quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vacina experimental contra o dengue apresenta resultados positivos

A vacina experimental tetravalente contra a febre do dengue, da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da francesa Sanofi-Aventis, apresentou resultados positivos nos testes, para os quatro vírus que produzem a doença, motivando o avanço para etapas posteriores dos ensaios clínicos, e a sua expansão na Ásia e América Latina. A companhia planeia procurar aprovação para a vacina em 2012.

A companhia declarou que a imunização com a vacina experimental tetravalente contra o dengue gerou uma resposta de seroneutralização de anticorpos, contra todos os quatro serotipos do vírus responsável pela febre do dengue, em 100 por cento dos adultos que participaram no ensaio nos Estados Unidos. Os resultados foram apresentados no 56º congresso anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (American Society of Tropical Medicine and Hygiene - ASTMH), em Filadélfia, Estados Unidos.

A vacina experimental é baseada numa nova tecnologia que incorpora o invólucro de proteínas, e também irá fornecer imunização contra as formas mais graves da doença: a febre hemorrágica do dengue e a síndrome de choque do dengue.

A febre do dengue é uma doença originada por um mosquito que afecta até 100 milhões de pessoas todos os anos, e que resulta em 24 mil mortes, principalmente em crianças, de acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença representa uma potencial ameaça para cerca de metade da população mundial e ocorre especialmente em países tropicais e subtropicais.

O dengue, uma infecção originária das regiões subtropicais, tem sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, arrepios, dores de cabeça, náuseas, dores abdominais, e dores musculares e nas articulações. Mas pode degenerar em febre do dengue hemorrágico que, em muitos casos, provoca a morte.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, First Word, Reuters, Bloomberg, MarketWatch, www.mni.pt, www.rttnews.com, www.tradingmarkets.com

FDA rejeita antidepressivo Gepirone ER da GSK

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) rejeitou a aprovação do fármaco experimental Gepirone ER (gepirona), da GlaxoSmithKline Plc (GSK), para o tratamento de adultos com depressão grave.

A FDA emitiu uma carta de não aprovação para os comprimidos de libertação prolongada da GSK e da Fabre-Kramer Pharmaceuticals Inc. As companhias entraram num acordo, em Fevereiro, para a colaboração no desenvolvimento e comercialização, a nível mundial, dos comprimidos Gepirone ER, um agonista dos receptores 5HT1A de primeira classe. As companhias não revelaram a razão pela qual a FDA rejeitou o fármaco. A GSK e a Fabre-Kramer declararam que estão agora a avaliar a resposta da FDA para determinar os próximos passos mais apropriados.

Esta notícia revelou-se um rude golpe para a GSK, que necessita de novos fármacos para compensar a expiração pendente de patentes de fármacos blockbuster chave, e uma recente queda nas vendas do segundo fármaco mais vendido, o Avandia (maleato de rosiglitazona) para a diabetes, que tem sido alvo de receios relativamente à possibilidade de estar relacionado com ataques cardíacos.

Os analistas tinham previsto que o Gepirone ER, caso fosse bem sucedido, poderia eventualmente atingir vendas entre 800 milhões de dólares e 1,6 mil milhões de dólares por ano.
Isabel Marques