terça-feira, 20 de novembro de 2007

Antonio Sacristán Boisán - Novo director da Cinfa Portugal

A filial lusa é o segundo laboratório com maior crescimento em Portugal no primeiro semestre de 2007

Antonio Sacristán Boisán incorporou os Laboratórios Cinfa como novo director de Cinfa Portugal, filial comercial da empresa espanhola no nosso país. O novo director substitui Marcos Pozo Caballero, que assumirá a gestão do Departamento de Inteligência de Mercado na sede central do laboratório.

Antonio Sacristán encarregar-se-á de consolidar a posição de liderança da Cinfa no mercado português de medicamentos genéricos, onde no primeiro semestre deste ano se tornou no segundo laboratório com maior crescimento.

O novo director de Cinfa Portugal, licenciado em Farmácia pela Universidade Complutense de Madrid, e com dois mestrados, um em Administração de Empresas e outro em Marketing Farmacêutico, ocupou durante os últimos três anos o posto de director comercial do grupo PRIM na divisão de fisioterapia, reabilitação e hidroterapia. Anteriormente, foi gestor de vendas nos Laboratórios Abbott, e também chefe de delegação dos Laboratórios Atom.


Isabel Marques

Fontes: PMFarma

Biogen Idec e Neurimmune Therapeutics desenvolvem anticorpos para Alzheimer

A norte-americana Biogen Idec e a companhia biotecnológica alemã Neurimmune Therapeutics AG entraram num acordo mundial de desenvolvimento e comercialização de um novo tipo de anticorpos humanos para o tratamento da doença de Alzheimer.

A cooperação irá focalizar-se no desenvolvimento de anticorpos que se ligam à amilóide beta, uma molécula que é considerada a causa da neurodegeneração e perda de funções cognitivas em pacientes com Alzheimer. Actualmente, não existem terapias aprovadas para a Alzheimer para atrasar ou parar a progressão da doença.

A Neurimmune irá conduzir a investigação para identificar potenciais anticorpos terapêuticos, utilizando a plataforma “Reverse Translational Medicine” (RTM) da companhia. A Biogen Idec, actualmente em processo de venda, irá ser responsável pelo desenvolvimento e comercialização de todos os produtos. A Neurimmune poderá receber um valor agregado de 380 milhões de dólares em pagamentos iniciais e baseados no sucesso dos objectivos atingidos, assim como regalias, num valor não revelado, decorrentes das vendas de qualquer um dos produtos.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, CNNMoney
Presidente do Infarmed esclarece compra de medicamentos inovadores

“Não se trata de poupar, mas sim de utilizar os recursos adequadamente”


Não há condicionamentos económicos no que diz respeito à compra de medicamentos inovadores. A garantia foi dada pelo presidente do Infarmed, Vasco Maria, que afirma que houve uma interpretação incorrecta das suas declarações numa entrevista recente, noticia a Rádio Renascença.

De acordo com o responsável, o importante é racionalizar recursos sem prejudicar os utentes. “Nunca utilizei a palavra poupança e penso que isso, de facto, é fundamental, porque não se trata de poupar, mas sim de utilizar os recursos adequadamente”, afirmou Vasco Maria, citado pela Renascença.

Não se trata de racionar a utilização dos medicamentos, mas antes de racionalizar a sua utilização, esclarece o presidente do Infarmed, frisando que “são coisas completamente diferentes”. O que se pretende “é de facto garantir que os recursos são investidos nos medicamentos que têm um melhor perfil de eficácia, segurança e de valor terapêutico acrescido para os doentes”, sustenta.

Marta Bilro

Fonte: Rádio Renascença.

Farmácias não cumprem número mínimo de farmacêuticos por estabelecimento

Na maioria dos distritos portugueses a média de farmacêuticos por cada farmácia é inferior a dois, o número mínimo estabelecido por lei. De acordo com o estudo ‘Recursos Humanos Farmacêuticos 1997-2006’, do Centro de Estudos da Associação Nacional das Farmácias (ANF), cujos dados foram divulgados esta segunda-feira, nos distritos de Portalegre e Beja regista-se a média mais baixa a nível nacional, com menos de 1,5 farmacêuticos por cada estabelecimento.

As farmácias do interior do país são as que mais sobressaem nas estatísticas no que diz respeito ao cumprimento do número mínimo de farmacêuticos nos seus quadros técnicos. Segundo explicou João Paulo Vaz, do Centro de Estudos da ANF, este factor poderá dever-se à falta de capacidade económica para cumprir a lei em vigor. “Existem farmácias que não comportam a obrigatoriedade de dispor de dois farmacêuticos porque não têm condições (económicas) para admitir nos seus quadros mais um profissional, como obriga a lei. São farmácias em meios mais isolados e em localidades que vão perdendo população”, afirmou o responsável citado pelo Correio da Manhã.

A esta condicionante acresce ainda o facto dos farmacêuticos proprietários de farmácias de regiões mais isoladas terem dificuldade em cativar profissionais mais jovens para se fixarem nessas regiões. Estes casos “terão de ser avaliados (pelo Governo) porque a legislação não é facilmente generalizável”, alertou o responsável.

A situação agrava-se ainda mais em algumas ilhas açorianas, como é o caso das Flores e de Santa Maria, onde há apenas um farmacêutico por cada farmácia.

Em 2000 existiam em Portugal 2552 farmácias, comparativamente às 2762 registadas em 2005. Face à recente aprovação da lei da propriedade das farmácias, deverão continuar a surgir novos estabelecimentos, chegando aos 3000 nos próximos anos. O novo panorama deverá criar diminuições nas margens de lucro, uma situação que as farmácias terão de enfrentar compensando noutras áreas “como a gestão de artigos, recursos humanos, compras e gestão do espaço da farmácia”, afirmou João Paulo Vaz.

Mulheres estão em maioria

Nas farmácias de oficina são as mulheres que estão em maioria, representando 80 por cento do número de profissionais. Os dados do relatório indicam que dos 6021 farmacêuticos que existiam em 2006, 4791 eram mulheres e apenas 1230 homens.

O número de profissionais farmacêuticos cresceu 58 por cento na última década, passando dos 3792 em 1997 para os 6021 em 2006. Os dados indicam ainda que tem vindo a diminuir a idade média dos farmacêuticos que trabalham nas farmácias, situando-se actualmente nos 41 anos, face aos 45 anos registados há dez anos.

Marta Bilro

Fonte: Correio da Manhã.

Celgene adquire Pharmion por 1,97 mil milhões de euros

A farmacêutica norte-americana Celgene chegou a acordo com vista à aquisição da Pharmion, por 1,97 mil milhões de euros (2,9 mil milhões de dólares) em dinheiro e acções. De acordo com um comunicado emitido pelo laboratório, os accionistas da Pharmion vão receber 72 dólares por acção, um prémio de 46 por cento face ao valor de fecho dos seus títulos na última sexta-feira.

"A compra da Pharmion é uma estratégia excepcional pois encaixa no nosso papel de líder em hematologia e oncologia", referiu o presidente e director-executivo da Celgene, Sol J. Barer, salientando que a empresa resultante da combinação “vai elevar o potencial terapêutico e comercial dos produtos da Pharmion”.

O negócio já recebeu aprovação dos Conselhos de Administração de ambas as empresas e aguarda apenas autorização por parte das entidades reguladoras da concorrência nos EUA e na Europa.

A Pharmion concentra a sua actividade no desenvolvimento e aquisição de produtos para tratamento de doenças do sangue e cancro enquanto a Celgene é especialista na produção de medicamentos para o tratamento da leucemia. Com a concretização do negócio a Celgene garante acesso ao Vidaza (Azacitidine), um medicamento para tratar o mieloma múltiplo, aumentando assim a sua linha de linha de produtos, da qual já fazem parte o Revlimid (Lenalidomida), um rival do Vidaza, e o Thalomid (Talidomida).

Fonte: Diário Económico, CNN Money, Market Watch.

Recolha voluntária de lote de Osmofundina

Presença de um corpo estranho numa embalagem obriga a suspender comercialização

O laboratório B. Braun Medical está a proceder à recolha no mercado nacional do lote 4164B11, validade 03/2009, do medicamento Osmofundina (Manitol + Sorbitol) concentrada Braun 20%. Em causa está a detecção de um corpo estranho de cor negra, em suspensão na solução injectável, revela a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), numa nota emitida esta terça-feira.

Na circular informativa de carácter “muito urgente” o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização do referido lote de Osmofundina concentrada Braun 20% (Manitol e Sorbitol), Solução injectável, frasco de vidro branco 250ml, Lote 4164B11 e Prazo Validade 03/2009 com registo de AIM n.º 3968583, uma vez que a substância detectada numa embalagem daquele medicamento, “poderá apresentar risco para a saúde dos utilizadores”.

Marta Bilro

Fonte: Infarmed.

Reino Unido, Alemanha e Áustria suspendem vendas do Prexige

As vendas do anti-inflamatório não esteróide (AINE) Prexige (lumiracoxib), da suíça Novartis, foram suspensas no Reino Unido, na Alemanha e na Áustria devido a preocupações de segurança relativas a possíveis danos no fígado.

A agência reguladora dos medicamentos no Reino Unido (MHRA, sigla em inglês) revelou que uma revisão dos últimos dados referentes à segurança do Prexige demonstrou um aumento do número de reacções graves no fígado. Em alguns casos, estes pacientes afectados tomaram o fármaco durante menos de um mês.

O Prexige foi encarado inicialmente como um importante futuro blockbuster para a Novartis. Contudo, o fármaco, um inibidor da cicloxigenase-2 (COX-2), tem estado sob uma sombra desde a retirada do fármaco semelhante da Merck & Co Inc, o Vioxx (rofecoxib), em 2004, o que acentuou a perscrutação dos fármacos da classe. A suspensão, que segue uma acção semelhante na Austrália e no Canadá, revela-se um golpe nas aspirações da Novartis de que o fármaco poderia atingir vendas significativas.

O Prexige está disponível em alguns países europeus, após ter conseguido a aprovação em Outubro de 2006. Além da Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria, também é comercializado em Portugal, na Bélgica, no Chipre, na Hungria, em Malta e na Suécia.

A Novartis afirmou que é possível que outros países europeus venham a decidir suspender o fármaco, enquanto a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) conduz uma revisão reguladora. Espera-se que a agência tome uma decisão em Dezembro.

Apesar de ter sido aprovado na Europa e em alguns outros países, o Prexige não foi aprovado para ser comercializado nos Estados Unidos, e a agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) emitiu uma carta de não aprovação para o fármaco em Setembro.

A Novartis irá continuar as conversações com as autoridades de saúde relativamente ao futuro do fármaco, acrescentando que continua a acreditar que o Prexige é uma importante opção de tratamento para pacientes com sintomas dolorosos da osteoartrite, e que apresenta um rácio de benefício/risco positivo quando utilizado nos pacientes apropriados.

Isabel Marques

Fontes: Reuters, www.ft.com