absentismo é o stress, ainda que este nem sempre seja levado a sério pelas entidades patronais, já que o seu diagnóstico é complicado e raramente os atestados médicos o referem. As doenças músculo-esqueléticas, são outra das principais causas das faltas por doença, apontadas por um terço das empresas inquiridas, já que estas são doenças físicas, de fácil diagnóstico.
De acordo com a consultora Mercer, os países que apresentam as taxas de absentismo por doença mais significativas, são aqueles onde o valor do subsidio por doença é mais elevado. Em Portugal, o valor da baixa médica paga pelo estado, é de 65% do salário, ao qual, algumas empresa, adicionam ainda um complemento voluntário.

Inês de Matos

Fontes: Diário Económico, Agência Financeira

Bioadesivos: Investigadores portugueses apresentam alternativa aos pontos cirúrgicos

Numa investigação percursora, um grupo de investigadores portugueses desenvolveu um novo tipo de adesivos biológicos, uma alternativa aos tradicionais pontos cirúrgicos.
De fácil aplicação e com diversas vantagens, os adesivos cirúrgicos biológicos têm a particularidade de provocarem a regeneração dos tecidos, ou seja, é o próprio organismo que se reabilita.
A investigação, levada a cabo por um grupo de investigadores do Departamento de Engenharia Química, da Universidade de Coimbra, não registou efeitos colaterais, realçando a segurança e a rápida cicatrização proporcionada pelos bioadesivos.
Segundo a nota de imprensa do Departamento de Engenharia Química, os bioadesivos contribuem para um maior conforto do utente, uma vez que “desde logo, eliminam as suturas e todo o incómodo do doente ter de se deslocar ao hospital ou ao Centro de Saúde para retirar os vulgarmente chamados pontos”.
Helena Gil, coordenadora da investigação, realça ainda o facto de estes adesivos eliminarem o risco de ruptura dos pontos cirúrgicos, permitindo também uma elevada resistência do organismo e retenção de água.
O projecto agora em curso, pretende contribuir para oferecer uma melhor qualidade de vida à população, já que as diversas vantagens destes adesivos biológicos, proporcionam maior bem-estar aos utentes e são financeiramente acessíveis.
A investigação tem sido bem aceite a nível europeu, pois de acordo com Helena Gil, “a Europa está apostada em desenvolver este método. Tem-se observado nos últimos anos um enorme esforço na produção de novos dispositivos”.

Inês de Matos

Fonte: acabra.net (Jornal Universitário de Coimbra)

Fármaco para combater a Malária em negociações para Moçambique

O fármaco Coartem, fabricado e comercializado pela Empresa Farmacêutica Suiça Novartis, poderá estar a caminho de Moçambique para combater a doença em milhões de infectados neste país.

Representantes da Empresa Novartis deslocaram-se, nos últimos dias, a Moçambique para iniciar conversações com as Autoridades Sanitárias com o objectivo de abastecer o mercado moçambicano com Coartem, considerado como o mais eficaz no tratamento contra a Malária, segundo a Revista Científica “The Lancet”.

Este abastecimento poderá ser garantido pelo Global Fund de combate à SIDA, Tuberculose e Malária ou por iniciativa do Presidente Norte-Americano, Geroge W. Bush, contra a Malária.

O Coartem tem como princípio activo a artemisina que se encontra na lista de fármacos recomendados pela Organização Mundial de Saúde para o tratamento da Malária, numa altura onde a resistência aos fármacos que tratam esta doença está a aumentar.

O Director Executivo da Global Fund de combate à SIDA, Tuberculose e Malária, Dr. Richard Feachem, alerta para o reaparecimento da Malária em zonas onde esta estava virtualmente erradicada e afirma que esta doença tornou-se difícil de controlar nas últimas duas décadas.

Dr. Richard Feachem certifica ainda que já existem instrumentos eficazes para controlá-la e para reduzi-la em grupos de risco como crianças menores de 5 anos e grávidas mas que para os pôr em prática é necessária vontade política na forma de programas de controlo e de amplos fundos monetários. É o caso da Global Fund que patrocina desde os fármacos a testes rápidos de diagnóstico.

Só em 2005, em Moçambique, as estimativas apontam para 6.3 milhões de infectados num total de 19 milhões de moçambicanos.

A Malária é transmitida através da picada do mosquito e provoca febres altas, calafrios, anemia e exaustão extrema.

É endémica em países da África, Ásia e Américas Central e do Sul.

Coartem tem uma taxa de sucesso de 95% e 36 países em todo o Mundo já o adoptaram como tratamento de primeira linha contra a Malária.

Marta Ferreira

Acordo na forja para tratamento da malária

Governo moçambicano e Novartis negoceiam fornecimento
Acordo na forja para tratamento da malária

Há quase uma década que a suíça Novartis liderou uma autêntica revolução no que respeita ao tratamento da malária. O continente africano, onde a doença mata mais de um milhão de pessoas por ano – afectando nomeadamente mulheres grávidas e crianças com menos de cinco anos de idade –, tem sido o mais afectado por aquela patologia. Por isso, está na forja um acordo entre aquele laboratório farmacêutico e o governo moçambicano, para o fornecimento do Coartem, um dos medicamentos disponíveis no mercado mais eficazes no combate à doença.

O ministro da Saúde de Moçambique, Richard Nduhura, considerou que a malária é “mais do que uma mera doença no continente africano”, revelando implicações em aspectos essenciais da vida dos indivíduos, das famílias, da comunidade e do país. Por isso, o governo moçambicano pretende chegar a um acordo com a Novartis, no sentido de melhorar o fornecimento do Coartem, fármaco que, em Abril de 2005, foi considerado pela revista científica «The Lancet», devido à sua taxa de sucesso de 95 por cento, como “o tratamento mais eficaz da malária”, sobretudo em virtude da crescente resistência do agente causador da doença aos medicamentos até então usados no combate à patologia.
A Organização Mundial de Saúde incluiu o princípio activo do Coartem (artemisina) na lista de fármacos recomendados no tratamento da malária, o principal problema de saúde pública de Moçambique, onde só em 2005 matou aproximadamente cinco mil pessoas, 30 por cento dos óbitos registados a nível nacional num ano em que 6,3 dos 19 milhões de moçambicanos foram afectados pela doença, responsável, à luz de dados oficiais, por 40 por cento das consultas externas e por 60 por cento de todos os internamentos nas unidades de pediatria, provocados pela forma severa da doença. Por tudo isto, esta semana deslocou-se a Moçambique uma equipa de especialistas da Novartis, que encetou contactos com as autoridades sanitárias. Em causa está um possível acordo para abastecimento, numa base não lucrativa, do mercado moçambicano, quando se estima que a prevalência da malária no país varie entre 40 e 80 por cento na faixa etária dos dois aos nove anos, atingindo os 90 por cento no grupo das crianças com menos de cinco anos.
Depois de, há sete anos, Moçambique ter subscrito uma declaração sobre o compromisso político de combate à malária assinada por outros 44 países africanos, reunidos na Nigéria, e de, na sequência desse acordo, os chefes de Estado e governo daqueles países terem iniciado a implementação de acções apropriadas e sustentáveis para reforçar os sistemas de Saúde e reduzir para metade o peso da malária até 2010, são actualmente 36 os países do continente africano que já adoptaram o Coartem como terapêutica de primeira linha para a doença. Se efectivamente for firmado o acordo de fornecimento do fármaco a Moçambique, o abastecimento poderá contar com apoio do Fundo Global para o Combate à Sida, Tuberculose e Malária ou da iniciativa do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, contra a doença.
Quando, no final da década de 1990, a Novartis se associou à luta contra a malária, o continente africano vivia uma situação desastrosa na área da saúde pública. Nos últimos anos o parasita transmissor da doença desenvolveu resistência aos antigos tratamentos, em que diversos países tinham depositado total confiança ao longo de anos. O Coartem vem responder a essa angústia. Incluindo um componente que foi usado durante séculos pela medicina tradicional chinesa no tratamento da febre, o novo fármaco funciona ainda com o recurso a um segundo componente que actua de forma diversa do primeiro, vencendo os parasitas que, por qualquer motivo, tenham conseguido sobreviver ao primeiro “ataque” do medicamento. Só em 2006 foram tratadas com o Coartem mais de 62 milhões de pessoas em todo o mundo, estimando-se que o medicamento tenha salvo mais de 200 mil vidas

Carla Teixeira
Fontes: Agência Lusa e Novartis

Medicamentos Genéricos

Os Medicamentos genéricos continuam a suscitar várias dúvidas, por parte dos consumidores.
Em colaboração com a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, o Infarmed vai realizar no dia 21 de Junho, no Centro de Congressos do Estoril, Lisboa, um colóquio com o tema “Medicamentos Genéricos em Portugal e na Europa", de forma a esclarecer mais uma vez que os medicamentos têm a mesma qualidade e eficácia do que um medicamento sem ser genérico.
Para consultar o programa e obter mais informações consulte o sitio: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED

Fonte: Infarmed

Liliana Duarte

Riscos ambientais com implicações na saúde


De acordo com o Jornal de Notícias, está pronto e é anunciado hoje o Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde (PNAAS), que entra em fase de consulta pública por um período de 30 dias.
As relações entre factores ambientais e saúde vão ser avaliadas em nove domínios, desde a água (que poderá contar altos níveis de alumínio), o ar, os químicos, os alimentos (que podem conter resíduos de pesticidas ou nitratos) e construções ( que utilização amianto, lãs de rocha ou vidro).


O objectivo principal é caracterizar os riscos para a saúde, de modo a evitá-los. Se um número significativo de pessoas adoecer ou morrer com sintomas idênticos, num mesmo local ou região, os sistemas nacionais de saúde e ambiente deverão tomar medidas para identificar a causa.
Para tal será criado um sistema de registo de doenças desta natureza nas urgências dos hospitais.

O compromisso da elaboração nacional deste inventário é estabelecido a nível da Comissão Europeia e também das Nações Unidas que, em documentos seus, já reconheceram as consequências do convívio humano com meios naturais ou artificiais.

Em Portugal, o projecto tem a responsabilidade da Agência Portuguesa de Ambiente e da Direcção Geral de Saúde.Estão já definidos valores-limite para a concentração de poluentes atmosféricos como o dióxido de enxofre, o ozono e as partículas finas, em grande parte produzidos pelos combustíveis, e que parecem ser os responsáveis pela redução da esperança de vida. Os efeitos do ruído, que incluem alterações do sono e do ritmo cardíaco, serão também avaliados.


Liliana Duarte

Fonte: Jornal de Notícias

Lybrel estará à venda em Portugal em 2008

As mulheres portuguesas que sofrem de períodos menstruais muito dolorosos ou tão intensos que se tornam anormalmente incómodos, ou mesmo aquelas que não gostam de passar pela experiência mensal da menstruação, poderão, no próximo ano, começar a consumir a nova pílula anticonceptiva, que lhes permitirá, de uma forma saudável e controlada, deixar de ter períodos menstruais.

De acordo com um estudo publicado no site Contraception, a Lybrel, uma pílula de uso contínuo, não representa qualquer risco para as mulheres, na medida em que, segundo especialistas em Medicina Reprodutiva, os períodos menstruais não são necessários, tal como não será necessária a habitual interrupção de uma semana na toma de um anticonceptivo oral para assegurar o bem-estar da mulher e garantir que tudo funciona normalmente no seu corpo. Há, no entanto, outros médicos que recordam o facto de não ser ainda conhecido o efeito a médio prazo de uma longa ausência de menstruação para o organismo feminino.
De acordo com o jornal científico «Contraception», investigadores norte-americanos acompanharam mais de duas mil mulheres saudáveis com idades compreendidas entre 18 e 49 anos, em quem testaram os efeitos da administração da nova pílula, ainda antes da sua aprovação pela Food and Drug Administration, a autoridade no sector da saúde dos Estados Unidos, que viria a ser consumada no passado dia 23 de Maio. No estudo clínico as mulheres tomaram, de forma ininterrupta ao longo de 12 meses, a nova Lybrel, que tem uma quantidade de estrogénio semelhante à das pílulas convencionais, mas menor quantidade de progesterona. O novo fármaco deu mostras de ser tão eficaz como os anticonceptivos orais comuns, não tendo apresentado efeitos secundários como dores de cabeça ou alterações de humor, embora em algumas mulheres tenha motivado o surgimento de hemorragias, que os especialistas não esperavam.
Citado pela revista científica «Nature», o investigador David Archer, envolvido no estudo da Eastern Virginia Medical School, mostrou-se convicto de que “não há efeitos secundários imediatos de tomar mais de 90 pílulas por ano”, já que, frisou, “as doses hormonais da Lybrel são relativamente baixas”, o que diminui os riscos associados à toma de contraceptivos orais. A embalagem de Lybrel contém 28 comprimidos, mais sete do que as embalagens de anticoncepcionais comuns, com 90 microgramas de progesterona e 20 de estrogénio. As mulheres que recorrem ao novo fármaco não terão ciclo menstrual, mas a qualquer momento poderão ser surpreendidas por hemorragias inesperadas, especialmente entre os três e os seis primeiros meses do tratamento, e que deverão reduzir-se com a continuação da toma.
Segundo a FDA, que aprovou o novo medicamento, que deverá estar disponível no mercado norte-americano no próximo mês de Julho, as mulheres poderão enfrentar dificuldades em determinar uma gravidez, já que não está garantida uma protecção total e deixa de haver período menstrual, pelo que “as mulheres deverão recorrer à realização de testes de gravidez no caso de desconfiarem de que estão grávidas”. A autoridade norte-americana alerta ainda para o facto de que as fumadoras têm um risco acrescido de desenvolver problemas cardiovasculares sérios. No nosso país, a Lybrel já foi proposta ao Comité de Medicamentos de Uso Humano, sendo de esperar que possa encontrar-se à venda, se for aprovada, em meados de 2008.

Carla Teixeira
Fontes: El Mundo, Drugs.com, Público, TV Ciência, Contraception, Nature

Uma nova Esperança


A técnica inovadora, permite tratar tumores benignos no útero, preservando a fertilidade feminina.
Os miomas ou fibromiomas, como também são conhecidos os tumores benignos, desenvolvem-se nas paredes do útero e prevê-se que 30 a 40 por cento das mulheres portuguesas, em idade adulta, venha a ter este tipo de patologia.
Dependendo da localização, tamanho e quantidade, os principais sintomas de um mioma são as dores pélvicas, aumento de volume do abdómen, perdas de sangue e em alguns casos pode ainda afectar a fertilidade.
A cirurgia tem o nome de embolização das artérias uterinas e consiste na atrofia ou diminuição do mioma, através da interrupção sanguínea. É uma cirurgia muito simples, com anestesia local. As pacientes podem ter alta no mesmo dia e retomar a sua vida normal dentro de dois dias a uma semana. A taxa de sucesso ronda os 90 por cento.
No entanto, esta cirurgia não poderá ser efectuada quando já existem tumores malignos ou a paciente se encontra grávida. O custo deste tipo de intervenção ronda os 3700 euros.
Quarenta e cinco minutos é a duração média da intervenção cirúrgica que lhe devolverá a esperança de ter um filho.
Liliana Duarte

Fonte: Revista Saber Viver de Maio 2007
Imagem: www.senado.gov.br/.../Imagens/mulher_gravida.jpg

Diabetes afecta 500 mil portugueses

São quase 500 mil os portugueses afectados pela diabetes, uma doença que acompanha o indivíduo para o resto da vida. Como tal, há alguns anos que se tem vindo a desenvolver o “Programa de Controlo da Diabetes Mellitus”, no qual os farmacêuticos ajudam os diabéticos na árdua tarefa que é controlar a sua doença.

A diabetes afecta cada vez mais portugueses e está, em parte, relacionada com a mudança dos hábitos alimentares. Os principais tipos de diabetes são dois, a diabetes do tipo 1 que aparece com menos frequência e resulta da incapacidade do pâncreas produzir insulina e a do tipo 2 que surge com uma alimentação incorrecta, em que o consumo de gorduras e de açúcares é elevado. Neste segundo caso, apesar de haver produção de insulina esta não é suficiente para suportar o excesso de açúcar.

A acção da insulina é necessária para utilizar a glucose proveniente dos alimentos na produção de energia para as células. A sua fraca produção ou capacidade de actuar sobre a glucose, traduz-se num aumento da quantidade de açúcar no sangue e assim se dá o aparecimento da diabetes.

A doença pode ser tratada à base de insulina ou com uma alimentação controlada, podendo ser ainda necessário recorrer a comprimidos, dependendo do tipo de diabetes. No caso de não haver tratamento podem surgir lesões nos vasos sanguíneos, úlceras no pé (pé diabético) e o organismo torna-se mais propício ao aparecimento de infecções.

Com o “Programa de Controlo da Diabetes Mellitus” os farmacêuticos podem colaborar numa melhoria da qualidade de vida dos diabéticos facilitando o acesso aos produtos através de uma “comparticipação integral do custo das agulhas e das lancetas e da comparticipação a 75 por cento das tiras de determinação de glicémia, glicosúria e cetonúria e de uma uniformização dos preços destes produtos”, segundo a Associação Nacional das Farmácias.

A diabetes afecta cada vez mais pessoas em todo o mundo e pensa-se que no ano 2025 o número de portugueses diabéticos atinja os 700 mil.

Fonte: ANF, APDP

Acesso a novos fármacos na Europa

Para criar sistemas de saúde do século XXI
Doentes europeus precisam aceder facilmente a novos fármacos

O novo presidente da Assembleia-Geral da Federação Europeia de Associações Farmacêuticas, defendeu hoje a necessidade de garantir que os doentes europeus têm acesso rápido aos novos medicamentos. Arthur J. Higgins, que lidera também o Conselho de Administração da Bayer HealthCare, expôs a sua visão de futuro do sector no recente encontro anual da EFPIA.

Higgings, que sucede naquele cargo a Franz B. Humer, presidente da Hoffmann – La Roche, que a partir assume a vice-presidência da federação, recebeu do seu antecessor uma mensagem de confiança, quando Humer considerou que “o seu profundo conhecimento da indústria farmacêutica e a sua experiência no que toca ao posicionamento estratégico do sector ajudarão a consolidar a voz da EFPIA no cenário político europeu”. Durante o encontro anual da EFPIA, que entre os dias 30 de Maio e 1 de Junho reuniu em Bruxelas cerca de 350 novos altos responsáveis do sector farmacêutico na Europa e representantes das administrações europeias e nacionais de associações de doentes, profissionais e jornalistas, Higgins disse que, no seu mandato à frente da federação deseja “pôr a ênfase na implementação e no desenvolvimento de sistemas sanitários modernos e sustentáveis na Europa, para que os doentes tenham garantido o acesso rápido e igualitário aos medicamentos mais inovadores e seguros”.
O novo presidente da EFPIA pretende pôr em marcha “um novo modelo de sistema de saúde que apoie a inovação e permita aos cidadãos informados tomar decisões sobre a sua saúde, enquanto assegura os mais altos padrões de qualidade e de segurança na cadeia de distribuição dos fármacos”. Para isso, considerou, deverá ser essencial “trabalhar conjuntamente com os principais grupos de interesse no sector, a fim de fomentar o entendimento e a confiança mútua”, já que, de acordo com Higgins, “só uma renovada confiança pública no sector farmacêutico tornará possível fazer frente aos muitos desafios da indústria, e assegurar as condições necessárias para que ele prospere”. Enquanto se mantiver à frente da federação, o novo responsável orientará os esforços da EFPIA em torno de quatro pilares: o acesso aos medicamentos, a inovação, a mobilização e a segurança.
Dados entretanto divulgados pela federação atestam que a Europa pode ter muito a ganhar, em termos económicos e de saúde, com o fortalecimento e competitividade acrescida da investigação farmacológica com sede no continente, um dos sectores de liderança na indústria de alta tecnologia, que no ano passado representava 640 mil postos de trabalho em todo o espaço europeu, e movimentava largos milhões de euros, denotando um enorme crescimento do sector nos últimos anos. Contudo, desde o início da época de 90 do século passado que a indústria e a investigação farmacêutica europeias têm vindo a perder competitividade, nomeadamente no que toca à comparação com os Estados Unidos, onde o investimento naquele sector aumentou cinco vezes desde 1990 (na Europa cresceu apenas 2,9 vezes). Em 2006 a América do Norte representava 47 por cento das vendas mundiais no sector da Farmácia, enquanto a Europa assegurava apenas 29,9 por cento daquele indicador.

Carla Teixeira
Fontes: PM Farma e EFPIA

Cientistas estudam a recção do corpo aos fármacos

Cientistas britânicos fizeram um estudo para avaliar a reação do corpo humano aos fármacos. Atingindo resultados que considerem satisfatorios, poderá ser possível a fabricação de medicamentos personalizados.

O trabalho consiste na combinação de análises químicas do metabolismo de cada pessoa com modelos matemáticos, que vão possibilitar antever a reacção de cada indivíduo ao fármaco.

Aos ratos testados em laboratório foi tirada uma amostra de urina e em seguida administraram-lhes paracetamol. Aguarda-se então a forma como o fármaco afecta o fígado.

O passo seguinte é a criacção de um perfil para cada animal e a medição dos níveis de metabolitos na urina antes e depois do paracetamol. Através de modelos informáticos verifica-se como foi absorvido o fármaco, factor influenciado pela quantidade de bactérias presentes no intestino.

Os cientistas do Imperial College de Londres esperam que com este processo surja um novo aliado no diagnóstico de doenças, na sua prevenção e na realização de um tratamento personalizado.

Sara Pelicano

fontes: Saúde na Internet; Nature

Alergia ao leite de vaca destabiliza vida familiar

A alergia ao leite de vaca (CMA) é o tipo mais frequente de alergias alimentares, nos bebés e crianças, em todo o mundo. Mas não são só as crianças que sofrem com este diagnóstico. Um novo estudo internacional, a cargo da “Act Against Allergy”, vem agora revelar que toda a estrutura familiar é abalada.
Segundo os resultados do estudo, agora publicado, 70% dos pais sentem-se culpados e preocupados, e 82% admitem que o diagnósticos lhes fez perder o sono.
Os pais discutem, faltam ao trabalho e reconhecem que as restantes crianças da família também são afectadas. “Ter um filho com alergia ao leite de vaca pode ser esgotante para os pais. Os bebés com alergia ao leite de vaca, podem sofrer uma série de sintomas desde erupções cutâneas a problemas gástricos, choro frequente e problemas em aumentar de peso. Os pais, sentindo-se impotentes, cedem ao impulso de lhes dar mais leite, o que agrava a situação, em vez de a resolver”,explica Martin Brueton, membro assessor do comité “Act Against Alergy” e gastroenterologista pediátrico, no Chelsea and Westminster Hospital, em Londres.
O diagnóstico nem sempre é rápido e exacto. Natalie Hammond, de Hertfordshire, no Reino Unido, é mãe de uma criança alérgica ao leite de vaca que, em vão, foi operada aos intestinos, na sequência de um diagnóstico errado.
Natalie Hammond revê-se nos resultados do estudo, pois também a sua família foi bastante afectada pelos sintomas do filho. “Era desalentador e aterrador ver o Joe tão doente, vomitava e havia sangue nas suas fezes. Sentíamo-nos impotentes, não conseguíamos acreditar que algo tão essencial como o leite, pudesse fazer aquilo”.
Martin Brueton lembra ainda que, “desde que a criança seja correctamente diagnosticada e lhe seja administrado um substituto adequado do leite, o efeito que provoca nos pais e nos filhos, é considerável”.
Normalmente, esta reacção adversa ao leite de vaca faz-se sentir nas crianças entre os 3 e os 5 meses, podendo manifestar-se até aos 3 anos de idade.
Em todo o mundo, cerca de 2 a 3% dos bebés sofre de alergia ao leite de vaca e este é mesmo um dos oito alimentos que mais alergias induz, a par do glúten, ovos, peixe, amendoim, soja, avelãs e marisco, de acordo com a União Europeia.

Inês de Matos

Fontes: PR Newswire, Act Against Allergy

Quando o leite faz mal


O problema da intolerância à lactose


A intolerância à lactose deve-se à produção insuficiente ou nula de uma enzima essencial para a digestão da lactose, a lactase, e que é produzida pelas células do intestino delgado. A deficiente produção desta enzima leva a que não seja possível digerir quantidades significativas de lactose, o principal açúcar do leite e seus derivados, levando a sintomas característicos.


As pessoas com intolerância à lactose geralmente não reagem bem ao leite nem a outros produtos lácteos que contenham lactose. Geralmente, suspeita-se duma intolerância à lactose quando uma pessoa apresenta sintomas depois de consumir produtos lácteos, tais como diarreia, distensão abdominal e dores abdominais. Contudo, por vezes, torna-se difícil perceber, especialmente nas crianças, a causa de alguns sintomas, pois muitas vezes só a simples ingestão de bolachas que contenham leite na sua composição pode desencadear uma reacção alérgica, não sendo preciso consumir leite nem outros produtos lácteos, tais como queijo ou iogurtes.

A alergia ao leite de vaca é uma das alergias alimentares mais comuns em bebés e crianças. São encontrados sintomas que sugerem uma intolerância à lactose em cerca de 5 a 15 por cento das crianças, mas a verdadeira incidência abrange entre 2 a7 por cento quando são utilizados critérios rigorosos de diagnóstico. Os principais sintomas de alergia ao leite nos bebés são erupção cutânea, respiração ruidosa, vómitos, diarreia, fadiga, cólicas e dificuldade em ganhar peso.

O problema da intolerâcia à lactose deve-se à falta de uma enzima essencial para a sua posterior absorção. Os açúcares, como é o caso da lactose, são fraccionados por enzimas, neste caso, a lactase, que estão localizadas na mucosa do intestino delgado. Normalmente, as enzimas dividem os açúcares em açúcares simples, como a glicose, para serem absorvidos pela corrente sanguínea através da parede intestinal. Quando falta uma enzima específica, os açúcares não são digeridos e a sua absorção é impedida, mantendo-se no intestino delgado. A elevada concentração de açúcares daí resultante faz com que uma grande quantidade de líquidos entre no intestino delgado, provocando diarreia. Os açúcares por absorver são fermentados pelas bactérias no intestino grosso, o que dá lugar a fezes ácidas e a flatulência.

A intolerância à lactose pode ser facilmente controlada evitando os alimentos que a contenham, em especial os produtos lácteos. Contudo, sendo o leite a fonte privilegiada de cálcio, as pessoas devem tomar suplementos de cálcio para evitar a insuficiência de cálcio.

O leite de vaca é um dos oito alimentos mais alérgicos na União Europeia, juntamente com o glúten, ovos, peixe, amendoins, soja, avelãs e marisco.

Efeitos negativos na vida familar

Segundo o que foi apurado numa sondagem internacional, a alergia ao leite de vaca, para além do desconforto que produz na pessoa que sofre essa alergia, pode ainda provocar efeitos negativos na vida familiar, em especial nos pais de um bebé alérgico ao leite. Este tipo de situação provoca preocupação pelo estado da criança, que pode sofrer de vómitos, diarreia, etc, mas também um sentimento de culpa e pode ainda causar insónias. É uma situação de stress ter um filho com alergia ao leite, em especial se ainda não se tiver descoberto a causa dos sintomas, principalmente porque o instinto é dar mais leite ao bebé, o que só agrava a situação. Até que seja feito um diagnóstico adequado e seja administrado um substituto para o leite, o efeito nos pais e na família é consideravelmente adverso.


Isabel Marques

Fontes: PRNewswire, www.manualmerck.net, www.nestle.pt e www.actagainstallergy.co.uk

Laboratório reembolsa Estado
em caso de insucesso do tratamento

A farmacêutica britânica Janssen Cilag, uma subsidiária da Johnson & Johnson, propôs ao Serviço Nacional de Saúde inglês (NHS na sigla inglesa) o total reembolso dos custos de um medicamento destinado ao tratamento do cancro da medula caso o paciente não apresente melhorias. Os cerca de 36 mil euros necessários para a compra do medicamento Velcade (bortezomib) serão suportados pelo Estado apenas se a terapia se revelar positiva.

O tratamento à base de Velcade é recomendado pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (Nice, na sigla inglesa) aos pacientes de Gales e Inglaterra que sofrem de mieloma múltiplo e, por sua vez, financiado pelo Serviço Nacional de Saúde.

A proposta da Jansen Cilag prevê que o NHS fique isento dos custos do tratamento se o uso do Velcade não apresentar resultados satisfatórios. A proposta aguarda agora aprovação do Ministério da Saúde britânico que em Outubro se deverá pronunciar acerca da viabilidade da medida em conjunto com a farmacêutica.

De acordo com as recomendações do Nice, se o paciente apresentar uma resposta total ou parcial ao tratamento, o medicamento deverá continuar a ser-lhe administrado. Aqueles em que o Velcade não surta qualquer efeito deverão parar de tomar a substância, altura em que a farmacêutica se encarrega de restituir o Estado.

O director-executivo no Nice, Andrew Dillon, considera que ainda é cedo para afirmar se esta poderá ser “o início de uma nova tendência”, ainda assim, e pelos contactos levados a cabo com outras empresas, “há sinais de que elas seguem a mesma linha de pensamento”.

Marta Bilro

Fonte: Pharma Times, Gazeta do Sul

12ª Campanha de Reciclagem de Radiografias começa hoje


A campanha decorre entre os dias 05 e 22 de Junho

A AMI promove pela 12ª vez a campanha de recolha de radiografias para reciclagem demonstrando, mais uma vez, a sua preocupação com a ajuda humanitária e protecção do ambiente. Esta iniciativa, que decorre entre os dias 05 e 22 de Junho, tem como objectivo angariar fundos indispensáveis à prossecução do trabalho humanitário da AMI. A acção consiste na recolha de radiografias com mais de cinco anos e sem valor clínico, que são posteriormente recicladas. Por cada tonelada de radiografias recicladas obtêm-se cerca de 10 kg de prata, a qual depois é vendida no mercado.


Durante duas semanas é possível contribuir, depositando as radiografias com mais de cinco anos ou aquelas que já não têm valor de diagnóstico nos sacos disponíveis nas farmácias e juntas de freguesia de todo o país, sem relatórios, envelopes ou folhas de papel. A iniciativa é inaugurada oficialmente amanhã, no barco Évora, em Setúbal.

As receitas provenientes da venda da prata recuperada das radiografias são canalizadas para o projecto de acção social da AMI em Portugal, no apoio aos sem-abrigo, a populações desfavorecidas e em missões humanitárias internacionais. No ano passado, a entrega nas farmácias de 83 toneladas de radiografias antigas rendeu 111 milhões de euros.

Desde 1996, a Campanha de Reciclagem de Radiografias já se tornou num hábito e tem contribuído para alertar consciências e transformar simples radiografias em bens de primeira necessidade, em géneros alimentares e medicamentos.


Isabel Marques

Fontes: Jornal de Notícas e www.fundacao-ami.org