quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Dividas dos hospitais empresa ascendem a quase 600 milhões de euros

As dívidas dos hospitais que passaram a Entidades Públicas Empresariais (EPE) mais do que duplicaram nos últimos dois anos e meio. Segundo um relatório do sector citado pela agência Lusa, a dívida total dos hospitais EPE passou de 256,7 para 597,3 milhões de euros, subindo 132 por cento desde a tomada de posse do Executivo de Sócrates, em Março de 2005.

O total as dividas ascendem já aos 597,3 milhões de euros, existindo ainda dívidas no valor de 410,5 milhões de euros a médio e longo prazo. As dividas que vão além dos 90 dias também subiram (151 por cento), de 163,5 para 410,5 milhões de euros, enquanto que as dívidas a médio e longo prazo cresceram 48,83 por cento.

A dívida total aumentou e cresceu também o número de hospitais com gestão empresarial, que em média demoram mais de um ano para pagar as contas, existindo mesmo casos de hospitais que levam três anos para efectuar o pagamento.

Analisando cada hospital, em termos de dívida global, o pior pagador é o Centro Hospitalar Lisboa Central, que engloba o Hospital dos Capuchos, São José, Santa Marta e Estefânia, com 74,7 milhões de euros, enquanto no extremo oposto está o Hospital São Sebastião (Santa Maria da Feira), com 877 mil euros.

No "top-3" dos piores pagadores a nível global estão ainda o Hospital de Santa Maria (Lisboa), com 59,3 milhões de euros, e o Centro Hospitalar de Setúbal, com 56,8 milhões. Por outro lado, os EPE com menor volume de dívidas são o Hospital Padre Américo-Vale do Sousa, com 928,5 mil euros, e Hospital de Santo André, com 1,2 milhões de euros.

Entre Outubro de 2006 e Setembro último, a factura total evoluiu de 418,1 para 597 milhões de euros, numa relação entre o primeiro e o último mês de um crescimento de 42,85 por cento. O volume máximo da divida foi atingido em Setembro, com um valor de 597,3 milhões de euros, enquanto o mais baixo é de Dezembro (394 milhões).

Na dívida total, o único decréscimo numa leitura comparativa a nível mensal aconteceu em Dezembro, referente a menos 9,12 por cento, enquanto as maiores taxas de crescimento registam-se em Março, com 17,48 por cento.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

Ansiedade materna pode prejudicar parto do primeiro filho

Gestante mais nervosa, parto mais doloroso ... diz estudo norte-americano

É natural que o nascimento do primeiro esteja envolto de grande ansiedade, especialmente, para a futura mãe. Todavia, à luz de uma investigação conduzida por investigadores norte-americanos da Escola de Enfermagem da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, este estado pode interferir no desempenho na hora do parto.

De acordo com os resultados do estudo publicado no «Journal of Obstetric, Gynecology, & Neonatal Nursing», durante o acompanhamento das grávidas os investigadores observaram que, o principal factor que interferia no desempenho tranquilo do parto, era a ansiedade.

“Quando uma gestante estava muito ansiosa no final da gravidez, o parto tornava-se mais doloroso. Para além desde facto, verificámos que, normalmente, estas mulheres procuravam os serviços de maternidade em momentos muito precoces, ou seja, ainda com pouca dilatação”, revelaram os investigadores.

Facto contrário observado pela equipa da Califórnia diz respeito às futuras mães que se demonstraram mais calmas e seguras, “permaneciam um período maior em casa, antes de procurar assistência hospitalar e eram atendidas com uma dilatação maior e um trabalho de parto mais adiantado”, relataram.

Perante estes resultados, os autores do estudo consideram que a ansiedade “é um importante factor a ser trabalhado durante a gravidez, em especial entre as mulheres que estão na primeira gestação”, salientando que este “é um passo essencial para que haja um bom desempenho durante o parto e uma experiência tranquila com o nascimento do primeiro filho.”

Segundo explicaram os cientistas, “foram acompanhadas, até ao último trimestre da gestação, mulheres na primeira gravidez. O intuito era verificar quais os factores associados à dor no período pré-hospitalização para o parto, às condições em que essas mulheres chegavam ao hospital para ter os seus bebés e quais as estratégias de intervenção aplicadas a essas gestantes.”

Todas as participantes tinham idades entre 18 e 40 anos e estavam com 38 semanas ou mais de gravidez, sem qualquer complicação. Além disso, possuíam um marido ou parceiro estável e participaram dos programas de educação pré-natal.

O farmacia.com.pt falou com uma grávida, na primeira gestação, que tem o seu parto agendado para este dia 16 de Novembro. Patrícia Afonso demonstrou-se possuidora daquilo que preferiu chamar "uma tranquilidade sob algum exercício de controlo", alegando considerar "fundamental passar isso para o bebé (não só agora, mas durante toda a gravidez) e tentarei passar, amanhã, também, para a equipa médica que me vai assistir na esperança de que ajude o trabalho de parto."

No entanto, embora confiante, esta futura mamã não escondeu que mantém alguma ansiedade: "Encaro tudo com muita naturalidade e serenidade, mas confesso que estou algo apreensiva quanto ao tipo de parto. Vai ser provocado porque já passaram as 40 semanas, e está previsto ser normal mas, tudo pode acontecer, além de que, tudo será novidade para mim", confidenciou.

Raquel Pacheco

Fonte: Journal of Obstetric, Gynecology, & Neonatal Nursing/contacto telefónico

Especialistas europeus debatem hipnose em Coimbra

No âmbito do I Simpósio Ibérico sobre Hipnose Experimental e Clínica, vários especialistas europeus ligados à área vão estar, em Portugal, nos próximos dias 29 e 30.

Promover a técnica da hipnose através da difusão das bases científicas entre a classe médica e o público em geral é o objectivo do encontro que decorrerá na Universidade de Coimbra (UC).

Segundo avança o «Diários das Beiras», a missão de vários especialistas europeus - que a iniciativa trará a Portugal - incidirá na “divulgação científica a fim de estabelecer princípios para futuras realizações desta técnica ao nível da investigação como ao nível de encontros científicos.”

De acordo com o jornal, o primeiro dia (29) é dedicado a conferências com diversas intervenções de especialistas e, o segundo dia (30), estará orientado para workshops e uma mesa redonda para debater o tema «O presente e o futuro da Hipnose na Europa e Península Ibérica em particular».

O simpósio resulta de uma colaboração conjunta entre o Research Group on Psycological, Placebo, Hypnosis and Psycopepharmacs, do Centro de Psicopedagogia da UC.

Terapia ajuda Cólon Irritável

Recorde-se que, este mês, o farmacia.com.pt divulgou um estudo britânico que indicava a aposta de cientistas em técnicas de relaxamento como terapia da Síndrome do Cólon Irritável. Os investigadores da universidade King´s College London acreditam que a terapia por hipnose pode ser útil na conexão entre o cérebro e o intestino.

Raquel Pacheco

Fontes: Diário das Beiras/farmacia.com.pt

Medicamento para a leucemia falsificado no Brasil

A polícia brasileira accionou, esta semana, em vários bairros do Rio de Janeiro, 11 mandados de busca e apreensão por falsificações do medicamento Glivec (mesilato de imatinib) produzido pelo laboratório Novartis.

De acordo com a denúncia feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Lote Z0047 do Glivec teria sido adulterado por laboratórios clandestinos, “que trocaram o medicamento por uma substância do tipo placebo (sem qualquer influência no organismo).”

Notificado pela Anvisa, a farmacêutica Novartis foi obrigada a recolher todos os produtos do lote no país. A agência brasileira recomendou ainda aos utilizadores do fármaco que, “em caso de suspeita de uso do lote falsificado, procurem imediatamente um médico para fazer uma reavaliação do quadro clínico, e entrem em contato com o Serviço de Informação ao Cliente do laboratório Novartis.”

A adulteração de medicamentos é considerada um crime hediondo contra a Saúde Pública. O Glivec é usado por doentes com leucemia, um tipo de cancro no sangue que, se não for tratado, pode levar à morte.

Raquel Pacheco

Fonte: Agência Brasil

AstraZeneca em maus lençóis

Performance da empresa deverá ser a pior do sector nos próximos oito anos

A farmacêutica AstraZeneca enfrenta problemas graves, sendo que, ao longo dos próximos oito anos a performance da empresa deverá destacar-se como “a pior em todo o sector”, afirma um relatório da Dresdner Kleinwort.

As estimativas dos analistas indicam que, entre a actualidade e o ano de 2015, o laboratório deverá sofrer resultados negativos acentuados, com as vendas a atingirem um tecto máximo de subida inferior a 1 por cento, na melhor das hipóteses, podendo mesmo assistir a uma quebra de 3 por cento nas vendas de acordo com o panorama mais pessimista.

“Do nosso ponto de vista, o pior cenário possível não é animador, mas deve ser seriamente tido em consideração… [uma vez que tem] uma probabilidade de 50 por cento de acontecer”, escreveram os analistas no relatório divulgado no inicio desta semana.

Em declarações ao portal Outsourcing-Pharma.com a AstraZeneca escusou-se a comentar o relatório, dizendo apenas que “os analistas têm direito à sua opinião e vamos ter que esperar para ver”.

Os analistas dizem ter baseado as suas estimativas no risco eminente que paira sobre os três fármacos mais importantes da AstraZeneca, que em breve ficarão sujeitos à concorrência dos genéricos, uma situação motivada pela perda da protecção de oito patentes, ao longo dos próximos oito anos, de medicamentos de marca que actualmente representam 60 por cento das vendas da empresa.

“O cenário mais positivo assume que oito produtos estejam protegidos pela patente até 2015. O pior cenário prevê que as versões genéricas do Nexium (Esomeprazol) e do Seroquel (Quetiapina) possam surgir em 2008 e do Crestor (Rosuvastatina) em 2009”, referem os analistas.

O estudo manifesta também preocupação com o facto da AstraZeneca ter apenas oito produtos significativos em desenvolvimento, com lançamento previsto a partir de 2009. Entre estes, apenas metade foram considerados adequados pelos analistas para inclusão nas suas previsões financeiras.

Para além disto, o pior cenário traçado pelo relatório da Dresdner Kleinwort sugere também que um dos novos produtos da AstraZeneca, a Saxagliptina, pode não conseguir obter autorização de comercialização devido a falhas nos critérios de segurança. O produto não foi, por isso, tido em conta nas previsões de vendas dos analistas.

A Saxagliptina, que está a ser desenvolvida em conjunto com a Brystol-Myers Squibb, destina-se ao tratamento da diabetes tipo II e deverá estar pronta para ser lançada em 2009. No entanto, o Galvus (Vildagliptina), um inibidor da dipeptidil peptidase 4 rival, desenvolvido pela Novartis, revelou problemas de segurança para o fígado quando administrado em doses elevadas. Estes resultados podem representar uma ameaça para o medicamento da AstraZeneca devido à “extrema semelhança” entre os produtos.

Marta Bilro

Fonte: In-PharmaTechnologist.com, Outsourcing-Pharma.com, Infarmed, Farmacia.com.pt.

Nova lei aumenta procura de consultas de cessação tabágica

Está a aumentar a procura de consultas de desabituação tabágica, uma tendência acentuada depois da aprovação da nova lei do tabaco, que deverá entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008. Conforme afirmou Luís Rebelo, presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, em declarações ao Diário de Notícias, desde que as novas directrizes legais foram aprovadas, em Junho, “o número de pessoas a procurar as consultas duplicou”.

Para o responsável, os números indicam que “as pessoas se estão a habituar à lei”, tomando consciência de que “vão surgir limitações ao fumo no trabalho e nos restaurantes”. Por outro lado, há ainda os casos de pessoas para as quais o abandono do vício é uma necessidade evidente, referiu Luís Rebelo. “Temos uma professora que se sentia incapaz de dar aulas porque fumava três maços por dia”, exemplificou, salientando que “apenas 5% a 10% dos dois milhões de fumadores conseguem abandonar os cigarros sem ajuda de um médico, medicamentos ou a sua combinação”.

"Dos 90% de fumadores que restam, 20% (360 mil) estão preparados para deixar de fumar, desde que tenham condições, ou seja, medicamentos, consultas ou terapias”, acrescentou.

De acordo com a nova lei, cada centro de saúde e hospital deverá disponibilizar uma consulta anti-tabágica, no entanto, actualmente existem apenas 147 consultas no país. Os dados da Direcção-Geral da Saúde apontam para a existência de 187 consultas, sendo que a soma inclui as que ainda vão abrir no Norte.

Apesar do aumento da procura, a cobertura ainda está "longe de ser suficiente, frisou Luís Rebelo. A região de Lisboa conta com 28 consultas, o Algarve com duas e o Alentejo com quatro. Na zona Centro do país contabilizam-se um total de 43 consultas.

Marta Bilro

Fonte: Diário de Notícias, Fábrica de Conteúdos, Diário Digital.

Investigadora portuguesa torna-se primeira galardoada ibérica com o Prémio europeu Eppendorf

A Fundação Calouste Gulbenkian anunciou hoje que, na próxima quinta-feira, a investigadora portuguesa Mónica Bettencourt Dias receberá o prémio europeu Eppendorf pelos seus estudos na área da multiplicação das células, tornando-se a primeira cientista da Península Ibérica a receber o galardão.

O Premio Eppendorf foi criado em 1995 e é atribuído anualmente a jovens cientistas europeus, com menos de 35 anos, como reconhecimento pelas suas investigações na área da biomedicina. A cerimónia de entrega do prémio vai decorrer na feira "Medica" de Dusseldorf, na Alemanha.

A investigadora demonstrou-se surpresa com a notícia, frisando que "na lista de vencedores anteriores estão nomes muito importantes" e que por isso nunca pensou ser escolhida.

A investigadora manifestou-se contente, não só pelo reconhecimento do seu trabalho, dos seus colegas e do Instituto Gulbenkian Ciência (IGC), mas também pela oportunidade de dar visibilidade internacional à ciência portuguesa.

"Hoje já se pode fazer muito boa ciência em Portugal" e este prémio vai contribuir para isso, considerou a cientista, que começou a estudar a multiplicação das células - um processo alterado nos tumores - como Investigadora Associada na Universidade de Cambridge (Reino Unido), onde esteve cinco anos. Em Outubro de 2006, Mónica Bettencourt Dias iniciou o seu laboratório no IGC, onde tem desenvolvido o seu trabalho.

Desde o inicio do seu trabalho, a cientista portuguesa já identificou várias moléculas envolvidas na multiplicação das células, e desvendou alguns dos segredos do centrossoma, uma estrutura que regula o esqueleto e a multiplicação das células e que está frequentemente alterada no cancro.

Estas descobertas, que poderão levar a novos métodos de diagnóstico e de ataque no combate ao cancro, mereceram publicação nas mais conceituadas revistas internacionais da especialidade, como a "Nature", a "Science" e a "Current Biology".

As investigações em concurso são julgadas por um comité científico composto por quatro peritos na área e presidido pelo Director do Max Planck Institute for Molecular Cell Biology and Genetics, de Dresden (Alemanha). Entre os critérios de avaliação foram tidos em conta a criatividade, o trabalho apresentado, o significado dos resultados para a medicina e o significado dos trabalhos em relação à idade do candidato.

Mónica Bettencourt Dias havia sido recentemente distinguida com o prémio Pfizer de investigação básica 2007, que recebeu juntamente com Ana Rodrigues Martins.

Inês de Matos

Fonte: Lusa

Ômega 3 previne Alzheimer

Estudo indica que alimentação rica em ácido gordo, vegetais, frutas e peixes diminuiu risco de doenças neurodegenerativas

Uma dieta rica em ômega 3 pode reduzir o risco de Alzheimer e outras doenças degenerativas. A conclusão saiu de um estudo publicado pela revista da Academia Americana de Neurologia - «Neurology».

Intitulado «Pascale Barberger-Gateau», o estudo centrou-se na análise dos hábitos alimentares de mais de 8 mil homens e mulheres com mais de 65 anos nas cidades francesas de Montpellier, Dijon e Bordeaux ao longo de 4 anos.

De acordo com os investigadores, no início do estudo, “nenhum dos entrevistados apresentava sinais de problemas neurológicos” mas no fim da pesquisa - revelaram - “183 participantes desenvolveram Alzheimer e 98 tinham outros tipos de demência.”

Perante estes resultados, os investigadores concluíram que: “as pessoas que consumiam regularmente óleos ricos em ômega 3 - como óleo de canola (sementes de flor amarela), óleo de linhaça (sementes de linho) e óleo de nozes - reduziam em 60% o risco de contrair a doença, comparativamente, com as que não ingeriam esses óleos.”

A equipa francesa constatou, ainda, que “os participantes que tinham uma dieta rica em frutas e vegetais reduziram também o risco de apresentar demência em 30% em relação àqueles com uma dieta menos saudável.”

Outro factor importante destacado pelos investigadores refere-se ao consumo de peixe: “O consumo, uma vez por semana, diminuiu o risco de demência em 40% e de Alzheimer em 35%”, frisaram, ressalvando que o facto foi observado apenas em participantes que não tinham uma predisposição genética às doenças.

Segundo destacou um dos autores do estudo, estes resultados assumem “uma importância considerável”, uma vez que, “a maioria das pessoas não têm o gene ApoE4 (que aumenta o risco de Alzheimer), argumentou, advogando a necessidade de aprofundar a investigação “para que se identifique a quantidade e a combinação ideais de nutrientes antes de implementar recomendações nutricionais."

Os dados ventilados pela Associação Portuguesa de Familiares e Amigos da Doença de Alzheimer (APFADA) indicam que, em Portugal, o cenário é preocupante: estima-se que, a doença afecte mais de 70 mil pessoas. Um número que, segundo a associação, agravar-se-á, sustentando que, "as pessoas vivem mais e, por isso, crescem as probabilidades de a patologia se desenvolver."

Esta doença degenerativa atinge, principalmente, idosos. Caracteriza-se pela morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro, progressiva e irreversível.

Raquel Pacheco

Fontes: Medscape/ Fox News

Estudantes de farmácia promovem congresso sobre oncologia

“Oncologia: Outra visão…” é o tema do II Congresso Anual promovido pelo Núcleo de Estudantes de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos dias 4 e 5 de Dezembro, e que tem como objectivo focar e desenvolver novos tratamentos e avanços tecnológicos na área da oncologia.

Ao longo destes dois dias, os especialistas reunidos vão debater várias temáticas, entre as quais as nanotecnologias em oncologia; os novos fármacos no combate ao cancro; a terapia génica; a oncohematologia; a nutrição em doentes oncológicos; ou a importância das plantas e o seu contributo.

As farmácias dos Hospitais da Universidade de Coimbra e do IPO-Coimbra vão ter a seu cargo uma apresentação sobre o tema “Fármacos citostáticos e sua manipulação”.

A iniciativa conta com a colaboração da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

Marta Bilro

Fonte: e-mail Farmacia-press

Identificada proteína que pior a asma

Investigadores identificaram uma substância no organismo que pode aumentar a gravidade da asma. Uma proteína, que pode ter originariamente evoluído para ajudar a proteger as vias aéreas, agora parece ser um biomarcador que indica asma grave, e também pode ter um papel no desenvolvimento da doença. Esta é uma descoberta que pode levar a um melhor tratamento da doença respiratória.

Num estudo com 253 adultos descobriu-se que aqueles com asma tinham níveis mais elevados de uma proteína, a YKL-40, do que os que não sofriam da doença, segundo um relatório publicado na última edição da “New England Journal of Medicine”. Um teste sanguíneo aos níveis da YKL-40 poderá substituir as biopsias invasivas utilizadas actualmente para avaliar as vias aéreas.

Os asmáticos com um nível mais elevado da molécula tiveram ataques mais graves. Grandes quantidades da proteína foram associadas a uma função pulmonar reduzida e a paredes dos brônquios mais espessas que dificultam a respiração, de acordo com a investigação liderada pelas escolas médicas da Universidade de Yale e da Universidade de Paris, e pela MedImmune, unidade da AstraZeneca Plc.

A proteína poderá ser um marcador, facilmente detectável através de uma simples análise de sangue, para monitorar a progressão da doença ou para identificar as pessoas em risco de desenvolver uma forma mais grave de asma, que vitimou 255 mil pessoas, em 2005, e que perturba cerca de 300 milhões em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Contudo, o novo estudo não prova que a YKL-40 é uma causa da asma, somente que os níveis elevados parecem ser um marcador da asma grave.

Algumas companhias, incluindo a MedImmune, estão em testes pré-clínicos de anticorpos que poderão inibir a proteína ou os seus efeitos nos asmáticos. A tecnologia está, pelo menos, a três anos de distância dos testes de última fase em humanos.

A YKL-40 é uma proteína tipo quitinase que se liga à quitina, uma substância abundante encontrada em fungos, crustáceos e insectos, como ácaros e baratas. Os humanos não fabricam quitina, mas produzem quitinases (enzimas que param a quitina) e enzimas tipo quitinase (enzimas que se ligam à quitina, mas que não a param). A presença da quitina nos pulmões pode fazer com que o organismo acredite que tem uma infecção e que precisa de se defender. Infelizmente, este mecanismo de defesa pode estar a reagir a ácaros inofensivos.

Isabel Marques

Fontes: Bloomberg, www.eurekalert.org, Forbes