sexta-feira, 13 de julho de 2007

Comissão Europeia aprova utilização de Forsteo em homens com osteoporose

A Comissão Europeia concedeu aprovação para ampliar as indicações terapêuticas do Forsteo (Teriparatida) que poderá agora ser utilizado no tratamento da osteoporose em homens que apresentam um risco elevado de fractura. O fármaco passa também a ser indicado na redução da incidência de fracturas não vertebrais, excepto fracturas na anca, em mulheres na pós-menopausa.

A decisão vem no seguimento do parecer positivo emitido pelo Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP), no dia 24 de Maio. O medicamento é comercializado na União Europeia desde 2003, para o tratamento da osteoporose estabelecida em mulheres pós-menopáusicas.

O Forsteo é um agente formador de osso para tratamento da osteoporose. Este é o primeiro de uma classe de fármacos que estimula a formação óssea, através de uma acção directa sobre as células formadoras de osso (osteoblastos), aumentando indirectamente a absorção intestinal de cálcio, assim como, a reabsorção tubular de cálcio e excreção de fosfato pelo rim.

A aprovação foi sustentada pela apresentação de dados clínicos referentes a 437 homens com osteoporose hipogonadal ou idiopática. Os ensaios clínicos realizados demonstraram que o Forsteo provocou melhorias significativas na saúde óssea, uma vez que a densidade mineral óssea da coluna lombar aumentou significativamente num espaço de três meses. Ao fim de 12 meses, registou-se um aumento da densidade mineral óssea na coluna lombar e em todo o quadril de 5 e 1 por cento, respectivamente, quando comparado com a administração de um placebo.

A outra indicação incluída na acção terapêutica do medicamento foi baseada num estudo que contou com a participação de 1.637 mulheres na pós-menopausa portadoras de uma fractura vertebral prévia. As conclusões do estudo revelaram uma diminuição de 53 por cento no risco de fracturas não vertebrais por fragilidade e uma diminuição de 63 por cento do risco de fracturas maiores não vertebrais por fragilidade, incluindo o quadril, os pulsos, braços, costelas e pélvis.

Marta Bilro

Fonte: PM Farma, Infarmed.

Serviço de esterilização do Hospital da Guarda recebe certificação de qualidade

O serviço central de esterilização do hospital da Guarda obteve o certificado de qualidade pela norma ISO 9001-2000, que garante altos padrões de qualidade e permitirá a sua abertura a outras instituições da região. O processo foi desenvolvido ao longo de três anos, envolvendo uma empresa nacional e outra internacional, tendo sido esta última a atribuir o certificado.

A unidade agora certificada foi criada em 1998 e desde então, a limpeza e esterilização de todos os objectos utilizados nos diversos serviços do hospital e artigos têxteis, passou a ser feita neste serviço.

Com este certificado de qualidade, o serviço de esterilização, que de momento serve apenas o Hospital Sousa Martins (HSM), poderá prestar apoio a outras instituições da região, já que “tem capacidade instalada não só para a área do Serviço Nacional de Saúde mas, também, para as instituições particulares de solidariedade social", garantiu Fernando Girão, presidente do Conselho de Administração do HSM.

O responsável considera mesmo que no futuro, este poderá vir a ser um serviço rentável para o HSM, sendo que já existe “um pedido do Hospital da Misericórdia da Guarda, que poderá ser prestado através de um protocolo, com contrapartidas de um e do outro lado”.

Fernando Girão não esconde que gostaria de ver certificados todos os serviços clínicos do HSM, de forma a “criar condições de qualidade no serviço prestado pelo hospital”.

Na opinião de Matilde Cardoso, enfermeira directora do HSM, a certificação obtida permite garantir que “todos os serviços que são servidos pela central de esterilização podem ter a maior confiança", reconhecendo que este é "um serviço credível em que é possível confiar". A enfermeira realça ainda que a eficácia do serviço de esterilização é o “básico para todos os serviços se poderem desenvolver" com qualidade.

O processo de certificação implicou um investimento de cerca de 30 mil euros, comparticipado pelo Programa Saúde XXI e promoveu remodelações ao nível de vários aspectos, "o pessoal recebeu formação, foi aumentado o número de funcionários, os espaços foram redefinidos, foram adquiridos novos equipamentos de ponta, aperfeiçoou-se tudo aquilo que já estava feito", explicou Isabel Cristina, enfermeira responsável pelo serviço.

Em 2005 existiam apenas nove técnicos inseridos neste serviço, mas com o decorrer do processo de certificação os recursos humanos foram aumentados, existindo neste momento 15 técnicos em funções .

O investimento em novos equipamentos e tecnologia foi outro dos aspectos mais relevantes, sendo que neste momento, entre outros equipamentos, o serviço dispõe de três máquinas de lavar e desinfectar e de igual número de esterilizadores.

Os objectos que dão entrada no serviço de esterilização são "lavados, desinfectados, agrupados, empacotados e esterilizados", sendo posteriormente devolvidos à proveniência, explicou Isabel Cristina. No entanto, a certificação não garante a perfeição do serviço pois as falhas continuam a existir, apesar de serem mínimas e aceitáveis.
O serviço funciona 16 horas por dia, das 08:00 às 24:00, realizando em média 15 ciclos de esterilização por dia, divididos por dois turnos de segunda a sábado.

Para além da certificação do serviço de esterilização, o HSM conta também com a certificação do seu serviço de patologia clínica, distinguido em 2000, dai que Matilde Cardoso realce a grande importância da certificação agora obtida, pois “estes dois serviços são o suporte de outros”.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

Plano de segurança da Schering-Plough contra aquisições hostis expira

A Schering-Plough anunciou que a direcção decidiu votar a favor da expiração do actual plano de direitos dos accionistas da companhia, ou “pílula de veneno” (poison pill em inglês), uma ferramenta que algumas empresas utilizam para tornar as suas acções menos atraentes em caso de tentativas de aquisição hostis. A mudança faz parte das alterações das políticas de administração da companhia, anunciadas em Dezembro. A farmacêutica não prevê a adopção de um novo plano no futuro.

Num documento enviado à comissão norte-americana de mercado de valores, a farmacêutica disse que também emendou as actuais directrizes de administração da empresa para prevenir a adopção de futuras “pílulas de veneno” sem a aprovação dos accionistas. Qualquer novo plano de direitos dos accionistas não poderá ser posto em prática sem ser submetido à aprovação dos accionistas num prazo de 12 meses.

A Schering-Plough decidiu eliminar a “pílula de veneno” em Dezembro, quando a farmacêutica acabou com os requisitos de votação dos accionistas por “supermaioria” para decisões chave, como retirar um director. A empresa também estabeleceu que os membros da direcção serão eleitos anualmente por uma maioria, em vez de uma pluralidade dos votos. Anteriormente, os directores cumpriam um mandato de três anos.

Isabel Marques

Fontes: Bloomberg, BusinessWeek, MarketWatch
Investigação preliminar com resultados promissores
Fármaco para a doença bipolar em estudo


Uma equipa de cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, está a testar um potencial novo medicamento para a doença maníaco-depressiva, que também é designada como doença afectiva bipolar. Um mal que afecta cerca de um por cento da população mundial, e cujos tratamentos actuais se baseiam em estabilizadores de humor que fazem disparar o peso dos doentes.

Os investigadores estão a tentar encontrar respostas que permitam minimizar os transtornos e efeitos secundários provocados pelas terapias convencionais, mas de acordo com um artigo publicado na revista científica «Nature», ainda terão de ser feitos muitos estudos antes de o potencial novo fármaco poder ser testado em seres humanos. A mesma fonte refere que cerca de um por cento da população mundial deverá sofrer da doença maníaco-depressiva, cujo tratamento pressupõe normalmente a administração de estabilizadores de humor como o lítio e o ácido valpróico, que provocam aumento de peso e grande secura nas mucosas.
Os cientistas norte-americanos tentaram colmatar a lacuna no que diz respeito a alternativas àqueles tratamentos, descobertos há décadas, que actuam através do bloqueio da enzima glycogen synthase kinase-3 (GSK-3) no cérebro. Sabiam que uma nova classe de substâncias podia inibir uma enzima similar à GSK-3, e questionaram-se se não poderia também inibir a própria GSK-3. Uma pergunta a que os testes feitos deram resposta positiva. A revolução terapêutica dos doentes maníaco-depressivos poderá, assim, estar a um passo de se concretizar.

Carla Teixeira
Fonte: Nature

85% dos doentes espanhóis utilizam internet para pesquisar sobre doenças

Um estudo realizado pela Ogilvy Healthworld e pelo Google demonstrou que os motores de buscar na internet são utilizados por 85 por cento dos doentes espanhóis que procuram informações on-line sobre a sua patologia ou a medicação.

A investigação, que pretendeu avaliar a influência da comunicação digital no sector da saúde, revelou também que as doenças pesquisadas com mais frequência são as relacionadas com dietas e controlo de peso, alergias, obesidade, cancro, dores de cabeça ou enxaquecas, ansiedade e depressão. Um em cada quatro espanhóis utiliza o Google para procurar informações sobre saúde.

De acordo com o estudo, os motores de busca são utilizados em todas as fases do processo da doença, desde o diagnóstico ao tratamento. As conclusões referem que 92 por cento dos cibernautas procuram conselhos sobre hábitos de vida saudáveis e 87 por cento estão mais preocupados em saber quais os sintomas específicos. Também em 87 por cento dos casos os utilizadores pretendem perceber melhor o seu próprio diagnóstico e tratamento, enquanto 89 por cento procura mais informações sobre os procedimentos que estão a ser levados a cabo por amigos ou familiares.

Os internautas espanhóis consideram que os motores de busca são uma fonte de informação indispensável, e 85 por cento usam-nos para se esclarecer, foi hoje divulgado na apresentação do estudo em Madrid. “A internet é não só uma fonte de informação prioritária para os consumidores, mas também uma ferramenta revolucionária para a indústria farmacêutica, já que permite que o paciente encontre o profissional sempre que procura por ele”, salienta José María García, director do departamento de Saúde do Google, em Espanha.

As declarações do responsável surgem durante o encontro sobre saúde digital, o primeiro do género organizado para analisar o futuro do sector da saúde no país vizinho. Face aos resultados, os especialistas estão convencidos de que a internet impôs mudanças radicais no comportamento dos doentes e dos médicos e que, necessariamente, acabará por alterar a comunicação da indústria farmacêutica com o seu público.

A internet é, assim, a segunda fonte de informação mais utilizada pelos pacientes, em Espanha, para obterem informações no âmbito da saúde, quase ao nível dos médicos, que representam 88 por cento, e muito acima de outros recursos com é o caso dos farmacêuticos, livros e meios de comunicação tradicionais. “A internet é o suporte mais interactivo, profundo e rico em informação e, sem dúvida, complementar a qualquer actividade de saúde”, destaca José María García.

Marta Bilro

Fonte: PM Farma

Nova técnica imita e acelera a replicação de priões
Diagnóstico de Creutzfeldt-Jakob facilitado

A doença de Creutzfeldt-Jakob, variante humana da encefalopatia espongiforme bovina, poderá estar a um passo de ser mais facilmente diagnosticável. Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, desenvolveram uma nova técnica de imitação e aceleração do processo de replicação de priões, onde pode residir a chave para o problema.

De acordo com um estudo publicado no «Journal of Pathology», aquela doença, que é causada pela presença de priões que eliminam as células do cérebro, cujo tecido adquire a aparência de uma esponja, poderá tornar-se detectável de modo mais fácil e rápido com a utilização da técnica agora desenvolvida, que imita e acelera a replicação dos priões. Embora o método só tenha sido experimentado ainda com animais, os investigadores acreditam que será possível a sua aplicação em trabalhos com a variante humana da doença, sendo necessários estudos adicionais para aferir se a nova técnica poderá ter aplicação noutro tipo de tecidos.
O professor James Ironside, da equipa de observação da doença de Creutzfeldt-Jakob, considera que actualmente a realização do teste exige demasiado tempo para que possa permitir um diagnóstico rápido num centro de recolha de sangue. No entanto, disse que ele poderia ser usado num centro nacional, para confirmar os resultados de testes anteriores e evitar falsos diagnósticos. Igualmente designada como BSE ou “doença das vacas loucas”, a Creutzfeldt-Jakob surgiu com força no Reino Unido no início dos anos 90, causando 161 mortes, entre elas as de três pessoas que foram contagiadas por transfusões de sangue.

Cenário nacional
Em Portugal não há notícias de casos desta doença em seres humanos, mas um primeiro diagnóstico em animais surgiu terá surgido em Junho de 1990, apesar de ter sido mantido em segredo durante três anos, altura em que uma audição e um inquérito parlamentar tiveram como resultado a “não conclusão da existência da doença das vacas loucas em Portugal”. Só em Julho de 1994 foi reconhecida a sua existência, com uma distribuição geográfica decalcada da distribuição de bovinos leiteiros, tendo por isso maior concentração nas regiões de Entre-Douro-e-Minho, Beira Litoral e Trás-os-Montes e Alto Douro.
A região autónoma dos Açores, que tem uma grande concentração de bovinos leiteiros, manteve-se isenta até 2000, ano em que a doença foi detectada num boi importado da Alemanha. Até 1994 todos os casos diagnosticados tinham origem em animais importados do Reino Unido, e em 1996 foi constituído um plano de erradicação da BSE, que previa o abate de todos os animais coabitantes com os casos confirmados, com a recolha sistemática de amostras e consequente análise laboratorial.

Carla Teixeira
Fonte: Journal of Pathology, ASAE, Ministério da Agricultura
Recolha voluntária do TechneScan MAG 3

O Departamento de Inspecção do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anunciou, numa nota com a classificação de “muito urgente”, a recolha das embalagens que faziam parte do lote 267754 do pó para solução inhectável TechneScan MAG 3 de 1mg, com data de validade de 2 de Fevereiro de 2008.

Num comunicado dirigido às organizações nacionais e sub-regiões, administrações regionais de saúde, hospitais, centros de saúde e grossistas na área do fármaco, o Infarmed comunica que, por deliberação do seu conselho directivo, decidiu ordenar a recolha de todas as embalagens daquele medicamento, com o número de registo 4802781, cujo titular de autorização de introdução no mercado é a Mallinckrodt Medical, BV, que tem como representante em Portugal a firma Isoder – Isótopos Derivados, SA, na sequência de ter sido aferido, em análises da Agência Francesa do Medicamento, que o fármaco em causa não cumpre a especificação relativa aos níveis de radioactividade libertada.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed
Recolha voluntária de comprimidos Salofalk

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anunciou a recolha voluntária do fármaco Salofalk comprimidos gastro-resistentes de 500 mg que faziam parte do lote n.º 06D02113R, com prazo de validade de Abril de 2009.

Numa circular informativa assinada por Hélder Mota Filipe, em nome do conselho directivo daquela entidade, e com a classificação de “muito urgente”, o Infarmed comunica que a firma Dr. Falk Pharma Portugal – Sociedade Unipessoal, Lda. está a proceder à recolha voluntária do referido medicamento, depois de ter detectado, em algumas amostras integrantes do referido lote, alterações organolépticas (manchas escuras) nos comprimidos. São alterações que não põem em causa a segurança e a saúde dos utentes que entretanto tenham utilizado o medicamento, mas que levaram o Infarmed a ordenar a suspensão imediata da comercialização daquela versão do Salofak.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

Boehring Ingelheim processa Barr por violação da patente do Aggrenox

A Boehring Ingelheim instaurou um processo judicial, na justiça norte-americana, contra a Barr Pharmaceuticals alegando a violação da patente do Aggrenox (Ácido acetilsalicílico + Dipiridamol), um medicamento utilizado na prevenção do risco de ataques cardíacos.

A Barr pretende produzir um semelhante genérico do Aggrenox, tendo submetido, em Janeiro, uma candidatura à Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (Food and Drugs Administration - FDA), que em Maio foi aceite para revisão. A empresa de genéricos acredita que deverá ser a primeira a tentar comercializar uma cópia do medicamento, o que lhe poderá garantir seis meses de exclusividade no mercado.

Para além disso, a Barr estima que as vendas anuais do fármaco, nos Estados Unidos da América, possam render-lhe mais de 187 milhões de euros.

A Barr justifica a sua tentativa de produção de um genérico alegando que uma das patentes do medicamento é inválida. Porém, a farmacêutica alemã considera que essas afirmações são “desprovidas de qualquer objectivo de bom senso ou de quaisquer factos legais”.

O medicamento é utilizado por pacientes que já foram vítimas de um ataque cardíaco de forma a prevenir reincidências. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, quase um em cada quatro homens e uma em cada cinco mulheres com 45 anos de idade têm probabilidades de sofrer um ataque cardíaco caso vivam até aos 85 anos.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, Business in the Burbs, United Press International, Bloomberg.

Produto tóxico detectado em Sensodyne à venda no Reino Unido

Vestígios de um químico tóxico foram detectados em pastas de dentes contrafeitas da marca Sensodyne, no Reino Unido. O alerta foi lançado pela Agência Reguladora dos Medicamentos e Cuidados de Saúde (MHRA) depois de mais de 100 embalagens de um lote contaminado terem sido vendidas em mercados e bancas de rua contendo dietileno glicol.

A entidade reguladora britânica referiu que ainda não há quaisquer provas de que alguém tenha sofrido um problema de saúde derivado dos efeitos da pasta de dentes e que não são esperadas reacções graves. Isto porque, apesar de tóxica, a substância só é perigosa se ingerida em grandes quantidades.

Segundo afirmaram as autoridades daquele país, as embalagens do dentífrico falsificado apresentam rotulagem em inglês e em árabe, enquanto que as verdadeiras apenas apresentam o rótulo em inglês. Os produtos afectados contêm a designação Sensodyne Original e Sensodyne Mint 50ml e a MHRA já lançou um apelo aos consumidores que tenham comprado o produto para que este não seja utilizado, uma vez que está contaminado com níveis tóxicos de dietileno glicol.

A GlaxoSmithKline, detentora da marca Sensodyne, emitiu um comunicado no qual assegura não utilizar aquela substância em nenhuma das suas pastas de dentes. “Estes produtos contrafeitos são ilegais e não têm qualquer relação com a GlaxoSmithKline”, referem os responsáveis. A empresa afirma que tem “em séria consideração qualquer relato de contrafacção” e diz já ter contactado a sua cadeia de fornecedores legítimos para se certificar de que não existe qualquer produto falsificado.

Apesar de não ser ainda conhecida a origem dos produtos falsificados, a GSK admite que a China é uma possibilidade, uma vez que recentemente exportou pastas de dentes contaminadas com a referida substância.

Marta Bilro

Fonte: Guardian Unlimited, Scotsman.com, BBC News.

Apifarma opõe-se a campanha governamental de promoção de genéricos

A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) interpôs uma providência cautelar para impedir a progressão de uma campanha de promoção de medicamentos genéricos, que estaria pronta para ser lançada pelo Ministério da Saúde, em Setembro.

A notícia, avançada pelo jornal Sol, adianta que o processo já terá dado entrada no Tribunal Administrativo de Lisboa. A situação deve agora ser analisada por um juiz que, em breve, decide se a campanha será ou não cancelada.

A campanha, que envolve 500 mil euros, divulga os genéricos existentes no mercado bem como as suas vantagens. A Apifarma considera que, por promover um segmento restrito de mercado, a acção vai contra a lei da livre concorrência.

Marta Bilro

Fonte: Sol

O anticoagulante Idraparinux da Sanofi-Aventis apresenta resultados mistos

A Sanofi-Aventis anunciou que os dados de estudos sugerem que o anticoagulante idraparinux é tão eficaz como a varfarina na redução de derrames cerebrais e eventos embólicos sistémicos do sistema nervoso periférico, em pacientes com fibrilação atrial. As descobertas foram apresentadas no congresso da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase, em Genebra.

Contudo, os resultados dos 4576 pacientes do ensaio AMADEUS também mostraram que os casos de hemorragia clinicamente relevante foram significativamente mais elevados naqueles que receberam idraparinux, em comparação com os que receberam varfarina. Os resultados demonstraram que a hemorragia apareceu com o tempo, e foi mais pronunciada em pacientes mais idosos e naqueles com função renal comprometida.

A farmacêutica sublinhou que os dados referentes a hemorragias indicam a necessidade de reconsiderar uma redução da dose do idraparinux para pacientes identificados como sendo de risco. O principal investigador do estudo, Harry Buller, acrescentou que o novo estudo BOREALIS-AF do fármaco se deverá focar na melhoria do perfil de segurança preservando simultaneamente a sua eficácia.

A Sanofi está a adaptar a terapia de modo a combater os problemas de hemorragias que surgiram nos anteriores testes ao fármaco. A farmacêutica está a adicionar uma substância, que não modifica a estrutura do idraparinux, nem o seu funcionamento, e que irá permitir aos médicos desligar o mecanismo anticoagulante do tratamento em situações que incluam, por exemplo, cirurgias não planeadas.
Isabel Marques

Fontes: FirstWord, Bloomberg, CNN Money

Nutricionistas defendem proibição da publicidade alimentar durante os programas infantis

Como forma de combater a obesidade infantil, um grupo de especialistas em nutrição recomendou à Comissão Europeia a adopção de legislação que restrinja, ou até mesmo proíba, a publicidade a produtos alimentares, durante o tempo de intervalo dos programas televisivos destinados a crianças.

Um estudo desenvolvido em França e apresentado no final do ano passado mostrou que 89 por cento dos anúncios a alimentos exibidos antes, durante e depois dos programas de televisão infantis, eram produtos com altos níveis de açúcar e gorduras, sendo que em apenas 11 por cento desses anúncios eram publicitados produtos com benefícios nutricionais.

Sylvie Pradelle, responsável da maior organização de consumidores de França, lembrou que as crianças são altamente permeáveis aos anúncios e que antes dos sete anos de idade não conseguem distinguir entre a publicidade e a ficção televisiva.

Como tal, a dirigente defende a proibição total da publicidade a alimentos durante os programas infantis e juvenis, considerando também que “deve haver uma definição clara de programas infantis. Esta restrição não se deve limitar aos desenhos animados, mas deve abranger também outros que possam ser vistos pelas crianças, sobretudo na ausência dos pais”.

Opinião igual tem a endocrinologista portuguesa Isabel do Carmo, que considera necessária a criação de legislação específica para o efeito, uma vez que já ficou demonstrado que a auto-regulação não tem funcionado.

“Em relação à televisão, defendo a lei sueca”, que desde 1991 proíbe a publicidade alimentar antes, durante e logo depois de programas infanto-juvenis. Na opinião da médica, a solução passa mesmo pela proibição, pois a restrição continuará a não solucionar o problema, cometendo equívocos, como acontece por exemplo com os produtos lácteos. “Temos publicidade a iogurtes, mas cheios de açúcar e com alegações de saúde erradas”.

Fernanda Santos, especialista em alimentação da associação de consumidores Deco, defende um posição mais flexível, considerando que as restrições à publicidade durante estes programas é o bastante para controlar a questão.

“A Deco tem defendido é a proibição da publicidade a alimentos ricos em sal, gordura e açúcares”. No entanto, Fernanda Santos reconhece a necessidade de “haver uma imposição legal comum”, já que apesar dos alertas, a industria alimentar não tem alterado a sua posição nesta matéria.

Inês de Matos

Fonte: Sol

Envelhecimento Humano em debate no I Congresso Internacional de Gereontologia

O I Congresso Internacional de Gereontologia vai decorrer na Escola Superior de Educação João de Deus, em Lisboa, de 8 a 10 de Novembro, dedicado ao tema (Con)vivências do corpo à alma.

Os principal objectivo do congresso passa pela promoção do debate científico e gerontotecnológico, acerca do envelhecimento humano. Como tal, existirá uma cooperação entre diversas ciências, nomeadamente entre a psicomotricidade, a geriatria e a medicina, por exemplo, de forma a assegurar maior autonomia e cidadania à população envelhecida.

Os progressos da medicina tem levado ao aumento da esperança média de vida e as fracas taxas de natalidade têm proporcionado o envelhecimento da população, no entanto, “a qualidade de vida dos idosos nem sempre é a melhor”, refere o site on-line do Congresso.

“Urge procurar respostas e medidas para o processo de envelhecimento do Homem. Quanto mais não seja pela via educativa e sociocultural, para se recuperar o respeito pelo idoso”, pois apesar da idade, o gereonte “ainda pode adaptar-se e intervir activamente na sociedade que ajudou a construir”, sendo útil e representando uma mais valia.

O congresso pretende alertar para a condição do idoso, promovendo a informação, formação e investigação-acção em Envelhecimento Humano, que deveria “ser uma prioridade na Sociedade Portuguesa e na União Europeia tal como no resto do mundo”, refere o website.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem 580 milhões de idosos em todo o mundo, dos quais 350 milhões (61%) vivem nos países desenvolvidos. Em 2020, deverão existir mil milhões de idosos e no ano 2025, os indivíduos com mais de 60 anos serão mais numerosos do que os jovens com menos de 20 anos.

Para mais informações consultar:
http://www.ese-jdeus.edu.pt/gerontologia/gerontologia.asp

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma, http://www.ese-jdeus.edu.pt/gerontologia/gerontologia.asp

Canela no tratamento da diabetes

A farmacêutica espanhola Faes Farma colocou no mercado espanhol um medicamento, feito à base de canela, para tratar a diabetes. O Glusil foi submetido aos testes de qualidade e conseguiu resultados positivos.

Uma vida saudável através de uma correcta alimentação e de prática regular de exercício físico é o método mais recomendado aos diabéticos para controlar nos níveis de glucose no sangue. Contudo, isto exige, na maior parte dos casos, grandes mudanças de hábitos, pelo que as pessoas não praticam esta recomendação.

O Glusil tem precisamente a função de ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue. Composto de um extracto aquoso, Cinnamomum Cassia, é a variedade da canela que mostrou melhores resultados na redução da glucose. A toma é fácil, tem um sabor neutro e o valor calórico é baixo, menos de 1 Kcal por dia.

sara pelicano

fontes: pm farma, faes farma