sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ustekinumab aprovado na Europa para psoríase moderada a grave

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Stelara (ustekinumab), da Janssen-Cilag, para o tratamento da psoríase em placas moderada a grave em adultos que não responderam ou apresentam alguma contra-indicação, ou intolerância, a outras terapias sistémicas, incluindo ciclosporina, metotrexato e fotoquimioterapia (PUVA).

A aprovação baseou-se em dados de dois ensaios, que envolveram cerca de 2 mil pacientes, que avaliaram a eficácia e segurança do ustekinumab no tratamento da psoríase em placas moderada a grave.

Mais de dois terços dos pacientes alcançaram o objectivo primário, em ambos os estudos, isto é, apresentaram uma melhoria de aproximadamente 75 por cento da gravidade da psoríase na semana 12, após terem recebido apenas duas doses nas semanas zero e quatro.

Os estudos clínicos demonstraram que o tratamento com ustekinumab produz uma melhoria significativa da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes. Esta melhoria é alcançada com apenas quatro injecções subcutâneas por ano (a cada 12 semanas), depois de duas doses iniciais nas semanas zero e quatro.

A frequência de eventos adversos graves, incluindo infecções graves, neoplasias malignas e acontecimentos cardiovasculares, foi baixa e semelhante à esperada nesta população.

As reacções adversas mais frequentes foram artralgia, tosse, cefaleia, eritema no lugar da injecção, nasofaringite e infecção das vias respiratórias superiores. A maioria destes efeitos secundários foram considerados leves e não obrigaram à suspensão do tratamento.

A psoríase é uma doença inflamatória crónica de natureza auto-imune que afecta a pele e outros órgãos. A psoríase não é contagiosa, mas é uma doença para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros.

A psoríase afecta 2 a 3 por cento da população europeia e está associada a um grande impacto sobre a saúde física e emocional.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9720
www.docguide.com/news/content.nsf/news/852571020057CCF685257546005734CA

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sintomas da menopausa não respondem a terapia com medicamentos naturais

Uma revisão a uma série de medicamentos naturais à base de plantas, comummente utilizados para controlar os sintomas da menopausa, revelou poucas evidências de que estes sejam efectivos.

Os investigadores também descobriram uma falta de estandardização ou garantia de qualidade relativamente a estes preparados, segundo o relatório publicado no "Drug and Therapeutics Bulletin”.

De acordo com os editores do relatório, não existem evidências fortes que apoiem os medicamentos naturais frequentemente tomados para aliviar os sintomas incómodos da menopausa.

Esta revisão incluiu o cohosh-preto, também denominado Actea racemosa ou cimicifuga, trevo vermelho, Dong quai (angelica chinesa), óleo de prímula, ou onagra, ginseng, extracto de inhame selvagem, Agnus castus (proveniente da árvore agnocasto ou árvore-da-castidade), lúpulo, salva e kava-kava, ou kavaína.

O editor da revista, o Dr. Ike Iheanacho, referiu à Reuters Health que as descobertas levantam diversas questões para as mulheres, sendo que os problemas potenciais incluem questões de qualidade, se o produto é de facto aquilo que está anunciado na embalagem, e se será ou não o mesmo produto na embalagem seguinte, visto que existe uma falta de estandardização na preparação do produto.

O Dr. Iheanacho acrescentou que, mesmo que estes produtos sejam seguros, existe uma falta de evidências que demonstrem que aliviam os sintomas.

A mensagem que se pretende passar não é a de que as mulheres não devem utilizar estes medicamentos, mas sim que as pacientes devem informar o seu médico acerca do produto que estão a utilizar, devendo este ser investigado na medida do possível.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE50Q5OU20090127

Estudo: Cladribina reduz taxas de recaída da esclerose múltipla

Dados de uma investigação de dois anos demonstraram que o fármaco de formulação oral cladribina, da Merck KGaA, reduziu significativamente as taxas de recaída em pacientes com esclerose múltipla por surtos e remissões (recorrente/remissiva), em comparação com placebo.

O estudo CLARITY envolveu 1 326 pacientes que receberam aleatoriamente uma de duas doses de cladribina ou placebo. Após 96 semanas, os dados demonstraram que os pacientes que receberam a dose mais baixa de cladribina apresentaram uma redução relativa de 58 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

Por outro lado, os pacientes que receberam a dose mais elevada de cladribina atingiram uma redução relativa de 55 por cento das taxas de recaída, em comparação com placebo.

A Merck também declarou que o ensaio atingiu outros objectivos, relativamente à redução da actividade da lesão, proporção de sujeitos livres de recaída e progressão da incapacidade.

Adicionalmente, os resultados demonstraram que a frequência de eventos adversos entre os pacientes que receberam cladribina foi baixa e comparável ao que foi observado entre aqueles que receberam placebo. Contudo, a taxa de linfopenia foi mais elevada no grupo da cladribina, embora este efeito adverso fosse esperado dado ao provável mecanismo de acção do fármaco.

A Merck indicou que planeia apresentar o fármaco às autoridades reguladoras dos Estados Unidos e da União Europeia em meados de 2009.

A Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção e o equilíbrio, entre outras.

Várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afectadas, sendo que os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.

A forma mais comum de Esclerose Múltipla em doentes com idade inferior a 40 anos é a Esclerose Múltipla por surtos e remissões, que ocorre em 60 por cento dos casos. Os doentes sofrem "ataques", também denominados surtos ou exacerbações, seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=D95711E75924408CA8D00FC07C183575
www.anem.org.pt/menu-anem/esclerosemultipla.htm

Doença inflamatória do intestino em crianças ligada a níveis elevados de folato

Investigadores norte-americanos descobriram que as crianças com doença inflamatória do intestino têm níveis de folato, ou ácido fólico, surpreendentemente elevados.

O Dr. Melvin Heyman e colegas, da Universidade da Califórnia, em San Francisco e em Berkeley, referiram que as crianças com casos de doença inflamatória do intestino, recentemente diagnosticados, têm concentrações mais elevadas de folato no sangue do que aquelas sem a doença.

Esta situação questiona a teoria de que os pacientes com doença inflamatória do intestino são propensos a ter deficiência de folato.

Investigações anteriores demonstraram que os adultos com doença inflamatória do intestino tendem a ter níveis de folato mais baixos do que aqueles que não sofrem da doença.

Contudo, a doença inflamatória do intestino pediátrica parece ser algo diferente da forma adulta da doença, sendo que, antes deste estudo, publicado na “American Journal of Clinical Nutrition”, pouco se sabia acerca dos níveis de folato em crianças recentemente diagnosticadas com a doença.

O Dr. Heyman referiu que este é um trabalho entusiasmante, que abre portas para investigações adicionais sobre o papel do ácido fólico e a sua base genética no desenvolvimento da doença inflamatória do intestino, especialmente em pacientes jovens.

O investigador explicou que a doença inflamatória do intestino, um termo global que se refere a doenças que provocam inflamação crónica nos intestinos, tais como colite ulcerativa e doença de Crohn, ocorre nas crianças de todos as idades e pode provocar dor abdominal, diarreia, febre, hemorragia e deficiências nutricionais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/27/Inflamed_bowel_and_high_folate_linked/UPI-62391233118708/

Estatinas podem ajudar a tratar distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro

Investigadores norte-americanos descobriram que, em ratos, um distúrbio dos vasos sanguíneos no cérebro, que pode provocar um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, ataques ou paralisia, pode ser tratado com estatinas.

Os investigadores, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Utah, referiram que, se os resultados do estudo em ratos forem confirmados num ensaio piloto com humanos, as estatinas poderiam fornecer um tratamento seguro e pouco dispendioso para a malformação cavernosa cerebral, um distúrbio ainda sem terapia farmacológica conhecida.

Um dos autores do estudo, o Dr. Dean Y. Li, director do Programa de Medicina Molecular da Universidade do Utah, referiu que a cirurgia ao cérebro ou o tratamento com radiação têm sido as únicas opções para os pacientes com malformação cavernosa cerebral.

O Dr. Li acrescentou que, devido aos riscos que estas operações acarretam, os neurocirurgiões mostram-se relutantes em realizá-las, a não ser que o paciente esteja em perigo iminente.

De acordo com o investigador, o estudo propõe uma potencial estratégia para uma simples terapia farmacológica, que poderá custar somente alguns euros por mês na farmácia.

Contudo, os estudos em animais têm primeiro de ser avaliados no ensaio clínico piloto em humanos que está a ser iniciado.

A malformação cavernosa cerebral é um distúrbio no qual os vasos sanguíneos no cérebro se dilatam e enfraquecem, começando a derramar sangue, provocando AVC, dores de cabeça, ataques ou outros problemas.

Os investigadores, que publicaram as descobertas na “Nature Medicine”, suspeitam que as estatinas, tais como o Zocor (sinvastatina), o Lipitor (atorvastatina) e fármacos semelhantes, tratam a malformação cavernosa cerebral ao estabilizar os vasos sanguíneos para que estes não derramem.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/28/Statins_may_treat_blood_vessel_disorder/UPI-99241233129003/

EMEA aprova submissões da Schering-Plough, Teva e Astellas

O Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMEA aprovou três pedidos (Schering-Plough, Teva e Astellas) e deu um parecer negativo (Orphan Europe).

O CHMP aprovou o pedido de comercialização do Ribavirin Teva (ribavirina), da Teva Pharmaceutical Industries, uma versão genérica do Rebetol, fabricado pela Schering-Plough, indicada no tratamento da hepatite C, noticia a PM Farma.

Segundo a agência, foi igualmente aprovado o pedido de “consentimento informado” para o Fertavid (folitropina beta) da Schering-Plough, a versão genérica do Puregon, propriedade da empresa Organon, e validada a extensão da indicação do Protopic (tacrolimus) da companhia Astellas enquanto “tratamento de manutenção”.

O Comité teve opinião contrária relativamente à solicitação da francesa Orphan Europe, que havia submetido um pedido de comercialização do Vedrop (tocofersolano), destinado ao tratamento da deficiência de Vitamina E, devido à deficiente absorção digestiva em pacientes pediátricos diagnosticados com fibrose cística, colestase crónica congénita ou hereditária, refere a PM Farma.

O Protopic está indicado para o tratamento a curto prazo e intermitente a longo prazo da dermatite atópica, moderada a severa, em adultos.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9722

Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado

A Aspirina pode ajudar a prevenir lesões no fígado, indica um estudo norte-americano que aponta, ainda, as pessoas obesas ou com tendência para abusar do álcool como as principais beneficiadas do medicamento.

De acordo com o artigo publicado no Journal of Clinical Investigation, os testes realizados em roedores concluíram que uma dose diária de aspirina pode reduzir o número de mortes causadas por patologias relacionadas com o fígado.

Wajahat Mehal, coordenador da equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, explicou que a estratégia incidiu em “usar a aspirina numa base diária para prevenir os danos do fígado”, sublinhando que “esta descoberta pode reduzir a dor e sofrimento em pacientes com doenças de fígado, usando uma aproximação nova e muito prática”.

Segundo comprovaram estudos anteriores, a utilização diária do analgésico aparece ainda associada à redução ligeira do risco de cancro da mama nas mulheres e na prevenção ataques de coração em pessoas propícias a tal.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=d3d9446802a44259755d38e6d163e820&id=857bafc1c1370e2b6e482ac40e938489

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ANF propõe receber 6% sobre venda de medicamentos

A Associação Nacional de Farmácias (ANF) propôs ao Ministério da Saúde receber uma margem de 6% sobre a venda de medicamentos para o cancro e VIH/sida. Para além da margem de comercialização, a ANF sugere um valor extra, mediante o que for exigido ao farmacêutico no momento em que dispense o medicamento.

Actualmente, estes fármacos são apenas dispensados nos hospitais, mas, em 2006, o Governo anunciou que passariam para as farmácias como forma de facilitar o acesso. Trata-se, por isso, de um dos pontos a cumprir assinado entre o Governo e a ANF há três anos.

O Ministério da Saúde justifica este atraso com negociações que continuam a decorrer. Relativamente à proposta da ANF, a tutela esclarece que esta está a ser estudada e que ainda não foi tomada nenhuma decisão.

Em 2007, o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) referiu que estaria a ser elaborado um documento técnico para definir quais os tratamentos que poderiam passar a ser vendidos nas farmácias e que a sua passagem estaria para breve.

Para João Cordeiro, presidente da ANF, a proposta em cima da mesa “é irrecusável”, sustentando que “noutros países europeus as margens são bem mais elevadas” e que “os hospitais também têm custos para cumprir a tarefa”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF&contentid=25C7F1BF-D65A-427C-A9F4-E577BC321EB3

Farmácias vão dispor de área veterinária

Espaço Animal é o nome da área diferenciada que as farmácias vão dispor em 2009. A iniciativa resulta de um projecto-piloto, desenvolvido desde Outubro de 2007 em 50 farmácias, e que agora é alargado a um universo maior.

Vocacionada para a veterinária, saúde e bem-estar dos animais domésticos a nova área assume-se como um espaço que valoriza a Farmácia, tornando-se num estabelecimento melhor preparado, dos pontos de vista profissional e técnico, para a distribuição, informação e dispensa de medicamentos e produtos veterinários, em condições de qualidade e segurança.

A iniciativa resulta de um projecto-piloto, desenvolvido desde Outubro de 2007, em 50 farmácias, e que agora é alargado a um universo maior. As farmácias com o Espaço Animal foram especialmente preparadas nas áreas da formação do pessoal, da organização do espaço e na informação aos utentes.

Raquel Garcez

Infarmed anuncia recolha de tinta para cabelo

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) alertou, ontem, para a recolha voluntária das tintas em creme de óleo de vison, da marca Senhorinha, cujo responsável pela colocação no mercado nacional é a empresa “Armazéns Senhorinha”.

Segundo o Infarmed, os produtos 11 louro muito claro super aclarante e 77.44 vermelho cobre contêm na sua lista de ingredientes a substância 2-nitro-p-phenylenediamine, cuja utilização está proibida em produtos cosméticos e de higiene corporal. A autoridade nacional acrescenta ainda que os profissionais do sector e os consumidores devem abster-se de utilizar as tintas.

Raquel Garcez

Fonte:http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1264228

FDA adverte sobre anestésicos de uso tópico

A Food & Drug Administration (FDA) emitiu um alerta dirigido a pacientes, consumidores e profissionais de saúde sobre os graves efeitos secundários associados à administração indevida de anestésicos de uso tópico, noticia a PM Farma.

De acordo com a agência, “estes produtos contêm substâncias como a lidocaína, a tetracaína, a benzocaína e a prilocaína que, ao serem aplicados na superfície cutânea, podem ser absorvidos de forma indevida pela corrente sanguínea.”

A PM Farma alerta para o uso inadequado destes produtos “poder provocar efeitos secundários como arritmia, ataques, dificuldades respiratórias, coma, podendo mesmo levar à morte”, garantindo ter recebido notícias sobre a morte de duas mulheres que utilizaram aqueles produtos antes de se submeterem a depilação a laser.

Estes produtos são utilizados para anular a sensibilidade das terminações nervosas, situadas na superfície cutânea, provocando, por sua vez, o adormecimento da pele.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9718

EUA: preferência por genéricos aumenta

A preferência por medicamentos genéricos em detrimento dos fármacos de prescrição originais aumentou 13% nos Estados Unidos.

Entre Outubro de 2006 e Dezembro de 2008, a proporção de adultos que optaria por genéricos subiu de 68% para 81%, noticia o Medical News Today.

Por seu turno, o número daqueles que escolhiam, por norma, medicamentos de marca, quase reduziu para metade, passando de 32% para apenas 19%. Estes são alguns dos resultados do The Harris Poll, um novo inquérito de âmbito nacional, que abrangeu 2.388 adultos norte-americanos, com idades superiores a 18 anos.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/

Estudo: Fármacos para hiperactividade podem estar ligados a alucinações

Dados de um estudo, publicados na revista científica “Pediatrics”, indicaram que os fármacos utilizados para o tratamento da Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA) podem provocar alucinações em determinadas crianças.

O estudo incluiu dados de medicamentos como o Ritalina LA (metilfenidato), da Novartis, o Concerta (metilfenidato), da Johnson & Johnson, o Strattera (atomoxetina), da Eli Lilly, comercializados em Portugal, e ainda o Focalin XR (dexmetilfenidato hidrocloreto), da Novartis, o Adderall XR (dexmetilfenidato) e o Daytrana patch (metilfenidato), da Shire, e o Metadate CD (metilfenidato), da Celltech. Foram ainda incluídos dados relativamente ao fármaco Modiodal (modafinil), da Cephalon, para a narcolepsia, também comercializado em Portugal.

Os investigadores da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) analisaram dados de 49 estudos clínicos aleatórios de fármacos para a PHDA conduzidos pelas farmacêuticas.

As investigações da FDA revelaram resultados que sugerem que as medicações estavam associadas a sintomas psiquiátricos consistentes com psicose ou mania em alguns pacientes, incluindo pacientes sem quaisquer factores de risco evidentes.

Os investigadores declararam que o número de casos de psicose ou mania nos ensaios clínicos pediátricos foram reduzidos. Contudo, aperceberam-se de uma completa ausência de tais eventos nos tratamentos com placebo, ou seja, sem efeitos terapêuticos.

Os investigadores descobriram que todos os medicamentos para a PHDA testados estavam relacionados com sintomas psicóticos.

Isabel Marques

Fontes:

www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=3DE4F53ABC9A44EAA7D5493719B8052A

Níveis elevados de açúcar no sangue podem diminuir funções cognitivas

Um novo estudo revelou que, nas pessoas com diabetes tipo 2, níveis médios mais elevados de açúcar no sangue podem estar relacionados com uma função cerebral mais diminuída.

Os investigadores descobriram que os pacientes com níveis mais elevados de hemoglobina A1C (uma medida dos níveis médios de glicose no sangue durante 2 a 3 meses) apresentaram resultados significativamente piores na execução de tarefas cognitivas que testaram a memória, rapidez e a capacidade de gerir múltiplas tarefas ao mesmo tempo.

Os níveis mais elevados de hemoglobina A1C também foram associados a resultados mais baixos num teste de função cognitiva global.

As descobertas do estudo, denominado A Memória na Diabetes (Memory in Diabetes - MIND), que é um sub-estudo do ensaio Acção para Controlar o Risco Cardiovascular na Diabetes (Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes - ACCORD), foram publicadas online na “Diabetes Care”.

O investigador principal, o Dr. Tali Cukierman-Yaffe, da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, referiu que mesmo uma ligeira deterioração da função cognitiva é uma questão de preocupação para as pessoas com diabetes tipo 2.

Contudo, os investigadores referiram que ainda não é claro se são os níveis mais elevados de açúcar no sangue que aumentam o risco de deterioração cognitiva, ou se é a deterioração cognitiva que diminui a capacidade do organismo controlar os níveis de açúcar no sangue. Contudo, esperam que esta questão seja respondida no estudo ACCORD-MIND a decorrer, que irá testar a teoria de que reduzir os níveis de hemoglobina A1C pode melhorar a função cognitiva.

Investigações anteriores descobriram que as pessoas com diabetes têm 1,5 vezes mais probabilidade de sofrerem declínio cognitivo e demência do que as pessoas que não têm diabetes.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_74355.html

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

EMEA recomenda aprovação de MabThera para leucemia linfocítica crónica

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a aprovação da extensão da indicação do fármaco MabThera (rituximab), da Roche, como tratamento de primeira linha para a leucemia linfocítica crónica (LLC), em combinação com quimioterapia.

A opinião positiva emitida pelo Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, baseou-se nos resultados de um estudo aleatório de última fase, que envolveu 817 pacientes com leucemia linfocítica crónica, que demonstraram que o MabThera, em combinação com quimioterapia, aumentou significativamente a sobrevivência livre de progressão, em comparação com a quimioterapia isoladamente.

As recomendações do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), da EMEA, são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Actualmente, o MabThera está aprovado na União Europeia como terapia para pacientes com linfoma não-Hodgkin, assim como para tratamento da artrite reumatóide.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=319CA1A4E11D437C98D7FC7DBF3450F2

Tratamento mais curto para a tuberculose latente é bem tolerado

Investigadores canadianos revelaram que o tratamento de quatro meses com o fármaco rifampina é mais bem tolerado para a tuberculose do que o tratamento de nove meses com o fármaco isoniazida.

O Dr. Dick Menzies, da Universidade McGill, em Montreal, referiu que os pacientes infectados com a forma latente da tuberculose não demonstram sintomas e não são contagiosos, mas apresentam um desafio maior quando se trata de controlar a doença.

Actualmente, os pacientes diagnosticados com tuberculose latente são tratados durante nove meses com doses diárias de isoniazida. Embora efectivo, este tratamento é muito longo e apresenta grandes efeitos secundários para o fígado.

O Dr. Menzies referiu que os resultados demonstram que o tratamento de quatro meses com rifampina é mais bem tolerado do que o tratamento tradicional de nove meses com isoniazida.

Os efeitos secundários com a rifampina são muito menos frequentes, especialmente a toxicidade hepática, que é o risco mais grave da terapia tradicional com isoniazida. Adicionalmente, há uma probabilidade muito maior dos pacientes completarem este tratamento, uma vez que a terapia standard de nove meses apresentava uma grande desvantagem por ser muito longo.

O estudo, publicado na “Annals of Internal Medicine”, incluiu 847 pacientes do Canadá, Brasil e Arábia Saudita, e os resultados podem ser generalizados para uma população muito ampla, segundo o investigador.

Contudo, serão necessários mais estudos aprofundados para testar a efectividade desta medicação contra a tuberculose latente, mas os investigadores deste estudo referiram que esta opção de tratamento parece promissora.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/New_treatment_for_latent_tuberculosis/UPI-69661232742991/

Doses mais elevadas de fármacos ajudam a tratar asma devido a constipações

Investigadores canadianos revelaram que doses elevadas de corticosteróides inaláveis são efectivas na redução da gravidade e duração dos ataques de asma despoletados pelas constipações.

A investigadora principal, a Dra. Francine Ducharme, do Centro de Investigação do Hospital Sainte-Justine e da Universidade de Montreal, descobriu que doses elevadas de corticosteróides, como a fluticasona, quando inaladas no início de uma constipação e tomadas durante 10 dias, reduzem o número de ataques de asma moderados a graves que requerem a utilização de emergência esteróides orais.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, referiu que a nova abordagem terapêutica foi testada em 129 crianças dos 12 meses aos seis anos. Os investigadores, ao aumentarem a dose pediátrica normal em seis vezes, durante um máximo de 10 dias, e iniciando a administração assim que as constipações começaram, notaram uma redução de 50 por cento dos ataques de asma que requerem a utilização esteróides orais em crianças.

Os investigadores revelaram que a descoberta é muito importante, uma vez que este grupo etário representa mais de metade, cerca de 60 por cento, das crianças que são levadas às urgências ou são admitidas no hospital devido a ataques de asma.

O tratamento básico para a asma, que consiste na administração de doses fracas de esteróides inaláveis, tal como fluticasona numa base diária, não demonstrou ser efectiva em crianças com asma induzida por infecção viral.


Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/Higher_doses_of_drug_helps_treat_asthma/UPI-80481232741229/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Perda excessiva de peso pode estar relacionada com doença

Um investigador norte-americano sugere que os médicos não estão a fazer o suficiente para reconhecerem os problemas associados à perda de peso excessiva, uma doença chamada caquexia.

O Dr. John Morley, endocrinologista da Universidade de Saint Louis, que ajudou a delinear as recentes directrizes para diagnosticar a caquexia, referiu na “Clinical Nutrition” que a perda de peso nas pessoas doentes é um importante indicador de doença e potencialmente da aproximação da morte.

De acordo com o Dr. Morley, a caquexia é um problema extraordinário para as pessoas que estão com outros problemas de saúde, mas é algo a que muitos médicos não prestam atenção.

O Dr. Morley acrescentou ainda que a definição é importante, porque fornece aos médicos as directrizes para fazerem um diagnóstico e tratarem a doença, sendo que a definição de caquexia também faz com que seja mais fácil para os investigadores conduzirem estudos e potencialmente desenvolverem novas terapias para o problema.

Aproximadamente, metade dos pacientes hospitalizados, e entre 10 a 15 por centos das pessoas doentes que consultam um médico, sofrem de caquexia. Este problema acompanha doenças como cancro, insuficiência cardíaca congestiva, VIH, diabetes, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica.

Segundo o Dr. Morley, aquelas pessoas que sempre tiveram dificuldade em perder peso e que subitamente descobrem que os quilos começam a diminuir devem ter cuidado, pois podem estar doentes e podem ficar ainda piores à medida que vão ficando cada vez mais fracas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/Excessive_weight_loss_tied_to_disease/UPI-77991232760031/

Infarmed: EMEA indica recomendações relativas à segurança do metilfenidato

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) concluiu que os medicamentos que contêm metilfenidato continuam a ser adequados para o tratamento de crianças com mais de seis anos de idade e de adolescentes com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA).

O metilfenidato está disponível na União Europeia há vários anos e em Portugal é comercializado como Concerta, Ritalina LA e Rubifen, estando indicado no tratamento da PHDA como parte integrante de um programa que inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais, quando outras medidas não foram suficientes.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, avaliou o metilfenidato por se terem identificado problemas de segurança relacionados com o risco cardiovascular (hipertensão, aumento da frequência cardíaca e arritmias) e cerebrovascular (enxaquecas, acidente vascular cerebral, trombose, enfarte cerebral, vasculite cerebral e isquémia cerebral).

Para além destes problemas, o CHMP avaliou também o risco de distúrbios psiquiátricos, o efeito do metilfenidato no crescimento e maturação sexual e os efeitos decorrentes do tratamento prolongado.

No seguimento da revisão dos dados disponíveis, o CHMP concluiu não haver necessidade de implementar uma medida urgente de segurança para os medicamentos com metilfenidato. No entanto, de forma a maximizar a utilização segura destes medicamentos, concluiu ser fundamental incluir novas recomendações no Resumo das Características do Medicamento (RCM) e no Folheto Informativo (FI), relativamente à prescrição e à monitorização dos doentes antes e durante o tratamento.

Foi igualmente recomendado que a informação relativa a este medicamento seja consistente em toda a União Europeia para que todos os pacientes, prescritores e prestadores de cuidados de saúde disponham da mesma informação, de forma a permitir que estes medicamentos sejam administrados da forma mais segura e adequada.

Assim, a informação presente no RCM e no FI dos medicamentos com metilfenidato, autorizados na União Europeia, deverá abranger os seguintes aspectos:

• Antes do início do tratamento, todos os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação no sentido de apurar se têm distúrbios na pressão arterial ou na frequência cardíaca. Deve ainda ser analisada a história familiar de distúrbios cardiovasculares. Qualquer paciente que apresente este tipo de problemas não deve iniciar o tratamento sem avaliação de um médico especialista;

• Durante o tratamento, a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser monitorizadas regularmente e quaisquer problemas que surjam devem ser imediatamente investigados;

• Não existem informações suficientes sobre os efeitos do tratamento a longo prazo com metilfenidato. Relativamente aos pacientes que tomam medicamentos que contenham esta substância activa há mais de um ano, os médicos devem interromper o tratamento, pelo menos, uma vez por ano e determinar se a continuação da terapêutica com metilfenidato é necessária;

• A utilização de metilfenidato pode causar ou agravar alguns distúrbios psiquiátricos, como depressão, ideação suicida, hostilidade, psicose e mania. Todos os pacientes devem ser cuidadosamente avaliados, relativamente a este tipo de distúrbios, antes de se iniciar o tratamento e devem ser regularmente monitorizados relativamente à sintomatologia psiquiátrica durante o tratamento;

• A altura e o peso dos pacientes em tratamento com metilfenidato devem ser monitorizados durante a terapêutica.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1259879

Infarmed alerta para restrição da utilização do Fareston em pacientes cardíacas

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) alertou para o facto da Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) ter recomendado a restrição da utilização do fármaco Fareston (toremifeno), da Orion Pharma, em pacientes com risco de prolongamento do intervalo QT ou com outras patologias cardíacas.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, realizou uma revisão dos dados de segurança do Fareston, em particular dos efeitos cardíacos, devido à suspeita de que a sua utilização poderia levar ao prolongamento do intervalo QT. Os doentes com prolongamento do intervalo QT encontram-se em risco de desenvolverem arritmias ventriculares (ritmo cardíaco acelerado e irregular).

Contudo, o CHMP concluiu que os benefícios do Fareston continuam a ser superiores aos riscos, mas que a sua utilização deve ser restringida.

Assim, o CHMP recomendou que o Fareston não deve continuar a ser utilizado em doentes com intervalo QT prolongado; alterações electrolíticas, particularmente hipocaliémia (nível baixo de potássio no sangue); bradicardia clinicamente relevante (ritmo cardíaco anormalmente baixo); insuficiência cardíaca clinicamente relevante, com fracção de injecção ventricular esquerda reduzida (incapacidade em bombear o sangue para todo o corpo); história de arritmia sintomática (ritmo cardíaco alterado).

O CHMP recomendou ainda a restrição da utilização do Fareston em simultâneo com outros medicamentos que prolongam o intervalo QT.

Desta forma, os médicos deverão prescrever Fareston de acordo com a nova informação de segurança e as pacientes que se encontrem em tratamento com o Fareston, e que tenham alguma dúvida ou preocupação, deverão consultar o seu médico ou farmacêutico.

O Fareston, que está autorizado na União Europeia desde 1996, está indicado para o tratamento hormonal de primeira linha do cancro da mama metastático, hormono-dependente, nas doentes pós-menopáusicas.

Isabel Marques

Fontes:
www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1259861

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vidaza aprovado na UE para síndromes mielodisplásicos e leucemia mielóide aguda

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Vidaza (azacitidina), da Celgene Corp., o primeiro e único medicamento que demostrou um aumento significativo da sobrevivência em pacientes com síndromes mielodisplásicos de risco intermédio 2 e de alto risco e com leucemia mielóide aguda.

O Vidaza está assim indicado, na União Europeia (UE), para o tratamento de pacientes adultos, que não estão aptos para o transplante de células estaminais hematopoiéticas, que sofrem de síndromes mielodisplásicos de risco intermédio 2 e de alto risco, de leucemia mielomonocítica crónica com 10 a 29 por cento de blastos na médula óssea sem transtornos mieloproliferativos ou de leucemia mielóide aguda com 20 a 30 por cento de blastos e displasia multilinear.

A aprovação da CE reconhece o benefício que o Vidaza proporciona relativamente à sobrevivência e baseou-se nos dados de eficácia e segurança de diversos estudos clínicos, que avaliaram a sua actuação nos pacientes com estas doenças.

Além de prolongar a sobrevivência global, 45 por cento dos pacientes tratados com Vidaza conseguiram ter independência transfusional no estudo, tendo o medicamento sido bem tolerado pelos pacientes.

Os síndromes mielodisplásicos ocorrem quando os glóbulos vermelhos permanecem numa etapa imatura, ou de “blastos”, dentro da medula óssea, e nunca se convertem em células maduras capazes de levar a cabo as funções fisiológicas e necessárias. Esta doença do sangue afecta cerca de 300 mil pessoas, em todo o mundo, e que faz com que muitos pacientes necessitem de transfusões constantes.

Com o tempo, os blastos podem encher a medula óssea e suprimir o desenvolvimento das células normais. Os pacientes com esta doença de alto risco têm uma média de sobrevivência de aproximadamente 6 a 12 meses.

A leucemia mielóide aguda é um cancro do sangue que frequentemente se desenvolve a partir de síndromes mielodisplásicos, à medida que a doença progride.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9697
http://ecodiario.eleconomista.es/salud/noticias/984028/01/09/Empresas-Europea-aprueba-la-venta-de-Vidaza-Celgene-para-el-tratamiento-de-sindromes-mielodisplasicos-en-adultos.html

RoActemra aprovado na Europa para artrite reumatóide moderada a grave

A Comissão Europeia (CE) autorizou a comercialização do fármaco RoActemra (tocilizumab), da Roche, em combinação com metotrexato, para o tratamento de adultos com artrite reumatóide moderada a grave, que não respondem às terapias existentes.

O RoActemra é um anticorpo anti-receptor da interleucina-6 que actua de forma diferente relativamente aos fármacos existentes da classe classe dos anti-FNT, que bloqueiam uma proteína inflamatória, denominada factor de necrose tumoral.

A Roche acredita que o RoActemra se irá tornar numa alternativa importante aos fármacos anti-FNT, ajudando na diversidade e na redução da dependência dos medicamentos oncológicos.

A aprovação por parte da CE já era esperada, após a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) ter concedido uma opinião positiva em Novembro.

O fármaco já está disponível no Japão, mas ainda está à espera de aprovação nos Estados Unidos.

Estima-se que a artrite reumatóide, que se caracteriza pela inflamação da membrana que envolve as articulações do corpo, o que pode provocar dores, rigidez e incapacidade, afecte mais de 20 milhões de pessoas a nível mundial.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=18D46DA8AFD846DFB3516DA932EE4D19
www.guardian.co.uk/business/feedarticle/8296215

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Antidepressivo escitalopram pode ajudar a diminuir ansiedade em idosos

Um novo estudo relata que os adultos mais idosos com distúrbio de ansiedade generalizada tratados com o antidepressivo escitalopram demonstraram uma melhoria significativa dos sintomas.

O investigador principal, o Dr. Eric J. Lenze, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, referiu que este foi o primeiro estudo em grande escala que analisou os medicamentos antidepressivos como tratamento para os distúrbios de ansiedade em adultos idosos.

De acordo com o Dr. Lenze, cerca de 7,3 por cento das pessoas mais idosas sofrem de ansiedade, e a percentagem é ainda mais elevada entre aquelas que recebem cuidados médicos. As pessoas com ansiedade generalizada podem passar até 40 horas por semana consumidas pela preocupação.

Durante muitos anos, o tratamento para a ansiedade nos idosos baseou-se na inexistência de tratamento ou em sedativos como o Valium (diazepam) ou o Xanax (alprazolam). Contudo, existem preocupações relativamente à segurança destes medicamentos para os idosos.

O escitalopram pertence à classe de antidepressivos denominada inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), que são considerados seguros. O investigador acrescentou que estes fármacos estão aprovados para o tratamento da ansiedade.

Embora os investigadores tenham utilizado o escitalopram para este estudo, o Dr. Lenze acredita que outros medicamentos ISRS poderiam produzir o mesmo efeito benéfico.

Para este estudo, a equipa de investigadores testou a efectividade do escitalopram em 177 adultos com 60 anos ou mais, que sofriam de distúrbio de ansiedade generalizada. Os participantes receberam aleatoriamente escitalopram ou placebo durante 12 semanas.

Os resultados, publicados na edição de 21 de Janeiro da “Journal of the American Medical Association”, revelaram que 69 por cento das pessoas que tomaram escitalopram apresentaram reduções dos níveis de ansiedade, em comparação com os 51 por cento daquelas que receberam placebo.

Os participantes que tomaram escitalopram também apresentaram uma melhoria mais elevada dos sintomas como a actividade e funcionamento social.

O Dr. Lenze sublinhou que existem tratamentos efectivos para a ansiedade em idosos para além dos sedativos.

O investigador acrescentou que espera que este estudo ajude a aumentar a consciencialização de que os distúrbios de ansiedade são comuns entre as pessoas mais idosas, e que frequentemente não são detectados ou são tratados apenas com sedativos.

O Dr. Douglas Mennin, da Universidade de Yale, concorda que os médicos devem estar atentos aos problemas de ansiedade entre os seus pacientes mais idosos, referindo ainda que muitos destes enfrentam situações cada vez mais tensas, tais como a perda de amigos, de mobilidade e de trabalho, sendo a ansiedade um resultado natural.

O distúrbio de ansiedade generalizada, que é um dos distúrbios psiquiátricos mais comuns nos adultos mais idosos, inclui sintomas como preocupação e ansiedade crónicas, e outros problemas como tensão muscular, transtornos do sono e fadiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_74028.html

Aprovado na Europa medicamento de venda livre para combater a obesidade

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Alli (orlistato), um medicamento não sujeito a receita médica, da GlaxoSmithKline, para combater obesidade. O fármaco deverá estar à venda nas farmácias portuguesas ainda no primeiro trimestre deste ano e poderá custar cerca de 60 euros.

O Alli, que é o primeiro medicamento para perder peso sem receita médica no mercado europeu, é uma versão de baixa dosagem do Xenical (orlistato), da Roche, este sujeito a receita médica, e está indicado para pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 28 kg/m.

O fármaco opera ao reduzir a quantidade de gordura que o corpo absorve da comida. O tratamento consiste em comprimidos de 60 miligramas, três vezes ao dia juntamente com as refeições. Mas tem de ser tomado conjuntamente com uma dieta baixa em calorias e em gorduras.

A gordura não digerida é eliminada através de movimentos intestinais, o que pode provocar efeitos secundários, tais como gases e outras alterações intestinais.

Contudo, a farmacêutica sublinha que o Alli não é nenhum comprimido mágico e que requer o comprometimento com o seguimento de uma dieta baixa em gorduras.

Os ensaios clínicos demonstraram que, quando associado a uma dieta baixa em calorias e com menos gordura, o orlistato 60 miligramas pode ajudar a perder 50 por cento mais de peso, em comparação com uma dieta isoladamente.

Os especialistas defendem ainda que a terapêutica farmacológica só está indicada quando as alterações do estilo de vida não resultam.

O fármaco estará disponível nos próximos meses nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), sendo que a aprovação por parte da CE já era esperada, após a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) ter concedido uma opinião positiva em Outubro. O fármaco já está disponível nos Estados Unidos, sem a necessidade de receita médica, desde Junho de 2007.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357018
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/493229
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSLL23936420090121

Actividade física durante o frio previne o aumento dos transtornos das varizes

A exposição a fontes de calor intensas, como o aquecimento elevado, os focos de calor próximos ou o calor proveniente do solo, associada à inactividade física, favorece o aparecimento ou o agravamento dos transtornos relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica em pessoas que têm varizes.

Contudo, a descida brusca das temperaturas pode ampliar a necessidade de aumentar a actividade física das pessoas de forma a gerar calor. De acordo com o Dr. Rodrigo Rial, do Capítulo Espanhol de Flebologia, esse exercício físico, associado ao frio, repercute-se de forma positiva na prevenção do aparecimento de incómodos relacionados com as varizes e a insuficiência venosa.

Assim, ainda que de forma indirecta, uma abordagem adequada à queda das temperaturas beneficia a saúde venosa.

Durante os meses de Inverno, os sintomas da insuficiência venosa e as varizes melhoram de uma forma geral, uma vez que as veias se encontram menos dilatadas. Contudo, existe a possibilidade de se fazer frente ao frio intenso de uma forma passiva, sendo que essa atitude sedentária repercute-se de modo negativo na saúde venosa.

No caso das pessoas idosas, mais propensas a adoptar esta atitude, é necessário incidir na necessidade de se movimentarem para activar a circulação e evitar complicações.

Caminhar diariamente é um factor chave na prevenção desta doença, em qualquer época do ano e em qualquer idade.

O tipo de vestuário, cuja variação também está associada às oscilações das temperaturas, apresenta-se igualmente como um componente preventivo. Os peritos recomendam a utilização de roupa cómoda, larga, suave e ventilada. As cintas e as ligas, cuja utilização aumenta nas pessoas mais idosas com a chegada do frio, dificultam a circulação, o mesmo acontecendo com as meias de compressão inadequadas.

O Capítulo Espanhol de Flebologia adverte que, nestas alturas de frio, recorrer de forma incorrecta a fontes de calor (lareiras, calor elevado, etc) favorece a dilatação venosa que, juntamente com o sedentarismo e a atitude passiva, aumenta de forma considerável os sintomas de Insuficiência Venosa.

Outra consequência, associada ao frio ambiental, é o aumento do consumo de calorias na dieta, que pode levar a um aumento de peso se não estiver associado ao exercício físico, e que deve ser evitado pelas pessoas portadoras de problemas venosos ou com edema nas pernas devido à idade.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9653

Dieta baixa em carboidratos queima mais excesso de gordura no fígado

Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas que seguem dietas baixas em hidratos de carbono queimam mais excesso de gordura no fígado para produzir energia, em comparação com aquelas que consomem dietas baixas em calorias.

O Dr. Jeffrey Browning, do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, referiu que as descobertas, publicadas na “Hepatology”, podem ter implicações no tratamento da obesidade e das doenças relacionadas, como a diabetes, a resistência à insulina ou o fígado gordo não alcoólico.

O investigador referiu que, em vez de se olhar para os fármacos para combater a obesidade e as doenças que dela advêm, talvez optimizar as dietas possa não só gerir e tratar estas doenças, como também preveni-las.

Os investigadores distribuíram aleatoriamente 14 adultos obesos ou com excesso de peso por uma dieta baixa em hidratos de carbono ou por uma dieta baixa em calorias e monitorizaram sete indivíduos magros numa dieta normal.

Após duas semanas, os investigadores utilizaram técnicas avançadas de processamento de imagem para analisar os diferentes métodos, ou caminhos bioquímicos, que os participantes utilizaram para produzir glicose.

Os investigadores descobriram que os participantes do grupo da dieta baixa em hidratos de carbono produziram mais glicose a partir de aminoácidos ou de lactato do que os do grupo da dieta baixa em calorias.

As pessoas que seguiram a dieta baixa em calorias receberam cerca de 40 por cento da sua glicose a partir do glicogénio, ou seja, hidratos de carbono ingeridos e armazenados no fígado até que o organismo precise deles.

Contudo, os que seguiram a dieta baixa em hidratos de carbono retiraram apenas 20 por cento da sua glicose do glicogénio. Estes participantes queimaram gordura do fígado para produzir energia, em vez de procurarem nas suas reservas de glicogénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/20/Low-carb_diet_burns_more_excess_liver_fat/UPI-87671232474337/

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Reduzir o consumo de sal é benéfico não só para a hipertensão

Investigadores australianos descobriram que a redução do consumo de sal pode oferecer efeitos cardioprotectores, para além da redução da pressão sanguínea.

A investigadora Kacie Dickinson, da Universidade de Flinders, na Austrália, e colegas referiam que o estudo forneceu mais evidências relativamente à importância de diminuir a ingestão de sódio para melhorar a saúde dos vasos sanguíneos e reduzir o risco de doença cardiovascular.

O estudo, publicado na “American Journal of Clinical Nutrition”, demonstrou que a redução do consumo de sódio é benéfica para as pessoas que têm uma pressão sanguínea normal e para aqueles que têm excesso de peso ou são obesos, sendo que o benefício começa logo após algumas semanas.

A investigadora afirmou que, independentemente do peso corporal ou pressão sanguínea de uma pessoa, a redução da ingestão de sódio oferece muitos benefícios para a saúde.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/19/Reducing_salt_helpful_beyond_hypertension/UPI-61131232409695/

Medicamentos homeopáticos podem ser uma resposta eficaz contra a tosse

A tosse trata-se de um reflexo do organismo provocado pela acumulação de expectoração ou pela irritação das vias respiratórias, que pode aparecer por diversos motivos: exposição ao frio, humidade, correntes de ar, ar acondicionado, pó, pólenes, contaminação, entre outros.

A tosse pode ser mucosa ou produtiva, sendo que, neste caso, é necessário ajudar o organismo a expulsar a expectoração com medicamentos de acção mucolítica e expectorante, ou pode ser seca ou irritativa, sendo preciso acalmar e limitar a irritação. Muitas vezes, a tosse tende a ser seca no princípio, tornando-se produtiva passados dois a três dias.

O Dr. Guillermo Basauri, médico homeopata, explica que, para acabar com esta reacção incómoda do organismo, os medicamentos homeopáticos actuam sobre a tosse de duas formas: aliviando a irritação das mucosas, que produz o reflexo da tosse, e estimulando a eliminação da mucosidade das vias respiratórias.

O Dr. Basauri afirma que os medicamentos homeopáticos não apresentam efeitos secundários, como trastornos digestivos ou sonolência, e têm uma boa tolerância, inclusive em bebés e grávidas, sendo recomendados tanto para as crianças como para os adultos.

Além disso, são eficazes no alívio da dor irritativa da garganta que a tosse produz, assim como da sensação de picadas e dor muscular que, frequentemente, aparecem como sequela.

De acordo com o Dr. Basauri, devido à sua rapidez, eficácia e porque actuam ao estimular o próprio organismo do paciente, os medicamentos homeopáticos são um grande aliado para toda a família, que, além disso, desenvolve uma maior resistência perante os seguintes processos catarrais.

Estes medicamentos apresentam-se em dois formatos: o tradicional xarope e os tubos de grânulos. Os grânulos, que são a forma farmacêutica específica dos medicamentos homeopáticos, são pequenas esferas de sacarose e lactose que, graças à sua facilidade de levar para qualquer lado, facilitam o seguimento do tratamento.

Na actualidade, os antitússicos homeopáticos são, em alguns países europeus, uma das opções mais frequentes dos pacientes para o alívio da tosse. De facto, em França, o terceiro medicamento não sujeito a receita médica para a tosse é um medicamento homeopático.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9671

Médica testemunha que Seroquel aumenta risco de diabetes em 400 por cento

A Dra. Jennifer Marks, que testemunhou num julgamento contra a AstraZeneca, declarou que o antipsicótico Seroquel (quetiapina) aumenta o risco de diabetes em cerca de 400 por cento, em comparação com medicamentos de primeira geração.

Este caso, que é o primeiro a ir a julgamento nos Estados Unidos relativamente ao fármaco, envolve uma utilizadora que alega ter desenvolvido diabetes após tomar o Seroquel.

Numa audiência preliminar num tribunal federal em Orlando, na Florida, a Dra. Marks citou dados de um ensaio com 1.629 pacientes, publicado na "Psychiatric Services” em 2004, que sugeria que os homens que tomaram Seroquel durante, pelo menos, 60 dias apresentavam um maior risco de desenvolver diabetes, em comparação com aqueles que receberam uma classe de fármacos mais antiga.

No total, a Dra. Marks referiu seis estudos para suportar a opinião de que o Seroquel é um factor considerável na diabetes e aumento de peso.

O porta-voz da AstraZeneca, Tony Jewell, comentou que esta é uma selecção diminuta dos dados científicos disponíveis sobre o Seroquel, referindo que a totalidade das evidências que foram apresentadas à agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) demonstram que o Seroquel é seguro e efectivo.

Adicionalmente, a AstraZeneca argumenta que a diabetes da queixosa deriva da obesidade, historial familiar da doença e hipertensão.

A farmacêutica enfrenta aproximadamente 9 mil processos, nos Estados Unidos, relativamente a alegações que referem que este antipsicótico pode provocar diabetes e outros problemas de saúde.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=A06094581200481E9D5FB701E5EF55BC

Médicos desaconselham combinação de dois tipos de fármacos para a hipertensão

Um alerta, emitido pela Fundação do Coração e de Acidentes Vasculares Cerebrais do Canadá, avisa que combinar os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e os antagonistas dos receptores da angiotensina II pode aumentar o risco de morte cardíaca súbita, doença do fígado e a probabilidade de necessidade de diálise em pacientes com hipertensão.

O porta-voz da Fundação, Sheldon Tobe, referiu que estas duas populares categorias de medicação para a hipertensão são ambas tratamentos seguros e efectivos, mas não em combinação.

As novas directrizes baseiam-se em parte dos dados de 25.620 pacientes do estudo ONTARGET, que foram publicados na edição de Abril de 2008 da “The New England Journal of Medicine”.

As descobertas demonstraram que o tratamento de combinação foi apenas marginalmente mais efectivo na melhoria da hipertensão, mas provocou mais efeitos adversos, em comparação com qualquer um dos medicamentos tomado isoladamente.

Tobe explicou que a acção combinada destes dois medicamentos é uma fonte de grande stress para os rins.

Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina incluem o captopril, o enalapril, o lisinopril e o ramipril, enquanto os antagonistas dos receptores da angiotensina II incluem o losartan e o valsartan.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=E1C9FC118A5C4926A86BB363073F4387

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Comer a correr pode levar a uma dieta alimentar pobre

Muitas pessoas jovens referem que não têm tempo para se sentarem à mesa para uma refeição, sendo que esta situação pode fazer com que tenham escolhas alimentares pouco saudáveis.

Num inquérito a cerca de 1.700 adultos jovens, os investigadores descobriram que 35 por cento dos homens e 42 por cento das mulheres referiram não ter tempo para se sentarem à hora das refeições.

Estes constrangimentos de tempo também pareceram levá-los a consumirem mais comida de plástico e menos alimentos saudáveis, segundo as descobertas publicadas na “Journal of the American Dietetic Association”.

Os participantes que referiram que normalmente se sentavam para jantar com outras pessoas tendiam a ter melhores dietas no geral, incluindo uma ingestão mais elevada de frutas e vegetais. Contrariamente, aquelas que tinham tendência para comer a correr frequentemente optavam por “fast food” e consumiam quantidades mais elevadas de gorduras saturadas e refrigerantes.

De acordo com a Dra. Nicole I. Larson, da Universidade do Minnesota, em Minneapolis, as descobertas sugerem que é importante arranjar tempo para as refeições e, sempre que for possível, partilhá-las com amigos ou familiares.

Embora uma verdadeira refeição seja dificil de encaixar num dia preenchido, as pessoas devem arranjar tempo para as refeições, como fazem para qualquer outra actividade importante.

A Dra. Larson acrescentou que os colegas e os locais de trabalho podem fazer a sua parte ao providenciar pausas para as refeições, assim como instalações com opções de snacks saudáveis.

Quando não existe outra opção, senão comer a correr, a Dra. Larson recomenda procurar alimentos saudáveis em vez de comida de plástico. Frutos frescos ou secos, vegetais pré-lavados embalados, bolachas integrais são algumas escolhas convenientes e saudáveis.

Isabel Marques

Óleo de peixe pode prevenir a perda de peso em pacientes com Alzheimer

Um novo estudo, publicado na "Journal of the American Geriatrics Society”, demonstrou que os suplementos de óleo de peixe podem ajudar os pacientes com Doença da Alzheimer a manter um peso saudável.

As pessoas começam a perder peso nas fases iniciais da Doença da Alzheimer e vão ficando cada vez mais magras à medida que a doença avança, segundo explicou o Dr. Gerd Faxen Irving, do Hospital Universitário Karolinska, em Estocolmo.

Diversos factores podem contribuir para a perda de peso, incluindo inflamação, diminuição do paladar e do olfacto, e as características deambulatória e irrequieta da doença, que podem fazer com que as pessoas queimem mais calorias.

Dado que as pessoas com Alzheimer têm níveis baixos de ácidos gordos ómega-3, que diminuem ainda mais à medida que a doença progride, os investigadores analisaram se suplementos destes nutrientes poderiam melhorar o apetite e o peso.

Assim, distribuíram 204 homens e mulheres com Alzheimer ligeira a moderada por dois grupos, tendo um recebido 0,7 gramas de Ácido Docosahexaenóico (DHA) e 0,6 gramas de Ácido Eicosapentaenóico (EPA) e o outro placebo durante seis meses, após os quais ambos os grupos receberam os suplementos por mais seis meses.

No início do estudo, os pacientes pesavam, em média, 70 quilos. Após seis meses, o grupo que recebeu os ácidos gordos ómega-3 tinham aumentado 0,7 quilos, mas o peso médio do grupo do placebo não se tinha alterado.

Após um ano, os participantes que tinham recebido os ómega-3 durante os 12 meses tinham aumentado 1,4 quilos. Os participantes do grupo do placebo também ganharam algum peso moderado, após terem mudado para os ómega-3, que melhoraram o apetite em ambos os grupos.

Os investigadores concluíram que os suplementos de ácidos gordos ómega-3, enriquecidos com DHA, podem afectar positivamente o apetite e o peso nos pacientes com Alzheimer ligeira a moderada.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/16/eline/links/20090116elin003.html

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gravidez: Dieta elevada em gordura prejudica o fígado dos bebés

Investigadores norte-americanos descobriam que seguir uma dieta excessivamente rica em gorduras, durante a gravidez, pode levar a doença do fígado nos recém-nascidos.

O Dr. Kevin Grove, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, em Portland, referiu que muitas pessoas assumem que o excesso de peso, durante a gravidez, equivale a uma situação pouco saudável para o bebé e que ser-se magra resulta numa gravidez saudável, contudo, isto não é necessariamente verdade.

De acordo com o Dr. Grove, a investigação sugere que o consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas durante a gravidez, tanto nas mulheres obesas como nas mulheres magras, pode estar relacionado com o aumento da ocorrência de fígado gordo nas crianças.

Os investigadores alimentaram macacos com uma dieta normal saudável ou com uma dieta elevada em gorduras saturadas. Assim como nos humanos, alguns dos macacos que ingeriram a dieta elevada em gorduras saturadas desenvolveram excesso de peso, enquanto outros mantiveram o peso corporal normal.

Contudo, quando os investigadores analisaram as crias, observaram que todas as crias dos animais que consumiram a dieta rica em gordura tinham sinais de fígado gordo.

O estudo, publicado na “Journal of Clinical Investigation”, descobriu que todos os bebés da dieta rica em gordura, independentemente das progenitoras serem obesas ou magras, tinham uma gordura corporal mais elevada, em comparação com as crias dos animais que consumiram uma dieta baixa em gordura.

A investigação também demonstrou que alimentar animais obesos com uma dieta reduzida em gordura protegeu as crias de desenvolverem fígados gordos.

Isabel Marques

Estudo: Antidepressivos ajudam a aliviar dores da fibromalgia

Investigadores alemães referiram que os antidepressivos parecem aliviar as dores, as alterações do sono e outros sintomas da fibromialgia, uma doença debilitante e dolorosa que ainda não tem cura.

Os investigadores acrescentaram que uma série de antidepressivos pareceram melhorar a qualidade de vida das pessoas com esta doença, que se estima que afecte 6 por cento das pessoas na América do Norte e Europa.

O Dr. Winfried Hauser, da Klinikum Saarbrucken, na Alemanha, referiu que a fibromialgia também está associada a elevados custos, directos e indirectos, relacionados com a doença.

O Dr. Hauser e colegas analisaram 18 estudos anteriormente publicados que envolveram 1.427 participantes e descobriram fortes evidências de que os antidepressivos levaram a uma melhoria dos sintomas e da qualidade de vida.

Os antigos antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos pareceram ter um grande efeito no alívio da dor, da fadiga e das alterações do sono, enquanto os inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), como o Prozac (fluoxetina), tiveram menos efeito no alívio da dor.

Uma nova classe de tratamentos, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN), foi relacionada com uma redução da dor, das alterações do sono e do humor depressivo, e os inibidores da monoamina oxidase pareceram ajudar a reduzir as dores.

Embora a análise, publicada na “Journal of the American Medical Association”, sugira que os antidepressivos podem ajudar, os investigadores referiram que os médicos devem monitorizar de perto os pacientes que os utilizem, porque existe uma falta de evidências sobre os seus impacto a longo prazo.

A fibromialgia atinge principalmente as mulheres e pode provocar dores intensas e rigidez dos músculos, ligamentos e tendões. As dores de pescoço e ombros são comuns, mas algumas pessoas que sofrem desta doença também têm problemas de sono e sofrem de ansiedade e depressão.

Os médicos geralmente prescrevem exercício e técnicas de relaxamento, analgésicos ou, por vezes, antidepressivos de baixa dosagem para tratar os sintomas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/14/eline/links/20090114elin022.html

Hepatite C aumenta risco de cancro do fígado

Um estudo alargado revelou que o risco de desenvolver uma forma rara de cancro do fígado, denominado colangiocarcinoma intra-hepático, que ocorre nos ductos biliares do fígado, é significativamente mais elevado em pessoas infectadas com o vírus da hepatite C.

As pessoas infectadas com o vírus da hepatite C também apresentam um elevado risco de desenvolver outro tipo de cancro do fígado, chamado carcinoma hepatocelular. O cancro do fígado é a terceira causa de morte devido a cancro a nível mundial.

Estas descobertas, publicadas na “Hepatology”, provêm de uma análise de 146.394 adultos infectados com o vírus da hepatite C e de 572.293 não infectados, na maioria homens, que foram seguidos durante, em média, mais de dois anos.

Quando comparados os dois grupos, o risco de carcinoma hepatocelular era 15 vezes maior para os indivíduos infectados, sendo que o risco de colangiocarcinoma intra-hepático era 2,5 vezes mais elevado. Também o risco de cancro pancreático era 23 por cento mais elevado.

O Dr. Hashem B. El-Serag, do Centro Médico de Veteranos de Houston, e colegas do Instituto Nacional de Cancro norte-americano, em Rockville, no Maryland, concluíram que, de uma perspectiva clínica, estratégias de intervenção precoces, incluindo fazer o rastreio das pessoas infectadas com o vírus da hepatite C mais cedo e de forma mais rigorosa, podem melhorar os resultados, tanto para o carcinoma hepatocelular como para o colangiocarcinoma intra-hepático.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/15/eline/links/20090115elin018.html

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Epidurais parecem ser mais seguras do que se pensava anteriormente

Investigadores britânicos referiram que estudos anteriores sobrevalorizaram os potenciais riscos de complicações graves das anestesias espinal e epidural.

O estudo, publicado na “British Journal of Anesthesia”, concluiu que o risco estimado de danos permanentes, resultantes de uma anestesia espinal ou epidural, é menor do que 1 em 20 mil e que, em muitas circunstâncias, o risco estimado é consideravelmente baixo.

Os investigadores descobriram que a probabilidade de se sofrer danos graves devido a uma anestesia espinal ou epidural é consideravelmente melhor do que 1 em 20 mil. O risco de se ficar paralisado por uma destas injecções é 2 a 3 vezes mais raro do que sofrer qualquer dano permanente.

O risco para as mulheres que necessitam de um alívio para as dores devido a uma cesariana ou a um parto é ainda mais baixo, sendo que a estimativa mais pessimista de danos permanentes é de 1 em 80 mil e, segundo os investigadores, poderá ser muito mais baixa.

O investigador principal, o Dr. Tim Cook, do Hospital Royal United, em Bath, na Inglaterra, referiu que se sabe há muito tempo que estas complicações ocorrem mais frequentemente após uma cirurgia. Possivelmente, a razão deve-se ao facto de muitos desses pacientes serem idosos com problemas médicos, sendo que o processo cirúrgico em si aumenta os riscos.

O Dr. Cook acrescentou que muitas complicações das epidurais ocorrem após uma cirurgia major em pacientes idosos e doentes. Os riscos também devem ser ponderados em relação aos benefícios comummente aceites das epidurais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/13/Epidurals_safer_than_previously_thought/UPI-20341231895468/

Dicas de saúde: Como evitar uma intoxicação por monóxido de carbono

Passos para proteger a sua casa e a sua família

O monóxido de carbono é gás que não tem cheiro, nem cor, mas que pode levar a uma intoxicação grave e mesmo à morte, se for inalado em quantidades significativas.

As fontes potenciais incluem: aquecedores a gás ou a querosene não ventilados, fornalhas, fornos a lenha, fornos a gás, lareiras, caldeiras e esquentadores, e a exaustão dos automóveis.

Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono podem incluir cansaço, dores de cabeça, desorientação, náuseas e tonturas.

O Conselho Nacional de Segurança norte-americano indica as seguintes sugestões para ajudar a protegê-lo e aos seus entes queridos de uma intoxicação por monóxido de carbono:

- Assegure-se de que todos os equipamentos na sua casa estão instalados adequadamente e a funcionar correctamente;

- Tenha o cuidado de inspeccionar e limpar todos os anos a fornalha, as chaminés e os canos;

- Se utilizar a lareira assegure-se de que os canos e a chaminé estão abertos;

- Nunca aqueça a casa com equipamentos a gás;

- Assegure-se de que o forno e a fornalha ventilam para o exterior e que não existem fugas nos sistemas de exaustão. Assegure-se ainda que a fornalha recebe ar fresco suficiente;

- Nunca queime carvão dentro de portas ou em qualquer espaço fechado;

- Nunca deixe uma ferramenta que funcione a gás ou um veículo a trabalhar dentro da garagem ou numa oficina, ou em qualquer sítio interior;

- Nunca utilize aquecedores a gás ou a querosene dentro de portas.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73765.html

Ingestão desequilibrada de sódio e potássio associada a doença cardíaca

Um novo estudo sugere que demasiado sódio e pouco potássio na dieta alimentar pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), ataques cardíaco ou outros eventos.

Os resultados do estudo também sugerem que aumentar o consumo de potássio, juntamente com o bom-senso de reduzir a ingestão de sal, pode reverter este risco.

As descobertas, que foram publicadas na edição de 12 de Janeiro da “Archives of Internal Medicine”, basearam-se numa análise de longo prazo a cerca de 3 mil pessoas com pré-hipertensão, realizada pelo Instituto norte-americano do Coração, Pulmões e Sangue.

Os investigadores descobriram que, para as pessoas com pressão sanguínea normal alta, ou pré-hipertensão (120-139/80-89 mmHg), cada aumento de unidade na razão sódio/potássio aumentava as probabilidades de doença cardiovascular em 24 por cento.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_73729.html

Pastilhas de nicotina podem ajudar a deixar gradualmente o tabaco

Os fumadores que se querem desabituar dos cigarros progressivamente, em vez de deixarem de fumar imediatamente, podem beneficiar da utilização de pastilhas elásticas de nicotina.

A terapia de substituição de nicotina tem sido utilizada para ajudar os fumadores a deixarem o hábito, mas apenas para aqueles que estão dispostos a parar de fumar abruptamente.

O novo estudo analisou se as pastilhas de nicotina poderiam também ajudar os fumadores a deixarem de fumar gradualmente, um caminho que a maioria das pessoas preferiria seguir, segundo indicam as investigações.

Os investigadores descobriram que, entre cerca de 3.300 fumadores que queriam deixar de fumar gradualmente, aqueles que receberam aleatoriamente pastilhas de nicotina, à medida que diminuíam o consumo de cigarros, eram mais bem sucedidos do que aqueles que receberam pastilhas ou placebo, ou seja, sem efeito terapêutico.

Embora a maioria dos participantes não tenha conseguido deixar o tabaco completamente, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina foram mais bem sucedidos, tendo 26 por cento atingido a abstinência total em oito semanas de tratamento, em comparação com 18 por cento do grupo do placebo.

Entre os participantes que deixaram de fumar, aqueles que utilizaram as pastilhas de nicotina tinham o dobro da probabilidade de se manterem continuamente em abstinência um mês depois, o que correspondeu a 10 por cento em relação a 4 por cento do grupo do placebo.

Os investigadores relataram, na “American Journal of Preventive Medicine”, que estes tinham igualmente melhores hipóteses de continuarem livres do tabaco durante seis meses. Seis por cento dos utilizadores de pastilhas de nicotina foram continuamente abstinentes durante seis meses, enquanto o mesmo aconteceu para 2 por centos dos participantes do grupo do placebo.

De acordo com o Dr. Saul Shiffman, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, estas taxas de desistência de fumar parecem modestas, mas os participantes não receberam aconselhamento comportamental, nem outro tipo de ajuda para além das pastilhas de nicotina.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin001.html

Vicks VapoRub pode causar problemas em crianças com menos de 2 anos

O Vicks VapoRub, um descongestionador nasal utilizado para as constipações, pode provocar dificuldades respiratórias em crianças com menos de 2 anos, quando aplicado de forma inadequada directamente debaixo do nariz.

Os investigadores norte-americanos referiam que utilizar o produto desta forma pode fazer com que as vias aéreas estreitas das crianças pequenas dilatem e se encham de muco, despoletando graves problemas respiratórios.

O Dr. Bruce Rubin, da Faculdade de Medicina da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte, referiu que o único problema observado foi em crianças pequenas, quando o produto foi aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin acrescentou que os ingredientes do Vicks VapoRub podem ser irritantes, fazendo com que o organismo produza mais muco para proteger as vias aéreas. Uma vez que as crianças mais pequenas têm vias aéreas muito mais estreitas do que as de um adulto, qualquer aumento de muco ou dilatação tem mais efeitos graves.

O estudo, publicado na revista científica “Chest”, refere que o fabricante do produto é muito claro referindo que este nunca deve ser administrado debaixo do nariz ou directamente no nariz em ninguém, e que não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos.

Embora os investigadores apenas tenham testado o Vicks VapoRub, o Dr. Rubin referiu que produtos semelhantes, incluindo versões genéricas, podem provocar os mesmos efeitos negativos nos bebés e crianças pequenas.

Os investigadores começaram a analisar a utilização do medicamento, após terem tratado uma menina de 18 meses que desenvolveu problemas respiratórios, após o bálsamo ter sido aplicado debaixo do seu nariz.

Os investigadores estudaram furões, que têm vias aéreas semelhantes às dos humanos, com uma infecção respiratória, tendo o produto aumentado a secreção de muco e diminuído a capacidade dos animais limparem o muco.

O porta-voz da Procter & Gamble, David Bernens, afirmou que estas descobertas são uma surpresa, visto que o Vicks VapoRub tem-se demonstrado seguro e efectivo em diversos ensaios clínicos, estando no mercado há mais de 100 anos. Bernens referiu ainda que a rotulagem do produto refere que este não deve ser utilizado em crianças com menos de 2 anos, sem o conselho do médico, nem ser aplicado debaixo do nariz.

O Dr. Rubin afirmou que recomenda que o Vicks VapoRub nunca seja aplicado dentro ou debaixo do nariz de qualquer pessoa, adulto ou criança, acrescentado que nunca o utilizaria numa criança com menos de 2 anos.

O Dr. James Mathers, presidente do Colégio norte-americano de Pneumologistas (American College of Chest Physicians), referiu que os pais devem consultar o médico antes de administrar medicamentos de venda livre às crianças pequenas, especialmente fármacos para a tosse e constipações, que podem ser prejudiciais.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/13/eline/links/20090113elin010.html

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sono insuficiente diminui resistência à constipação comum

As pessoas que dormem menos de sete horas por noite parecem ter uma probabilidade três vezes maior de desenvolver uma doença respiratória, após a exposição ao vírus da constipação, em comparação com aqueles que dormem oito horas ou mais.

O Dr. Sheldon Cohen, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, explicou que estudos experimentais demonstraram que a privação de sono resulta numa função imune mais fraca. Contudo, existem poucas evidências directas que suportem a teoria de que o sono afecta a susceptibilidade às doenças.

A equipa de investigadores entrevistou 153 homens e mulheres diariamente, durante 14 dias consecutivos, para saber quantas horas dormiam por noite, que percentagem do seu tempo na cama era passado a dormir (o que os investigadores denominaram eficiência do sono) e se se sentiam descansados.

Posteriormente, os participantes do estudo ficaram de quarentena e foram-lhes administradas gotas nasais contendo o rinovírus que provoca a comum constipação.

Os resultados demonstraram que quanto menos uma pessoa dormisse, maior era a probabilidade de desenvolver uma constipação.

Uma eficiência do sono mais reduzida também foi associada ao desenvolvimento de uma constipação, sendo que os homens e mulheres que passaram menos de 92 por cento do seu tempo na cama a dormir tinham uma probabilidade 5,5 vezes maior de ficarem doentes, em comparação com aqueles cuja eficiência do sono era de 98 por cento ou mais. Sentir-se descansado não foi associado a constipações.

Estes dados, publicados na “Archives of Internal Medicine”, suportam as sete a oito horas de sono como um objectivo razoável. Contudo, mesmo um distúrbio do sono habitual (perdas de sono de 2 a 8 por cento, 10 a 38 minutos para quem dorme 8 horas) foi associado a um risco 3,9 vezes maior de desenvolver uma constipação.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin026.html

Estudo da UE revela que sarampo ainda persiste na Europa

Um estudo da União Europeia (UE) revela que o sarampo persiste como um problema de saúde na Europa, principalmente porque muito poucas crianças estão a ser convenientemente vacinadas.

O estudo, publicado na revista científica “The Lancet”, refere que a doença, cujos sintomas incluem febre, durante quatro dias, acompanhada de tosse, nariz congestionado, conjuntivite e erupção na pele, provavelmente não será eliminada no próximo ano, como os oficiais de saúde esperavam.

O estudo, realizado pelo Instituto Statens Serum da Dinamarca para a Comissão Europeia (CE), descobriu 12.132 casos de sarampo na Europa. A maioria ocorreu na Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Roménia e Suiça, tendo sido registadas sete mortes.

O número de casos registados aumentou apesar da introdução, há mais de 20 anos, de uma vacina contra o sarampo nos programas de vacinação infantil de rotina.

Na maioria dos casos, as crianças infectadas não foram vacinadas ou foram vacinadas de forma incompleta.

A vacina VASPR, que fornece imunização contra o sarampo, a papeira e a rubéola, geralmente é administrada às crianças quando estas completam um ano, recebendo uma segunda dose por volta dos 4 ou 5 anos.

A segunda dose não é um reforço, mas antes uma dose para produzir imunidade numa pequena percentagem de crianças que não desenvolveram imunidade ao sarampo após a primeira dose.

O estudo conclui que a elevada incidência de sarampo, em alguns países europeus, revela uma cobertura de vacinação sub-óptima, o que, por sua vez, levanta sérias dúvidas de que o objectivo da eliminação da doença até 2010 possa ser atingido.

De facto, a doença não será eliminada sem uma maior utilização da vacina VASPR.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/12/EU_study_Measles_persists_in_Europe/UPI-45341231793782/

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um passeio por dia pode ajudar a melhorar a função cerebral

Investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, descobriram que as mulheres idosas que estão mais em forma fisicamente têm uma melhor função cognitiva.

O estudo, publicado na revista científica internacional “Neurobiology of Aging”, descobriu que a boa forma física ajuda a função cerebral a estar no seu melhor, porque a actividade física beneficia o fluxo sanguíneo no cérebro e, como resultado, ajuda as capacidades cognitivas.

De acordo com o Dr. Marc J. Poulin, ser sedentário é agora considerado como um factor de risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência. Este estudo prova, pela primeira vez, que as pessoas que estão em forma têm um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro. As descobertas também demonstram que um melhor fluxo sanguíneo cerebral se traduz numa cognição melhorada.

O estudo comparou dois grupos de mulheres de Calgary, com uma média de 65 anos, sendo que algumas participavam em actividades aeróbicas regulares e outras eram inactivas.

Os investigadores descobriam que o grupo activo, em comparação com o inactivo, tinha uma pressão sanguínea arterial em repouso e em exercício 10 por cento mais baixa, respostas vasculares no cérebro 5 por cento mais elevadas, durante o exercício sub-maximal e quando os níveis de dióxido de carbono no sangue estavam elevados, e pontuações de função cognitiva 10 por cento mais elevadas.

O Dr. Poulin sublinhou que algo tão simples como sair todos os dias para dar um passeio é crucial para nos mantermos mentalmente alerta e continuarmos saudáveis à medida que envelhecemos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/09/A_walk_a_day_can_increase_brain_function/UPI-23101231558954/

Novo fármaco mais efectivo na prevenção de vómitos devido a quimioterapia

Novas investigações demonstram que o fármaco antiemético (contra as náuseas) de segunda geração, o palonossetrom, apresenta vantagens, em relação ao seu antecessor, o granissetrom, na prevenção de náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia.

Alguns regimes de quimioterapia têm uma elevada probabilidade de induzir vómitos graves, tanto imediatamente como depois de 2 a 5 dias (fase retardada).

O Dr. Mitsue Saito e colegas, do Hospital Universitário de Juntendo, em Tóquio, relataram que o novo fármaco, o palonossetrom (comercalizado como Aloxi), é comparável ao antigo agente, o granissetrom (comercalizado como Kytril ou em diversas versões genéricas), na prevenção dos vómitos na fase imediata, sendo superior na fase retardada.

O estudo, publicado na “Lancet Oncology”, envolveu 1.143 pacientes que receberam aleatoriamente uma única dose de palonossetrom ou de granissetrom 30 minutos antes do tratamento com quimioterapia.

Os investigadores explicaram que o resultado principal foi a proporção de pacientes que não experienciaram qualquer episódio de vómitos durante a fase imediata (zero a 24 horas após a quimioterapia) e a fase retardada (24 a 120 horas após a quimioterapia).

Os vómitos na fase inicial foram completamente evitados em 75,3 por cento dos pacientes que receberam palonossetrom e em 73,3 por cento dos que receberam granissetrom. Durante a fase retardada, a taxa de prevenção completa foi significativamente mais elevada no grupo que recebeu palonossetrom com 56,8 por cento, em comparação aos 44,5 por cento do grupo do granissetrom.

O principal efeito secundário relacionado com o tratamento foi a obstipaçao, que ocorreu em 17,4 por cento dos pacientes tratados com palonossetrom e em 15,7 por cento daqueles tratados com granissetrom.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/09/eline/links/20090109elin023.html

Framboesas pretas ajudam a inibir crescimento do cancro

Investigadores norte-americanos revelaram que os antocianinos, uma classe de flavonóides presentes nas framboesas pretas, ajudaram a inibir o crescimento do cancro do esófago em ratos de laboratório.

O Dr. Gary D. Stoner, do Centro Oncológico da Universidade Estatal do Ohio, alimentou os ratos com um extracto rico em antocianinos de framboesa preta e descobriu que o extracto era quase tão efectivo, na prevenção do cancro do esófago em ratos, como as framboesas pretas inteiras contendo a mesma concentração de antocianinos.

Este estudo, publicado na “Cancer Prevention Research”, demonstra a importância dos antocianinos como agentes preventivos existentes nas framboesas pretas e valida descobertas “in vitro” semelhantes.

De acordo com o Dr. Stoner, os dados fornecem fortes evidências de que os antocianinos são importantes na prevenção do cancro.

Os investigadores concluíram ensaios clínicos utilizando pó de bagas inteiras, que têm apresentado resultados promissores, mas que requerem que os pacientes ingiram cerca de 60 gramas de pó por dia.

O Dr. Stoner acrescentou que, agora que se sabe que os antocianinos presentes nas bagas são quase tão activos como as próprias bagas inteiras, se espera que seja possível prevenir o cancro nos humanos através da utilização de uma mistura estandardizada de antocianinos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/08/Black_raspberries_inhibit_cancer_growth/UPI-43441231453338/

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Infarmed alerta para rotulagem de cosméticos

Folhetos informativos “não devem induzir consumidor em erro”

O Infarmed (Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde) advertiu para a necessidade de os rótulos dos produtos cosméticos deverem ter as menções obrigatórias visíveis, legíveis e redigidas em termos correctos e com caracteres duradouros, adiantou a Agência Lusa.

“A rotulagem, apresentação, impressos e folhetos informativos respeitantes a estes produtos não devem ser susceptíveis de induzir o consumidor em erro sobre as suas características” refere o Infarmed num comunicado emitido aos responsáveis pela colocação no mercado de produtos cosméticos e de higiene corporal.

O esclarecimento do Infarmed surge após ter verificado, em diferentes acções de supervisão do mercado de produtos cosméticos e de higiene corporal, situações de irregularidade no que respeita à rotulagem destes produtos.

De acordo com a entidade que regula o sector dos produtos cosméticos, "não é permitida a aposição de etiquetas sobre a rotulagem de produtos cosméticos que, através da utilização pelo consumidor, se possam desgastar, rasgar, apagar, deteriorar e desaparecer."

Raquel Garcez

Fonte: http://www.tribunamedicapress.pt/cosmetica/14548-cosmeticos-infarmed-alerta-para-regras-da-rotulagem

Fármacos da Roche podem faltar em Portugal

Alteração de operador logístico atrasa fornecimento às farmácias


Os fármacos Dormicum, Lexotan, Rivotril, Rohypnol e Valium dos laboratórios Roche podem faltar temporariamente em Portugal. Na origem da ruptura de fornecimento às farmácias está a alteração de operador logístico por parte da farmacêutica suíça.

A Roche Farmacêutica assinou, recentemente, um contrato com o Grupo Rangel, um operador logístico nacional que começou a dar os primeiros passos na distribuição farmacêutica.

Ao que o FARMACIA.COM.PT conseguiu apurar, o acordo foi firmado antes de a Rangel Pharma obter a autorização especial para armazenamento de produtos psicotrópicos por parte do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde). Licença esta que, já terá sido obtida, no entanto, a mesma só tem efeito legal a partir do momento em que é publicada em Diário da República, “o que ainda não aconteceu, apesar da rapidez com que o Infarmed tratou do processo de autorização”, noticia o PortugalDiário.

Por este motivo, e conforme constatou o FARMACIA.COM.PT junto dos distribuidores, o cenário actual atesta já o atraso no fornecimento dos produtos com substâncias psicotrópicas da Roche, nomeadamente, o Dormicum, Lexotan, Rivotril, Rohypnol e Valium.

Fonte próxima do sector farmacêutico, manifestou-se indignada com o facto de uma multinacional farmacêutica não prever, nem salvaguardar este tipo de cenário que “coloca em risco o fornecimento às farmácias e, por conseguinte, o utente consumidor destes fármacos”.

De acordo com a mesma fonte, “estes são medicamentos de grande rotação (consumo), pelo que, é inadmissível que uma farmacêutica como a Roche arrisque esta falha”, acrescentando que “há obrigações legais que devem ser cumpridas quer pelo laboratório, quer pelo distribuidor por grosso.”

À luz do Decreto-Lei n.º 176/2006 – que estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano – o Capítulo II referente à Autorização de Introdução no Mercado é claro no que concerne às obrigações do titular da autorização, neste caso, a Roche: “assegurar, no limite das suas responsabilidades, em conjugação com os distribuidores por grosso, o fornecimento adequado e contínuo do medicamento no mercado geográfico relevante, de forma a satisfazer as necessidades dos doentes (…)”.

Por outro lado, ao abrigo da legislação, os mesmos deveres se aplicam à distribuição por grosso, nomeadamente, à Rangel Pharma. O Artigo 100º é peremptório ao afirmar que o distribuidor deve “dispor permanentemente de medicamentos em quantidade e variedade suficientes para garantir o fornecimento adequado e contínuo do mercado geográfico relevante, de forma a garantir a satisfação das necessidades dos doentes”.

Confrontada com a informação, a farmacêutica suíça garantiu ao PortugalDiário que avisou os clientes da mudança de operador, pedindo que os armazenistas fizessem reforço de stock.

Entretanto, segundo alguns distribuidores, o pedido de reforço à Roche foi realizado em meados de Dezembro mas, até à data, não foram fornecidos mais fármacos psicotrópicos. “É impossível que a falha destes medicamentos não se agrave nos próximos dias”, considerou uma fonte do sector, denunciando que os clientes (farmácias) “já estão com ruptura de stock.”

Até ao momento, o Infarmed afiança não ter conhecimento de qualquer ruptura de stock, uma informação que tem de ser reportada, obrigatoriamente, à autoridade nacional.

Raquel Garcez

Fonte: http://diario.iol.pt/sociedade/comprimidos-roche-farmacia-infarmed-transportador-iol/1030403-4071.html