O tratamento inovador destina-se a prolongar a vida dos doentes com cancro da próstata em fase avançada através da estimulação do sistema imunitário. De acordo com o matutino The Washington Post, o facto da entidade reguladora do sector ter adiado a autorização de comercialização do Provenge para realizar mais estudos acerca da sua eficácia causou desconforto tanto nos pacientes como nos investidores.
O Provenge recebeu aprovação do conselho científico da autoridade reguladora dos medicamentos em Março, parecer que a FDA não era obrigada a aceitar. Foi o que aconteceu. No dia 15 de Maio, altura em que deveria pronunciar-se sobre essas recomendações, a FDA exigiu mais testes que comprovassem a eficiência da vacina, depois de alguns especialistas a terem questionado.
Howard I. Scher, do “Memorial Sloan-Kettering Cancer Center” e Maha Hussain, da Universidade do Michigan, foram dois dos oncologistas que defenderam a apresentação de mais provas a favor da eficácia da vacina. Os especialistas afirmaram que o estudo apresentado pela Dendreon, a empresa norte-americana de biotecnologia responsável pelo desenvolvimento do produto, era demasiado reduzido o que poderia significar que os resultados podem ter sido fruto de um acaso.
No dia 4 de Junho, vários grupos de pacientes e advogados reuniram-se numa manifestação junto ao Capitólio exigindo uma reunião com o comissário da FDA, Andrew C. von Eschenbach, acto que lhes valeu um encontro, com o próprio, logo nesse dia. Os manifestantes exerceram pressão para que fosse alterada uma legislação sobre a FDA que estava a ser analisada pelo Congresso, de forma a facilitar o acesso a medicamentos experimentais. No entanto, a FDA insistiu que são necessários mais dados científicos.
Marta Bilro
Fonte: The Earth Times, Xinhua.