terça-feira, 19 de junho de 2007

Medicamentos comparticipados já podem ser vendidos fora das farmácias

Foi esta terça-feira publicado em Diário da República, um diploma legal que autoriza a venda de medicamentos comparticipados, fora das farmácias, sem no entanto existir qualquer comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no seu preço.

De facto, em Abril, o Concelho de Ministros havia já aprovado a venda de medicamentos comparticipados, não sujeitos a receita médica, fora das farmácias. Mas nestes casos não existiria qualquer comparticipação do Estado, tal como está definido no decreto-lei agora publicado.

No diploma, pode ler-se que a complexidade do sistema administrativo da comparticipação de medicamentos obriga a cingir a comparticipação dos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) às farmácias, impossibilitando, para já, o seu alargamento.

A venda dos MNSRM fora das farmácias, tinha já sido aprovada, em decreto-lei, há cerca de ano e meio.

Inês de Matos

Fonte: Agência Financeira

Pais fumadores têm maior probabilidade de ter meninas

Cromossoma masculino será mais sensível às mudanças nefastas causadas pelo fumo

Uma investigação realizada pela Liverpool School of Tropical Medicine, na Inglaterra, descobriu que as mulheres que fumam muito têm mais hipóteses de ter bebés do sexo feminino. A probabilidade aumenta se o pai também for fumador activo.

A pesquisa envolveu quase nove mil bebés nascidos entre 1998 e 2003, e concluiu que os pais fumadores apresentam uma probabilidade 50% menor de ter um bebé menino, do que, o grupo formado pelos pais não fumadores.

Os cientistas admitem desconhecer a causa para esse efeito, contudo, apontam como hipótese, o facto de as células do espermatozóide que carregam o cromossoma «y» (associado ao nascimento de meninos) serem mais sensíveis às mudanças prejudiciais associadas ao fumo.

“Estes resultados são importantes quando se avalia os danos para a saúde pública provocados pelo fumo na gravidez. Mas precisamos fazer mais pesquisas para descobrir exactamente o que causa esse efeito”, afirmou Ali Delpisheh, coordenador da pesquisa.

Embriões masculinos mais frágeis
Para Delpisheh, a relação entre o número de nascimentos de meninos e o de meninas “é um indicador importante da saúde de uma população, porque os embriões masculinos são mais frágeis do que os femininos”, concretizando: “Se nascem menos meninos, é um sinal de que a saúde em determinado local não está satisfatória.”

"O que nós descobrimos quando considerámos outros factores de risco, nomeadamente, a idade da mãe, o número de filhos e a situação sócio-económica, é que o fumo durante a gravidez está associado a mais nascimentos de meninas", explicou Delpisheh, reforçando que, "esta associação aumenta entre os que fumam muito e se o pai também fuma." Segundo acrescentou o investigador, os números também variam de acordo com a intensidade do hábito.

Esta é mais uma descoberta a equacionar às já conhecidas consequências de mães fumadoras durante a gestação, como peso diminuído e doenças respiratórias nos bebés.


Raquel Pacheco

Fonte: BBC/BMJ

Metade dos hospitais portugueses já solicitou aquisição da pílula abortiva

Quase metade dos hospitais portugueses com serviço de obstetrícia, fez já chegar ao Infarmed um pedido de autorização especial, de forma a adquirirem o medicamento Mifepristone, vulgarmente conhecida como pílula abortiva.

Segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), 19 dos 40 hospitais nacionais, já pediram este medicamento. Até ao momento, todos os pedidos foram diferidos.

O Mifepristone não é comercializado em Portugal, dai que para o importar, os hospitais tenham que efectuar um pedido ao Infarmed, de forma a obter uma autorização especial, que lhes permita adquirir o medicamento.

Os pedidos de autorização especial, surgiram na sequência de uma decisão do ministro da Saúde, Correia de Campos, que autorizou os hospitais a adquirir o comprimido, para que pudesse ser cumprida a lei em vigor, que autoriza o aborto apenas em três situações especificas. No entanto, o cenário deverá alterar-se com a nova lei do aborto, que deverá estar concluída até quinta-feira.

Os maiores pedidos foram feitos pelos hospitais de São Sebastião, em Santa Maria da Feira e de Faro, que pediram 1500 e 600 unidades, respectivamente. Em contrapartida, o Centro Hospitalar de Torres Vedras, registou o pedido mais reduzido, com apenas seis unidades.

Esta semana registaram-se mais três pedidos, o do Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, o Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Na capital registam-se apenas dois pedidos, o de Santa Maria, que solicitou 60 unidades, e o da Maternidade Alfredo da Costa, que pediu 102 pílulas.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

Grupo de trabalho promove site para avaliar produtos
Protectores solares debaixo de olho

Um grupo de trabalho empenhado em alertar a população para o impacto do ambiente na saúde pública resolveu criar um site na internet que avalia a eficácia e segurança de cerca de 800 protectores solares. Nem sempre os produtos mais populares são os que mais protegem a pele, lembram os especialistas.

A ideia, levada a cabo pelo “Environmental Working Group” (EWG), pretende ensinar os consumidores a utilizar os produtos adequados. Os responsáveis disponibilizaram, por isso, informação detalhada sobre os diversos protectores, agrupando-os de acordo com o tipo de raios prejudiciais contra os quais é suposto que cada produto proteja.

A supervisão do site esteve a cargo da vice-presidente do departamento de investigação do EWG, Jane Houlihan, que explicou que há duas coisas que as pessoas precisam num protector solar mais do que quaisquer outras. Uma delas é que este possua uma protecção resistente ao espectro solar, tanto dos raios UVB como UVA. A outra é a estabilidade do creme quando exposto à luz solar.

Esta responsável alertou ainda para o facto de os números visíveis nas embalagens, que indicam o factor de protecção solar, apenas se referirem aos raios UVB, o mais responsável pelas queimaduras solares. Apesar de serem menos aptos a causar queimaduras, os raios ultravioleta A podem aumentar o risco de cancro de pele e apenas um em cada cinco protectores solares fornece verdadeira protecção contra os UVA, sublinhou Houlihan.

Não existe um valor que possa quantificar a protecção aos UVA, que depende da conjugação de diversos factores. Embora existam substâncias que protegem contra os UVA, a luz do sol pode contorná-los e fazer com que se tornem ineficazes caso não sejam devidamente produzidos.

Para além disso, existe a hipótese de alguns componentes do protector solar sofrerem alterações, penetrando na pele e desencadeando alergias. Houlihan elege como os seus preferidos o zinco e o titanium, dois ingredientes que não sofrem alterações provocadas pela luz do sol, como acontece com outros componentes, e que oferecem uma protecção mais duradoura. Outra das vantagens reside no facto de reflectirem a luz solar em vez de a absorverem.

Na hora de comprar um protector solar, a especialista aconselha os consumidores a terem atenção não só ao factor de protecção mas também à presença de zinco e titânio. Se é certo que um elevado factor de protecção solar é muito eficaz contra os raios UVB, também é verdade que o zinco e o titânio são indispensáveis contra os UVA.

Existem vários ingredientes que são menos desejáveis, no entanto, dependendo da forma como são misturados e de outros ingredientes que possam ser-lhes adicionados, poderão não ser imediatamente postos de parte. Entre eles estão a avobenzona, a oxibenzona, o padimato O, um derivado do ácido para-aminobenzoico.

A investigação levada a cabo pelos responsáveis do EWG concluiu que os protectores solares mais populares não estão, necessariamente, entre os melhores. Um dos exemplos é o Coppertone, que apresenta uma boa avaliação nalgumas das categorias analisadas, mas no qual a estabilidade deixa algo a desejar.

Por melhor que seja o protector solar utilizado, Houlihan adverte que as precauções habituais relativas ao sol não devem ser descuidadas. Evitar a exposição solar nas horas mais perigosas, usar roupas adequadas e chapéu e aplicar várias vezes o protector são algumas das medidas mais importantes.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, o cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca. A exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente de cancro da pele, responsável por cerca de 90 por cento dos casos.

Marta Bilro

Fonte: CBS News, Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, ewg.org

Tratamento para glaucoma pode tornar-se mais eficaz
Nanopartícula transporta medicamento para o olho


A resposta ao velho anseio da comunidade científica de transportar medicamentos para dentro do olho de uma forma eficaz e relativamente cómoda para o paciente, e que permita tratar com maior sucesso doenças como o glaucoma, poderá estar na iminência de se tornar realidade. Uma equipa de investigadores da Universidade da Florida, nos Estados Unidos, desenvolveu uma nanopartícula que transporta para o interior do olho medicamentos essenciais para tratar aquela doença, que pode levar à cegueira.

A nova nanopartícula, que será dada a conhecer no âmbito de um artigo a publicar na edição do próximo dia 28 da revista científica «Journal of Physical Chemistry», é pequena, não é invasiva nem desconfortável para os doentes, de acordo com os cientistas, e tem demonstrado resultados muito positivos em termos de penetração no olho e no que diz respeito ao transporte do medicamento, sempre com garantia de segurança para o doente, tendo apresentado maior eficácia no tratamento do glaucoma do que os complexos de polímeros normalmente utilizados nos colírios convencionais.
A equipa norte-americana de especialistas considera que “a nanopartícula pode, de uma forma segura, passar a barreira de sangue do cérebro, tornando-a numa ferramenta não tóxica eficaz para a entrega de medicamentos”, como explicou um dos investigadores envolvidos no projecto. Sudipta Seal, professor na Universidade da Florida, acrescentou que a nova nanopartícula “baseia-se numa conjugação de óxido de cério com um composto que bloqueia a enzima hCAII, que se pensa ter um papel importante no desenvolvimento do glaucoma”.

Carla Teixeira
Fonte: TV Ciência

Café pode prevenir tremor do olho

Um a dois cafés por dia parece que contribuem na prevenção do espasmos oculares, que podem em último caso provocar a cegueira. Este é o resultado de um estudo feito por cientistas italianos e publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry.

No estudo, foram analisados os hábitos de 166 pessoas que bebem café e que fumam. No que diz respeito ao tabaco, os cientistas não chegaram a conclusões efectivas. Mas, os que cosumiam café demonstraram menos tendência para desenvolver o problema nervoso da visão.

«As nossas análises aumentam as dúvidas no qe diz respeito à relação entre tabaco e os espamos ocular, e fortalecem a ideia de que o café pode ter um papel preventivo», explica o professor da Universidade de Bari, Itália, Giovanni Defazio.

O cientista acredita que a cafeína pode bloquear os receptores cerebrais associados ao tremor.
Com esta descoberta podem ser desenvolvidos novos fármacos para tratamento e prevenção deste distúrbio. Até agora os médicos utilizam o Botulinum.

O espasmo ocular é uma disfunção neurilógica que envolve contracções involuntárias dos musculos. Atingem sobretudo as pessoas com mais de 50 anos e começa muitas vezes por ser uma irritação nos olhos.

Sara Pelicano
Fonte: BBC

Tintas para o cabelo ligadas a maior risco de cancro

São muitas as mulheres e actualmente homens que decidem mudar de visual e para tal pintam o cabelo. No entanto convém esclarecer que o uso regular de tintas pode levar ao desenvolvimento de linfomas.

Já em 2003, a Comissão Europeia promoveu a elaboração de uma lista de substâncias aprovadas para as tintas do cabelo, de forma a evitar eventuais alergias. Em 2005, a investigação dos cientistas da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Cancro, afirmaram que as pessoas que estiveram muito expostas às tintas antes dos anos 70 devem ter especial atenção ao risco que correm.

Estima-se que actualmente, cerca de um terço das mulheres na Europa e América do Norte, e 10% dos homens com mais de 40 anos usam algum tipo de tinta para o cabelo.

No entanto, se utilizar uma coloração suave e que não demore tanto a sair, o risco é menor, uma vez que possui menos químicos.

Liliana Duarte

Fontes: Diário Digital e Site da RTP

Anunciantes portugueses comprometem-se a reduzir publicidade ao fast-food

As marcas de fast-food já deram início a uma redução das publicidades de fast-food dirigidas às crianças. O objectivo é cumprir as directrizes da Comissão Europeia e parar com os incentivos à obesidade.

Em declarações à agência Lusa, a secretária geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), Manuela Botelho, afirmou que “os anunciantes portugueses estão já a desenvolver um conjunto de iniciativas que vão ao encontro do que a Comissão Europeia preconiza".

A eliminação da publicidade que incita os mais novos a ingerirem alimentos pouco saudáveis foi uma exigência avançada pela Comissão Europeia para travar os números crescentes no que toca à obesidade. Os anunciantes acataram a decisão e vão cumprir a norma de forma voluntária, face às ameaças desta vir a ser imposta através de legislação restritiva.

Um apelo à auto-regulação que parece estar a dar frutos, reconhece a secretária geral da Associação de Anunciantes. Os exemplos estão à vista. “Em Portugal existem já várias empresas que não só alteraram os conteúdos da sua comunicação como deixaram de comunicar em horários infantis”, sublinhou a mesma responsável.

Há ainda algumas marcas de fast-food que optaram por aderir a iniciativas que passam pela “reformulação de produtos e criação de novos produtos com mais baixo teor de açúcar, sal e gordura”, pela "melhoria da informação nutricional" e por "campanhas de promoção à actividade física".

Manuela Botelho garante que “os anunciantes portugueses estão conscientes do problema da obesidade e têm vindo a manifestar em diversas instâncias o seu compromisso de colaboração no sentido de ser parte da solução deste problema”.

A prova dos nove será realizada em 2010, altura em que a União Europeia irá monitorar a actuação da indústria relativamente a estas iniciativas. Se houver irregularidades, serão então adoptadas medidas mais sólidas.

A APAN diz-se solidária com as preocupações das empresas, e assegura que vai procurar “desenvolver iniciativas pró-activas no sentido de sensibilizar, promover e antecipar todas as questões que possam pôr em causa o futuro da comunicação comercial”, concluiu Manuela Botelho.

Marta Bilro

Fonte: Açoriano Oriental, Lusa.

Pesquisa- Síndrome de Hurler e Fenda Palatina

A genética refere-se à transmissão de informação de vários níveis. A nível molecular, o DNA compreende os genes, que são parte dos cromossomas. Cada um dos nossos triliões de células contêm dois pares de cromossomas, e cada conjunto é uma cópia do genoma.

Assim, as células interagem e agregam-se em tecidos, os quais por sua vez combinam-se para formar órgãos e sistemas.
Os genes individuais existem em variantes que diferem umas das outras por pequenas mudanças na sequência de bases do DNA. As variantes de um gene são chamadas de alelos, e estas mudanças na sequência de DNA surgem por um processo chamado de mutação. Algumas mutações são prejudiciais, causando doenças; outras fornecem variação, tais como sardas na pele; e algumas mutações podem ser na verdade úteis.

Os genes são partes de estruturas maiores chamadas cromossomas, que também incluem proteínas nas quais o DNA se enrola. A célula humana tem 23 pares de cromossomas. Vinte e dois pares são autossómicos, ou seja, cromossomas que não diferem entre os sexos masculino e feminino. Os outros dois cromossomas, o X e o Y, são cromossomas sexuais.

Todas as doenças estão ligadas aos nossos genes. A informação contida nos nossos genes é tão importante que uma única alteração pode originar uma doença hereditária grave, predispor-nos para o desenvolvimento de uma doença crónica, ou tornar-nos mais vulneráveis a uma doença infecciosa.

O genoma humano contém aproximadamente 70000 a 100000 genes. Alterações ou mutações em certos genes são responsáveis por, aproximadamente, 4000 diferentes doenças hereditárias severas. Estas doenças são designadas de Doenças Mendelianas, doenças de gene único, ou Doenças Monogénicas porque uma alteração num único gene provoca a doença. No entanto são doenças relativamente raras mas que em termos mundiais afectam milhões de pessoas. Como exemplo destas doenças temos: fibrose cística, Síndrome de Hurler, doença de Tay – Sachs, Hemofilia entre outras.

Assim, a Doença Poligénica ou Multifactorial, é um conjunto de doenças hereditárias produzidas pela combinação de múltiplos factores ambientais e mutações em vários genes, normalmente de diferentes cromossomas.
Devido a este conjunto de causas complexas, são mais difíceis de analisar do que as doenças mendelianas.
As características multifactoriais incluem características comuns como a cor da pele, a altura, doenças e condições comportamentais e tendências.
Tanto as características mendelianas como as poligénicas podem ser multifactoriais. Grande parte das doenças existentes são de origem poligénica uma vez que estão associadas a vários genes.

A Síndrome de Hurler, é uma doença genética que se estima afectar aproximadamente um em cada 400.000 indivíduos. Estes doentes não produzem a forma natural da enzima alfa-L-Iduronidase, que é necessária para a degradação lisossómica de glicosaminoglicanos.
Os lisossomas são degradadores dos produtos da própria célula, de restos de organelos, macromoléculas ou ainda de produtos que são hidrolisados pela célula.

Na doença de Hurler como temos a falta da enzima alfa-L-Iduronidase, gera-se uma acumulação deste substrato no citoplasma da célula, ficando os lisossomas sobrecarregados.

O Síndrome de Hurler resulta de uma transmissão autossómica recessiva e mostra como a consanguinidade aumenta a probabilidade das pessoas poderem ter filhos afectados. O tratamento passa por administração intravenosa da enzima alfa-L-Iduronidase e
transplante de medula óssea, pode melhorar alguns dos sintomas desta doença e ainda pode prevenir o atraso mental.

No caso da fenda palatina sabe-se que em cada ano que passa nascem em todo o mundo centenas de bebés com malformações da boca. Estima-se que cerca de 600 recém-nascidos nasçam com fenda palatina – deformação que ocorre quando os dois lados do céu-da-boca não se unem devidamente.
Na maior parte dos casos, o problema é congénito, mas até ao momento pouco mais se sabia. Uma equipa de cientistas do Imperial College de Londres investigou o problema e acabou por descobrir o gene causador da fenda palatina. É o gene TBX22 no cromossoma X.

As fendas labiais e palatinas são originadas no período intra-uterino. Algumas das causas das fendas podem ser: Hereditárias: estudos demonstram que o risco de se ter um filho com o problema é de 5% quando um dos pais ou um irmão for fissurado, e será de até 30% quando um dos pais e um irmão o seja; Carência alimentar: a maioria dos fissurados pertence a famílias paupérrimas, com alimentação deficiente em Riboflavina, Ácido Fólico, Ácido Pentotênico, Vitamina E, Nicotinamida; Influências Psicológicas: distúrbios emocionais da mãe, durante o primeiro trimestre de gestação, podem provocar interferência na circulação do feto, causando a formação de fissuras; Doenças Infecciosas: estudos demonstram que 12 a 15% das mães, que contraíram a rubéola no primeiro trimestre de gestação, deram nascimento a crianças com fendas orais.

O tratamento da fenda labial e fenda palatina envolve diversas especialidades médicas, incluindo cirurgiões plásticos, ortodontistas, fonoaudiólogos e outros. O tratamento pode estender-se por vários anos.
A cirurgia para fechar a fenda labial geralmente é realizada com um ou dois meses de idade. Cirurgias posteriores podem ser necessárias se houver envolvimento nasal extenso.
A fenda palatina geralmente é fechada durante o primeiro ano de vida, a fim de melhorar o desenvolvimento normal da fala. Até a realização da cirurgia, uma prótese geralmente é colocada sobre o palato para facilitar a alimentação.
Embora o tratamento possa estender-se por vários anos e exigir várias cirurgias dependendo do comprometimento, a maioria das crianças afectadas por este distúrbio pode atingir aparência, fala e alimentação normais. Para alguns, os problemas de fala podem continuar.

Trabalho de Liliana Duarte

Fontes: : www.cienciaviva.pt
http://www.avera.org/avera/adam/5/001204.adam
http://www.genzyme.com.pt/corp/pt_p_port.asp
http://health.allrefer.com/health/hurler-syndrome-diagnosis-tests.html
http://www.medterms.com/script/main/art.asp?articlekey=3821
http://www.sciencemuseum.org.uk/exhibitions/genes/images/1-3-4-2-0-0-0-0-0-0-0.jpg
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec23_254.htmhttp://www.jornaldosite.com.br/arquivo/anteriores/ivan/artivan74.htm

Livros
Lewis, RICHI, Genética Humana, Guanabara Koogan, 5ª edição, Rio de Janeiro.

Griffiths, ANTHONY J.F., Genética, McGRAW HILL, Interamericana, 7ª edição, Madrid.

Beisson, Janine; “A Genética”; Edição nº10029/1807; Publicações Europa- -América; Lisboa 1973.
Medicamentos para emagrecer
Obesos à espera de um milagre

O consumo de medicamentos para combater a obesidade, independentemente de serem os que são prescritos por um médico ou aqueles que podem ser adquiridos livremente pelo utente sem necessidade de uma receita médica, pode desencadear comportamentos pouco saudáveis.


A conclusão é avançada num estudo elaborado por investigadores da Universidade da Pensilvânia, com o apoio de dois especialistas em Marketing da Wharton School of Business, nos Estados Unidos, que apontam as pessoas que mais facilmente optam por fármacos para emagrecer como as que também mais depressa recaem no sedentarismo e nos maus hábitos alimentares. De acordo com os especialistas, quando os pacientes são confrontados com um diagnóstico de obesidade, não dão imediatamente sinais de predisposição para trocar as batatas fritas e os chocolates por cenouras e caminhadas após as refeições.
Lisa Bolton e Americus Reed, professores da Wharton School of Business, e Kevin Volpp e Katrina Armstrong, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, provaram que os indivíduos que contemplam a toma de um medicamento, com ou sem receita médica, para emagrecer, tornam-se mais propensos a adoptar hábitos alimentares perniciosos ou a optar por um estilo de vida mais sedentário. Trata-se do conhecido «efeito boomerang», que acontece, de acordo com aqueles peritos, por dois motivos: primeiro, a estratégia de marketing associada ao fármaco produz motivação no obeso, convencendo-o de que será fácil perder peso porque, em vez de lutar sozinho para queimar as gorduras, terá ajuda do químico.
Numa segunda linha de actuação o mesmo marketing dá a entender ao doente que ele não tem capacidade de levar uma vida saudável, que contemple alimentação saudável e prática regular de exercício físico. Não obstante, numa série de estudos conduzidos pelos investigadores, foi apurado que o «efeito boomerang» não tem a mesma dimensão em pessoas com um estilo de vida mais saudável. Os cientistas referem que “as pessoas parecem escolher a toma de suplementos num acto de fé, mais do que tendo em conta a evidência científica. Assumem que os medicamentos são “naturais” e que não podem fazer-lhes mal. As nossas pesquisas indicam que é assim de facto, mas tendo em conta cenários em que predomina o estilo de vida saudável”, atestam.

Carla Teixeira
Fonte: Medical News Today

Estudo: Bebés fumadores-passivos têm elevados níveis de cotinina no organismo

As crianças que habitam em lares em que pelo menos um dos pais é fumador apresentam na urina níveis 5,5 vezes superiores de cotinina, uma substância derivada da oxidação da nicotina, do que os filhos de não fumadores, revela um estudo elaborado por cientistas britânicos.

Os especialistas acreditam que ao fumar perto dos recém-nascidos, estes transformam-se em fumadores passivos crónicos, mais sensíveis ao risco de aparecimento de doenças relacionadas com o sistema respiratório. O estudo diz mesmo que este factor pode estar relacionado com muitos casos de morte súbita.

A cotinina é desenvolvida pelo próprio corpo num tentativa de se defender da nicotina inalada através do fumo. A investigação divulgada pela edição on-line do jornal “Archives of Diseases in Childhood” concluiu que os bebés cuja mãe é fumadora correm um risco quatro vezes superior de acumular cotinina no corpo.

O estudo, que envolveu 104 crianças com 12 semanas de idade (71 das quais em que um dos pais é fumador e 33 com pais não fumadores), indicou também que os bebés que nascem em famílias onde o pai é fumador, o nível de cotinina detectado na urina duplica.

“Os bebés e as crianças são expostos de forma rotineira ao fumo do cigarro pelos progenitores nas suas casas, uma vez que não é aplicada a mesma legislação em vigor nos espaços públicos”, refere o artigo elaborado por investigadores da escola médica da Universidade de Leicester e pela Universidade Warwick.

Há outros factores associados ao aumento dos níveis de cotinina no corpo, como é o caso dos bebés que dormem com os pais ou em quartos onde a temperatura é baixa, revelam os cientistas. “Os bebés afectados pelo fumo são, por norma, provenientes de lares pobres, com divisões reduzidas e aquecimento inadequado”, relata o estudo.

De acordo com os autores, “os elevados níveis de cotinina, em alturas do ano em que a temperatura é mais baixa, podem ser um reflexo de outros factores chave que influenciam a exposição ao fumo passivo, tais como a má ventilação ou uma tendência dos pais para fumarem dentro de casa no inverno”.

Dormir com os pais é um factor de risco que propicia a síndrome de morte súbita infantil, alertam os cientistas, justificando que isso se poderá dever à proximidade das crianças com a roupa ou outros objectos dos pais contaminados com partículas de fumo.

Existem, segundo os investigadores, dificuldades práticas na prevenção do acto de fumar dentro de casa que requer boa vontade por parte dos que nela habitam e informação sobre os perigos para a criança. Só resta esperar que as mães façam o que é melhor para os filhos, sublinham os especialistas.

“Todos temos consciência de que o fumo passivo é nocivo para as crianças, o que acabámos de fazer foi traduzi-lo em números”, referiu Mike Wailoo, especialista em saúde infantil na Universidade de Leicester.

“A nicotina, da qual a cotinina é um derivado, tem efeitos na estimulação cardiovascular, no entanto, esse é apenas um dos vários milhares de compostos do fumo do tabaco e pode nem ser o mais letal. A forma como afecta as crianças é completamente desconhecida”, alertam os responsáveis pelo estudo.

A mesma investigação demonstrou que 74 por cento dos fumadores garantiram não fumar quando se encontravam no mesmo espaço que uma criança, comparativamente aos 47 por cento que afirmou que não fuma na companhia de outros adultos não fumadores.

Os dados da Organização Mundial de Saúde indicam que 49 por cento das crianças são fumadoras passivas em casa e 60 por cento em locais públicos. O tabagismo passivo é a primeira causa de doença pediátrica, sendo que 50 por cento dos recém-nascidos com baixo peso são filhos de mães que fumaram durante a gravidez.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, Guardian Unlimited, Life Stile Extra.

Erros na quimioterapia com crianças

Investigadores da Universidade John Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, concluíram que entre 1999 e 2004 houve pelo menos 300 erros de medicação de crianças em tratamento de quimioterapia em diversos hospitais, clínicas e outras instituições de saúde daquele país. O estudo foi publicado na revista «Cancer».

A dose a administrar aos pacientes de quimioterapia infantil é calculada com base no seu peso, altura e idade, mas são relativamente frequentes os erros de cálculo quanto à quantidade de medicamento a administrar, a melhor altura para o fazer ou a frequência com que os pequenos doentes têm de receber o fármaco. Apesar de não haver muitos estudos que abordem com profundidade esta matéria, o grupo de cientistas da universidade norte-americana liderado por Marlene Miller avaliou uma base de dados que documenta precisamente a ocorrência de erros de medicação, e constatou que, naquele período, foram registados mais de 829 mil erros daquele tipo, sendo que 30 mil afectavam doentes com menos de 18 anos de idade, e pelo menos 300 diziam respeito a problemas relacionados com a quimioterapia.
De acordo com os dados apurados no estudo agora divulgado, uma faixa de 85 por cento dos erros relatados afectou significativamente os doentes, enquanto em 16 por cento dos casos os enganos foram suficientemente graves para exigir atenção médica imediata. Cerca de metade dos procedimentos errados teve origem na escolha errada do momento para a administração do medicamento, 23 por cento deveram-se a doses erradas, e outros 23 por cento tiveram por base equívocos relativos à frequência da toma ou ao timming da sua administração.

Carla Teixeira
Fonte: El Mundo

Factive® revoluciona tratamento de infecções respiratórias

Acaba de chegar às farmácias brasileiras o novo antibiótico Factive® (mesilato de gemifloxacino, dos Laboratórios Aché, indicado para o tratamento de infecções do trato respiratório (com especial destaque para pneumonia, sinusite, exacerbação aguda da bronquite crónica e sinusite bacteriana aguda). O lançamento na Europa está previsto para breve.

Com uma administração mais cómoda – apenas uma toma diária – e promessas de um tratamento de menor duração (apenas cinco dias) e com menor incidência de efeitos colaterais, o novo fármaco está disponível na versão de 320mg, em caixas de cinco ou sete comprimidos. Comercializado já em importantes mercados, como os Estados Unidos, o México, a Coreia do Norte, alguns países de África e do Leste Europeu, será brevemente lançado na Europa e no Canadá, de acordo com dados avançados pelo fabricante. José Roberto Lazzarini, director médico-científico dos Laboratórios Ache, explicou que a generalidade dos ensaios clínicos feitos com o gemifloxacino “apresentou elevada efectividade nos casos de pneumonia adquirida na comunidade e na exacerbação aguda da bronquite crónica, com índices de eficácia superiores a 93 por cento”.

Carla Teixeira
Fonte: News Med

Pílula anticoncepcional cura tensão pré-menstrual

Já se encontra disponível no mercado farmacêutico brasileiro o novo contraceptivo oral da Bayer Schering Pharma. A Yaz é a primeira pílula anticoncepcional de baixa dosagem hormonal (na sua composição contém 3mg de drosperinona e 0,02mg de etinilestradiol) aprovada pela Food and Drugs Administration para o tratamento dos sintomas mais severos de tensão pré-menstrual, que em seis por cento dos casos, de acordo com os médicos, atingem a sua forma mais grave: a síndroma disfólica pré-menstrual.

Quando em três ciclos menstruais consecutivos a mulher evidencia pelo menos um sintoma físico e um sintoma emocional de TPM – os primeiros incluem fadiga, dores de cabeça, inchaço dos pés e das mãos, dor no peito, distensão abdominal, cólicas, alterações do apetite e do sono e dores nas articulações e nos músculos, enquanto nos segundos estão compreendidos irritabilidade, depressão, desespero, ansiedade e tensão, tristeza repentina, choro, raiva e fúria, oscilações súbitas de humor, dificuldades de concentração, baixa auto-estima, falta de energia e pouco interesse por actividades habituais –, estamos perante uma manifestação da forma mais grave de tensão pré-menstrual.
É nestes casos que a nova pílula pretende actuar, reduzindo os sintomas que mais afectam a qualidade de vida das mulheres durante a menstruação. A Yaz possui os efeitos antimineralocorticóide e antiandrogénico, que permitem reduzir a retenção de líquidos de origem hormomal e contribuem para aliviar os sintomas de TPM, ao mesmo tempo que também ajuda a combater o acne. A Yaz está disponível em embalagens mensais de 24 comprimidos revestidos, devendo a mulher fazer a toma diária de um comprimido durante 24 dias consecutivos, interrompendo depois durante quatro dias, altura em que ocorrerá um sangramento vaginal por privação hormonal similar ao período menstrual.

Carla Teixeira
Fonte: News Med

Bayer revê em alta estimativas para margens de lucros

A farmacêutica alemã Bayer destacou-se hoje na panorâmica positiva das bolsas europeias ao afirmar que os seus lucros estão a crescer a um ritmo superior ao que era esperado. A evolução é justificada com as poupanças relacionadas com a aquisição da Schering.

Ao mesmo tempo que reviu em alta as suas estimativas, com uma margem de lucro de 25 por cento para este ano e 28 por cento para 2009, a empresa salientou que a compra da Shering vai permitir-lhe reduzir os custos em mais de 100 milhões de euros do que aquilo que estava previsto. As acções da Bayer seguem assim com uma subida de 1,6 por cento para os 56,94 euros.

O laboratório alemão adquiriu a Schering por 17 mil milhões de euros, no ano passado, para acumular mais receitas através das pílulas contraceptivas Dyazide (Hidroclorotiazida + Triamtereno) e do fármaco Betaseron destinado ao tratamento da esclerose múltipla.

A decisão de cortar nos gastos em pesquisas pode prejudicar o crescimento futuro da Bayer ao deixá-la com poucos projectos para financiar, afirmam os analistas. “A aquisição da Schering é muito positiva, mas margens de lucro mais elevadas são fruto da investigação”, salientou Andreas Theisen, um analista da WestLB, em Dusseldorf.

A farmacêutica prevê que as poupanças inerentes à aquisição da Schering ascendam aos 800 milhões de euros, quando a previsão inicial para 2009 se ficava pelos 700 milhões de euros, referiu o director-executivo da empresa, Werner Wenning.

De acordo com as previsões, a Bayer deverá gastar, este ano e no próximo, 15 por cento das vendas em investigação e desenvolvimento, uma ligeira diminuição face aos 17 por cento dispendidos no ano passado.

A empresa deverá alterar a sua política em relação aos medicamentos prescritos e de venda livre. Num futuro próximo, a Bayer pretende concentrar-se no desenvolvimento de fármacos para o tratamento do cancro, problemas cardíacos, para a saúde da mulher, bem como no diagnóstico pela imagem.

Nos últimos meses, o laboratório alemão abandonou o desenvolvimento de 20 fármacos experimentais, incluindo o PTK/ZK para o tratamento do cancro, o Leukine direccionado para os doentes de Crohn e o Asoprisnil para tratar tumores no útero.

Marta Bilro

Fonte: Jornal de Negócios, Diário Económico, Bloomberg.

Oncologistas querem legalização da eutanásia

Trinta e nove por cento dos médicos oncologistas portugueses defendem a legalização da eutanásia, revelou hoje o Serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), através de um estudo efectuado.
O estudo foi feito pelo médico Ferraz Gonçalves, pioneiro dos cuidados paliativos em Portugal, no âmbito da tese de mestrado “A boa morte: Ética no fim da vida”, que defendeu-a esta semana com nota bastante positiva, na FMUP.
Ferraz Gonçalves enviou inquéritos a 500 médicos oncologistas portugueses, tendo recebido cerca de 200 respostas, 39 por cento das quais favoráveis à legalização da eutanásia.
Rui Nunes, director do Serviço de Bioética e Ética Médica da FMUP e orientador da tese do médico, em declarações à agência Lusa disse que os resultados do estudo são “muito preocupantes e constituem um sinal de alerta, porque confirmam uma tendência de crescimento”.
“Para quem é favorável à eutanásia, que não é o meu caso, estes resultados podem ser considerados positivos, mas eles são um sinal de alerta para a sociedade e para o legislador, no sentido de inverter esta tendência”, afirmou Rui Nunes.
O presidente fez questão de frisar que o inquérito efectuado “não foi feito a uns médicos quaisquer, mas sim oncologistas, que são os que lidam com os doentes terminais”.
”Tradicionalmente, as pessoas e os médicos são contra a eutanásia, que é uma prática que a ética médica condena com veemência, mas este estudo vem confirmar uma percepção que cresce junto dos profissionais desta área. Se não fizermos nada, amanhã serão mais”, salientou.
“O doente pede eutanásia porque tem dores, está em sofrimento, está num espaço de completa desumanização, longe da família”, continuou salientando que os cuidados paliativos são a resposta que a sociedade pode e deve dar aos doentes terminais.
Para Rui Nunes, qualquer doente devia ter o direito de não querer “estar eternamente ligado a um ventilador” ou ser submetido a uma cirurgia que pode ser muito arriscada e que não trará melhorias ao seu estado clínico.

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital / Lusa

Doentes de DH em encontro nacional

A Doença de Huntington (DH) é uma das doenças raras com menor incidência em Portugal, afectando apenas entre 500 a 1000 portugueses, ainda assim devido ao seu carácter degenerativo progressivo exige uma acompanhamento e um apoio constante dos doentes e familiares, que não existe em Portugal.
Para alertar as dificuldades e as necessidades destes doentes e dos seus familiares, ignorados pelo sistema nacional de saúde, a Associação Portuguesa de Doentes de Huntington promove, pela primeira vez, um Encontro Nacional de Doentes e profissionais de saúde que contará também com a presença de Christiane Lohkam, Presidente da Associação Internacional de Huntington.
O Encontro decorrerá no próximo dia 23 de Junho, Sábado, pelas 10h00 horas, no Hotel Riviera, em Carcavelos.
A Doença de Huntington, também designada de Coreia de Huntington é uma patologia do foro neurológico que tem origem num gene anormal. Esta doença é herdada através dos genes e começa a dar os seus avisos a partir dos 35 anos.
A DH é caracterizada por movimentos involuntários (coreia), deterioração intelectual e alterações no comportamento e na personalidade (depressão). A maioria dos indivíduos também desenvolve problemas com a fala, a mastigação e a deglutição provocados pela perda de controlo dos músculos da boca e da garganta.
Esta doença atinge na sua maior fatia, países ocidentais e afecta entre 5 a 10 por cada 100.000 indivíduos, e ocorre em ambos os sexos, embora em diferentes idades.
Os casos de DH em jovens, é mais raro, e tem o seu inicio por volta dos 20 anos e o principal sintoma da doença nos jovens é a rigidez muscular e não os movimentos involuntários.


Juliana Pereira
Fonte: Jasfarma

ASAE alerta para infecções alimentares

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) alertou os portugueses, para o cuidado a ter com os alimentos perecíveis devido ao Verão, considerada a “época alta” para as infecções alimentares.
“Os alimentos são estragados por bactérias, que se multiplicam com as temperaturas elevadas”, colocando a saúde dos portugueses em risco, explicou Alexandra Veiga, técnica da Direcção de Avaliação e Comunicação de Riscos da ASAE.
Os alimentos mais perigosos, como quem diz, aqueles que devem ser guardados em ambiente mais frio, são as natas, o fiambre, a maionese, os ovos, a carne ou o peixe.
Alexandra Veiga explicou que esses alimentos não devem estar em temperaturas entre os 5 e os 60 graus (zona de risco), por serem um intervalo de temperatura favorável à multiplicação das bactérias nos alimentos perecíveis.
Esta sugestão surgiu num seminário organizado hoje em Lisboa pela ASAE sobre a “Avaliação dos Riscos na Cadeia Alimentar”.
No seminário, foi também discutida a participação da ASAE na criação, a nível europeu, de uma “plataforma de risco emergente”, que pretende tentar prevenir eventuais riscos alimentares.
A Base de Dados de Suplementos Alimentares, nomeadamente complexos vitamínicos, ácidos gordos, ómega 3 ou preparados à base de ervas, foi outro tema abordado.
Paulo Fernandes, da ASAE, explicou que a base de dados criada, só poderá ser usada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, e permite uma melhor avaliação dos riscos dos produtos e fiscalizá-los.

Juliana Pereira
Fonte: Diário Digital / Lusa

Nuvifil a caminho do mercado norte-americano

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drug Administration - FDA) aprovou a comercialização do Nuvigil (armodafinil) da farmacêutica Cephalon, um medicamento utilizado no tratamento da hipersónia associada à narcolepsia, Síndrome de Apneia/Hipopneia obstrutiva do sono e de perturbações do sono derivadas da alteração frequente de horários.

O laboratório tem planos para comercializar o medicamento logo que estejam reunidos os dados clínicos adicionais e apesar do director executivo da Cephalor, Frank Baldino Jr., ter anunciado que o fármaco não seria lançado em 2007. O Nuvigil é uma nova fórmula de acção mais prolongada do Provigil, o fármaco mais bem sucedido do laboratório norte-americano aprovado pela FDA em 1998. No caso da Síndrome de Apneia/Hipopneia obstrutiva do sono a utilização do Nuvigil é indicada em conjunto com o tratamento habitual.

A Cephalon tinha já anunciado em Março que acreditava na aprovação do fármaco, consciente de que viria acompanhado de um aviso de contra-indicações relativas a alergias na pele e hipersensividade, previsão que se veio a confirmar.

“Encaramos esta aprovação como um marco na história da Cephalon, uma vez que o Nuvigil pode alargar, até 2023, a exclusividade da empresa sobre os produtos para o tratamento de perturbações do sono”, afirmou Eric Schmidt, analista da Cowen & Co, referindo-se a uma patente norte-americana que protege o Nuvigil até essa data.

Os analistas acreditam que o parecer positivo da FDA ao Novigil poderá ajudar a Cephalon a evitar uma possível competição de um semelhante genérico do Provigil, cujas vendas geraram cerca 543 milhões de euros (728 milhões de dólares norte-americanos) no ano passado.

Em Março, a autoridade da concorrência norte-americana intimou a empresa a fornecer detalhes acerca de um acordo assinado com quatro produtores de genéricos para adiar as cópias mais baratas de Provigil até 2012.

A aprovação do fármaco foi atrasada pela FDA, no ano passado, que requeria mais informações acerca da segurança do produto. A atitude da entidade reguladora surgiu na sequência de uma alergia de pele grave provocada numa criança durante os ensaios clínicos da substância, revelou a Cephalon.

O consentimento da FDA relativamente ao Nuvigil é sinónimo de “uma grande vitória e resulta dos esforços de colaboração entre a comunidade científica e reguladora”, afirmou Lesley Russell, vice-presidente executivo e responsável pelas operações regulamentares e médicas da Cephalon a nível mundial. Num comunicado emitido pela própria empresa, Russel disse ainda que estão muito entusiasmados “com o futuro do Nuvigil” e que já iniciaram “novos ensaios clínicos para explorar o potencial do medicamento num vasto leque de doenças”.

O programa clínico da farmacêutica deverá avaliar a utilização de Nuvigil no tratamento da depressão bipolar, esquizofrenia, narcolepsia associada à doença de Parkinson e fadiga em pacientes que estão a receber tratamento para o cancro.

As acções da Cephalon, sedeada na Pennsylvania, aumentaram hoje na bolsa de Nasdaq cerca de 92 cêntimos (1.23 dólares norte-americanos) ou 1,5 por cento, para 62.54 euros (83.86 dólares).

Marta Bilro

Fonte: Market Watch, Forbes, Cephalon, Bloomberg, First World.

Medicamento para o coração reduz risco de amputação

Um fármaco utilizado no tratamento de ataques cardíacos poderá evitar que alguns doentes tenham de sofrer amputações nos dedos dos pés e das mãos, geralmente motivadas por ulcerações provocadas pela exposição ao frio intenso.

Segundo um estudo publicado na última edição dos «Archives of Surgery Medical Journal», uma equipa de investigadores da Universidade do Utah, nos Estados Unidos, aferiu que o medicamento em causa também contribui para repor a circulação sanguínea nos dedos afectados por hipotermia, reduzindo significativamente o risco de amputação daqueles membros. A exposição ao frio intenso provoca o bloqueio dos vasos sanguíneos e obstaculiza a circulação do sangue. Muitos têm sido os procedimentos utilizados no sentido de resolver o problema – oxigénio hiperbárico, intervenções cirúrgicas e fármacos anti-coagulação –, mas com poucos resultados, de acordo com a equipa de cientistas do Utah, que agora contrapõe a administração do plastimogen activator (TPA) como solução para optimizar a fluidez da circulação sanguínea, prevenindo maiores danos para o organismo. “O que o medicamento faz é ajudar a recuperar os tecidos que estão afectados pelo frio, mas que ainda não morreram”, disse Stephen Morris, um dos autores do estudo agora divulgado.

Carla Teixeira
Fonte: Xinhua

Anti-coagulantes podem evitar amputações em lesões provocadas pelo frio

Os medicamentos anti-coagulantes utilizados no tratamento de derrames cerebrais e ataques cardíacos poderão ser uma solução para restaurar o fluxo sanguíneo nos dedos e noutros membros do corpo que sofreram congelamento. Um estudo recente diz mesmo que desta forma poderão ser evitadas algumas amputações.

A equipa de investigadores da Universidade de Utah realizou a pesquisa num pequeno grupo de doentes e verificou que os fármacos trombolíticos (substâncias que dissolvem o coágulo) como a estreptoquinase, a uroquinase ou o activador do plasminógeno tecidular, podem ser eficazes no tratamento das queimaduras provocadas pelo gelo.

Este tipo de lesões provocadas pelo frio pode atingir várias partes do corpo que sofrem danos permanentes. Conforme a explicação fornecida pelo Manual Merck, “é mais provável que o congelamento afecte quem tem circulação deficiente devido à arteriosclerose (espessamento e endurecimento das paredes arteriais), a espasmo (que pode ser provocado pelo tabagismo, por alguns problemas neurológicos e por determinados medicamentos) ou à dificuldade do fluxo sanguíneo por compressão provocada por botas ou luvas demasiado apertadas”.

As mãos e os pés expostos ao frio são mais vulneráveis. O dano que o congelamento provoca deve-se a uma combinação de fluxo sanguíneo reduzido com a formação de cristais de gelo nos tecidos. Ao congelar, a pele adquire uma cor avermelhada, incha e provoca dor, até que finalmente se torna negra. As células das zonas congeladas morrem. Dependendo da intensidade do congelamento, o tecido afectado pode chegar a recuperar ou gangrenar.

Actualmente, as terapias conhecidas recomendam que se enrole a pessoa congelada numa manta de protecção. Quanto à zona congelada, deverá ser lavada, seca e envolvida em ligaduras esterilizadas e mantida meticulosamente limpa, para evitar infecções.

Quando se diagnostica um estado de congelamento, deve ser administrado um antibiótico, no entanto alguns especialistas recomendam também a aplicação da vacina antitetânica. Os investigadores esperam agora dar um passo em frente relativamente a este tipo de terapias de forma a proporcionar a estes doentes uma tratamento mais eficaz.

O congelamento pode abranger desde uma queimadura por frio superficial até às camadas de pele mais interiores, provocando lesões que danificam os tecidos, os músculos e os ossos. Nos casos mais moderados pode nem ocorrer qualquer tipo de lesão permanente, porém os casos mais graves obrigam à amputação dos membros afectados.

A actuação desta terapia verifica-se ao nível da recuperação “dos tecidos que estão danificados mas que ainda não estão mortos”, explicou Stephen Morrir, um dos médicos responsáveis pela elaboração do estudo divulgado pelo jornal “Archives of Surgery”.

De acordo com os resultados do estudo, os pacientes que receberam terapia trombolítica conseguiram mais facilmente recuperar e manter os dedos das mãos e pés que estavam danificados do que outros aos quais não foi administrado o tratamento.

Dos 32 doentes envolvidos na investigação, sete foram tratados à base de uma terapia de anti-coagulantes, seis dos quais receberam o tratamento dentro das primeiras 24 horas de exposição. Posteriormente os resultados foram comparados com os dos 25 pacientes que não foram submetidos à terapia e com um paciente que recebeu o tratamento depois das primeiras 24 horas de exposição.

Do total de 32 participantes, 19 por cento sofria de congelamento nas mãos, 62 por cento nos pés e 19 por cento em ambas as extremidades.

Entre os pacientes aos quais foi aplicada a terapia em estudo, apenas 10 por cento dos dedos das mãos e pés afectados foram amputados, comparativamente com 41 por cento naqueles doentes que não receberam o tratamento. Nenhum dos pacientes submetidos ao tratamento necessitou de amputar qualquer membro do corpo, comparativamente com 14 no grupo de controlo.

Face aos resultados, os investigadores suspeitam que a terapia, em que se aplicaram fármacos destinados à dissolução dos coágulos, ajuda a reduzir as lesões causadas quando a pele com danos provocados pelo frio volta a aquecer. É frequente que as inflamações que ocorrem à medida que as partes afectadas vão descongelando estimulem coágulos que bloqueiam pequenos vasos sanguíneos, conduzindo à morte das células. Uma vez que a terapia reverte esta situação, o fluxo sanguíneo é restaurado antes que ocorram danos permanentes.

“Já foram empreendidas várias manobras com o objectivo de progredir no tratamento de doentes com congelamento, incluindo a utilização de oxigénio hiperbárico, simpatectomia médica e cirúrgica, agentes farmacêuticos e anti-coagulantes. Nenhuma destas terapias provocou alterações no tratamento da doença”, salientaram os investigadores.

Por sua vez, a terapia trombolítica parece reverter a trombose, prevenindo a insquémia e a necrose que podem ocorrer nas inflamações e nos coágulos durante o descolgelamento do tecido congelado.

Ainda assim, os investigadores reconhecem as limitações do estudo já que a amostra era muito reduzida e proveniente de uma única região geográfica. Para além disso, não foi colocada de lado a hipótese de os pacientes que receberam terapia trombolítica poderem ter melhorado sem esse mesmo tratamento.

Recorde-se que a terapia trombolítica também não é uma inovação, mas tem uma aplicação difícil porque nem todas as vítimas de congelamento podem ser submetidas ao tratamento. As pessoas que sofram de debilidade ao nível sanguíneo ou que já tenham sofrido uma lesão na cabeça correriam riscos de sérias complicações com a utilização de anti-coagulantes.

John Twomey, director do departamento de queimados do “Hennepin County Medical Center”, no Minneapolis, tentou utilizar esta terapia pela primeira vez num doente há cerca de 20 anos e desde então já tratou 18 pacientes com a referida terapia.

Marta Bilro

Fonte: MSNBC, Fox News, Insider Medicine, Med Page, Manual Merck.

Contra o vírus do papiloma humano
Recomendada vacinação de adolescentes

A Comissão de Vacinação e Imunização do Reino Unido deverá recomendar o arranque, no próximo ano lectivo, de um programa de vacinação contra o vírus do papiloma humano nas adolescentes entre os 12 e os 16 anos. Frequentemente transmitido por via sexual, é o agente causador do cancro cervical.


A recomendação da comissão britânica deverá ser feita amanhã, no âmbito da sua reunião anual, mas caberá depois ao Departamento de Saúde definir em concreto os termos de funcionamento do programa. Ao contrário das raparigas, para quem a imunização é recomendada, os rapazes não deverão ser sujeitos ao procedimento de vacinação, em virtude do seu elevado custo. Os pais terão direito de optar pela não vacinação dos filhos, embora um membro da comissão, Syed Ahmed, tenha já expressado a convicção de que “a maioria dos progenitores é a favor da vacina”, tendo por base inquéritos realizados às famílias.
Numa altura em que se encontra disponível na Europa a Gardasil, uma imunização produzida pela Sanofi Pasteur MSD (join-venture formada pela Merck & Co. e pela Sanofi-Avensis), aprovada em 2006, e está em fase final de estudo e aprovação na União Europeia a Cervarix, da GlaxoSmithKline, os especialistas acreditam que a sua aplicação às adolescentes poderá reduzir em três quartos o número de mortes devidas à incidência daquele carcinoma, embora alguns críticos da medida refiram o risco de a “vulgarização” da vacina poder impulsionar as adolescentes britânicas para o início da vida sexual activa.
Cerca de três mil mulheres são anualmente diagnosticadas com cancro cervical no Reino Unido, acabando por morrer da doença num terço dos casos. A comunidade científica acredita numa redução de 61 por cento da incidência daquela neoplasia se apenas 80 por cento das adolescentes receber a imunização. A grande maioria dos episódios de cancro cervical tem origem na transmissão por via sexual do vírus do papiloma humano.
Em Portugal a Gardasil está disponível nas farmácias desde Janeiro deste ano com um custo de 300 euros. A administração é particularmente recomendada a crianças do sexo feminino a partir dos nove anos (ou a jovens com menos de 26 anos, como tratamento da infecção). O vírus do papiloma humano é incurável e provoca grande parte dos cancros do colo do útero, que atingem anualmente cerca de meio milhar de mulheres em todo o mundo, sendo provável que pelo menos dois terços de toda a população mundial sejam hospedeiros.

Carla Teixeira
Fonte: First Word, Daily Mail, Times Online, Ciência no Mundo, Gardasil.com
Identificada proteína que inibe vírus da sida

Uma equipa de investigadores do Conselho Superior de Pesquisas Científicas de Espanha anunciou a descoberta de uma nova proteína terapêutica que poderá, de acordo com os resultados de um estudo que desenvolveram, ajudar a evitar que as células sejam infectadas pelo agente causador da doença. A investigação, descrita na última edição da revista «Nature Cell Biology», poderá representar um avanço significativo no entendimento das fases iniciais da infecção pelo VIH, num momento em que a sida é tida, na comunidade médica e científica, como a grande epidemia deste século.

De acordo com o cientista que dirigiu o estudo, os investigadores encontraram uma proteína que se liga aos receptores que usam o vírus para invadir as células sãs do organismo, e infectá-las. Santos Mañes explicou que “cada uma das células possui um esqueleto que define a sua forma e fornece o suporte interno necessário para que funcione. Diante de qualquer estímulo externo, como uma eventual tentativa de infecção, esse citoesqueleto reage promovendo uma auto-reorganização, mediante um complexo sistema em que têm papel essencial as enzimas RHO GTPases”.
Os cientistas espanhóis descobriram que, em caso de infecção pelo VIH, a proteína une os receptores do vírus ao citoesqueleto da célula, activando em simultâneo a enzima RHO-A. Segundo aquele responsável, “o êxito do vírus da sida na infecção das células do sistema imunológico (linfócitos T) poderá encontrar explicação no funcionamento do mecanismo descrito no estudo agora divulgado. À luz deste e de anteriores trabalhos nesta área, os investigadores espanhóis acreditam que o VIH se apropria do mecanismo fisiológico que activa as células de defesa do organismo para conseguir invadi-lo e, progressivamente, accionar a sua destruição.

Carla Teixeira
Fonte: UOL Ciência e Saúde
Anel vaginal disponível em todo o espaço comunitário
NuvaRing® completou autorização europeia


O fabricante de produtos farmacêuticos Organon anunciou hoje que o anel vaginal NuvaRing® (etonogestrel/ethinyl estradiol) completou com sucesso o processo de reconhecimento na Europa, tendo a sua comercialização sido autorizada em 13 novos países do continente, alargando-se assim a toda a União Europeia.

Depois de ter sido reconhecido e estar disponível em 14 países da União Europeia – a Holanda (2001) e a França (2003) foram os primeiros –, o método contraceptivo mensal da Organon passa a estar disponível na Bulgária, no Chipre, na República Checa, na Polónia, na Roménia, na Eslovénia, no Reino Unido, na Estónia, em Malta, na Hungria, na Letónia, na Lituânia e na Eslováquia, cobrindo finalmente todo o espaço comunitário.
Inserido pela própria mulher na vagina, onde deverá permanecer durante 21 dias, o anel vaginal da Organon combina um elevado índice de protecção face a uma gravidez indesejada com uma baixa ocorrência de efeitos secundários. A empresa farmacêutica afirmou prontamente, pela voz de Emile van Donen, vice-directora executiva do departamento de vendas, total satisfação por finalmente ter conseguido alargar o mapa da disponibilidade do produto a toda a Europa, frisando que ele já é usado por mais de 1,5 milhões de mulheres, em mais de 40 países.

Carla Teixeira
Fonte: PR Newswire

Programa nacional investiu cerca de 3,5 milhões de euros na luta contra a SIDA

O Programa ADIS/SIDA, da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA, financiou 47 projectos de prevenção, apoio social e formação em 2007. O Programa foi criado em 2002 e tem como objectivo apoiar, tanto do ponto de vista técnico, como financeiro, as iniciativas desenvolvidas por Organizações Não-Governamentais (ONG´s) e por outras instituições sem fins lucrativos, que apresentem soluções sólidas para as necessidades actuais, tanto nas áreas da prevenção, como de apoio social e ainda formação em VIH/SIDA.

Os programas, que receberam apoios financeiros, têm o intuito de reduzir a transmissão do vírus da SIDA, diminuir o predomínio dos casos de pessoas infectadas que ainda não foram diagnosticadas, alertar para os riscos de infecção a que estão sujeitos os utilizadores de drogas injectáveis e reduzir essas situações, defender os direitos das pessoas infectadas, fomentar a solidariedade e garantir a qualidade dos cuidados de saúde, a prestação de cuidados continuados, o apoio social e reabilitação, fomentando também a intervenção da sociedade civil e dos organismos estatais.

No conjunto dos programas que receberam apoios, 14 dedicam-se ao apoio social e 33 à prevenção, num investimento total de cerca de 3,5 milhões de euros. O financiamento da Coordenação Nacional corresponde, este ano, a cerca de 2,7 milhões de euros, o que representa um apoio de 78%. O Programa pretende ainda apostar na formação de pessoas para trabalhar na luta contra a SIDA.

No encontro para a apresentação dos projectos financiados à sociedade civil em 2006 e 2007, que decorre em Lisboa, procura-se avaliar os resultados e os constrangimentos relativos ao funcionamento do Programa, bem como propor novas perspectivas de financiamento às organizações que actuam directamente nesta área, tal como foi feito em 2006.

No ano passado, o Programa financiou 40 projectos, 15 deles no âmbito do apoio social e extra-hospitalar, 22 dedicados à prevenção e três à formação. O financiamento da Coordenação Nacional foi de cerca de 2,6 milhões de euros, o que corresponde a 78% dos cerca de 3,3 milhões de euros que estes projectos envolveram na sua totalidade.

Isabel Marques

Fontes: Diário Digital / Lusa e www.sida.pt

Hepatite A: Fundação Follieri vacina 190 mil crianças nas Honduras

No próximo dia 22 de Junho, a Fundação Follieri vai iniciar um programa de vacinação contra a Hepatite A, em mais de 190 mil crianças das Honduras.

O programa, é a segunda etapa de um compromisso de luta contra as doenças na América Latina, assumido há quatro anos e conta com 380 mil vacinas, que serão administradas a crianças até aos cinco anos de idade.

Inicialmente, estavam apenas disponíveis 10 mil doses, mas a contribuição do sector privado possibilitou aumentar os recursos e vacinar um maior número de crianças.

O programa de vacinação contra a Hepatite A, decorrerá ao longo de dois anos, percorrendo diversas localidades hondurenhas.

De realçar é ainda o facto de a Terumo Medical Corporation ter doado as seringas médicas necessárias para a aplicação das vacinas, que por sua vez, foram disponibilizadas pela GlaxoSmithKline, a um preço bastante mais acessível.

A Fundação Follieri pretende prestar serviços de apoio a comunidades carentes, proporcionando uma melhor qualidade de vida, nomeadamente ao nível da saúde, educação e habitação

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria das crianças na América Latina, contraem a doença ainda antes dos nove anos de idade, devido às deficientes condições de vida.

Inês de Matos

Fonte: PR Newswire

Analistas especulam uma possível fusão da Sanofi-Aventis

Os analistas especulam que a Sanofi-Aventis pode procurar uma fusão com outra farmacêutica, de forma a fortalecer a sua pipeline, depois da FDA ter chumbado o Zimulti ou Acomplia (rimonabant) no tratamento contra a obesidade.

É esperado que a Sanofi-Aventis perca cerca de um terço das suas vendas dentro de cinco anos, devido à competição dos genéricos, precisando de um novo motor que impulsione o crescimento, sendo que a melhor e mais rápida maneira seria através de um crescimento externo.

Os analistas prevêm ainda que os potenciais alvos para uma fusão possam ser a Bristol-Myers Squibb ou a Eli Lilly, a quinta maior farmacêutica americana. A Sanofi revelou em Fevereiro que as conversações com a Bristol-Myers Squibb sobre uma possível fusão tinham terminado, mas Jean-Edouard Reymond, da Union Bancaire, sublinhou que agora um negócio com a Bristol-Myers Squibb parece inevitável, tendo a farmacêutica apostado demasiado no Zimulti ou Acomplia, uma vez que contava com um lucro de três biliões de dólares por ano.

Contudo, Nick Turner, da Mirabaud Securities, sugeriu que a Sanofis, em alternativa, pode procurar uma fusão com a Eli Lilly. Contudo, nenhum porta-voz das referidas farmacêuticas quis comentar as especulações.

A Sanofi pode ainda procurar fazer uma aquisição de uma farmacêutica de tamanho médio. A farmacêutica afirmou, no mês passado, ainda estar à procura de uma companhia japonesa para adquirir, visto que o mercado dos países asiáticos oferece mais oportunidades de crescimento do que a Europa, onde os cortes governamentais têm estagnado as vendas.

Isabel Marques

Fontes: FirstWord, Bloomberg

Elestrin chega à União Europeia

Elestrin gel é utilizado no tratamento de sintomas vaso-motores moderados a sérios associados à menopausa. O fármaco chega à UE através da Kenwood Therapeutics, uma divisão da multinacional americana Bradley Pharmaceuticals.

«Elestrin vai entrar no mercado como uma terapia de estrógeneos de baixa dose (0.06%) que segue as recomendações Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) e das organizações de saúde lideres tais como o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia e a Sociedade de Menopausa Norte-Americana», referiu o vice-presidente da Kenwood John Knoop.

A Bradleu conquistou a licença do produto à farmacêutica BioSante no final do ano passado e assegurou os direitos exclusivos de marketing nos espaço europeu. A patente do fármaco tem validade até 2022.

Sara Pelicano

Fonte: PM Farma

Actemra ajuda a reduzir os sintomas da artrite reumatóide

A farmacêutica Roche anunciou os resultados do estudo do fármaco experimental Actemra (tocilizumab), mostrando que este ajuda a reduzir os sintomas da artrite reumatóide.

O estudo desenvolvido durante 24 semanas contou com 623 pacientes com artrite reumatóide moderada a grave. 44% dos pacientes a quem foi administrado Actemra em combinação com metotrexato apresentaram uma melhoria de sintomas na ordem dos 50%, em comparação com os 11% dos pacientes que só receberam metotrexato.

O estudo revelou ainda uma melhoria dos sintomas na ordem dos 70% em 22% dos pacientes que receberam Actemra, comparado com os dois por cento do grupo de controlo. O tratamento com Actemra também resultou na remissão em 28% dos pacientes, em comparação com o 1% cento dos pacientes do grupo que recebeu placebo.

O Actemra age de maneira diferente em relação a fármacos anteriores, uma vez que atinge uma proteína, a interleucina-6, que causa inflamação, assim como outros sintomas, tais como febre, dor e rigidez.

A Roche apresentou os resultados da Fase III do ensaio do Actemra no tratamento da artrite reumatóide na conferência da Liga Europeia Contra o Reumatismo, em Barcelona.

A Roche planeia apresentar o Actemra para o tratamento da artrite reumatóide nos Estados Unidos e na Europa no final de 2007.

Isabel Marques

Fontes: FirstWord, Bloomberg

UE aprova Tracleer na redução de úlceras

A União Europeia (EU) aprovou a utilização do fármaco Tracleer (bosentan) no tratamento de úlceras de pressão em doentes com esclerose múltipla, comunicou a empresa suíça de biotecnologia Actelion.


As úlceras de pressão atingem cerca de 50% dos portadores de esclerose múltipla. O Tracleer foi um dos primeiros fármacos a ser utilizados para tratar este problema através de um processo de vasculopatia.

O químico já existe no mercado da UE, mas apenas era recomendado no tratamento da hipertensão pulmunar-arterial a fim de melhorar o exercício do pulmão.

Sara Pelicano

Fonte: PM Farma