domingo, 10 de junho de 2007

Cientistas apontam pesticidas como causa de cancro cerebral

A exposição frequente e continuada a pesticidas, pode conduzir ao desenvolvimento de cancro no cérebro. O alerta foi dado por um estudo publicado na revista britânica Occupational and Environmental Medicine.

De acordo com esta investigação, os agricultores têm o dobro de probabilidades de vir a desenvolver um tumor cerebral e mais do triplo de contrariarem glioma, um tipo de cancro que afecta o sistema nervoso central.

O estudo baseou-se na análise de 221 casos de tumores cerebrais, registados no Instituto Francês de Saúde Pública, Epidemiologia e Desenvolvimento, na região vinícola de Bordéus, França. Nesta região francesa, 80% dos pesticidas são do tipo fungicidas, usados para proteger as vinhas contra os fungos.

Apesar de os cientistas não terem conseguido definir o tipo de pesticida relacionado com o aparecimento de cancro no cérebro, acreditam que o facto de os homens serem mais atingidos por gliomas, se deve à sua maior exposição aos pesticidas.

Inês de Matos

Fonte: Jornal de Noticias

Sapatilhas com rodas originam lesões ortopédicas

Um estudo divulgado pela pelo jornal “Pediatrics” refere que as sapatilhas com rodas constituem um perigo para os seus utilizadores. Ao analisar as taxas de lesões registadas num hospital norte-americano, durante um período de dez semanas, em crianças que utilizam as referidas sapatilhas, os investigadores anotaram 67 lesões ortopédicas, 49 das quais se referiam a fracturas nos pulsos.

Os dados da Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA (Consumer Product Safety Commission), indicam que as lesões relacionadas com o referido tipo de calçado originaram, durante o último ano, 1.600 deslocações aos serviços de urgência, uma estimativa muito inferior à que tinha sido anteriormente divulgada.

A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos aconselha a utilização e capacete, protectores para os pulsos, joelheiras e cotoveleiras aos utilizadores deste calçado da moda. As recomendações surgem na sequência da divulgação de relatórios médicos recentes, provenientes de diversas partes do globo, que dão conta de fracturas cranianas, pulsos, braços e tornozelos fracturados e cotovelos deslocados em crianças que utilizam as sapatilhas.

Face ao elevado registo de lesões, a empresa responsável pela comercialização do produto respondeu através de uma declaração que salienta a segurança dos sapatos proferida por Edward Heiden, presidente da Heiden Associates, uma consultora de segurança de produtos contratada pela Heelys para testar as sapatilhas.

De acordo com este responsável, o aumento do número de incidentes surge em consequência do aumento das vendas dos sapatos com rodas, uma vez que “a taxa de lesões não aumentou nos últimos 15 meses”, acrescentou.

Haiden diz ainda que os números confirmam as análises anteriores que “referem que a utilização de sapatos com rodas é 42 vezes mais segura do que o basquetebol, 29 vezes mais segura que andar de bicicleta, e 18 vezes mais segura que a prática de skate”.

Ainda assim, alguns especialistas na área da saúde temem que a utilização das sapatilhas, que têm a sola plana se a roda for removida, alteram a dinâmica do andar, o que poderá afectar o desenvolvimento físico das crianças.

Marta Bilro

Fonte: The Vancouver Sun, saukvalley.com, The Independent

Yoga no tratamento de dores na costa

Cientistas norte-americanos vão realizar testes para verificar a eficácia da prática de Yoga no tratamento de pessoas que sofrem de dores de costas de forma permanente e contínua.


«A Yoga oferece uma combinação entre exercício físico e o exercício mental que pode resultar numa terapia eficaz no tratamento da dor nas contas», explica o director da University of York Clinical trials Unit.

Uma equipa de investigadores, professores e Yoga e praticantes delinearam um curso de 12 semanas para fazer o ensaio.
Depois recrutaram 260 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos que sofrem de dores lombares desce há 18 meses.

Metade destas pessoas vai continuar com o tratamento regular, a outra metade vai começar por fazer os exercícios básicos deste desporto com gradual aumento de dificuldade.

Ao fim de seis meses vão ser comparados resultados, e um ano depois novamente.


A Yoga é um desporto que desenvolve a flexibilidade e a massa muscular alongando e e fortalecendo a musculação. Após este teste pode verificar-se também a sua utilidade no tratamento (de baixo custo) de dores nas costas.

Sara Pelicano

Fontes: BBC

Indica um estudo da Universidade Johns Hopkins
100 milhões com Alzheimer em 2050


Mais de 26 milhões de pessoas em todo o mundo são actualmente afectadas pela doença de Alzheimer. Uma nova previsão indica que por volta do ano 2050 o número deverá aumentar quatro vezes, ascendendo aos 100 milhões. De acordo com o estudo elaborado por cientistas da Universidade Johns Hopkins, entre os 100 milhões de portadores da patologia, 40 por cento atingirão a fase terminal. Se os dados se confirmarem, dentro de 40 anos, uma em cada 85 pessoas será portadora de Alzheimer, avançam os investigadores.

Os resultados divulgados hoje (10 de Junho) durante uma conferência da Associação Alzheimer, em Washington, indicam ainda que o maior aumento do número de doentes deverá ocorrer no continente asiático, que passará a representar 59 por cento do total de casos diagnosticados, comparativamente aos actuais 48 por cento.

“O número de pessoas afectadas pela doença de Alzheimer está a crescer a um ritmo preocupante, e o aumento dos custos financeiros e pessoais terá efeitos devastadores na economia mundial, nos sistemas de cuidados de saúde e nas famílias”, alertou o vice-presidente para as relações médicas e científicas da instituição, William Thies.

Os responsáveis pelo estudo, financiado pela Elan Pharmaceuticals e pela Wyeth Pharmaceuticals, recorreram às previsões e dados das Nações Unidas sobre a prevalência da doença de Alzheimer na população mundial para criar um modelo de computador matemático multi-estatal. A equipa foi liderada por Ron Brookmeyer, um professor de bioestatísticas e presidente do mestrado do programa de saúde pública na Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore.

Os dados fornecidos pelo computador indicam também que atrasar a progressão da doença de Alzheimer no estado inicial por um ano poderia reduzir o número de casos previstos para 2050 em cerca de 12 milhões. Se o início e a progressão da doença fossem atrasados em dois anos, o número de casos poderia ser reduzido em 18 milhões. Grande parte dessa diminuição, cerca de 16 milhões de casos, envolveria os pacientes em fase terminal que requerem cuidados mais permanentes.

“Está a aproximar-se uma epidemia global de Alzheimer, no entanto, mesmo os mais modestos avanços na prevenção da doença ou no atraso da sua progressão podem provocar um impacto enorme na saúde pública global”, sublinhou Brookmeyer.

ALZHEIMER E A REALIDADE PORTUGUESA. A doença de Alzheimer conduz a uma deterioração mental progressiva, afectando regiões do cérebro, que alteram, mais frequentemente, o comportamento físico, mental e a linguagem conduzindo à demência. A doença tem consequências dramáticas para o paciente, a família e a sociedade devido aos elevados custos financeiros exigidos pelo tratamento.

Segundo um relatório da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer (APFADA) e da Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), apesar de esta ser uma doença incurável, progressiva e irreversível, “nem sempre merece ser reconhecida com o estatuto de doença crónica”. Os medicamentos específicos, “porque não curam”, situam-se no último escalão de comparticipação, “sujeitos à obrigatoriedade de prescrição exclusiva dos especialistas, com discriminação não só dos doentes mas também dos próprios médicos”, salientam os responsáveis da APFADA. Segundo a Associação para o Desenvolvimento de Novas Iniciativas Para a Vida (ADVITA), uma projecção para o ano 2010, refere que haverá em Portugal cerca de 75 mil doentes de Alzheimer.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Canada.com, Forbes, www.alzheimerportugal.com, APIFARMA, Associação para o Desenvolvimento de Novas Iniciativas Para a Vida.

Campanha europeia de prevenção de Doenças Musculo-Esqueléticas

A comissão Europeia apresentou, a semana passada, uma campanha de prevenção de doenças musculo-esqueléticas denominada de "Aliviar o fardo". Milhares de trabalhadores na União Europeia (UE) são afectados por este problema de saúde e esta campanha destina-se, não só à prevenção, mas também, à reabilitação e reinserção dos trabalhadores que sofrem destas patologias. A campanha visa alertar para o respeito pelas normas de saúde e segurança no trabalho e pelas medidas de prevenção apropriadas.

Segundo dados da União Europeia, 25% dos trabalhadores sofrem de problemas nas costas e 23% queixam-se de dores musculares. Os mesmo dados avançam que 62% dos trabalhadores dos 27 estados-membros estão expostos um quarto do tempo a movimentos repetitivos da mão ou do braço, 46% a posições cansativas e 35% carregam ou movem cargas pesadas.

Em todos os sectores laborais existem trabalhadores que sofrem desta doença, contudo, os índices mais elevados registaram-se na agricultura e na construção. Na generalidade, as mulheres estão menos expostas que os homens a factores físicos de risco, no entanto, estão igualmente expostas a trabalhos que envolvem movimentos repetitivos das mãos e braços e a posições dolorosas ou cansativas.

As doenças músculo-esqueléticas são a principal causa das dores crónicas e da incapacidade física e ocupam o primeiro lugar das patologias profissionais em Portugal, tendo também vindo a aumentar, devido às novas formas de trabalho, com novos gestos técnicos.

Paulo Frutuoso
Fontes: MNI- Médicos Na Internet, Manualmerck, Diário Digital

Prótese inovadora para o ombro é apresentada dia 16 de Junho no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã.

O Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE (CHCB) apresenta dia 16 de Junho, no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã, um Sistema Modular para o Ombro.

Esta iniciativa do Centro Hospitalar Cova da Beira, com a empresa Lima Implantes, proporcionará a todos os profissionais desta especialidade, a visualização de duas cirurgias em directo do bloco operatório, ao Ombro Degenerativo e ao Ombro Inverso, que poderão ser vistas no Auditório do Hospital Pêro da Covilhã.
O evento conta ainda com uma conferência em que participam dois especialistas de renome internacional.
Paula Helena, Ortopedista do CHCB será a organizadora desta apresentação.


Liliana Duarte

Fonte: Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE
Portal da Saúde

1ºColóquio Regional sobre Tabagismo

Realiza-se no dia 19 de Junho, no Centro Hospitalar de Coimbra, o 1º Colóquio Regional sobre Tabagismo.

Entre os objectivos de motivar os profissionais de saúde na prevenção do tabagismo, pretende-se sensibilizar e adquirir conhecimentos sobre a neurobiologia da nicotina.

As inscrições são gratuitas mas limitadas à capacidade do auditório.
Para se inscrever e adquirir mais informações consulte o sitio http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/eventos/coloquio+tabaco.htm

Liliana Duarte

Fonte: Portal da Saúde
À venda em farmácias e espaços de saúde
Programa de emagrecimento adaptado à idade da mulher

Já está disponível no mercado o primeiro programa de emagrecimento que tem em conta as alterações físicas e metabólicas sofridas pelo organismo da mulher com o passar dos anos, e que são particularmente significativas na menopausa e na fase que a precede, a partir dos 40 anos.

O Ymea Silhouette, comercializado pela Chefaro Portuguesa, é um medicamento especialmente concebido para resolver de uma forma eficaz e natural os problemas de alteração de peso e de formas do corpo feminino que estão associados à idade, proporcionando alívio face aos respectivos sintomas. A empresa esclarece que, na menopausa e na fase que a antecede, sensivelmente a partir dos 40 anos, ocorrem variações hormonais no corpo da mulher, que provocam importantes alterações fisiológicas, como acessos de calor, suores nocturnos, irritabilidade e problemas de sono, acompanhadas do alargamento das formas do corpo (inchaços incómodos do ventre e das ancas, sensação de fome regular e aumento de peso frequente e mais difícil de resolver).
Porque conhece o corpo da mulher e as manifestações da idade na sua estrutura, o novo produto foi desenvolvido segundo uma fórmula inovadora à base de nutrientes e extractos vegetais, que responde à especificidade do organismo feminino em fase de mudança, controlando a retenção de líquidos, eliminando gorduras e regulando o apetite. Ymea Silhouette responde ainda às implicações fisiológicas do processo de amadurecimento da mulher, reduzindo os afrontamentos, a irritabilidade e os distúrbios do sono, e regularizando os ciclos menstruais irregulares habituais nas fases da menopausa e do climatério. A ingestão de uma cápsula branca de manhã e de uma cápsula azul à noite, com um copo de água e uma refeição, garante uma eficácia reforçada da fórmula pela acção cronobiológica do produto, que fornece os ingredientes adequados nas horas certas.

Carla Teixeira
Fonte: Chefaro Portuguesa

Café pode reduzir risco de cancro de mama

Segundo uma pesquisa, as mulheres que consomem entre 2 a 3 cafés por dia reduzem em 10% o risco de desenvolver cancro de mama. A percentagem aumenta para 69%,quando se consome entre 4 a 5 cafés por dia.

A informação é de um estudo realizado por uma equipe canadense, publicado na edição de Janeiro do International Journal of câncer.

A pesquisa baseou-se em mulheres que apresentam mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, que implicam um risco de até 80% de desenvolver este tipo de cancro.

Os resultados foram positivos e referem-se principalmente às mulheres com o gene BRCA1.
O estudo foi feito com 1.690 mulheres, no Canadá, Estados Unidos, Israel e Polônia.


Liliana Duarte


Fonte: AFP

Brystol-Myers Squibb em negociações para testar Sprycel no tratamento de Leucemia Mielóide Crónica

A farmacêutica Bristol-Myers Squibb (BMS) está em negociações com as autoridades sanitárias dos Estados Unidos da América e da Europa para que possa dar início aos ensaios globais a longo prazo de forma a avaliar o potencial do desatinib, comercializado pelo laboratório com o nome “Sprycel”, e a sua utilização no tratamento da Leucemia Mielóide Crónica (LMC) em pacientes em fase crónica.

A declaração surge na recente apresentação durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e foi reafirmada na abertura do XII Congresso da Associação Europeia de Hematologia, que hoje (10 de Junho) termina em Viena. Os resultados dão conta de um ensaio independente em Fase II elaborado por investigadores do “M. D. Anderson Cancer Center”, explicou Francisco Cervantes, médico consultor sénior do Hospital Clinic de Barcelona.

O estudo, que envolveu 33 pacientes, 29 dos quais mostraram evolução, foi descrito por este especialista como “encorajador”. A investigação demonstra que o Sprycel pode desempenhar um papel importante como terapia de primeira linha no tratamento de LMC. Um ano após o início do tratamento foram observadas alterações citogenéticas completas rápidas em 95 dos pacientes com LMC em fase crónica que não tinham recebido qualquer tratamento prévio com a dose diária de 100mg de desatinib.

De acordo com declarações prestadas à Europa Press por fontes da empresa, o novo estudo aleatório que irá avaliar o potencial do desatinib enquanto tratamento de primeira linha contará com a participação de mais de quinhentos pacientes provenientes de vários hospitais mundiais.

Francisco Cervantes mostrou-se confiante no potencial do próximo estudo que vai ser realizado pelo laboratório. A LMC é a doença “que mais tem progredido nos últimos 20 anos”, afirmou o responsável, acrescentando que, no futuro, “a cura passará pela combinação de fármacos”.

A Leucemia Mielóide Crónica resulta de uma lesão adquirida (não hereditária) no DNA de uma célula tronco da medula óssea, nesta condição há uma sobreprodução de células mielóides de aparência madura mas defectivas, ao ponto de quase não restarem células normais. Na maioria dos casos, a doença surge associada a uma anormalidade cromossómica, denominada cromossoma Filadélfia, que contém um gene responsável pela produção de uma enzima que se acredita ser a causa da doença. A LMC corresponde a cerca de 20 a 30 por cento das leucemias do adulto, afectando maioritariamente as pessoas com idades compreendidas entre os 25 e os 60 anos. É uma doença que requer um tratamento longo e complicado, envolvendo, muitas vezes o transplante de medula óssea e tratamentos de quimioterapia.

De acordo com o portal Ciência Viva, não há dados estatísticos sobre a incidência da leucemia em Portugal nem se sabe, ao certo, quantos são os dadores voluntários de medula.

Marta Bilro

Fonte: PM Farma, Portal do Cidadão com Deficiência, cienciaviva.pt, Europa Press, fuerteventuradigital.com, interbusca.com


Esponjas com poderes curativos



Duas biólogas do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul, Brasil, estudam desde 1998, o poder das esponjas para curar doenças.
Para tal procuraram na costa do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e encontraram mais de 60 espécies de esponjas.
As esponjas, para se defenderem dos seus predadores ”cospem” substâncias químicas que os afastam. Essas substâncias são hoje o alvo dos pesquisadores.
Sabe-se agora que possuem substâncias antioxidantes, aptos para alterar a produção de radicais livres, as moléculas que provocam o envelhecimento, podendo causar doenças como cancro, doença de Alzheimer e Parkinson.


Liliana Duarte

Fonte: Programa do Jornalismo Ambiental
Site Portal Farmácia On-Line; Foto de J.P.Cauduro Filho retirada do site



Espanha retirou lote da vacina para a febre-amarela

O Ministério da Saúde de Espanha considera que uma reacção adversa previsível poderá explicar o facto de quatro pessoas terem desenvolvido reacções adversas à vacina da febre-amarela nas Canárias, mas ordenou a suspensão de todo o lote do fármaco enquanto está a ser investigada a causa do problema.

O director-geral de Saúde, Manuel Oñorbe, informou que “em todo o caso, estamos a proceder à imunização com outro lote, e não vamos administrar nenhuma vacina do lote suspeito até termos resultados definitivos sobre o que se passou”, embora, asseverou, “pareça tratar-se de um caso pontual” de efeitos secundários da vacina, devidamente previsto e totalmente inofensivo. O governante afirmou que há apenas uma pessoa internada em Tenerife, enquanto outras três terão sofrido transtornos menores, como mal-estar, dores de cabeça e febres ligeiras, sintomas que, para os serviços do ministério, “parecem ser normais”.
Dados do laboratório de referência do governo espanhol em Majadahonda (Madrid) atestam que, da análise ao paciente hospitalizado, reforça a convicção de que se trata de “um caso pontual” de uma reacção adversa, e que dentro de uma semana será possível ter a certeza de que o paciente não foi afectado por qualquer doença grave. “Em princípio trata-se de um problema que está devidamente contemplado na ficha técnica da vacina, que às vezes resulta numa reacção adversa, e que não produz os mesmos efeitos em todas as pessoas”, frisou o director-geral de saúde do país vizinho. Um caso semelhante ocorrido em Huelva, em 2004, terminou na morte de uma jovem de 26 anos.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo
Cientistas desvendam resistência aos fármacos
Segredo da malária quase descoberto


Investigadores do Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, acreditam estar perto de desvendar o segredo da resistência que o agente causador da malária vem desenvolvendo, ao longo das três últimas décadas, aos sucessivos tratamentos.

Os cientistas criaram artificialmente um gene protozoário que parece contribuir para o desenvolvimento daquela resistência no âmbito de uma experiência laboratorial que durou dois anos, que terá culminado na criação do maior gene sintético alguma vez construído, podendo assim estudar mais facilmente a proteína que ele produz em largas quantidades. De acordo com os resultados da investigação, publicada na revista científica «Biochemistry», através da adição do gene recriado e da proteína, conseguiram aceder a todo o material biomolecular necessário para entender como é que o parasita responsável pela malária (plasmodium falciparum) logrou tornar-se resistente à maioria dos medicamentos concebidos para o destruir.
Entretanto, os investigadores descreveram dois outros genes conhecidos pelo facto de conferirem resistência: “Agora temos estes genes, que podem ajudar a entender a base molecular da resistência aos medicamentos contra a malária, possibilitando o esclarecimento sobre como deverão ser desenvolvidos os novos fármacos para o combate àquela doença, de maneira a exterminar realmente o parasita”, disse Paul Roepe, docente e investigador da secção de Bioquímica e Biologia Molecular e Celular do departamento de Química da universidade.
A malária é a doença parasitária mais importante do mundo, estimando-se em 300 a 500 milhões o número de novos casos diagnosticados anualmente e em cerca de dois milhões o número de mortos por ano (um milhão corresponde a crianças com menos de cinco anos de idade). É actualmente a sétima causa de morte no mundo e, sendo endémica em 91 países, apresenta uma taxa de prevalência comparável à da sida. Em Portugal não há hoje registo da existência da malária, que representou um importante problema de saúde pública até meados do século passado. O último caso autóctone da doença, que é transmitida pela picada das fêmeas do mosquito Anopheles, remonta a 1962.

Carla Teixeira
Fontes: Bio.com, Centro Médico da Universidade de Georgetown, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Eurosurveillance e Wikipédia.
Jornal acusado de prestar “mau serviço” aos doentes
Amgen desmente notícia do «The New York Times»


Uma notícia de primeira página e um editorial, publicados em edições diferentes do jornal «The New York Times» no passado mês de Maio, suscitaram um desmentido da farmacêutica Amgen, com sede na Califórnia, que acusa aquele diário de ter prestado um mau serviço às pessoas que sofrem de anemia e aos profissionais que tratam desses doentes.

Em causa está, segundo a Amgen, a publicação daqueles conteúdos, nas edições de 9 e 14 de Maio, em que se afirmava que os descontos e o sistema de reembolso aplicado aos medicamentos contra a anemia levaria os médicos e os farmacêuticos a prescrevê-los em quantidade abusiva e desnecessária. De acordo com a Amgen, a notícia difunde ideias erradas e perniciosas acerca do sistema de administração daqueles fármacos, induzindo os leitores a acreditar que o sistema de saúde estará a ganhar dinheiro às custas dos doentes anémicos.
A Amgen explica que o sistema é legal, estando a ser aplicado a largas dezenas de medicamentos, produzidos por diversas empresas do sector farmacêutico, e reitera a ideia de que o «The New York Times» não procurou aferir a verdade, limitando-se antes a lançar o anátema da corrupção sobre os médicos e os laboratórios. Porque o sistema de “compra e cobrança” em vigor consiste na compra, pelos prestadores de cuidados de saúde, de medicamentos complexos, como o Anaresp® da Amgen, aos fornecedores, e pela sua cobrança à Medicare e às companhias de seguros só no momento em que aqueles produtos são administrados.
Por este motivo, a multinacional assegura que, ao contrário do que refere a notícia, as clínicas e os hospitais podem até perder dinheiro, e frisa que, mesmo nos casos em que consigam comprar os medicamentos a um preço inferior ao do retorno das seguradoras, esse lucro pode ser usado no pagamento do pessoal e em despesas correntes dos serviços, ou mesmo no apoio a doentes que não tenham cobertura do seguro, não constituindo em si um acto de corrupção.
A Amgen assegura que o sistema não penaliza os doentes, e diz mesmo que mais perniciosos terão sido os efeitos da notícia e do editorial publicados, que poderão ter disseminado a ideia de que os medicamentos indicados para o tratamento da anemia estão a ser prescritos em doses excessivas nos Estados Unidos.

Carla Teixeira
Fonte: Amgen
Eleições na Ordem dos Farmacêuticos
Boletins de voto já foram enviados


Os boletins de voto que permitem aos farmacêuticos portugueses a participação no acto eleitoral do próximo dia 21, que definirá o nome da primeira bastonária da OF – Filomena Cabeça e Irene Silveira estão na corrida por um lugar que nunca antes foi ocupado por uma mulher –, e que exercerá funções durante o triénio 2007-2010, foram ao longo desta semana remetidos aos profissionais, que poderão optar pelo voto por correspondência.

No próximo dia 21, os farmacêuticos são chamados a pronunciar-se sobre o futuro do organismo que os representa, podendo exercer o seu direito cívico nas secções e delegações regionais da Ordem, de forma presencial, ou fazendo chegar, através dos CTT, os boletins de voto devidamente preenchidos. A votação para os Colégios de Especialidade pode também ser feita, presencialmente ou por correspondência, no mesmo dia, na sede nacional, em Lisboa.
Filomena Cabeça, que lidera a lista A, foi a primeira candidata a assumir esse estatuto, em Maio, e defende o lema da “inovação na continuidade”, partilhando os mesmos ideais de gestão da Ordem dos Farmacêuticos que têm sido preconizados pelo actual bastonário, Aranda da Silva, e integrando na sua lista algumas figuras da actual direcção. Vincando o facto de fazer parte da estrutura, com a qual tem partilhado “alguns projectos” desde há 12 anos, dos quais garante não se demitir, admite no entanto estar aberta ao contributo de “todos os que queiram melhorar os procedimentos” de Farmácia em Portugal.
Pela lista B, Irene Silveira, catedrática da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, apela ao “voto na mudança”, assumindo como principal reivindicação da sua candidatura a reformulação do actual sistema de renovação da carteira profissional, de modo a permitir a “valorização da experiência diária integrada no acto farmacêutico”. Afirmando que os princípios e a forma de obtenção de créditos têm sido adulterados, “favorecendo negócios e criando entraves a uma verdadeira política de formação”, recorda que todos os farmacêuticos são licenciados por universidades acreditadas pela OF, “não sendo sério nem credível” impedir que os profissionais competentes possam desempenhar as suas funções por não terem pago uma das sessões de formação”.

Carla Teixeira
Fontes: Lusa, Diário de Notícias, sites das candidaturas

Farmacêuticos debatem prescrição de fármacos

A Real Sociedade Farmacêutica da Grã-Bretanha (Royal Pharmaceutical Society of Great Britain) promove amanhã, dia 11 de Junho, uma jornada de reflexão sobre a experiência corrente dos farmacêuticos britânicos na prescrição de medicamentos.

O encontro – sob a designação «Pharmacists as prescribers: the UK experience» – está agendado para o Sheraton Hotel de Amesterdão, na Holanda, e visa debater as razões pelas quais os profissionais de Farmácia do Reino Unido foram levados a tomar este passo, substituindo-se tantas vezes aos médicos no aconselhamento e na indicação terapêutica a seguir pelos pacientes, providenciando aquilo que a organização deste evento define como “uma resposta ao desafio de oferecer um novo e importante serviço aos doentes e aos colegas da Medicina”.
Os participantes e os vários oradores convidados, em representação de numerosos serviços de saúde da Grã-Bretanha, pretendem reflectir sobre a forma como o sector se organizou e trabalhou para levar em frente a “agenda da prescrição” no país, tendo em conta que também as enfermeiras que exercem funções no Reino Unido conquistaram já o direito de prescrever fármacos aos seus doentes.

Carla Teixeira
Fonte: Royal Pharmaceutical Society of Great Britain

Nova unidade privada de saúde abre brevemente no Norte do país

Instituto Médico de Diagnóstico e Tratamento do Norte em Matosinhos

Com o intuito de revolucionar parte da oferta de saúde no Norte do país, o Instituto de Diagnóstico e Tratamento CUF Campos Costa abre portas em finais do próximo mês e vai oferecer, pela primeira vez no país, um espaço privilegiado para todos os meios complementares de diagnóstico, consultas diferenciadas, cirurgias em ambulatório e tratamentos complexos, como os oncológicos. O centro fica situado perto da estação de metro de Sete Bicas, na Senhora da Hora, em Matosinhos.

A nova unidade de Saúde terá 14 mil metros quadrados de área clínica, com diversas especialidades, equipas médicas apetrechadas com a mais alta tecnologia nas áreas da imagem, oncologia integrada, patologia clínica, medicina nuclear, insuficiência renal, cardiovascular, medicina dentária, gastrenterologia, pneumologia, oftalmologia e reabilitação, para além de uma completa e bem equipada área de cirurgia ambulatória.

O futuro Instituto está preparado para receber mil doentes por dia, oferecendo serviços de topo nas áreas de oncologia, cardiologia e neurociências. Contará ainda com uma unidade de fisioterapia, uma clínica para “consultas rápidas” de pediatria, hemodiálise e uma área de "medicina do conforto". Um conceito inovador que engloba medicina dentária, dermatologia, oftalmologia, cirurgia vascular, cirurgia estética e nutrição. N área da cirurgia em ambulatório, o projecto pretende estar aberto a diversos médicos, convidando cirurgiões externos para operar no Instituto.

A colaboração com o Estado está garantida no que se refere a meios complementares de diagnóstico e nos tratamentos de hemodiálise, o mesmo não acontece com a oncologia. Este pode revelar-se como o maior desafio do novo Instituto. O que este propõe é que o Estado comparticipe os tratamentos e o Instituto faculta o espaço, de modo a proporcionar um maior conforto aos pacientes.

Isabel Marques

Fontes: Jornal de Notícias e www.josedemelo.pt

Cerveja reduz colesterol

Um estudo feito pela Sociedade Espanhola de Dieta e Ciências da Alimentação (Sedca) e pela Universidade de Valência, comprovou que a cerveja pode trazer benefícios para a saúde.
O estudo foi realizado em 50 freiras, de três conventos espanhóis, com idades compreendidas entre os 68 anos, que foram submetidas, durante 45 dias, ao consumo de meio litro de cerveja sem álcool.
Depois de a beberem, comprovou-se que o colesterol baixou na ordem dos 6% a 8%, devido a uma substância chamada lúpulo, que funciona como antioxidante.
Estudos anteriores comprovam que na Antiguidade, o lúpulo era utilizado pela medicina tradicional no tratamento de diversas doenças por possuir agentes anti bacterianas e anti inflamatórias, além de propriedades sedativas e diuréticas.
A cerveja pode diminuir o risco de problemas cardiovasculares e reduzir o colesterol. Jesus Román Martínez, um dos responsáveis pelo estudo afirma que “ o consumo de cerveja sem álcool pode contribuir para a redução de patologias associadas à idade e, portanto, promover um envelhecimento mais saudável".


Liliana Duarte

Fonte: BBC Brasil

Pertuzumab apresenta resultados promissores no tratamento do cancro da mama

Pertuzumab, um medicamento da Roche ainda em fase de investigação, mostra resultados promissores no combate ao cancro da mama avançado, quando combinado com Herceptin. Os resultados iniciais dos testes ao pertuzumab, um inibidor de dimerização de HER, mostram uma substancial actividade anti-tumor quando combinado com Herceptin, em pacientes pré-tratados com cancro da mama HER2 positivo. O estudo mostrou que um em cada cinco pacientes responderam ao tratamento com pertuzumab e um em cinco também apresentaram uma estabilização da doença durante seis meses ou mais. Os resultados são particularmente promissores, uma vez que os benefícios foram observados em pacientes em fase avançada de cancro, cujas opções para tratamento posterior são limitadas.

Segundo um dos principais investigadores, Dr. José Baselga do Hospital Universitário Vall d'Hebron em Barcelona, estas são potencialmente boas notícias para pacientes cujo cancro de mama HER2 positivo não está a responder aos tratamentos actuais. A fase II do estudo, apresentado no Congresso Anual da Sociedade Americana De Oncologia Clínica (ASCO), em Chicago, investigou a combinação de dois agentes da Roche que atingem a proteína HER2, o pertuzumab e o Herceptin, em pacientes com cancro da mama metastizado com HER2 positivo, cuja doença tinha progredido durante o tratamento com Herceptin e quimioterapia.

O pertuzumab é o primeiro de uma nova e inovadora classe de agentes direccionados conhecidos como inibidores de dimerização de HER (HER dimerization inhibitors - HDIs). O fármaco inibe o emparelhar ou dimerização da proteína HER2 com outros receptores da família HER (HER1, HER2, HER3 e HER4). Crê-se que esta interacção tem um papel importante no crescimento e formação de vários tipos de cancro diferentes. O pertuzumab aumenta a actividade do Herceptin devido aos seus distintos modos de acção. Os resultados positivos deste estudo permitiram progredir para a fase III do desenvolvimento do pertuzumab no tratamento do cancro da mama.

Para além da avaliação do pertuzumab no tratamento do cancro da mama, a Roche e a Genentech estão a avaliar a sua utilização no cancro dos ovários em combinação com outras terapias.

O cancro da mama e o HER2

O cancro de mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres do todo mundo. Todos os anos mais de um milhão de novos casos de cancro da mama são diagnosticados em todo o mundo e cerca de 400 000 pessoas irão morrer anualmente desta doença. No cancro da mama com HER2 positivo, são encontradas quantidades aumentadas de proteínas HER2 na superfície das células cancerígenas. Níveis elevados de HER2 são encontrados em formas particularmente agressivas da doença que responde deficientemente à quimioterapia. Pesquisas demonstram que aproximadamente 20 a 30 por cento das mulheres com cancro da mama são HER2 positivo.

Isabel Marques

Fontes: First Word, Pharmalive.com, Roche.pt

Farmacêuticas condicionam ensaios de medicamentos

Os resultados dos ensaios sobre medicamentos dependem, em grande parte, da farmacêutica que os subsidia, revela uma análise elaborada por um grupo de investigadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF). Os dados desta investigação foram divulgados nas edições mais recentes da PLoS Medicine.

Os cientistas examinaram 192 resultados de ensaios de fármacos publicados e elaborados entre 1999 e 2005 que comparavam um medicamento inibidor da enzima HMG CoA reductase capaz de reduzir o colesterol com outro semelhante, ou com um placebo. Ao examinarem os resultados constataram que se estes favorecessem o medicamento em teste, o ensaio tinha uma probabilidade vinte vezes superior de ser subsidiado pelo produtor da enzima HMG CoA reductase do que pela empresa produtora do fármaco semelhante. Os dados apresentados pelos investigadores mostram ainda que caso as conclusões do ensaio confirmassem a fiabilidade do medicamento em teste, as probabilidades do ensaio ser patrocinado pelo produtor do fármaco aumentam para 35 relativamente ao laboratório produtor da substância semelhante. É possível afirmar, por isso, que as empresas implicadas nos estudos sentem-se mais disponíveis para financiar os ensaios apenas quando estes as favorecem.

“Há muitas pessoas preocupadas com o crescente número de ensaios farmacológicos realizados pelos produtores de medicamentos”, salientou o autor do estudo Lisa Bero, professor de farmácia clínica e estudos de política da saúde na UCSF. Os resultados desses ensaios têm influência nos medicamentos que serão abrangidos pelos planos de saúde e nos tratamentos prescritos pelos médicos, nesse sentido, “se os resultados dos ensaios aos fármacos são condicionados pelos seus patrocinadores, não sabemos realmente qual é o mais eficaz”, advertiu.

Há, no entanto, um conjunto de factores que, de acordo com estes cientistas, poderão explicar porque é que os resultados favoreceram os financiadores dos medicamentos, entre os quais o facto dos patrocinadores dos ensaios optarem por não divulgar resultados que sejam desfavoráveis aos seus produtos. Pode também acontecer que as farmacêuticas seleccionem especificamente a atribuição de fundos aos ensaios com mais probabilidades de produzir resultados significativos.

Para além disso, acrescentou Lisa Bero, “a falta de medidas sobre os reais resultados clínicos neste mundo competitivo das comparações de medicamentos é decepcionante, uma vez que os estudos não nos fornecem a melhor informação necessária para escolhermos um inibidor da enzima HMG CoA reductase em detrimento de outros”.

O vice-presidente da “Pharmaceutical Research and Manufacturers of America”, entidade que congrega as indústrias farmacêuticas de pesquisa dos Estados Unidos, Ken Johnson, afirmou que “o novo estudo negligencia o papel crucial da ‘Food and Drug Administration’ (FDA) na revisão e aprovação de descobertas baseadas nos resultados de ensaios clínicos. A nossa indústria está dependente de ensaios clínicos bem estruturados que serão aprovados pela FDA”.

Marta Bilro

Fonte: Pharma Times