sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Scaners MRI permitem detectar precocemente 92 % dos casos de cancro da mama

Uma equipa de investigadores da Universidade de Bonn descobriu que os aparelhos de scaner MRI conseguem detectar 92 por cento dos casos de cancro da mama em fase precoce, uma percentagem muito superior à das tradicionais mamografias, que apenas identificam 56 por cento das lesões.

Os scaners MRI são essencialmente utilizados em exames cerebrais e até à data, a sua utilização na detecção de cancro da mama tem acontecido mais como suporte aos exames tradicionais, do que como principal método de identificação de lesões. Contudo, as recentes conclusões deste estudo trazem uma nova esperança no combate ao cancro da mama, pois a detecção precoce da doença é decisiva para o sucesso do tratamento.

O estudo recorreu à observação de 7.300 mulheres, com um tipo de cancro de mama em estado muito precoce, o ductal carcinoma in situ (DCIS), que afecta os canais de aleitamento. O scaner MRI demonstrou maior eficácia na detecção de anomalias mamárias, principalmente nos casos mais agressivos, identificando 98 por cento das lesões, enquanto que as mamografias tradicionais apenas permitiram identificar 52 por cento destes casos.

No que respeita aos erros de diagnóstico, o estudo aponta que as probabilidades de erro deste aparelho não são superiores às dos aparelhos tradicionais. No entanto, a comunidade cientifica alerta para a necessidade de se realizarem mais estudos que permitam conhecer o real valor deste tipo de scaner e que possibilitem a utilização desta ferramenta como principal método de identificação de lesões.

Inês de Matos

Fonte: BBC

Cabo Verde vai receber farmacêuticos lusófonos

Debater contrafacção de medicamentos, pandemias e profissão

O problema da contrafacção de medicamentos, a formação de farmacêuticos e as pandemias do VIH/sida e tuberculose serão temas a abordar na nona edição do Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa.

Cabo Verde foi o destino escolhido pela Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP) para receber os farmacêuticos lusófonos, em 2008.

Segundo informa a AFPLP no seu site, a organização irá preparar - tal como aconteceu em edições anteriores do congresso - um programa de viagens com condições vantajosas para farmacêuticos “de modo a incentivar a participação do maior número possível de farmacêuticos de língua portuguesa e possibilitar uma efectiva troca de experiências e conhecimentos entre colegas de profissão.”

O ano passado, Luanda (Angola) foi o palco do VIII congresso, onde os farmacêuticos consideraram que as farmácias portuguesas "funcionam com elevada qualidade profissional, de acordo com os interesses dos cidadãos e representam um modelo a seguir para os restantes países" que integram a AFPLP – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Raquel Pacheco


Fonte: Farmácia em Português

«ePedigree» para autenticar medicamentos

Tecnologia da IBM permite acompanhar todo o ciclo do produto farmacêutico e combate contrafacção

A IBM desenvolveu uma tecnologia para ajudar as empresas farmacêuticas a autenticar os medicamentos. Chama-se «ePedigree» e o objectivo principal é o combate à contrafacção de fármacos.

Em breve, a partir dos dados contidos nas embalagens será possível verificar a autenticidade e o historial do produto farmacêutico. O mérito é da IMB que desenvolveu com êxito uma tecnologia que consegue acompanhar todo o ciclo de produção do produto farmacêutico.

A base de dados «ePedigree» permite a troca de informação de forma segura entre vários utilizadores e pode ser gerida de forma eficiente ao longo de toda a cadeia de fornecimento e distribuição dos produtos farmacêuticos, incluindo fabricantes, distribuidores e vendedores.

A empresa de Tecnologias de Informação, informa que a tecnologia emprega uma das componentes mais importantes da nova versão do WebSphere RFID Information Center da IBM.

Raquel Pacheco

Fonte: iGOV

Problemas relacionados com a idade camuflam doenças da tiróide

A diversidade de sintomas provocados pelos problemas de tiróide faz com que, muitas vezes, os médicos não se apercebam da presença da doença. De acordo com um relatório da Escola Médica de Harvard, o diagnóstico nos doentes com problemas de tiróide é frequentemente confundido com falhas cardíacas, colesterol elevado ou mesmo demência.

Nos casos de hipotiroidismo, que se manifesta quando a tiróide não pode produzir as quantidades adequadas de hormona tiróidea necessárias para o organismo, os sintomas são muito diversos, podendo mesmo ser confundidos com os de uma depressão. O hipotiroidismo caracteriza-se pela voz rouca e dicção lenta, pálpebras caídas, olhos e a cara inchados e salientes, aumento de peso, pele seca, intolerância ao frio ou sensação de cansaço.

Algumas pessoas, sobretudo os adultos, ficam esquecediças e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência. Há situações em que os adultos apresentam sintomas que não ocorrem nos doentes mais jovens, como é o caso do colesterol elevado, falha cardíaca, alterações no funcionamento do intestino, problemas psiquiátricos e problemas de equilíbrio.

A variedade de sintomas possíveis faz com que os médicos, principalmente no caso de pessoas idosas, se concentrem em doenças mais comuns dessa faixa etária, refere o estudo intitulado “Doença da tiróide: Compreender o Hipotiroidismo e Hipertiroidismo”. Alguns médicos verificam periodicamente a função tiróidea, no entanto, as análises de rotina não são um procedimento universal. É por isso que os autores do estudo recomendam que, caso haja qualquer suspeita, seja solicitado ao médico um exame de avaliação à tiróide.

O hipotiroidismo trata-se com a substituição da hormona tiróidea deficiente, mediante um dos diversos preparados orais existentes. A forma preferida é a hormona tiróidea sintética, T4. Outra forma, a hormona tiróidea dessecada, obtém-se das glândulas da tiróide de animais. Em geral, a forma dessecada é menos satisfatória, refere o Manual Merck, porque a dose é mais difícil de adaptar e os comprimidos têm quantidades variáveis de T3. Por sua vez, o hipertiroidismo pode ser tratado farmacologicamente, mas outras opções incluem a extracção cirúrgica da glândula tiróide ou o seu tratamento com iodo radioactivo. O propiltiouracilo ou o metimazol, os medicamentos mais utilizados para tratar o hipertiroidismo, atrasam o funcionamento da tiróide e diminuem a produção hormonal.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, eMaxHealth, Manual Merck.

FDA concede mais seis meses de exclusividade ao Diovan

A farmacêutica suíça Novartis garantiu mais seis meses de comercialização exclusiva para o Diovan (valsartan) destinado ao tratamento da hipertensão. A decisão da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) estende a protecção da patente do medicamento até Setembro de 2012 quando esta deveria terminar em Março daquele ano.

Este prolongamento baseou-se em estudos realizados com crianças que sofrem de pressão arterial alta, refere um comunicado emitido pela Novartis. A empresa adiantou também que a utilização do Diovan em crianças e jovens pode ser aprovada pela FDA até ao final do ano corrente.

O Diovan é o fármaco mais vendido a nível mundial para o tratamento da hipertensão. As vendas desta substância renderam 877 milhões de euros no segundo trimestre de 2007.

A administração de Diovan a doentes hipertensos provoca uma redução da pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca. O fármaco é também indicado em doentes com falha cardíaca e nos pacientes que sofreram um ataque cardíaco.

No entanto, esta decisão não significa que a utilização pediátrica do medicamento seja automaticamente aprovada, afirmou Vivienne Schneider, porta-voz da Novartis.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Reuters, CNN Money.

Gastroenterite provoca desidratação potencialmente fatal
Pediatras portugueses recomendam vacina


A gastroenterite pediátrica é uma doença infecciosa sem tratamento que apenas pode ser prevenida pela vacinação. Por isso, depois de, como o farmacia.com.pt oportunamente noticiou, a Sociedade Europeia de Doenças Infecciosas Pediátricas e a Sociedade Europeia de Gastroenterologia se terem congratulado com a notícia do desenvolvimento de duas novas vacinas contra a infecção por rotavírus, anualmente responsável pela morte de meio milhão de crianças até aos cinco anos (sobretudo bebés dos três aos 24 meses), a Sociedade Portuguesa de Pediatria prepara-se para recomendar a inoculação.

De acordo com Fernanda Rodrigues, membro do departamento de Infecciologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria, há dados regionais relativos aos tipos de rotavírus em circulação no nosso país que mostram que as vacinas existentes são eficazes. “São muito importantes e estão já programados estudos epidemiológicos a nível nacional com vista a avaliar a situação e a monitorizar a eficácia da vacina”, informou a especialista, em declarações à Agência Lusa. No seguimento da introdução da imunização no programa de vacinação universal na Áustria, e da reacção positiva da generalidade dos países europeus à medida, a SPP pretende emitir brevemente a sua recomendação.
No nosso país não há um levantamento global sobre a incidência desta patologia, estimada no entanto em cerca de 40 por cento, número aferido em determinadas regiões e que não é significativamente discrepante do apurado em alguns países da Europa, segundo declarou à Lusa Filipa Prata, pediatra do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. A vacina contra a gastroenterite pediátrica por rotavírus deverá ser administrada até às 26 semanas de vida, mas o pico de prevalência daquela doença ocorre entre os três e os 24 meses. Em Portugal estão disponíveis duas vacinas, cujo preço oscila entre 160 e os 170 euros, consoante sejam aplicadas duas ou três doses.
A gravidade da gastroenterite infantil varia entre os casos perfeitamente assintomáticos e os casos graves, acompanhados de enormes perdas de líquidos por desidratação, que podem ser fatais. Os sintomas são normalmente bastante intensos, incluindo diarreia aquosa, vómitos, febres altas e dor abdominal, num quadro muito similar ao de qualquer gastroenterite comum, não sendo raros os casos com mais de 20 episódios de vómitos e diarreias em apenas 24 horas, num quadro clínico que se prolonga por três a nove dias. Não existe um tratamento específico para esta patologia, que se propaga com grande facilidade, através do contacto directo com o agente infeccioso ou uma pessoa infectada (transmissão fecal/oral), por intermédio de secreções respiratórias ou do contacto com objectos contaminados, como água e comida ou, no caso das crianças, brinquedos. A vacinação é, segundo os especialistas, a única medida de controlo com impacto significativo na incidência da patologia.

Carla Teixeira
Fonte: Agência Lusa, «XL Semanal»

Bradley tem três potenciais compradores

O laboratório Bradley Pharmaceuticals anunciou que tem três potenciais compradores interessados na empresa, e vai prosseguir com a venda.

De acordo com a farmacêutica foram já apresentadas algumas propostas preliminares, cujos detalhes não foram divulgados.

A Bradley já tinha tornado pública a sua intenção de analisar alternativas estratégicas e mantém o Deutsche Bank Securities Inc. como seu conselheiro na área financeira.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, Chron.com, Yahoo Finance.

John H. Johnson nomeado director executivo da ImClone

A ImClone nomeou John H. Johnson para o cargo de director executivo da empresa, posição que deverá assumir a partir do dia 27 de Agosto. A vaga estava por preencher desde Outubro de 2006, altura em que Joseph Fischer se demitiu.

Johnson, de 49 anos de idade, desempenhava funções na direcção da Johnson & Johnson, mais recentemente como presidente da unidade de biofarmacêutica do grupo.

Ansioso por começar a trabalhar na ImClone, Johnson salientou que vão “continuar a procurar novas iniciativas para maximizar o franchising do Erbitux e a avançar com a linha de investigação de produtos candidatos”.

Alexander Denner, presidente da empresa, considera que John Johnson “possui um forte currículo na indústria biofarmacêutica”, sendo, por isso, uma mais-valia para a “nova era da ImClone”.

Marta Bilro

Fonte: First Word, Bloomberg, Market Watch.

Fusão entre Peptech e EvoGenix origina nova empresa de biotecnologia

A Peptech e a EvoGenix, duas empresas australianas de biotecnologia, preparam-se para protagonizar uma fusão num negócio que ascende aos 97 milhões de euros e que pode dar origem á criação de uma das maiores empresas biotecnológicas do país.

A Peptech vai adquirir a totalidade das acções da EvoGenix para formar uma nova empresa, que vai operar sob um novo nome, a partir do final do mês de Agosto. “De acordo com a nossa estratégia previamente anunciada, esta transacção dá origem a uma entidade conjunta, que lhe permitirá tornar-se um actor importante no palco mundial dos anticorpos”, afirmou John Chiplin, director executivo da Peptech.

Tal como acontecia com as duas empresas antes da fusão, a nova entidade vai especializar-se no desenvolvimento de terapias com medicamentos baseados em anticorpos e proteínas destinados ao tratamento de doenças inflamatórias, doenças dos ossos e cancro.

Os anticorpos são a classe de medicamentos em maior fase de crescimento, em especial para o tratamento do cancro, da artrite e de infecções, cujo interesse por parte da indústria mundial de biofármacos aumenta cada vez mais.

A nova empresa biotecnológica vai dispor, logo de início, de mais de 100 milhões de euros em dinheiro para avançar com a sua linha de investigação e deve receber pagamentos derivados das receitas da Abbott e da Johnson & Johnson relativos ao Humira (adalimumab) e ao Remicade (infliximab), cujos direitos de patente pertencem à Peptech.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, BioPharma-Reportrer.com.

Comissão Europeia aprova comercialização de Increlex

A farmacêutica francesa Ipsen recebeu autorização de comercialização na Europa para o Increlex (mecasermin) um recombinante do factor 1 de crescimento do tipo da insulina. Este é o primeiro medicamento do género a ser aprovado no espaço comunitário para o tratamento de pacientes com níveis reduzidos da proteína IGF-1.

A Comissão Europeia emitiu uma autorização para o Increlex 10mg/ml solução para injecção, produto que recebeu estatuto de medicamento órfão atribuído pela União Europeia, em Maio deste ano. O medicamento foi aprovado para o tratamento prolongado de crianças e adolescentes com deficiência primária grave do factor 1 de crescimento do tipo da insulina. Com esta licença, a Ipsen garante exclusividade de mercado durante 10 anos.

A Ipsen comprou os direitos de desenvolvimento e comercialização do fármaco à norte-americana Tercica, em Outubro de 2006, o que lhe permite vender o medicamento na Europa e, provavelmente, noutros territórios. A Ipsen fica responsável pelo pagamento de 15 milhões de euros à Tercica relativos ao cumprimento de objectivos. O laboratório francês tem planos para disponibilizar o medicamento no mercado europeu ainda em Outubro deste ano.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, BioPharma-Reporter.com.

Parafarmácias cedem à competitividade do sector

14 estabelecimentos fecharam desde 2005

Desde 2005, altura em que surgiram em Portugal as primeiras parafarmácias, 14 estabelecimentos já fecharam e dois foram trespassados. Estes são números da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) que espelham as contrariedades inerentes à implantação deste negócio num mercado fortemente dominado pelas farmácias. Actualmente há 485 postos autorizados e 35 ainda por abrir.

Os dados do Infarmed, divulgados pelo jornal Diário de Notícias, referem que, no mês de Julho, houve 335 lojas de medicamentos a comunicarem vendas, entre as quais a facturação ascendeu aos 743 mil euros. No entanto, grande parte destas lojas de venda de medicamentos (41%) é detida pelo grupo Modelo Continente, que possui com 31 estabelecimentos do género. Contas feitas, restam 438 mil euros a dividir por 305 lojas, o que significa que, por dia, estas parafarmácias rendem, em média, 48 euros. Por cálculo de embalagens, a média situa-se nos 10 medicamentos vendidos. A estes subtraem-se ainda cinco estabelecimentos pertencentes ao Pingo Doce e outros sete à cadeia de supermercados Jumbo, cujas características dimensionais lhe permitem receitas distintas.

Ainda assim, há quem não esteja admirado com a realidade dos números. Carlos Vicente é responsável pela Botica Fialho Vicente, a primeira loja que, em Outubro de 2005, começou a vender remédios em Mem Martins. Apesar de não ter queixas do negócio, até porque, segundo explica, tem como equilibrar os lucros, assume que a situação não está fácil. “O negócio não nos tem corrido mal, porque temos também uma farmácia e conseguimos negociar melhor com os fornecedores”, refere. Porém, “há muitas lojas que já não estão a vender. Confesso que não sei como muitas se aguentam...”, acrescenta.

Ainda que as vendas corram bem, os medicamentos não chegam para tornar o negócio rentável. "São mais de 1500, mas têm preços à volta de cinco euros. Um creme custa trinta euros, uma aspirina três. Veja quantas aspirinas tenho que vender..." Por isso, "os medicamentos funcionam como um chamariz porque as pessoas aproveitam e levam outros produtos", refere. Há ainda as dificuldades e barreiras que têm que ser ultrapassadas junto dos distribuidores. "Alguns nem estacionam as carrinhas em frente às lojas, para evitar complicações com as farmácias", exemplifica.

Pedro Reis, proprietário de uma loja em Setúbal, confirmou o rol de entraves que se colocam ao negócio. "Primeiro tivemos que conquistar a confiança dos clientes, explicar que só vendemos alguns medicamentos e não outros. Depois continuamos com condições muito diferentes daquelas que os fornecedores oferecem às farmácias ou às grandes cadeias, como o Modelo, que apostaram forte neste mercado. As pessoas tinham a imagem das farmácias, mas depois perceberam que a base de facturação é muito diferente e é um negócio muito trabalhoso", afirmou o responsável em declarações ao DN.

Segundo Pedro Reis, os laboratórios e os grossistas continuam a tratar lojas e farmácias de forma distinta. Enquanto às farmácias são concedidas facilidades de pagamento e medicamentos a preços mais vantajosos, “as lojas têm que pagar sempre a pronto”, lamenta. “Depois, nós até os portes de envio temos que pagar”, o que se traduz num "esforço muito grande para não subir os preços" e manter o negócio aberto. Há ainda o facto das parafarmácias disponibilizarem os dados das vendas e preços ao Infarmed, que os divulga no seu site, algo que as coloca em desigualdades face às farmácias. “É outra vantagem competitiva das farmácias", enumera Pedro Reis.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias

Investigadores estudam opções contra a gripe das aves
Antecipar as possíveis mutações do vírus


Investigadores do norte-americano Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) e da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta, consideraram que é possível antecipar as eventuais mutações do agente causador da gripe das aves, e vacinar as pessoas antes do advento de uma pandemia. Deitando por terra todas as convicções de que seria inviável apostar no desenvolvimento de uma imunização devido ao facto de não se saber que variante do vírus se adaptaria aos humanos, os cientistas anunciaram que, mais do que ficção científica, o que pretendem pode ser exequível.

Num artigo publicado na edição de hoje da revista «Science» a equipa de investigadores liderada por Gary Nabel, do NIAID, afirma que a vacina poderá conferir imunidade contra a mudança do vírus H5N1, estirpe que actualmente atinge exclusivamente as aves, mas que poderá facilmente adaptar-se ao homem. Num comunicado à imprensa o director do National Institute of Health (NIH) explicou que “o que Nabel e a sua equipa descobriram vai ajudar no combata a uma futura ameaça”. Segundo Elias Zerhouni, “embora não se saiba se e quando o H5N1 passará das aves para os humanos, foi encontrada um meio para antecipar a forma como esse salto pode ocorrer e os mecanismos de responsta a essa situação”.
Por sua vez, o director do NIAID, estrutura integrada no NIH, confessou o seu optimismo por “agora podermos começar, preventivamente, a pensar no desenvolvimento de novas vacinas e anticorpos terapêuticos para tratar pessoas que poderão vir a ser infectadas pelos vírus mutantes emergentes”. Anthony S. Fauci afirma-se absolutamente convicto de que a descoberta agora relatada na «Science» “poderá ajudar a conter uma eventual pandemia nos seus primeiros sinais”. Apesar de até ao momento a gripe das aves só ter infectado pessoas que tinham mantido contacto directo com animais doentes, o receio de uma mutação do vírus que o torne transmissível entre seres humanos, potenciando o cenário de uma pandemia que poderá motivar milhões de mortes, tem preocupado os cientistas, que em todo o mundo se têm desdobrado em investigações sobre a doença e o seu agente causador.
Nesta pesquisa foram estudadas várias tipologias do H5N1, comparando-as depois com o pior vírus da gripe conhecido, o H1N1, que entre 1918 e 1919 terá causado a morte de 50 a 100 milhões de pessoas, num episódio que ficou registado na história como a gripe espanhola. Desde que foi descoberta, em 2003, a gripe das aves terá contaminado pelo menos 319 pessoas, das quais 192 morreram, segundo dados disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde, que tem mantido vigiada a evolução da doença em várias partes do mundo.

Carla Teixeira
Fonte: NIH, Reuters
Cientistas desenvolveram “aparelho pouco invasivo”
Tratamento para a incontinência urinária


A colocação de dois pequenos balões ajustáveis de ambos os lados da uretra, mediante uma pequena intervenção cirúrgica, poderá devolver a esperança numa vida normal às mulheres que sofrem de incontinência urinária, estando ainda a ser estudada a possível aplicação deste método aos homens que também sofrem do problema, designadamente depois de serem operados à próstata.

Segundo uma equipa de investigadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, liderada pelo urologista Niall Galloway, uma série de ensaios clínicos preliminares aferiu a eficácia de um “aparelho pouco invasivo” no tratamento daquela incómoda patologia. A grande maioria das 160 mulheres acompanhadas nesta fase do estudo, e que antes não tinham respondido a outros tratamentos disponíveis para a doença, revelaram melhorias significativas no seu estado de saúde e no controlo da incontinência, com um “diminuto” registo de complicações. A Food and Drug Administration (FDA) está agora a analisar os resultados dos ensaios clínicos do Adjustable Continence Therapy, dispositivo divulgado no âmbito do encontro anual da Associação Americana de Urologia. Niall Galloway é da opinião de que este aparelho “pode ser uma nova esperança para milhares de mulheres que sofrem de incontinência urinária, especialmente as que têm os músculos da uretra enfraquecidos”. No futuro a nova técnica deverá poder ser aplicável também a homens que sofrem do mesmo problema após terem sido submetidos a cirurgias na próstata.

Carla Teixeira
Fonte: Jornal «Público», Saúde na Internet
Reunião anual da Sociedade Americana de Química em Boston
«Biotecnologia para a Saúde e o bem-estar»


Tem início no próximo dia 19, e prolonga-se até ao dia 23, na cidade norte-americana de Boston, a reunião anual da Sociedade Americana de Química, cujo programa deverá ter como pontos principais as questões da Saúde e do bem-estar, tocando também temas como a energia e o ambiente. «Biotecnologia para a Saúde e o bem-estar» é o lema do encontro, que deverá reunir mais de 16 mil investigadores de diversas áreas.

No âmbito daquele que é já o 234º encontro nacional dinamizado por aquela sociedade (a maior entidade do género em todo o mundo tendo em conta o número de associados, mais de 16 mil), e que terá uma vez mais lugar no Centro de Congressos e Exposições de Boston, serão apresentadas mais de 9500 comunicações e explanados os últimos avanços científicos em áreas como a nutrição ou a nanotecnologia. Um dos pontos altos do encontro deverá ter lugar ainda durante o primeiro dia dos trabalhos, no momento em que Catherine T. Hunt, presidente da Sociedade Americana de Química, introduzir no programa do evento um simpósio em que os cientistas discutirão os novos desafios e as oportunidades da comercialização das novas descobertas nas áreas da biotecnologia e da nanotecnologia, mas são muitos os temas a abordar nesta reunião, entre os quais as novas abordagens do tratamento dos doentes de Alzheimer, a investigação em nutrição e em células estaminais, novos medicamentos, o emprego de nanomateriais na prática médica e na veiculação de fármacos ou a prevenção da obesidade. Mais informações sobre este encontro estão disponíveis em http://chemistry.org/meetings/boston2007.

Carla Teixeira
Fonte: Eurekalert

Abraxis BioScience inicia acordo para a comercialização do Abraxane na Índia

A Abraxis BioScience, Inc. anunciou que entrou num acordo de licenciamento com a Biocon Limited, a companhia líder em biotecnologia da Índia, para a comercialização do Abraxane (partículas de paclitaxel que se ligam a proteínas para suspensão injectável) (liga-se à albumina), na Índia.

Segundo os termos do acordo, a Biocon também terá o direito de comercializar o Abraxane no Paquistão, Bangladesh, Sri Lanka, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kuwait e outros determinados países na Ásia do Sul e do Golfo Pérsico. Como parte deste acordo, a Abraxis irá receber regalias da parte da Biocon baseadas nas vendas líquidas do Abraxane nestes países.

Este acordo representa um passo importante no desenvolvimento de uma estrutura de comercialização global que incorpora as necessidades únicas de cada país, afirmou Bruce Wendel, vice-presidente executivo da área de desenvolvimento corporativo da Abraxis. A companhia está satisfeita que esta parceria com a Biocon conceda a oportunidade de levar o Abraxane, que representa um importante avanço na quimioterapia, a estes países, enquanto alarga a relação com a Biocon, acrescentou ainda Wendel.

Em Julho de 2007, a Abraxis submeteu ao Ministério da Saúde e Bem-Estar da Família indiano uma candidatura para comercializar o Abraxane na Índia, para o tratamento do cancro da mama.

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) aprovou, em Janeiro de 2005, o Abraxane para suspensão injectável para o tratamento do cancro da mama, após a falha de quimioterapia de combinação para a forma metastizada da doença ou recaída no período de seis meses de quimioterapia adjuvante.

Isabel Marques

Fontes: Pharmlive

Nova Hemosol BioPharma Inc. procura parcerias, aquisições e licenciamentos

A Hemosol BioPharma Inc., recentemente criada, está empenhada na procura de parcerias, acordos de licenciamento e aquisição de produtos ou de companhias para aumentar os seus próprios programas de desenvolvimento e planos de comercialização. Os produtos de interesse incluem proteínas terapêuticas derivadas de plasma sanguíneo ou de outras fontes, incluindo correntes de bioprocessamento, assim como outros produtos biofarmacêuticos estéreis injectáveis.

A Hemosol BioPharma Inc. foi formada no dia 6 de Julho de 2007, a seguir à aquisição de substancialmente todos os bens da Hemosol Corp., uma companhia biofarmacêutica canadiana, por parte da Catalyst Fund Limited Partnership II, sedeada em Toronto e gerida pelo The Catalyst Capital Group Inc. Os bens únicos da Hemosol incluem instalações de manufactura de cGMP de escala comercial localizadas em Mississauga, e um portefólio substancial de propriedade intelectual no apoio a uma pipeline de novos produtos.

A Hemosol BioPharma Inc. é uma companhia de desenvolvimento integrado de produtos biofarmacêuticos e fabricante de produtos biológicos, particularmente de terapêuticas baseadas em proteínas relacionadas com sangue. A companhia está a perseguir uma estratégia para fabricar e comercializar produtos terapêuticos na América do Norte com o seu próprio rótulo ou em parceria com outros. A longa pipeline de produtos da Hemosol concentra necessidades médicas ainda não atendidas em grandes mercados medicinais, incluindo terapêuticas baseadas em proteínas para tratar doenças infecciosas, cancro e anemia.

A Hemosol tenciona continuar o desenvolvimento de proteínas de plasma terapêuticas, assim como da sua própria pipeline de produtos. A companhia planeia crescer com base nas actuais relações de negócio e actividades de desenvolvimento, através do licenciamento e aquisição de produtos complementares com o potencial de receitas iminentes.

Através deste programa estratégico de parcerias, licenciamento e aquisição, a Hemosol irá criar uma companhia geradora de receitas que será um participante significativo na biotecnologia da América do Norte, declarou o Dr. David Bell, vice-presidente da área de desenvolvimento de fármacos da Hemosol.

O Dr. Dirk Alkema, vice-presidente de operações, sublinhou que a Hemosol está numa posição de impulsionar as instalações de cGMP e o “know-how” na manufactura e em testes de produtos biofarmacêuticos, para oferecer serviços a potenciais clientes, gerar receitas e acelerar o crescimento da companhia.

Newton Glassman, sócio gerente da Catalyst, salientou que o The Catalyst Capital Group Inc. está extremamente satisfeito por acrescentar a Hemosol ao seu portefólio de companhias. A Catalyst acredita que, com o seu sólido apoio financeiro e suporte estratégico, a Hemosol esteja em boa posição para fazer aquisições e parcerias estratégicas e para continuar a desenvolver o seu negócio de plasma e a diversificada pipeline de produtos.

Isabel Marques

Fontes: Pharmalive

Prevenção e Segurança Infantil nas praias de Cascais

APSI e Câmara de Cascais dinamizam Clínicas de Segurança

Durante o mês de Agosto, quatro praias do concelho de Cascais vão disponibilizar aos seus utentes informação sobre a prevenção de acidentes com crianças, uma iniciativa da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e da Câmara de Cascais, que em conjunto pretendem dinamizar Clínicas de Segurança nestes locais, pois os acidentes continuam a ser a maior causa de morte e incapacidade permanente em crianças e jovens em Portugal.

O objectivo é ensinar a prevenir os acidentes com crianças na praia, piscina, no automóvel, em casa e em outros ambientes frequentados por crianças, numa altura em que os acidentes com crianças tendem a aumentar.

A Praia da Conceição foi a primeira a contar com os serviços de uma Clínica de Segurança, que disponibilizou consultas sobre segurança infantil a pais e filhos de 1 a 3 de Agosto. Actualmente o serviço está disponível na praia de Carcavelos, até dia 10, seguindo depois para a Praia de S. Pedro onde estará disponível de dia 14 a 17, indo terminar na Praia do Tamariz, entre os dias 22 e 24 de Agosto, sempre no horário das 9h30 às 11h30.

A APSI espera com esta iniciativa ensinar pais e filhos, contribuindo para um ambiente mais seguro e com menos acidentes.

Inês de Matos

Fonte: Jasfarma