domingo, 5 de agosto de 2007

Mahjong responsável por crises epilépticas

Jogar Mahjong, um tradicional jogo de mesa chinês, pode provocar o desenvolvimento de epilepsia, revela uma investigação realizada por especialistas do Hospital Queen Mary, em Hong Kong.

O estudo, publicado no “Hong Kong Medical Journal”, dá conta das conclusões da pesquisa que envolveu 23 casos de pacientes que sofreram crises de epilepsia desencadeadas pelo Mahjong. De acordo com os autores da investigação este pode ser um tipo de epilepsia induzido pela cognição, e a única forma de a evitar é abster-se de jogar Mahjong.

Entre os 23 pacientes de Taiwan e Hong Kong que englobaram esta análise, apenas dois casos correspondiam a participantes do sexo feminino, sendo que a média de idades dos doentes rondava os 54 anos. A maioria dos participantes experienciou a primeira crise enquanto jogava Mahjong sem que possuísse qualquer historial da doença ou de perturbações do foro neurológico. As perturbações do sono e o stress provocado pelo jogo foram excluídas como possíveis causas para as referidas crises.

Os resultados da investigação levaram os especialistas a definir a epilepsia do Mahjong como uma síndrome isolada, isto é, que não está associada a outros factores, devendo-se unicamente ao jogo. As crises epilépticas podem ser desencadeadas por uma grande variedade de factores, porém, jogar ou apenas assistir a uma partida de Mahjong é a causa mais evidente. Os homens são, de acordo com a pesquisa, mais afectados que as mulheres.

Este jogo para quatro participantes envolve o rápido movimento das 144 peças que o compõem, em sessões que se revelam verdadeiras maratonas. O jogo desenvolve-se em partidas sucessivas, de modo que, em cada uma, somente um jogador pode ganhar. O Mahjong é cognitivamente muito exigente, envolvendo um elevado esforço mental de memória, concentração, rapidez de cálculo e sequenciação. As conclusões do estudo indicam que as crises podem ser induzidas pelos diferentes padrões que figuram nas peças do jogo ou apenas pelo som das peças quando tocam umas nas outras.

Marta Bilro

Fonte: eFluxMedia.com, BBC News, Daily News, Liga Portuguesa Contra a Epilepsia.

Monsanto exige 72 milhões de euros à Novartis

A Monsanto, empresa produtora do Posilac, uma hormona sintética de bovino, apresentou uma queixa contra a Sandoz, unidade austríaca da Novartis, na Câmara de Comércio Internacional, exigindo o pagamento de mais de 72 milhões de euros por danos causados pela Sandoz no fornecimento do referido produto.

A Sandoz, contratada pela empresa norte-americana de biotecnologia para produzir o Posilac, apresentava falhas relativas ao controlo de qualidade e ao fornecimento do produto, sendo incapaz de cumprir os padrões estabelecidos pela Administração Norte Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA).

A Monsanto alega que ao interromper o fornecimento do produto em resultado de melhoramentos nas suas instalações, a Sandoz não satisfez os requisitos de qualidade exigidos, devendo, por isso, sujeitar-se ao pagamento de uma compensação monetária relativa às perdas financeiras da Monsanto.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, CNN Money, Forbes, Reuters.

Teva recebe aprovação da FDA para produzir Pantoprazol genérico

O laboratório israelita Teva Pharmaceutical Industries recebeu aprovação da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) para comercializar uma versão genérica do Protonix (Pantoprazol), um medicamento da Wyeth, utilizado no tratamento da azia.

A Teva obteve ainda 180 dias de exclusividade no mercado. A Wyeth e a sua parceira Nycomed moveram uma acção judicial para impedir o potencial lançamento do fármaco. A Teva e a Sun Pharmaceuticals acordaram suster o lançamento do genérico até ao dia 7 de Setembro.

O medicamento, comercializado em Portugal como Apton, é indicado no tratamento da doença de refluxo de grau ligeiro e dos sintomas associados (azia, regurgitação ácida, dor à deglutição), no tratamento de manutenção e prevenção das recidivas da esofagite de refluxo e na prevenção de úlceras gastroduodenais induzidas por medicamentos anti-inflamatórios não esteróides não selectivos.

Marta Bilro

Fonte: Reuters, Globes Online.