sábado, 29 de dezembro de 2007

Endo Pharmaceuticals adquire direitos de analgésico experimental inalável

A norte-americana Endo Pharmaceuticals Holdings Inc assinou um acordo de licenciamento para desenvolver e comercializar o analgésico inalável AZ-003 ou Staccato fentanil e a classe de moléculas fentanil, da Alexza Pharmaceuticals Inc.

A Endo Pharmaceuticals irá desembolsar até 50 milhões de dólares pela aquisição dos direitos exclusivos do fármaco experimental que combina fentanil com um sistema de administração da Alexza conhecido como Staccato. O sistema Staccato fentanil está delineado para administrar fentanil, um fármaco que pertence à classe de compostos conhecidos como analgésicos opióides, para o tratamento da dor penetrante em pacientes com ou sem cancro.

Segundo os termos do acordo, a Endo irá fazer um pagamento inicial de 10 milhões de dólares e irá efectuar pagamentos adicionais até 40 milhões de dólares quando forem atingidos determinados objectivos. A companhia irá também pagar regalias, que não foram reveladas, à Alexza relativamente às vendas do AZ-003, que está em fase inicial dos ensaios.

A Endo irá financiar e assumir as responsabilidades por todos os restantes ensaios clínicos e pedidos reguladores, assim como pela comercialização do produto na América do Norte, enquanto que a Alexza será responsável pelo fabrico, desenvolvimento e implementação do dispositivo, o “Staccato Electronic Multiple Dose”.

Isabel Marques

Estudo: Advair superior ao Spiriva na redução do risco da doença obstrutiva crónica

A britânica GlaxoSmithKline Plc (GSK) assegurou que o seu fármaco inalável Advair/Seretide (propionato de fluticasona) demonstrou superioridade em relação ao Spiriva (brometo de tiotrópio), da Pfizer/Boehringer, no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), num estudo clínico comparativo que analisou os dois fármacos. O Spiriva, o fármaco mais vendido pela GSK, reduziu o risco de morte por DPOC em 52 por cento dos pacientes.

O estudo, que envolveu 1.323 pacientes durante dois anos, descobriu que ambos os fármacos tiveram impacto semelhante na taxa de exacerbações, mas as pessoas tratadas com Advair ganharam uma melhora significativa no estado de saúde e um maior benefício na sobrevivência, em comparação com o Spiriva.

Enquanto que o número de exacerbações, ou piora súbita dos sintomas, não foi significativamente diferente entre os dois grupos. Os casos que necessitaram de antibióticos foram mais frequentes em pacientes a tomar Advair, enquanto que as exacerbações que necessitaram de esteróides sistémicos foram mais comuns no grupo do Spiriva.

No que se refere à segurança e tolerabilidade, houve um aumento dos casos de pneumonias no grupo do Advair, em oito por cento, em comparação com os quatro por cento do Spiriva. Também foi relatada candidíase mais frequentemente no grupo do Advair (6%) do que no grupo do Spiriva (3%).

Os resultados do primeiro estudo comparativo dos dois fármacos na doença pulmonar obstrutiva crónica foram publicados no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”.

A DPOC mata mais de três milhões de pessoas por ano em todo o mundo, segundo a GSK. Os pacientes, a maioria fumadores, desenvolvem bloqueios nas vias aéreas que podem piorar com o tempo, levando a falha respiratória.

Isabel Marques

Fontes: www.networkmedica.com, Reuters, www.bizjournals.com, Bloomberg