segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Biofarmacêutica quer combater doenças metabólicas
Shire HGT instala-se no Brasil


A companhia biofarmacêutica Shire HGT acaba de se instalar no Brasil. Com um investimento que ascende a cerca de 20 milhões de reais, a unidade de negócios da Shire (a terceira maior empresa do sector em Inglaterra) no mercado brasileiro deverá dedicar os próximos anos ao lançamento de produtos e à realização de ensaios clínicos.

O objectivo da nova empresa será essencialmente o de fazer chegar àquele país da América do Sul soluções inovadoras para o tratamento de doenças genéticas metabólicas como o síndroma de Hunter, que atinge um em cada 2500 recém-nascidos brasileiros. A Shire aguarda que, a breve trecho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entidade reguladora do sector do medicamento no Brasil, dê a sua aprovação ao único medicamento existente à escala mundial para o tratamento daquele síndroma, de que dependem pelo menos 60 pessoas já identificadas no país, e que sem o fármaco estarão simplesmente condenadas à morte. Perseguindo o objectivo estratégico de se transformar na empresa líder do sector biofarmacêutico a nível internacional, a Shire focaliza a sua actividade na busca de respostas para as necessidades da medicina mais especializada, nomeadamente em áreas como a hiperactividade, as terapias genéticas e as desordens gastrointestinais e renais.

Carla Teixeira
Fonte: Portal Fator, Shire.com

Álcool reduz risco de cancro nos rins

O consumo de dois copos de vinho por semana pode reduzir o risco de desenvolver cancro nos rins, pelo menos é esta a conclusão de um relatório publicado no British Journal of Câncer, que faz a comparação entre a associação de diferentes tipos de bebidas alcoólicas e o total de consumo de álcool, com o risco de cancro nos rins. A conclusão aponta que quem bebe mais do que dois copos de vinho por semana tem uma menor probabilidade de vir a sofrer de cancro renal, do que os indivíduos que não ingerem qualquer bebida alcoólica.

O estudo recorreu à observação de 855 indivíduos de nacionalidade sueca, às quais havia já sido diagnosticado cancro nos rins, contando ainda com um grupo de controlo composto por 1024 indivíduos sem cancro.

De acordo com as conclusões da investigação, os indivíduos que bebem vinho tinto têm menos 40 por cento de probabilidade de virem a desenvolver a célula que provoca o cancro, e uma tendência semelhante acontece em relação ao vinho branco e à cerveja considerada mais forte. No que respeita ao consumo de cerveja light, vinho e licor fortes ou cerveja de intensidade média-forte, não foi encontrada qualquer relação com o risco de desenvolver este tipo de cancro.

Segundo a responsável pelo estudo, Alicja Wolk, do Instituto Karolinska em Estocolmo, “o risco reduzido, associado com consumo de vinho e cerveja pode ser originado nos ‘fenólicos’ que contêm, visto que estes possuem propriedades antioxidantes e antimutagénicas”.

“Contudo, o baixo risco que observamos nas três bebidas sugere que é o álcool por si que é responsável pela redução, e não um qualquer tipo de bebida”, esclarecem os investigadores.

Inês de Matos

Fonte: Sol

Hipermercados Modelo e Continente lideram mercado de venda de medicamentos sem receita médica

O Infarmed anunciou que a empresa Modelo Continente Hipermercados, da Sonae SGPS, lidera o mercado de venda de medicamentos sem receita médica, tendo atingido uma quota de mercado na ordem dos 40 por cento, no período compreendido entre Janeiro e Julho de 2007.

“O Modelo Continente Hipermercados é responsável por cerca de 40 por cento do mercado e apresenta um índice de 96,0, o que significa que os seus preços são em média inferiores aos existentes antes da entrada em vigor da liberalização dos preços", refere o Infarmed em comunicado.

Em Portugal existem 488 locais registados no Infarmed para a venda de medicamentos sem receita, cujas vendas atingiram os 5,6 milhões de euros nos primeiros sete meses do ano, registando-se uma maior procura destes fármacos nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal.

Na segunda posição encontra-se a Companhia Portuguesa de Hipermercados com 8,4 por cento de quota e a Novapotheke-Produtos de Saúde ocupa a terceira posição com 3,3 por cento. Em sétimo e 13º lugares, com uma percentagem de 1,9 por cento e de 0,7 por cento dos volumes vendidos, encontram-se os poderosos grupos internacionais El Corte Inglés e Carrefour, respectivamente.

Os fármacos mais vendidos são os Analgésicos e Antipiréticos, com uma percentagem de 23,3 por cento, enquanto o paracetamol foi a substância activa mais vendida, em termos de unidades, e a nicotina, a maior em termos de valor.

O distrito de Lisboa conta com o maior número de locais de venda, sendo também a região do pais onde se registam preços mais baixos.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Ligação entre cancro e sexo oral pode justificar administração de Gardasil em rapazes

O Gardasil, vacina contra o papilomavírus humano (HPV) destinada à prevenção do cancro do colo do útero, pode também vir a ser administrado em rapazes adolescentes para ajudar a evitar os casos de cancro relacionados com o sexo oral, dizem os especialistas.

O número crescente de casos em estudo demonstra que o vírus do papiloma humano, responsável pelo cancro do colo do útero, está também relacionado com cerca de metade dos casos de cancro da garganta ou orofaríngeos. Num artigo de análise publicado no jornal “Cancer”, clínicos do Centro Médico Anderson da Universidade do Texas aconselham os cientistas a apressar os estudos da vacina contra o HPV em adolescentes do sexo masculino, para que possa expandir-se a utilização da vacina.

Os investigadores acreditam que a melhor forma de reduzir os casos de cancro provocados pelo HPV é alargar o âmbito de adolescentes vacinados com Gardasil. De acordo com Kelly Dougherty, porta-voz da farmacêutica norte-americana, a empresa está já a estudar a possível aplicação da vacina em rapazes e tem planos para submeter o medicamento a aprovação nos Estados Unidos da América com essa indicação de utilização.

“Encorajaríamos a industria e os cientistas a estudarem a eficácia em rapazes e homens para que o programa de vacinação possa ser alargado”, afirmou Erich Sturgis, professor de cirurgia de cabeça e pescoço no Centro Médico Anderson e o principal autor do artigo. “Sabemos que os homens estão a ficar expostos e que uma maior proporção de cancros orofaríngeos são causados pelo HPV”, acrescentou.

Descobertas recentes indicam também a existência de uma ligação entre o vírus e o cancro do pénis, ânus e vagina. A relação entre o vírus e os cancros da cabeça e do pescoço, que, na sua maioria, afectam os homens, sublinha a necessidade dos rapazes serem vacinados antes de iniciarem a vida sexual, afirmam os especialistas.

Os dados sobre a utilização da vacina em adolescentes do sexo masculino devem ser divulgados durante o próximo ano, revelou Dougherty. O Gardasil pode, actualmente, ser administrado em rapazes adolescentes na União Europeia, México, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Costa Rica e Coreia.

O cancro oral e da orofaringe era uma doença exclusiva dos “fumadores e dos alcoólicos”, refere Sturgis, porém, a “alteração das práticas sexuais assim como o aumento da frequência com que os adolescentes e jovens adultos praticam sexo oral pode contribuir para um maior número de casos de cancro orofaríngeos associados ao HPV”, frisam os investigadores.

Em mais de 90 por cento dos casos de cancros orais provocados pelo HPV a infecção foi causada pelo tipo 16 do vírus. O Gardasil protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV e o Cervarix, vacina comercializada pela GlaxoSmithKline oferece protecção contra os tipos 16 e 18. Segundo dados da Sociedade Americana de Cancro, anualmente, cerca de 650 mil pessoas são diagnosticadas com um cancro da cabeça ou do pescoço em todo o mundo, desse total, 350 mil casos revelam-se fatais.

Marta Bilro

Fonte: Bloomberg, Infarmed.

Após detecção de um pedaço de vidro numa ampola
Recolha voluntária do Neostigmina Braun


O Conselho Directivo da Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) emitiu uma circular informativa com carácter “muito urgente” em que dá conta da recolha voluntária, por parte da firma B. Braun Medical Lda., do lote nº A01, com prazo de validade até Dezembro de 2011, do seu medicamento Neostigmina Braun 0,5 mg/ml solução injectável.

Na nota, destinada às administrações regionais de saúde, aos centros de saúde, grossistas, hospitais e organizações nacionais e assinada pela vice-presidente do Conselho Directivo do Infarmed, Luísa Carvalho, a entidade reguladora dá conta de que na base da medida agora anunciada terá estado a detecção, no interior de uma das ampolas daquele fármaco, de um vidro de grandes dimensões. Perante o inesperado acontecimento, e tendo sido alertado para a situação pela própria empresa farmacêutica, o Conselho Directivo do Infarmed ordenou a suspensão imediata da comercialização daquele lote do medicamento.

Carla Teixeira
Fonte: Infarmed

Analistas falam de possível interesse na compra da Bradley

Ranbaxy e Dr Reddy procuram novas aquisições

Na mesma altura em que um relatório coloca a Índia entre os dez mercados farmacêuticos mais importantes do mundo nos próximos dez anos, há relatos de que os produtores locais estão à procura de novas aquisições. A Dr Reddy e a Ranbaxy são as principais candidatas e, de acordo com os analistas, ambas as empresas deverão estar interessadas na norte-americana Bradley Pharmaceuticals.

Apesar de admitir que as aquisições fazem parte da agenda da empresa, uma porta-voz da Dr Reddy escusou-se a comentar aquilo que vem sendo escrito na imprensa acerca de um possível interesse na Bradley, que tem uma capitalização de mercado superior a 240 milhões de euros. “Estaremos sempre receptivos às oportunidades”, afirmou a responsável.

A Dr Reddy adquiriu a alemã Betapharm, no ano passado, um negócio que envolveu perto de 419 milhões de euros. A Ranbaxy, farmacêutica líder em vendas no mercado indiano, comprou a Terapia, na Roménia, por 238 milhões de euros, em 2006, porém este ano, não se registou qualquer aquisição em nenhuma das duas empresas. Na opinião dos analistas, esta ausência de movimentações não está relacionada com o factor financeiro mas antes com a inexistência de um negócio promissor.

“Obter financiamento não é um grande problema para estas empresas”, afirma Sarabjit Kaur Nangra, analista da Angel Broking Ltd que acredita que pode surgir uma proposta de aquisição da Ranbaxy e da Dr Reddy sobre a Bradley. Segundo refere a especialista, a consolidação é um ingrediente essencial para expandir o mercado de acções e qualquer alvo que possa surgir, caso proporcione crescimento, é do interesse destas empresas.

A Dr Reddy's, segunda empresa líder ao nível de vendas no mercado farmacêutico indiano, cresceu cerca de 147 milhões de euros, em 2006, através da emissão de acções americanas. A Pharmaceutical Industries, a maior farmacêutica Indiana por capitalização de mercado, tem planos para crescer 627 milhões de euros de forma a financiar aquisições no mercado internacional de genéricos.

A Ranbaxy, que adquiriu oito empresas no ano passado e desistiu da corrida pela unidade de genéricos da Merck kGaA, no inicio deste ano, demonstrou interesse em aquisições nos Estados Unidos da América e na Europa. “Não podemos comentar especulações. No entanto, o crescimento através de aquisições é uma das nossas estratégias e uma das chaves para seguirmos em direcção à expansão do negócio”, referiu a mesma fonte da empresa.

Marta Bilro

Fonte: Reuters.

Ypsomed processa Sanofi-Aventis por violação de patente

Queixa envolve sistema de dosagem de insulina

Depois da NovoNordisk, chega agora a vez do grupo farmacêutico suíço Ypsomed processar a Sanofi-Aventis devido a uma alegada violação de duas patentes relacionadas com a caneta de insulina SoloStar. A Ypsomed diz ter direito a uma compensação monetária e pretende que o produto seja banido do mercado.

O laboratório francês foi recentemente processado na justiça norte-americana pela NovoNordisk devido a uma alegada violação da patente do referido sistema de dosagem. Desta feita a Ypsomed, que produz a Optiset, a OptiClik e a OptiPen Pro, interpôs uma queixa nos tribunais alemães acusando a Sanofi-Aventis de infringir duas patentes detidas pela TecPharma Licensing AG, uma das suas unidades de negócio.

A Sanofi-Aventis veio a público afirmar que tem intenções de defender os seus direitos para “assegurar a disponibilização” dos seus produtos aos pacientes. “Estamos conscientes do processo judicial mas a nossa leitura da situação é preliminar”, referiu um porta-voz da empresa, acrescentado que é demasiado cedo para dar quaisquer indicações acerca do desenvolvimento dos procedimentos legais.

“A Sanofi-Aventis respeita todos os direitos de patente legalmente válidos”, concluiu o mesmo responsável.

Marta Bilro

Fonte: Forbes.

Resilez aprovado na UE

A União Europeia (UE) deu luz verde ao Rasilez (Aliskiren), um fármaco da Novartis destinado ao tratamento da hipertensão.

O Resilez é o primeiro de uma nova classe de fármacos que actua através da inibição directa da renina, uma enzima que desencadeia um processo que conduz ao aumento da pressão sanguínea.

Comercializado como Tekturna nos Estados Unidos da América, o medicamento foi desenvolvido em parceria com a Speedel AG, uma empresa farmacêutica suíça de pequenas dimensões. De acordo com o laboratório suíço, a aprovação da UE aplica-se à utilização do fármaco no tratamento da hipertensão bem como à administração do medicamento em associação com outros anti-hipertensores.

Esta decisão era aguardada desde Junho, altura em que o Comité de Especialidades Farmacêuticas para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (CHMP) emitiu um parecer positivo que recomendava a aprovação do fármaco.

A avaliação foi baseada em 44 estudos clínicos que envolveram mais de 7.800 pacientes e demonstraram que o Resilez actuava de forma eficaz na redução da pressão sanguínea durante 24 horas e, nalguns casos, durante mais tempo.

Actualmente, estima-se que perto de mil milhões de pessoas, em todo o mundo, tenham problemas de hipertensão.

Marta Bilro

Fonte: Forbes, Reuters.

Fumar duplica risco de desenvolver degeneração macular relacionada com a idade

Fumar aumenta as probabilidades de desenvolver degeneração macular relacionada com a idade (DMI), uma das principais causas de incapacidade nos idosos e a maior responsável pela perda de visão nos adultos. O alerta é dado pela Associação Profissional Alemã de Oftalmologistas.

De acordo com vários estudos, a nicotina é prejudicial para os olhos, sendo que, os fumadores aumentam para o dobro o risco de vir a sofrer de DMI, no entanto, a maioria não está consciente de que este vício pode provocar danos na visão.

Esta não á a primeira vez que a doença é associada aos fumadores. Investigadores da Universidade de Sidney, que acompanharam 2.454 pacientes durante 10 anos, observaram também que, relativamente aos não fumadores, os fumadores tinham quatro vezes mais probabilidades de desenvolver DMI.

Embora não sejam conhecidas as causas desta doença, sabe-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo são afectadas. Em Portugal, estima-se que cerca de 45 mil pessoas entre os 50 e os 59 anos tenham DMI. Este número sobe para perto de 100 mil afectados entre os 60 e os 69 anos e para quase 300 mil acima dos 70 anos. Para além da carga hereditária, da idade, da má dieta, ou da obesidade o tabaco era já apontado como um dos factores passíveis de estar relacionado com o aparecimento desta patologia.

Marta Bilro

Fonte: The Earth Times, Forbes.

Número de diabéticos aumentou 40% em sete anos

O número de diabéticos em Portugal cresceu 40 por cento desde há sete anos. Os dados resultam do 4.º Inquérito Nacional de Saúde e apontam para uma incidência da doença em Portugal de 6,5 por cento, entre 2005 e 2006, sendo que em 1998/9 a diabetes afectava apenas 4,7 por cento. Um aumento “substancial” que, ainda assim, é “subestimado”, considera o presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, Luís Gardete.

Esta é uma perspectiva que pode não espelhar a realidade do país já que o inquérito, realizado pelo INE e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, engloba apenas o total de diagnosticados. Assim, ficam por contabilizar os casos não diagnosticados que Luís Gardete acredita que possam ser 30 a 40 por cento o que, a confirmar-se, elevaria o número para perto de um milhão.

Apesar do aumento acentuado do número de doentes provocar alguma perplexidade, as causas deste acréscimo são bem conhecidas. "As pessoas não se mexem, são sedentárias e o tipo de alimentação tradicional, rico em fibras, foi substituído", diz o especialista em declarações ao jornal Diário de Notícias. O excesso de peso entre a população adulta, mas também em 30 por cento das crianças da sociedade portuguesa, é um dos principais factores que contribui para o surgimento da diabetes.

O envelhecimento da população tem igualmente influência neste aumento. "A partir dos 65 anos, entre 18% e 20% é diabética”, afirma Luís Gardete, acrescentando que tal facto “é natural”, isto porque “vive-se melhor, até mais tarde". Os médicos estão mais alerta relativamente à doença, apostando nos diagnósticos precoces e mais precisos. A incidência da doença não difere entre homens e mulheres, no entanto, a camada mais jovem da população preocupa o médico. "Há duas décadas não havia casos de diabetes antes dos 35 anos e agora já existem. Isto mostra que o panorama é grave", sublinha.

Apesar de haver uma maior sensibilização por parte dos médicos, em Portugal há falhas no que diz respeito ao diagnóstico precoce e à prevenção, afirma Luís Gardete Correia, também coordenador do Programa Nacional do Controlo da Diabetes. "Esta doença evolui silenciosamente, altera os vasos e é uma das principais causas de problemas cardiovasculares. Além disso, é a primeira causa de cegueira, insuficiência renal com recurso a hemodiálise e de amputações não traumáticas", alerta.

De acordo com o responsável a prevenção é crucial: "a prática de exercício e uma alimentação correcta podiam evitar 40% dos casos", salienta. Repartidos pelos internamentos, cirurgias ou medicamentos, os custos da doença representam 8 a 12 por cento do orçamento na área da saúde. Apesar das estatísticas da doença serem desanimadoras, nem tudo é negativo. Segundo afirma Luís Gardete, têm havido iniciativas capazes de contribuir para a detecção de muitos casos de retinopatia e para evitar cegueiras. Um dos exemplos foi uma campanha que fez circular carrinhas de rastreio no centro do país.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias.

Depois da Novartis, Roche anuncia investimento no país
Brasil cativa farmacêuticas suíças

As duas maiores e mais prestigiadas multinacionais do sector farmacêutico com sede na Suíça estão de olhos postos no Brasil. Depois de, tal como o farmacia.com.pt noticiou a seu tempo, a Novartis ter anunciado a intenção de ampliar as suas instalações naquele país, aumentando o desenvolvimento de medicamentos em duas unidades fabris locais, a Roche anuncia agora que está também a preparar uma estratégia para se afirmar no mercado brasileiro.


Reagindo às notícias que, no início deste mês, davam conta de um possível interesse da companhia suíça no mercado brasileiro, para onde teriam inclusivamente viajado vários responsáveis, com o objectivo de avaliar a viabilidade deste projecto, o farmacia.com.pt foi interpelar o assessor da Roche Farmacêutica, João Pereira, que não confirmou o teor daquelas informações, alegando não estar ao corrente de decisões institucionais que só os escritórios centrais da empresa, em Genebra, poderiam tomar e anunciar. Entretanto, a imprensa suíça vem acompanhando com interesse as movimentações da companhia, e anuncia agora que a Roche estará a preparar um aumento do investimento no Brasil, designadamente com o objectivo de ali poder desenvolver projectos de investigação de novos medicamentos.
Sabe-se agora que o grupo de especialistas que no início do mês viajou para o Brasil foi contactar numerosos centros de investigação locais, visando fazer um levantamento das possibilidades de firmar parcerias com aqueles organismos, sobretudo no emergente sector da biotecnologia. Ao longo de cinco dias, os peritos da Roche visitaram entidades como as universidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Campinas, o Instituto do Coração e o Butantã. “Os contactos foram bons, e o nível das apresentações excelente”, sintetizou Ernest Egli, presidente da Roche Brasil, no final da visita. A Roche está presente no Brasil há cerca de 75 anos, mas esta é a primeira vez que demonstra interesse em investigar e desenvolver novos fármacos no país.

Carla Teixeira
Fonte: Swissinfo, farmacia.com.pt, contacto telefónico com João Pereira

Medicamento é comercializado pela Novartis como Famvir
Teva autorizada a produzir genérico do famciclovir


A companhia farmacêutica Teva recebeu resposta afirmativa da norte-americana Food and Drug Administration (FDA) ao seu pedido para iniciar a produção da versão genérica do Famvir (famciclovir) da Novartis, mas reconheceu que não deverá avançar com essa produção antes de 5 de Setembro, altura em que será conhecida a sentença relativa ao medicamento, cuja patente a empresa suíça considera ser válida até 2010, e que esteve na base de um processo lançado contra a Teva em 2005. No mercado farmacêutico dos Estados Unidos aquele fármaco é comercializado com base num acordo entre a Novartis e a TAP, um consórcio constituído pela Abbott e pela Takeda, e tem sido utilizado para o tratamento de episódios agudos de herpes zoster, bem como de certos casos de herpes simplex.

Carla Teixeira
Fonte: Firstword
Tratamento para o cancro microcítico do pulmão
Avastin da Roche aprovado na Europa


A Agência Europeia do Medicamento aprovou o Avastin (bevacizumab), desenvolvido e comercializado pela farmacêutica suíça Roche, como tratamento de primeira linha para doentes em estado avançada do cancro microcítico do pulmão, em associação com a quimioterapia. Os peritos da EMEA tiveram em conta que se trata do único fármaco que demonstrou benefícios em termos de sobrevivência depois de ter sido usado durante um ano naquele tipo de população.

A companhia informou entretanto que na base desta aprovação estarão os resultados de dois estudos que acompanharam pacientes em fase muito avançada da doença, entre os quais terá havido algumas pessoas que não tinham respondido a outros tratamentos, mas que diante da associação do Avastin com a quimioterapia revelaram melhorias na ordem dos 20 a 30 por cento em termos de evolução e sobrevivência ao cancro, quando comparados com os que apenas tinham recebido a quimioterapia. A aprovação europeia do Avastin surge largos meses depois de o medicamento ter sido aprovado nos Estados Unidos (onde é comercializado pela Genentech), em Outubro de 2006. O fármaco é já usado como terapia do cancro da mama metastizado na Europa, e nos Estados Unidos tem aplicação também como tratamento para o cancro colo-rectal.

Carla Teixeira
Fonte: Roche, Firstword, Bloomberg