terça-feira, 9 de outubro de 2007

Prémios Pfizer 2007 distinguem trabalhos sobre multiplicação celular e regeneração óssea

A entrega dos Prémios Pfizer de Investigação 2007 decorreu esta terça-feira no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e premiou um trabalho sobre o processo de multiplicação celular e outro sobre regeneração óssea, nas áreas da investigação básica e clínica, tendo ainda sido atribuída uma bolsa de estudo a um projecto de investigação sobre patologias cardíacas, na área da investigação geriátrica.

Os investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e do Serviço de Fisiologiada Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foram galardoados nas categorias de investigação básica e investigação em geriatria, enquanto que na área da investigação clínica foi premiada uma colaboração que envolveu investigadores de várias instituições nacionais.

O prémio de Investigação básica, no valor de 20 mil euros, foi atribuído ao trabalho “A formação dos centrossomas: será preciso um molde?”, de Ana Rodrigues Martins e Mónica Bettencourt Dias.

Este trabalho tinha já sido publicado em Maio na revista Science e permite romper com ideias vigentes desde o século XIX que faziam crer que o centrossoma - estrutura presente em todas as células e que regula a sua multiplicação - funcionaria como modelo para a multiplicação das células.

De acordo com Mónica Bettencourt Dias, uma das autoras do estudo, este trabalho veio demonstrar que "basta que se verifique a presença da molécula SAK - presente em todos os organismos celulares - e que esta registe um aumento de actividade para que se possam reproduzir centrossomas".

Esta investigação permitiu perceber como o centrossoma se forma e, a muito longo prazo, pode abrir possibilidades quanto ao "diagnóstico e prognóstico do cancro", uma doença na qual se verifica uma "desregulação na multiplicação de células", explicou a investigadora.

A bolsa de investigação contemplou a área da geriatria e foi entregue à investigação “Avaliação da resposta ventricular esquerda à estenose aórtica na população idosa antes e após tratamento cirúrgico: correlações clínicas, morfofuncionais e moleculares” , de Adelino Leite-Moreira, Cristina Gavina, Inês Falcão Pires, Roberto Roncon-Albuquerque Jr., André Lourenço, Antónia Teles, Marta Oliveira.

O investigador do Serviço de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Adelino Leite Moreira, um dos vencedores da Bolsa Pfizer de investigação, considera que este prémio é "crucial num país que se esforça, mas que tem parcos recursos para a investigação".

Com um valor de 60 mil euros, esta bolsa de investigação vai permitir estudar as "repercussões cardíacas da estenose valvular aórtica", uma calcificação da válvula aórtica que leva a uma perda de maleabilidade e que dificulta o bombear do sangue para o organismo. O esforço que este mau funcionamento provoca no coração leva a uma hipertrofia, ou seja, a um aumento da massa muscular cardíaca, e a que o coração trabalhe no limite das suas capacidades.

O trabalho que os investigadores se propõem desenvolver pretende aliar a caracterização clínica dos doentes - em aspectos como idade, sexo, características bioquímicas - a testes laboratoriais para se perceber por que é que nos doentes com a válvula aórtica substituída, apenas em alguns se verifica a redução da hipertrofia.

Já a investigação clínica premiou um trabalho sobre regeneração óssea, fruto da colaboração do Instituto Gulbenkian da Ciência, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Universidade de Coimbra, da Universidade Técnica de Lisboa, da Universidade do Minho e do Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia.

“Avaliação dos marcadores bioquímicos de formação óssea e suas correlações com os minerais séricos durante o processo de cicatrização óssea em osteotomias e defeitos ósseos de dimensão crítica ao nível da tíbia na ovelha como modelo experimental de investigação em ortopedia” da autoria de Isabel Dias, Carlos Viegas, Jorge Azevedo, Paulo Lourenço, Emília Costa, Adriano Rodrigues, António Ferreira, Rui Reis e António Cabrita, foi o trabalho galardoado com um prémio de 20 mil euros.

Os Prémios Pfizer de Investigação existem desde 1957 e este ano receberam 53 candidaturas.

Inês de Matos

Fontes: Lusa, Ciência Hoje, Jasfarma

Combinação de fármacos contra o HIV/Sida retarda degradação cerebral

Uma equipa de investigadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, concluiu que a combinação de fármacos utilizada no tratamento do HIV/Sida consegue retardar a degradação cerebral causada pelo vírus. A investigação foi publicada no jornal Neurology e permite avaliar o progresso da degradação do cérebro que frequentemente ocorre nestes pacientes.

A combinação de vários medicamentos, conhecida como terapia anti-retroviral altamente activa ou HAART, permite inibir o vírus, mas não o remove do organismo, ou seja, os pacientes não atingem a cura, mas a terapia impede que os seus sistemas imunitários se degradem, como acontece com os pacientes que não seguem o tratamento.

O HIV ataca o cérebro e todo o sistema nervoso, sendo que antes de a terapia HAART estar disponível cerca de 20% das pessoas infectadas tinha problemas de demência. Contudo, nem todos os fármacos que compõem a mistura produzem efeito no cérebro, dai que os investigadores não tenham ainda conseguido perceber completamente de que forma agem estes medicamentos.

Na investigação participaram 53 indivíduos infectados com HIV/Sida que ao longo de um ano receberam tratamento com recurso à terapia HAART. Antes do tratamento, 21 dos pacientes apresentavam elevados níveis de uma proteína chamada neurofilamento (NFL), que os investigadores acreditam ser a responsável pela degradação cerebral causada pelo vírus.

Após três meses de tratamento com a HAART, os altos níveis de NFL apresentados por alguns pacientes desceram vertiginosamente, até um nível considerado normal, em cerca de metade dos doentes. Ao fim de um ano, os pacientes que continuavam a apresentar altos níveis de NFL eram apenas quatro. À excepção de um paciente, todos os outros continuaram a apresentar níveis normais desta proteína, ao longo de um ano.

Para Asa Mellgren, um dos investigadores responsáveis pelo estudo, “este tipo de tratamento parece travar o processo neurodegenerativo causado pelo HIV”.

“Este estudo confirma que a proteína de neurofilamento é uma ferramenta muito importante, que permite marcar a monitorização das lesões cerebrais nos indivíduos com HIV e avaliar a eficácia da terapia HAART”, conclui o investigador.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

Optherion recebe financiamento para desenvolver fármaco para a degeneração macular

A companhia biotecnológica Ophterion recebeu um apoio financeiro de diversos investidores, no valor de 37 milhões de dólares, para desenvolver o primeiro fármaco contra um problema imunitário associado à degeneração macular de forma "seca", uma doença ocular que potencialmente provoca cegueira.

A Optherion irá começar a testar uma versão fabricada de uma proteína, que é frequentemente anómala nas pessoas com degeneração macular. Esta proteína anómala foi descoberta ao examinar os genes das pessoas com a doença e os das pessoas saudáveis. O tratamento irá concentrar-se na degeneração macular relacionada com a idade (DMI) de tipo seco, que coloca cerca de 70 milhões de idosos em risco de perder a visão.

Estudos da Universidade de Iowa e da Universidade de Yale sugerem que uma forma defeituosa de uma proteína, denominada factor H do complemento, pode danificar a mácula ao aumentar a inflamação. A Optherion está a apostar na possibilidade de outra forma do factor H, que aparece nas pessoas com um risco muito menor de degeneração macular, poder prevenir que a forma seca da doença piore. As investigações sugerem que o factor H normal poderá acalmar a inflamação. A companhia pagou às universidades pelos direitos para trabalhar no factor H e noutra proteína, factor B do complemento.

A Optherion irá iniciar a investigação, em testes in vitro e em animais, para determinar se o seu fármaco poderá conter os danos nos tecidos oculares. O fármaco irá actuar numa fase mais inicial da doença do que o Macugen, da Pfizer, e o Lucentis, da Genentech, que tratam a forma húmida mais avançada.

A degeneração seca da mácula, a parte mais sensível do olho, ocorre quando o produto de desperdícios, as drusas, começam a acumular-se nos tecidos. As drusas podem ser identificadas em imagens da retina como pequenas manchas de cor clara e amarelada em redor da mácula. Na degeneração macular atrófica (seca), deposita-se um pigmento na mácula sem deixar sinais de crostas, sangue ou perda de nenhum outro líquido. Na degeneração macular exsudativa (húmida), a substância perdida (exsudada) forma um montículo, geralmente rodeado de pequenas hemorragias. Finalmente, o montículo contrai-se e deixa uma cicatriz. Normalmente, ambas as formas afectam os dois olhos ao mesmo tempo. A forma seca pode progredir para a forma mais grave, a degeneração macular húmida.

Os fundos para o estudo foram cedidos pela unidade Healthcare Financial da General Electric Co., Johnson & Johnson, Biogen Idec Inc., Purdue Pharmaceutical Products LP, Quaker BioVentures, Domain Associates e Pappas Ventures.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Bloomberg, Manual Merck, http://www.deetc.isel.ipl.pt/

Cyclacel Pharma adquire negócio farmacêutico focado em oncologia

A biofarmacêutica Cyclacel Pharmaceuticals Inc. adquiriu todos os bens da companhia privada Align Pharmaceuticals e Align Holdings por valores que variam entre os 3,3 milhões dólares e os 3,8 milhões de dólares.

Esta aquisição fornece à Cyclacel as bases para construir uma organização comercial focada no tratamento do cancro, o que vem complementar o leque de produtos oncológicos e hematológicos em desenvolvimento, e insere-se na estratégia da Cyclacel de construir um negócio biofarmacêutico diversificado.

A pipeline de desenvolvimento da Cyclacel inclui três candidatos a fármacos de pequenas moléculas, ainda em ensaios clínicos em pacientes oncológicos, uma significativa pipeline pré-clínica e um mecanismo produtivo de descoberta de fármacos. Os produtos em desenvolvimento da companhia são: capecitabina (CYC682), um análogo nucleosídeo de modulação do ciclo celular, disponível oralmente, na Fase II do desenvolvimento clínico para o tratamento do linfoma cutâneo de células T, e na Fase I em pacientes com doenças hematológicas; seliciclib (CYC202), um inibidor da quinase dependente da ciclina, oral, na Fase II dos estudos para o tratamento do cancro do pulmão, e que também está a ser avaliado para o cancro nasofaringeal; e o CYC116, Aurora quinase e inibidor de VEGFR2 (factor de crescimento endotelial vascular), também oral, na Fase I dos ensaios, em pacientes com tumores sólidos.

A Align comercializa três produtos, utilizados principalmente para lidar com os efeitos da radiação ou da quimioterapia em pacientes com cancro: o Xclair Cream, um creme hidrolipídico formulado especificamente para ser utilizado em casos de dermatite causada por radiação; o Numoisyn Liquid, uma solução oral usada para substituir a saliva natural quando as glândulas salivares estão danificadas, e o Numoisyn Lozenges, que melhora os sintomas subjectivos de boca seca e é tomado oralmente, dissolvendo-se lentamente na boca.

Todos os produtos foram lançados nos Estados Unidos em Janeiro de 2006, e continuarão a ser aí comercializados directamente pela Align Pharmaceuticals, LLC, a subsidiária pertencente à Cyclacel estabelecida recentemente para efeitos de transacção.

Isabel Marques

Fontes: Reuters, Business Wire

Canadá retira Prexige

Fármaco alvo de reavaliação pela União Europeia; Infarmed ordena «vigia» em doentes que fazem a toma

Dois meses após a Austrália, foi a vez do Canadá retirar do mercado o Prexige (lumiracoxib) – fármaco administrado no tratamento da osteoartrose. Nas decisões pesaram as notificações que apontam efeitos adversos graves a nível hepático.

O anúncio - avançado pela Agência Lusa - foi feito pelo Ministério da Saúde canadiano, alegando que o medicamento comercializado pelo laboratório suiço Novartis, “tem potenciais efeitos indesejáveis para o fígado". Recentemente, - tal como noticiou o farmácia.com.pt - também a Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) recusou aprovar a venda do Prexige.

Porém, o risco dos efeitos secundários deste fármaco ainda não convenceu a UE ao ponto de retirá-lo do mercado. A dúvida espoletou apenas na Agência Europeia do Medicamento a reavaliação da sua segurança.

Por cá, a Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) aplicou novas restrições à prescrição do mesmo do Prexige, tendo ordenado a monitorização regular da função hepática nos doentes que estejam a tomar o medicamento, advertindo que “não deve ser usado em pacientes com hepatopatia actual, nem em pessoas que devido a antecedentes, possam estar em risco.”

Raquel Pacheco
Fontes: Lusa/MNI

Uganda vai produzir anti-retrovirais

Fármacos deverão estar disponíveis em Janeiro de 2008

Abriu portas esta segunda-feira, no Uganda, uma unidade de produção de medicamentos para combater o HIV e a malária. A fábrica, inaugurada pelo chefe de Estado ugandês, Yoweri Museveni, está instalada na capital, Kampala, e deverá permitir reduzir os custos de importação destes fármacos essenciais à sobrevivência de muitos dos cidadãos do país.

"Os ugandeses terão acesso ao fornecimento permanente de medicação e também, esperamos, a preços muito mais baratos, porque eliminamos o elemento do transporte e da manufactura noutros países", afirmou esta segunda-feira o ministro da Saúde do Uganda, Stephen Malinga, em declarações à BBC.

Os fármacos vão ser produzidos pela Quality Chemicals em conjunto com a farmacêutica indiana Cipla e deverão estar disponíveis já a partir de Janeiro de 2008.

O Quénia, país vizinho do Uganda, alberga uma fábrica semelhante que já produz o Atripla, também denominado como comprimido “três em um”, que resulta da combinação entre o Efavirenz, o Tenofovir e a Emtricitabina. Para além disso, fornece lamelas de comprimidos para várias regiões da África Oriental. O mesmo acontece com a África do Sul que começou a produzir os medicamentos localmente há cerca de quatro anos, depois de resolver algumas disputas de patentes com farmacêuticas ocidentais.

A taxa de infecção com HIV/sida e malária na África subsariana é das mais elevadas do mundo. Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que apenas 41 por cento dos ugandeses que precisam de anti-retrovirais têm acesso ao tratamento.

Por poder ser tomado de uma só vez, este comprimido tem a vantagem de levar os pacientes a cumprir mais facilmente a terapia prescrita e, ao mesmo tempo, travar a emergência, e consequentemente a transmissão, de estirpes do vírus resistentes aos medicamentos.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, BBC News, Reuters Africa, Farmacia.com.pt.

Casas da Saúde: Uma solução integrada de cuidados clínicos

Mais de 20 serviços médicos à disposição dentro do mesmo espaço

“Imagine um local onde, num ambiente de conforto, qualidade e bom gosto, qualquer cidadão pode aceder a todos os serviços de saúde que necessita”, ir a uma consulta, fazer exames complementares, fazer uma refeição e ainda visitar um familiar na residência sénior. É este o conceito das 25 “Casas da Saúde” projectadas pelo grupo Sanusquali e que deverão surgir nos 18 distritos de Portugal continental até 2012.

Centradas na definição de uma “loja do cidadão da saúde”, estas unidades permitirão agregar num mesmo espaço uma grande diversidade de prestadores de cuidados de saúde, no qual a única excepção é a cirurgia com internamento. A ideia, que já tinha sido noticiada pelo Farmacia.com.pt, consiste na criação de um espaço de saúde especializado, funcional e útil, que permitirá aos utentes beneficiar de consultas, realizar exames ou concretizar prescrições, no mesmo local, no mesmo dia e num curto período de tempo.

O projecto é da autoria da Sanusquali, um grupo criado em Maio deste ano especificamente para este projecto, que conta com o envolvimento de vários médicos e empresários ligados ao ramo da saúde. O valor total do investimento deverá ascender aos 1.239 milhões de euros e vai criar mais de cinco mil postos de trabalho. A Casa da Saúde terá as portas abertas a todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde que disponham de seguro de saúde ou que lá se dirijam a título particular.

Para além das preocupações na área da saúde, a Sanusquali não descuidou a protecção ambiental. O edifício das Casas de Saúde, da responsabilidade dos arquitectos Belém Lima e Ricardo Oliveira, está já registado no Green Guide for Health Care, o primeiro guia de edifícios verdes para o bem-estar da indústria.

Cada Casa da Saúde colocará à disposição dos utentes os seguintes serviços médicos: USF – Unidade de Saúde Familiar/Centro de Saúde, Policlínica, Centro de Genética, Clínica da Criança, Clínica da Mulher, Clínica do Coração, Clínica de Gastro, Clínica Oftalmológica, Clínica Ortopédica, Clínica de Otorrino, Clínica de Medicina Física e Reabilitação, Clínica Cirúrgica, Clínica Dentária, Clínica da Dor, Bloco Operatório, Laboratório de Análises Clínicas, Laboratório de Oftlalmologia, Oficina da Alergia, Centro de Imagiologia, Empresa de Higiene e Medicina do Trabalho, Centro de Enfermagem, Empresa de Apoio Domiciliário, Residencial Sénior, Laboratório de Medicina Nuclear e Centro de Radioterapia.

Para complementar o rol de serviços de cuidados de saúde à disposição haverá também restaurante, café, papelaria/livraria, banco, seguradora, cabeleireiro, lavandaria, florista, health club, spa/estética e OTL/parque de diversões. As unidades de saúde privadas deverão funcionar entre as 7h30 e as 22h00, sendo que as marcações de consultas e exames são realizadas através de um call center apoiado por um sistema informático preparado para verificar a disponibilidade de toda a rede de consultas e serviços, inclusivamente propondo alternativas.

Marta Bilro

Fonte: Casadasaude.pt, Diário de Coimbra, Ambiente Online, Farmacia.com.pt.

Viagra, Cialis e Levitra revelam potencial rejuvenescedor

Os medicamentos para o tratamento da disfunção eréctil, como o Viagra (Sildenafil), o Cialis (Tadalafil) ou o Levitra (Vardenafil) correm o risco de ver a sua utilização alargada a público muito mais vasto, já que um estudo realizado por cientistas italianos revelou que estes fármacos têm potencialidades anti-envelhecimento que poderão ser benéficas tanto para os homens como para as mulheres.

De acordo com a investigação orientada por Antonella Bertozzi, andrologista do Hospital Santa Chiara de Pisa, os fármacos utilizados na disfunção eréctil são inibidores potentes e selectivos da fosfodiesterase tipo 5, uma categoria de fármacos que pode ter efeitos de rejuvenescimento. Os resultados da investigação, publicados no jornal Corriere della Sera, indicam que os medicamentos demonstram efeitos rejuvenescedores no coração, artérias, cérebro e na protecção do organismo.

Apesar do estudo se ter concentrado na análise da actuação do Tadalafil, substância activa do Cialis, os cientistas referem que as outras moléculas têm efeitos semelhantes, visto que bloqueiam a enzima que inibe a libertação de óxido nítrico, que promove a erecção.

Para realizar esta investigação, Antonella Bertozzi analisou vários pacientes a quem tinha sido receitado o medicamento, começando por avaliar se o rejuvenescimento das células endoteliais - coração e vasos sanguíneos - com que se deparou, não estaria apenas relacionado com os efeitos positivos do sexo.

Posteriormente, foram analisados 40 doentes não fumadores e com graus elevados de sedentarismo, e medidos os níveis de radicais livres e de óxido nítrico em circulação. Dez dias depois verificou-se uma diminuição de 50 por cento nos níveis de radicais livres, que impedem o bom funcionamento das células e são responsáveis pelo envelhecimento, afectando os vasos sanguíneos e o sistema nervoso central. O estudo conclui, por isso, que a capacidade para reduzir a produção de radicais livres seria suficiente para atrasar o processo de envelhecimento.

Numa segunda fase, os investigadores estenderam o âmbito do estudo para avaliar o efeito destas substâncias nas mulheres e a dose mínima necessária para se processar o rejuvenescimento. Uma vez que “a simples presença dos radicais livres é responsável pela alteração de todas as células e estruturas vivas”, refere Bertozzi, e “encontrar uma forma de as bloquear, abre novas perspectivas”. No entanto, acrescenta a especialista em andrologia, “é necessário aprofundar a pesquisa, já que é preciso dar o salto da terapia de órgãos para a terapia de organismos anti-envelhecimento e não apenas para homens”.

Para aprofundar a pesquisa foi já constituído um grupo de estudos interdisciplinar. "Naturalmente, vamos ter de fazer testes com baixas doses e por períodos prolongados. Em média, deverá tratar-se de um par de comprimidos por semana", diz a médica. Ainda assim, é necessário ser prudente e aguardar o resultado dos testes que deverão revelar com precisão a dose indicada, visto que o consumo de óxido nítrico em excesso pode provocar o efeito contrário e apressar o envelhecimento.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Corriere dela Serra, Ciência Viva.

CE: Indústria farmacêutica é a que mais investe em I&D

O sector farmacêutico lidera, pela primeira vez, a lista de indústrias que mais gastaram em Investigação e Desenvolvimento (I&D) no ano passado, revela um estudo apresentado pela Comissão Europeia (CE).

A mesma análise indica que as empresas farmacêuticas e biotecnológicas gastaram 15,7 por cento mais face à avaliação anterior, num total de 70,5 mil milhões de euros investidos da I&D em 2006, superando o sector das tecnologias, hardware e equipamento, com um gasto de 64,5 mil milhões de euros. A nível mundial, o investimento das empresas em I&D aumentou 10 por cento comparativamente ao anterior balanço.

A Pfizer destaca-se como o maior investidor individual, com 5,76 mil milhões de euros gastos, ultrapassando a Ford Motors, que registou um investimento de 5,5 mil milhões de euros. Para além do laboratório norte-americano há mais duas farmacêuticas no top 10 dos maiores investidores mundiais, é o caso da Johnson & Johnson em terceiro lugar e da GlaxoSmithKline a ocupar o sétimo posto e a destacar-se enquanto o maior investidor europeu. Logo a seguir à Pfizer, J&J e GSK, surgem como maiores investidoras a Sanofi-Aventis, a Roche, a Novartis, a Merck, a AstraZeneca, a Amgen e a Eli Lilly.

O relatório da CE compara ainda os gastos em I&D e as vendas anuais das empresas, o que poderá ser encarado como uma avaliação da qualidade dos produtos. No entanto esta é uma questão problemática para uma indústria na qual uma grande parte das inovações em biotecnologia não apresenta quaisquer vendas. Ainda assim, entre as grandes empresas farmacêuticas, a Amgen e a Merck são as que gastam uma maior proporção das suas vendas em I&D (mais de 20 por cento cada).

O estudo faz ainda uma avaliação aos gastos da I&D com funcionários, porém, esta pode ser considerada uma comparação injusta, uma vez que o volume de vendas das grandes farmacêuticas as forçam a possuir uma grande quantidade de funcionários que nada têm que ver com a I&D.

Outro dos problemas que se coloca a este tipo de análises estatísticas prende-se com o facto de alguns dos lucros provenientes da I&D serem contabilizados a dobrar, graças aos acordos de licenciamento. Embora o número de parcerias deste tipo se tenha mantido, ou aumentado ligeiramente, o preço dos acordos cresceu significativamente.

Os custos da investigação para uma grande farmacêutica vão incluir uma fatia do dinheiro gasto no licenciamento de potenciais fármacos ou tecnologias de pequenas empresas. Assim, o pré-acordo inicial de investigação é contabilizado por duas vezes – uma primeira pela contabilidade da pequena empresa e uma outra pelo pagamento adiantado relativo ao acordo de licenciamento.

De acordo com o analista Michael McCully, as empresas que mais estabelecem acordos de licenciamento na indústria farmacêutica, como é o caso da Merck, Novartis, GSK e AstraZeneca, concretizaram entre 35 e 57 acordos em 2004. O impacto destas parcerias nos gastos totais da I&D não é claro, uma vez que os pagamentos iniciais são muito inferiores ao valor total do negócio.

Marta Bilro

Fonte: DrugResearcher.com.

FDA pondera vender fármacos de rotina sem receita médica

A Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) está a considerar a hipótese de permitir a venda sem receita de alguns medicamentos sujeitos a prescrição. O objectivo é facilitar o acesso aos medicamentos dos doentes que os tomam de forma rotineira, para que estes os possam adquirir apenas com a consulta do farmacêutico.

Para que tal possa realizar-se, a FDA está a criar uma nova categoria de fármacos, na qual estariam incluídos alguns medicamentos de rotina como é o caso das pílulas anticoncepcionais, dos medicamentos contra o colesterol ou contra a dor de cabeça. Para dispensar a receita médica, nestes casos, é o farmacêutico que fica responsável por verificar que os utentes cumprem determinados critérios antes de lhes venderam um medicamento. Para além disso, o farmacêutico deve também indicar ao cliente qual a utilização correcta do medicamento.

Caso “os doentes não possam ir ao médico por algum motivo, esta pode ser uma forma de conseguirem o produto directamente através do farmacêutico”, afirmou Ilisa Bernstein, directora do departamento de assuntos farmacêuticos da FDA. "Acreditamos que certos medicamentos mais fracos, mas que estão apenas disponíveis após consulta médica, podem ser vendidos depois de uma consulta com o farmacêutico. Isto aumentaria bastante o acesso dos pacientes", acrescentou a responsável.

Porém, a ideia não agrada aos médicos, que alertam sobre os riscos da automedicação, capaz de provocar graves problemas aos doentes. “Os pacientes não são médicos. Permitir às pessoas auto diagnosticarem-se e tratarem-se por conta própria não é melhor alternativa”, considera Anmol Mahal, gastroenterologista e presidente da “California Medical Association”.

Por sua vez, a Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde está satisfeita com a possibilidade visto que, desde 1985, tem vindo a defender a criação de uma categoria de fármacos “intermédia”. A ideia vai ser discutida pela FDA no dia 14 de Novembro.

Marta Bilro

Fonte: Medical News Today, USA Today, Achei USA.

Merck ganha em tribunal novo processo sobre o Vioxx

A farmacêutica Merck alcançou a décima primeira vitória na longa batalha legal que envolve o anti-inflamatório Vioxx (Rofecoxib), retirado do mercado em 2004 depois de um estudo interno ter demonstrado que após 18 meses de tratamento, a toma do medicamento aumentava o risco de acidentes cardiovasculares.

O mais recente caso judicial envolveu uma queixa apresentada por Refik Kozic, um jogador de futebol norte-americano, vítima de uma ataque cardíaco em 2001, altura em que tinha 50 anos de idade e depois de ter tomado Vioxx durante apenas nove semanas. A Merck alegou que o ataque cardíaco de Kozic foi provocado pela aterosclerose do paciente, bem como por outros factores, incluindo o colesterol elevado.

“Acreditamos que as provas demonstraram que a Merck agiu com responsabilidade e que o Vioxx não foi a causa do ataque cardíaco de Kozic”, afirmou Mike Brock, da Rushton, Stakely, Johnston & Garrett, responsáveis pela defesa da farmacêutica.

No final, os jurados decidiram 11 vezes a favor da Merck e cinco a favor dos queixosos naquele que foi o primeiro caso do Vioxx a ir a julgmento no estado da Flórida. No entanto, o laboratório enfrenta ainda mais de 27 mil processos na justiça norte-americana que põem em causa a fiabilidade do medicamento.

Marta Bilro

Fonte: Pharma Times, Reuters.

Pozen vai entregar, dentro de dias, dados adicionais do Trexima à FDA

A Pozen, companhia biotecnológica norte-americana, e a britânica GlaxoSmithKline (GSK) adiantaram que vão entregar, nos próximos dias, à FDA a documentação adicional relativamente ao fármaco em desenvolvimento para a enxaqueca, o Trexima.

Como o farmacia.com.pt atempadamente noticiou, a agência norte-americana tinha solicitado, em Agosto, mais dados para clarificar a informação não clínica e as preocupações sobre a genotoxicidade, o potencial de danificar o AND celular, que pode levar a desenvolver mutações e cancro, do fármaco. Para além disso, também serão submetidos dados de rotina sobre a segurança clínica actualizados.

Previamente as companhias reuniram-se com a FDA para discutir o plano de resposta à carta de aprovação emitida pela agência reguladora. A Pozen espera que a FDA demore cerca de seis meses a rever o pedido, apesar da companhia poder vir a pedir uma revisão acelerada.

O fármaco, que é uma combinação do Imitrex, da GSK, com o genérico Naproxeno, já recebeu duas cartas de aprovação da FDA, que contêm condições que têm de ser cumpridas para o produto poder ser aprovado. Sabe-se que as companhias necessitam de trabalhar rapidamente, antes do fármaco poder ser copiado por farmacêuticas genéricas, visto que a patente de exclusividade do Imitrex termina em 2009.

A Pozen não informou com exactidão quando estariam concluídos os estudos clínicos, mas estava previsto demorarem entre seis meses a um ano, o que prejudicaria as vendas do medicamento.

Segundo o acordo entre as duas companhias, a Pozen ficará a cargo das actividades de desenvolvimento pré-clínico, clínico e de regulamentação, enquanto a GSK será responsável pela formulação, desenvolvimento, fabrico e comercialização.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, www.rttnews.com

Nobel da Medicina distingue responsáveis pela criação de ratos transgénicos

O Prémio Nobel da Medicina de 2007 foi esta segunda-feira atribuído a dois investigadores americanos e um britânico, pela manipulação genética de células embrionárias de ratos, um trabalho que viria a revelar-se fundamental para a investigação de doenças como o Alzheimer ou o cancro.

Os norte-americanos Mario Capecchi e Oliver Smithies e o britânico Martin Evans, cujos trabalhos de investigação foram desenvolvidos separadamente, criaram ratos transgénicos e descobriram como inactivar um gene, uma técnica essencial no domínio terapêutico que é reconhecida como a base da biomedicina do século XXI.

A descoberta dos três galardoados permite inactivar um gene, ou seja, neutralizá-lo. Os cientistas alteraram em laboratório o código genético destes animais, de forma a conseguir «ligar» e «desligar» certos genes que tanto os ratos como os seres humanos partilham.

“O que desenvolvemos foi uma forma de modificar os genes dos ratos, de forma a que seja possível trabalhar com modelos de doenças humanas, estudar sua patologia, assim como desenvolver novas terapias", disse à Reuters Mario Capecchi.

Segundo o comité do Prémio Nobel, o estudo de genes permite aumentar os conhecimentos de “inúmeros genes no desenvolvimento embrionário, na fisiologia adulta, no envelhecimento e nas doenças”.

O campo de aplicação destas descobertas é vasto, podendo contribuir para encontrar tratamentos para doenças degenerativas como o Alzheimer, mas também o cancro, a diabetes e as doenças cardiovasculares.

Em 2001, o trio havia já sido galardoado com o Prêmio Albert Lasker para Pesquisa Médica Básica, que é tido como a versão norte-americana do Nobel, já que muitos dos investigadores que receberam este prémio foram depois distinguidos com o Nobel.

O prémio de 10 milhões de coroas suecas (1,54 milhão de dólares) distinguiu pela segunda vez consecutiva uma descoberta na área da genética, pois já em 2006, os americanos Andrew Fire e Craig Mello haviam sido galardoados pela descoberta de um mecanismo natural de bloqueio dos genes, que permite lutar contra agentes infecto-contagiosos.

O Nobel da Medicina foi o primeiro de seis prémios a ser anunciado este ano, faltando o da Química, Física, Literatura, Paz e Economia. Os prémios são entregues todos os anos a 10 de Dezembro, aniversário da morte do fundador Alfred Nobel.

Inês de Matos

Fontes: Reuters, Lusa, Diário Digital

Hikma Pharmaceuticals pretende adquirir Arab Pharmaceutical por 163,6 milhões de dólares

A Hikma Pharmaceuticals Plc, companhia jordana cotada em Londres, fez uma oferta condicional no valor de 163,6 milhões de dólares (116 milhões de dinares) para adquirir o laboratório Arab Pharmaceutical Manufacturing Co., tendo em vista ganhar tranquilizantes genéricos e medicamentos cardiovasculares. A oferta é condicional até à conclusão bem sucedida das devidas diligências, e da aprovação dos accionistas da Arab Pharmaceutical.

Segundo o porta-voz da Hikma, Jon Coles, a Arab Pharmaceutical fornece produtos para serem distribuídos pela rede de comercialização da Hikma. Sendo assim, comprar é uma extensão lógica do negócio da farmacêutica. A Hikma vê um determinado número de razões estratégicas para o acordo, acrescenta ainda Coles. As companhias têm produtos complementares e, de uma vez só, este negócio expande a capacidade de fabrico, a pipeline de novos produtos, e a força de vendas da Hikma.

A Hikma gastou mais de 250 milhões de dólares, este ano, para adquirir fármacos genéricos e licenciados para poder comercializá-los no Médio Oriente. A Arab Pharmaceutical tem 85 produtos registados em 22 países, e também fabrica alguns produtos licenciados de companhias farmacêuticas líderes a nível mundial.

A Hikma, fundada em 1978, desenvolve e comercializa fármacos genéricos e de marca, incluindo ácido fólico, lítio e um produto para a hipertensão. A companhia jordana está a focalizar-se no Médio Oriente e no Norte de África, comercializando produtos em 18 países destas regiões, assim como nos Estados Unidos e na Europa. Em Janeiro, comprou as germânicas Ribosepharm GmbH, por 45 milhões de dólares, para adquirir tratamentos para o cancro, e a Thymoorgan Gmbh, em Abril, por um valor não revelado, para acrescentar fármacos injectáveis ao lote de produtos. Em Agosto, a companhia acordou adquirir a egípcia Alkan Pharma, por cerca de 61 milhões de dólares.

Isabel Marques

Fontes: Bloomberg, www.marketwatch.com, www.rttnews.com, www.networkmedica.com

Cancro da próstata: Cirurgia de remoção garante maior sobrevivência a longo prazo

Os homens com cancro na próstata que optem pela remoção desta glândula têm maior probabilidade de vencer a doença, conseguindo uma maior esperança de vida, principalmente se forem jovens ou se o cancro for do tipo agressivo. Esta é a conclusão a que chegou um estudo apresentado, esta segunda feira, por uma equipa de investigadores da Universidade de Genebra, na Suiça.

A investigação teve inicio em 1989 e decorreu ao longo de vários anos, baseada na observação de 844 indivíduos com cancro na próstata em estado precoce e com diferentes terapias de combate à doença prescritas.

Os investigadores concluíram que, a curto prazo - até cinco anos -, quase não existia diferença entre as taxas de sobrevivência das diversas terapias. No entanto, após 10 anos, os resultados apresentavam diferenças muito consideráveis. Os pacientes tratados com recurso a radioterapia, por exemplo, apresentavam, ao longo destes anos, um maior risco de morte, comparativamente aos doentes que optaram por remover a próstata.

Após uma década, a taxa de sobrevivência dos pacientes que se submeteram a uma prostectomia (cirurgia para remoção da próstata) era de 83 por cento, enquanto que a do tratamento por radioterapia era de 75 por cento e a do tratamento com hormonas era de apenas 41 por cento.

“ É cada vez maior a evidência de que a cirurgia é a melhor opção, a que oferece uma maior possibilidade de sobrevivência a longo prazo, nomeadamente em homens com cancros mais agressivos, mais jovens ou cujos tumores estejam ainda num estado precoce”, conclui o estudo.

De acordo com os investigadores, esta deverá ser a primeira pesquisa a estabelecer uma comparação entre “os efeitos de todas as terapêuticas usadas” para tratar determinada doença, comparando também as respectivas taxas de sobrevivência.

Inês de Matos

Fonte: Reuters

GSK aposta na investigação de antibióticos da Anacor Pharmaceuticals

A britânica GlaxoSmithKline Plc (GSK) assinou um acordo estratégico, potencialmente avaliado em milhares de milhões de dólares, com a Anacor Pharmaceuticals para explorar o know-how da companhia biotecnológica norte-americana na descoberta, desenvolvimento e comercialização de novos medicamentos antibióticos.

A Anacor irá primeiramente ser responsável pela descoberta e desenvolvimento de candidatos a fármacos à base de pequenas moléculas contendo boro, através da prova clínica de conceito. Esta colaboração proporciona à GSK acesso à química baseada em boro contra alvos seleccionados, da Anacor. A maior farmacêutica da Europa terá a opção exclusiva de seleccionar produtos candidatos direccionados até quatro alvos de descoberta, e com o potencial de ter, no mínimo, oito opções de produtos, e de licenciar cada composto para posterior desenvolvimento e comercialização numa base global.

A Anacor irá receber um pagamento inicial de 12 milhões de dólares, e 10 milhões de dólares em financiamento equitativo. A Anacor também será elegível para receber pagamentos, que podem chegar até aos 252 milhões de dólares, quando forem atingidos objectivos relativamente a descobertas, desenvolvimento, comercialização e regulação, e até 331 milhões de dólares por cada produto.

Os candidatos a novos fármacos irão ser desenvolvidos ao abrigo do “Centre of Excellence for Drug Discovery” dedicado às doenças infecciosas e que foi recentemente criado pela GSK. A companhia tinha anunciado, em Fevereiro, que estava a preparar a unidade para a descoberta de novos fármacos para preencher a necessidade, ainda não atendida, de melhores tratamentos, particularmente tendo em vista o crescente problema relacionado com a resistência aos medicamentos e a emergência de “superbactérias”, tais como, Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA).

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, www.rttnews.com