sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Estudo: Fenofibrato não reduz riscos cardíacos em diabéticos

Um relatório, publicado na revista cientifica “Journal of the American College of Cardiology”, revelou que o tratamento a longo prazo com o fármaco antidislipidémico fenofibrato, um tipo de fibrato utilizado para baixar o colesterol, não reduz as placas coronárias ou os sinais de aterosclerose em pacientes com diabetes tipo 2.

Investigações anteriores têm sugerido que a terapia com fibratos pode ter efeitos cardiovasculares benéficos. Contudo, na principal análise do estudo relativo à utilização do fenofibrato na diabetes, denominado FIELD, os investigadores descobriram que o tratamento com fenofibrato não reduziu os ataques cardíacos nos diabéticos tipo 2.

O ponto principal do sub-estudo do FIELD, que incluiu 170 pacientes que receberam aleatoriamente fenofibrato ou placebo durante cinco anos, era determinar se a terapia com fenofibrato reduz a aterosclerose, um grande factor de risco para ataques cardíacos, em pacientes com diabetes tipo 2.

A Dra. Anne Hiukka, da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, e colegas relataram que, durante o seguimento, a aterosclerose progrediu num grau semelhante em ambos os grupos.

Num editorial, o Dr. Evan A. Stein, do "Metabolic and Atherosclerosis Research Center", em Cincinnati, no Ohio, comentou que estes resultados do sub-estudo, combinados com as principais descobertas do FIELD, sugerem que o tratamento com fenofibrato oferece poucos benefícios cardíacos aos pacientes diabéticos.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_72625.html

Alzheimer: Inibidores da colinesterase efectivos e seguros para sintomas de demência

Investigadores norte-americanos referiram que os inibidores da colinesterase, utilizados para tratar os problemas cognitivos da Doença de Alzheimer, são seguros e efectivos para os sintomas comportamentais e psicológicos da demência.

Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, do Instituto Regenstrief e dos Serviços de Saúde de Wishard, em Indianapolis, reviram nove ensaios clínicos aleatórios, controlados por placebo, que avaliaram a efectividade de três populares inibidores da colinesterase na gestão dos sintomas comportamentais e psicológicos manifestados pelos pacientes com Doença de Alzheimer.

Os resultados do ensaio indicaram que os inibidores da colinesterase levaram a uma redução estatisticamente significativa dos sintomas comportamentais e psicológicos, tais como agressividade, deambulação ou paranóia, quando utilizada a mesma dosagem como a administrada para melhorar a incapacidade cognitiva.

Em conclusão, a revisão, publicada na “Clinical Interventions in Aging”, relatou que os inibidores da colinesterase são seguros, não produzindo efeitos secundários de maior.

De acordo com o Dr. Malaz Boustani, da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, existe a necessidade de alternativas seguras para os fármacos antipsicóticos utilizados actualmente para gerir os sintomas comportamentais e psicológicos da Doença de Alzheimer. Os resultados analisados são encorajadores e sugerem que os inibidores da colinesterase são uma alternativa segura e eficaz.

Os investigadores sublinharam que nove em cada dez pacientes com Alzheimer manifestam sintomas comportamentais e psicológicos devido à doença.

Contudo, os inibidores da colinesterase, como a rivastigmina, comercializada como Exelon e Prometax, o donepezilo, comercializado como Aricept ou em diversas versões genéricas, e a galantamina, comercializada como Reminyl ou em diversas versões genéricas, são subaproveitados e prescritos normalmente durante menos de três meses e a menos de 10 por centos dos pacientes com Doença de Alzheimer.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2008/12/10/Drug_for_Alzheimers_behaviors_underused/UPI-58291228955193/