domingo, 24 de junho de 2007

Tailandia incentiva utilização de medicamentos tradicionais

As autoridades tailandesas estão a preparar uma campanha para promover a utilização de medicamentos tradicionais em vez dos fármacos importados. A iniciativa deverá custar cerca de 53 milhões de euros mas os responsáveis acreditam que permitirá poupar aos cofres tailandeses 7 mil milhões de euros por ano.

De acordo com o Ministro dos Delegados de Saúde Pública da Tailândia, Morakot Kornkasem, o orçamento disponibilizado pretende também ajudar a impulsionar os padrões de produção relacionados com o desenvolvimento dos medicamentos tradicionais tailandeses.

O principal objectivo é diminuir a dependência do país face aos medicamentos e tecnologias importadas, estendendo a utilização de medicamentos tradicionais a 25 por cento do mercado, afirmou Morakot.

Para este responsável, os medicamentos tradicionais são uma alternativa necessária, uma vez que os fármacos desenvolvidos pelos grandes laboratórios internacionais tendem a estar protegidos por patentes de longa duração, que deverão atingir os 25 anos, mais cinco do que os actuais 20 anos e a tornar-se cada vez mais dispendiosos.

Marta Bilro

Fonte: Earth Times

Apenas um em cada dez doentes tem acompanhamento
Hiperactividade sem tratamento


Apenas uma de cada dez crianças espanholas que sofrem de desordem por défice de atenção e hiperactividade recebe tratamento psíquico e farmacológico, à luz de um alerta deixado ontem num simpósio realizado em Barcelona pelo presidente da Sociedade Catalã de Psiquiatria Infanto-Juvenil.

Na sua intervenção Jordi Sasot afirmou que “neste momento apenas uma em cada dez crianças portadoras daquela doença é correctamente avaliada e tem o devido acompanhamento em Espanha”, alertando para a gravidade da actual situação de obscurantismo face aos números reais do problema. O também coordenador da Unidade de Pedopsiquiatria do Centro Médico Teknon de Barcelona acrescentou a sua convicção de que o actual cenário resulta do facto de em Espanha a Psiquiatria Infanto-Juvenil não ser ainda reconhecida como especialidade médica, “levando a que o número de profissionais naquele sector seja claramente insuficiente para as necessidades da população”.
Neste sentido, os especialistas reunidos em Barcelona concordaram que é fulcral a maior intervenção dos psiquiatras, enquanto médicos assistentes das crianças com diagnóstico de desordem por défice de atenção e hiperactividade, na abordagem da doença, quer na altura de identificar o problema, quer no momento em que urge aconselhar os pais sobre a melhor forma de tratar os filhos. Jordi Sasot disse ainda que “a maior participação do psiquiatra no processo poderia favorecer a detecção precoce do transtorno, fundamental para prevenir o insucesso escolar da criança, por exemplo, problema que muitas vezes surge em crianças hiperactivas que não foram correctamente avaliadas e diagnosticadas.
A desordem por défice de atenção com hiperactividade começa normalmente por criar dificuldades de aprendizagem e de adaptação dos menores ao meio em que se movimentam, e na maior parte dos casos prolonga-se por toda a vida adulta. É uma perturbação do desenvolvimento que afecta o comportamento, a capacidade de atenção e o auto-controlo.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, AZfarmacia
Dentro de três a cinco anos…
Tratamentos individualizados para o cancro da mama


O aperfeiçoamento dos tratamentos para o cancro da mama deverão permitir, num prazo compreendido entre três e cinco anos, a definição de esquemas terapêuticos individualizados, de acordo com as características específicas de casa tumor e de cada paciente.

A opinião foi expressa há dias por Gabriel Hortobagyi, director do Departamento de Oncologia Mamária da Clínica Anderson, na cidade norte-americana de Houston. O especialista, que falava na VII Conferência do Cancro da Mama, que teve lugar em Madrid, considerou que a melhoria sentida ao longo dos últimos anos no tratamento daquele tipo de carcinoma, consumada através dos significativos progressos feitos em matéria de aplicação de tecnologias e no desenvolvimento de novos fármacos, deverá tornar possível a análise casuística dos tumores, levando à implementação de terapias adequadas e individualizadas para cada doente.
Hortobagyi apontou ainda a eficácia dos medicamentos biológicos no combate ao cancro da mama, colocando a ênfase no facto de se tratar de produtos que não são tóxicos e que se ajustam a tratamentos individualizados, porque se dirigem de uma forma específica às causas das alterações que levam as células cancerosas a diferenciar-se das restantes e a crescer de um modo descontrolado e pernicioso. O médico garantiu que esse tipo de terapia permitiria “acompanhar o desenvolvimento do tumor ao longo do tratamento e, no caso de não funcionar, alterar a medicação a tempo, já que a detecção do problema seria imediata”.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press, AZfarmacia
Novartis contesta dados de um estudo
Prexige pode causar quebra da tensão arterial


A administração do anti-inflamatório inibidor selectivo de COX-2 lumiracoxib para o tratamento de doentes com artroses que também sofram de hipertensão controlada provoca uma ligeira diminuição da pressão arterial, de acordo com os resultados de um estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Reumatologia, que teve lugar na cidade espanhola de Barcelona.

A administração do lumiracoxib, um anti-inflamatório não esteróide (AINE) inibidor selectivo de COX-2, para o tratamento de doentes com artroses que também sofram de hipertensão controlada provoca uma ligeira diminuição da pressão arterial. Estes resultados surgem num estudo apresentado esta semana no Congresso Europeu de Reumatologia, que teve lugar na cidade espanhola de Barcelona.

Em comunicado, a Novartis, empresa farmacêutica que distribui aquele AINE (inibidor) sob a designação comercial de Prexige, declarou que, na verdade, o medicamento influi menos na pressão arterial do que o AINE (anti-inflamatório não-esteróide) ibuprofeno, que normalmente tem o efeito de aumenta ligeiramente a pressão arterial nos doentes com o mesmo perfil. Um estudo comparativo daquelas duas substâncias, que ao longo de um período de quatro semanas acompanhou 787 pacientes de 50 anos que sofriam de artrose e hipertensão, aferiu que o Prexige e o ibuprofeno revelam sensivelmente a mesma tendência para provocar efeitos secundários adversos, a maior parte dos quais leve e sem toxicidade, sendo a reacção mais frequente em ambos os grupos de doentes a ocorrência de dores abdominais, que mesmo assim só atingiram dois por cento das pessoas analisadas.

Carla Teixeira
Fonte: Europa Press

Cientistas mais perto de evitar recaídas em doentes com leucemia

Uma equipa de investigadores da Universidade de Osaka, no Japão, descobriu um marcador molecular capaz de detectar as células-mãe da leucemia que tornam a leucemia mielóide aguda tão difícil de erradicar.

Os resultados da investigação foram publicados na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” e os cientistas acreditam que a descoberta poderá oferecer novos métodos de tratamento, uma vez que a quimioterapia, por si só, não é eficaz para tratar, de forma permanente, a leucemia mielóide aguda. “O tratamento está orientado para se conseguir a remissão precoce (destruição de todas as células leucémicas). Contudo, a leucemia mielóide aguda responde a menos medicamentos do que outros tipos de leucemia”, refere o Manual Merck.

Dentro da medula óssea, todas as células sanguíneas se originam a partir de um único tipo de célula denominada célula-mãe. Esta célula-mãe divide-se em células imaturas que se vão dividindo e amadurecendo até chegarem aos três tipos presentes no sangue. A leucemia afecta os glóbulos brancos e surge quando o processo de amadurecimento da célula-mãe, até chegar ao glóbulo branco, se distorce e produz uma alteração cancerosa. De acordo com a explicação dos especialistas as células-mãe leucémicas mantêm-se escondidas no organismo e podem crescer e dividir-se continuamente, originando o regresso do cancro.

O estudo levado a cabo pelos cientistas japoneses e dirigido por Naoki Hosen, analisou a forma como estas células diferem das outras células-mãe presentes no sangue. Este processo permitiu aos cientistas concluírem que as células-mãe leucémicas possuem uma proteína específica sobre a sua superfície denominada CD96, que não se encontra presente nas outras células-mãe saudáveis do sangue.

Para determinar se actividade das células-mãe com leucemia era influenciada pela presença da proteína, os cientistas transplantaram amostras de células de leucemia mielóide aguda, com e sem a proteína, em ratos. Os resultados demonstraram que as células com CD96 foram as únicas a ficar doentes, o que sugere que o CD96 é realmente um marcador das células cancerosas da leucemia em actividade. Este primeiro passo é promissor, salientou Hosen, agora é preciso perceber sé é possível desenvolver uma terapia de anticorpos que se unam à CD16, induzindo a citotoxicidade e permitindo que os tratamentos destruam as células cancerosas independentemente de onde se encontrem.

Marta Bilro

Fonte: AZ Prensa, correofarmaceutico.com, Yahoo Notícias, Diario Salud.

Alimentação sujeita a novo regulamento a 1 de Julho

Entra em vigor no domingo (1 de Julho) o regulamento europeu sobre as alegações nutricionais e de saúde nos alimentos, um documento que define as regras que deverão ser seguidas pela indústria alimentar para promover os seus produtos. O objectivo é garantir a segurança e rotulagem correcta dos alimentos, de forma a assegurar um nível de protecção elevada aos consumidores e facilitar as suas escolhas.

De acordo com as novas directrizes do Parlamento Europeu, apenas as alegações nutricionais e de saúde que se encontrem em conformidade com as disposições do novo regulamento serão permitidas na rotulagem. O mesmo acontece com a apresentação e publicidade de alimentos colocados no mercado comunitário e fornecidos enquanto tal ao consumidor final.

A norma europeia vem assim preencher um vazio legal existente e utilizado pela indústria alimentar para publicitar os alimentos, uma vez que o desenvolvimento tecnológico fomenta o aparecimento de novos produtos ou a alteração dos já existentes, aos quais são adicionados ou eliminados alguns componentes de forma a atribuir-lhes propriedades saudáveis. Uma das principais exigências dos deputados reside no estabelecimento de definições claras para alegações como "baixo teor em gordura", "fonte de fibra" ou "light".

As alegações das propriedades alimentares não devem, em nenhum caso, transformar-se num anúncio publicitário sem que tenham obtido autorização da União Europeia depois de uma "avaliação científica do mais elevado nível que seja possível", refere o novo texto.

Com a imposição destas normas os deputados pretendem evitar expressões ambíguas, ou a ausência frequente de informação sobre a possibilidade de existirem efeitos adversos para a saúde, derivados do consumo excessivo deste tipo de produtos. A avaliação científica ficará a cargo da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA), que avaliará os produtos para comprovar se as alegações estão em harmonia com o que foi estabelecido.

Marta Bilro

Fonte: correofarmaceutico.com, AZ Prensa, AgroNotícias.

Empresas nacionais vestiram a t-shirt da Laço na luta contra o cancro da mama

O Fashion Targets Friday realizada no passado dia 22, contou com várias mulheres, todas unidas por uma causa.

Com algumas empresas nacionais a vestirem a t-shirt «O Cancro da Mama no Alvo da Moda», a Associação Laço voltou mais uma vez a chamar a atenção de todos para este problema que afecta na maior parte mulheres.

O desafio foi lançado a várias empresas nacionais que, por sua vez contactaram as respectivas colaboradoras, que aderiram a esta iniciativa.
A Deloitte, Roche, Nokia, Weber Shandwick D&E e CTT Expresso foram algumas das empresas que convidaram as suas colaboradoras a vestirem a T-shirt e o resultado foi muito positivo.

O Fashion Targets Friday é uma das acções do Fashion Targets Breast Cancer que tem por objectivo mobilizar as mulheres portuguesas a vestirem a t-shirt e assim contribuírem para a criação de um momento de chamada de atenção e sensibilização para a luta contra o cancro da mama.

Para saber mais sobre o cancro da mama, consulte o seguinte site: www.laco.pt

Liliana Duarte

Fonte: Jasfarma

Enjoos matinais podem diminuir risco de cancro da mama

As grávidas que sofrem de enjoos matinais apresentam um risco reduzido de vir a desenvolver cancro da mama, revelou um estudo da Universidade de Buffalo, em Nova Iorque. A investigação, que envolveu três mil mulheres, revelou que as náuseas durante a gravidez reduzem em 30 por cento a probabilidade de desenvolver a doença.

Os cientistas acreditam que a explicação pode residir na alteração dos níveis hormonais que afectam o tecido mamário ao mesmo tempo que desencadeiam a sensação de enjoo. Durante os testes laboratoriais, uma hormona produzida na placenta tem revelado potencial para proteger contra o cancro. Os resultados da investigação foram divulgados durante a reunião anual da Sociedade de Pesquisa Epidemiológica, em Boston.

A equipa dirigida por Jo Freudenheim entrevistou 1001 mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama, com idades entre os 35 e os 79 anos, e um grupo de controlo com 1.917 mulheres saudáveis cujas idade, raça e condado de residência correspondiam com as do primeiro grupo.

Foram avaliados vários factores relacionados com a gravidez, tais como a hipertensão, a pré-eclampsia, a diabetes gestacional e o aumento de peso, os quais não demonstraram efeitos significativos na incidência futura de desenvolver cancro da mama. Por outro lado, os enjoos e náuseas relacionadas com gravidez foram associadas a uma redução de 30 por cento do risco de cancro da mama. Quanto maior é a incidência e persistência destes sintomas menor é o risco, referem os cientistas.

Ainda assim, os responsáveis pela investigação advertem que este é um estudo epidemiológico, nesse sentido os resultados não devem ser generalizados. A confirmação destas descobertas requer ainda aplicação noutras populações, afirmou Freudenheim.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Channel 4, HealthNewsDigest.com.

Phytopharm adquire patente de medicamento chinês anti-demência

A academia médica militar da China vai conceder autorização à farmacêutica britânica Phytopharm para utilizar a patente do seu novo fármaco anti-demência. Esta é a primeira vez que a China vende ao exterior uma patente de medicina tradicional chinesa.

Depois de 10 anos de investigações, uma equipa de especialistas da Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular deu por terminada a síntese do medicamento. Os responsáveis pela pesquisa garantem que os resultados pré-clínicos são muito promissores.

Os termos do acordo prevêem que depois de vendida a patente, o laboratório britânico proceda à realização dos ensaios clínicos necessários para promover o produto no mercado internacional, adiantou a agência Xinhua. "Esta é a primeira vez que a China vende uma patente de medicina tradicional a uma empresa estrangeira, mas isso representa um grande passo na conquista da credibilidade internacional", explicou o presidente da academia, Sun Jianzhong. Ainda assim, os valores envolvidos no acordo de venda do NJS, nome atribuído ao fármaco, não foram revelados.

As doenças que provocam demência caracterizam-se por uma deterioração progressiva das capacidades mentais. Um dos exemplos mais comuns de demência é o Alzheimer, que surge devido à morte das células cerebrais, começando por aniquilar a memória e, subsequentemente, as outras funções mentais, determinando completa ausência de autonomia.

Os países ocidentais têm uma percepção negativa da medicina tradicional chinesa, apontou o director da Phytopharm, Daryl Rees. Para o responsável, essa sensação de desconfiança resulta do facto de alguns medicamentos conterem ingredientes que não podem ser reconhecidos pelos padrões impostos aos especialistas ocidentais, fazendo com que a aprovação para a sua entrada no mercado, enquanto ervas medicinais, se torne difícil.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Xinhua.

Associação Médica Americana
Nancy Nielsen eleita presidente da AMA

É a segunda mulher a conquistar a liderança da Associação Médica Americana. Nancy Nielsen, uma internista natural de Buffalo e alto-quadro da farmacêutica Pfizer, acaba de ser eleita presidente da AMA, a maior e mais importante associação de médicos dos Estados Unidos.

Volvido um ano sobre a sua nomeação, Nacy Nielsen deverá assumir o gabinete da presidência da associação em Junho de 2008, transformando-se então na segunda mulher a ocupar a mais alta posição na hierarquia da AMA. Reagindo à notícia da sua nomeação, a eleita recordou que “a Associação Médica Americana assume um compromisso com a liderança, a excelência e a integridade na busca das melhores soluções práticas em termos de cuidados de saúde no nosso país”, definindo como “uma grande honra e um privilégio ser nomeada presidente-eleita de uma entidade que está empenhada em ajudar a profissão médica e os doentes que são servidos pelos seus agentes”.
Membro destacado da AMA desde 2000, Nancy Nielsen desempenhou, por quatro anos consecutivos, as funções de porta-voz da câmara de delegados, depois de ter assumido durante três anos o papel de segundo porta-voz. Ao longo desse tempo, a médica nova-iorquina tem contribuído activamente para o debate das políticas da AMA, rubricando importantes decisões nessa matéria. Actualmente, Nielsen é o rosto de várias iniciativas de grande relevância da associação, tais como um fórum nacional para a qualidade, um convénio de médicos para melhoria da performance na prestação de cuidados de saúde e a aliança para a qualidade em ambulatório.

Novo porta-voz
Durante o encontro anual da Associação Médica Americana, e na sequência da nomeação de Nancy Nielsen para a presidência, também foi nomeado para o cargo de porta-voz daquele organismo um novo nome. Jeremy A. Lazarus, um psiquiatra natural de Denver, assumirá agora competências na área da gestão de contactos institucionais da associação. O novo responsável considerou também “uma honra” a distinção de que foi alvo ontem, asseverando estar “orgulhoso por representar a posição de tantos profissionais de Medicina”. Lazarus transita das funções de segundo porta-voz, e planeia, na sua acção como representante da AMA, contribuir para a generalização dos cuidados médicos de qualidade a toda a população norte-americana, protegendo a relação entre médico e doente.

Carla Teixeira
Fonte: AMA, PR Newswire

Programa milionário contra a diabetes

A Federação Internacional de Diabetes anunciou ontem um programa de doações para financiar projectos que adaptem a Ciência para dar resposta às necessidades práticas, permitindo uma maior eficácia ao tratamento e à prevenção da doença a nível mundial. Anunciado no 19º Congresso Mundial de Diabetes, em Dezembro na cidade de Cape Town, na África do Sul, o Bridges foi lançado oficialmente na 67ª Sessão Científica da Associação Americana de Diabetes.

Sob o lema «trazer a pesquisa sobre diabetes para ambientes e sistemas globais» (a designação “Bridges” é uma sigla para a frase “bringing research in diabetes to global environments and systems), e suportado por uma verba educacional de 10 milhões de dólares fornecida pela empresa farmacêutica Eli Lilly and Company, o programa tem como objectivo o financiamento de investigações de nível internacional sobre a doença, e visa essencialmente apoiar propostas que assentem em estratégias sustentáveis e económicas passíveis de serem adoptadas no contexto real de combate global à diabetes.
Jean-Claude Mbanya, presidente eleito da IDF (sigla em inglês para International Diabetes Federation), explicou que, “apesar dos avanços tremendos ocorridos na Ciência, principalmente no que toca aos testes clínicos importantes, a diabetes continua a aumentar e a morbilidade e mortalidade a ela associadas não foram reduzidas. A investigação transnacional é necessária para criar estratégias práticas que possam melhorar a vida das pessoas que sofrem da doença”. O Bridges tem revelado elevada eficiência, proporcionando novas oportunidades a comunidades até aqui sem atendimento e com risco acrescido.
Linda Siminerio, directora-executiva do Instituto de Diabetes da norte-americana Universidade de Pittsburgh e antiga vice-presidente sénior da IDF, acrescentou que “através da pesquisa transnacional, e com ajuda de membros-chave de cada uma das comunidades contempladas no projecto, começamos a aprender a promover com eficiência estilos de vida saudáveis e a melhorar a nossa habilidade para prevenir a diabetes e as suas complicações”. Afirmando o empenho da Eli Lilly and Company no desenvolvimento de “produtos farmacêuticos revolucionários, que melhorem a vida das pessoas com diabetes”, Jose Caro, vice-presidente do sector de Resultados Globais dos Cuidados do Diabetes da empresa, reconheceu que “o sucesso não virá somente da intervenção médica. Acreditamos que o Bridges vai identificar novas e importantes maneiras de ajudar as pessoas a vencer os desafios que enfrentam todos os dias, e estamos muito contentes com isso”.

Carla Teixeira
Fonte: PR Newswire

Estudo: Bloqueadores beta e estatinas suscitam dúvidas

Os medicamentos administrados aos pacientes para prevenir complicações a nível cardíaco antes, durante e após as cirurgias estão a ser postos em causa. Um estudo publicado no “British Medical Journal” salienta que os benefícios da utilização de bloqueadores beta e de inibidores da enzima HMG-CoA redutase não são claros e podem dar origem a complicações.

Este tipo de fármacos é administrado aos pacientes que são submetidos a uma cirurgia em qualquer parte do corpo, exceptuando o coração, com o objectivo de ajudar a diminuir a pressão sanguínea. No entanto, Stephen Bolson, um anestesista e professor na Universidade de Melbourne, na Austrália, refere que cerca de 1 por cento desses pacientes correram riscos de complicações ao nível do coração, como é o caso dos ataques cardíacos e enfartes, e anualmente cerca de um em cada quatro acaba por morrer.

Os especialistas recorrem também a investigações anteriores para fundamentar estas conclusões. De acordo com estudos realizados na Dinamarca e Grã-Bretanha não foi detectada qualquer redução do número de mortes e outras complicações graves, entre as quais se inserem os ataques cardíacos, falhas cardíacas e enfartes, 30 dias depois de ter sido realizada a cirurgia em pacientes tratados com bloqueadores beta (anti-hipertensores).

Num outro estudo não se registou nenhum benefício seis meses depois da cirurgia, e um ensaio clínico que ainda decorre não deu conta, até ao momento, de quaisquer efeitos benéficos. Para além disso, as investigações detectaram taxas significativamente elevadas de efeitos secundários inerentes à utilização de bloqueadores beta, incluindo a diminuição do batimento cardíaco (braquicardia) e pressão arterial baixa (hipotensão).

A investigação dos cientistas australianos sustenta ainda que ensaios não aleatórios sugeriram que os inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) demonstram algum benefício, porém as provas continuam a ser pouco consistentes. Para que realmente pudessem ser comprovados os benefícios e a segurança da utilização destes fármacos seria necessário um ensaio clínico, controlado aleatoriamente, que envolvesse mais de 12 mil pacientes.

Marta Bilro

Fonte: Spiritindia, Monsters and Critics, NEWS.com.au, Manual Merck.