sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Risco de coágulos sanguíneos ligados a voos de longa duração

A Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC) referiu que mesmo as pessoas saudáveis podem desenvolver problemas trombóticos, ou seja, coágulos sanguíneos, num voo de quatro horas ou mais.

O Dr. Steen Kristensen, vice-presidente da SEC, referiu que os voos de longa distância estão associados a um aumento da trombose venosa profunda, que em alguns casos pode levar a uma embolia pulmonar (coágulos nos pulmões).

As pessoas que estão imobilizadas, grávidas, a tomar contraceptivos orais ou já tiveram uma trombose venosa no passado estão particularmente em risco. Para minimizar este risco é importante beber muitas bebidas não alcoólicas e andar, ou fazer algum exercício, antes e durante o voo. A utilização de meias de compressão é uma forma importante para alguns viajantes prevenirem a trombose venosa profunda.

Uma revisão da revista médica “The Lancet” sugere que o risco de tromboembolismo venoso aumenta quando a duração do voo excede as quatro horas. Este risco acrescido está relacionado com a imobilidade, desidratação e oxigénio reduzido na cabine, assim como a factores de risco individuais, tais como obesidade, cirurgia recente e predisposições para trombose.

O porta-voz da SEC, Kurt Huber, referiu que as pessoas com tendência para risco tromboembólico são aquelas com historial de trombose ou embolismo pulmonar, assim como aquelas com historial de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, fibrilhação auricular e imobilização física.

As pessoas saudáveis que podem desenvolver problemas trombóticos em voos de longa distancia são as mulheres grávidas, as mulheres que tomam contraceptivos orais e os idosos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/25/Blood_clot_risk_linked_to_long-haul_flight/UPI-84701235615350/

Reduzir a pressão sanguínea beneficia pacientes em diálise

Investigadores australianos referiram que baixar a pressão sanguínea protege os pacientes em diálise contra eventos cardiovasculares major e morte.

O estudo, publicado na “The Lancet”, também revelou que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea deve ser considerado regularmente para os pacientes que se submetem a diálise.

O Dr. Vlado Perkovic, do Instituto George para Saúde Internacional em Sidney, na Austrália, referiu que as pessoas que se submetem a diálise, devido a doença renal crónica, estão em elevado risco de eventos cardiovasculares e morte.

Todos os anos entre 10 e 20 por cento dos pacientes em diálise morrem, sendo que cerca de metade destas mortes se deve a causas cardiovasculares.

O Dr. Perkovic e colegas reviram sistematicamente oito ensaios aleatórios que avaliaram o efeito de baixar a pressão sanguínea em 1 679 pacientes adultos em diálise e que envolveram 495 eventos cardiovasculares.

No geral, as descobertas demonstraram que o tratamento com fármacos para baixar a pressão sanguínea foi associado a uma redução do risco das complicações cardiovasculares, da mortalidade por todas as causas e das mortes cardiovasculares, em comparação com os pacientes de controlo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/26/Low_blood_pressure_aids_dialysis_patients/UPI-12721235625712/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Fármaco para náusea ajuda a combater sintomas de abstinência de opióides

Investigadores norte-americanos concluíram que o tratamento com o fármaco ondansetrom – indicado para amenizar a naúsea decorrente da quimioterapia - pode ajudar a diminuir os sintomas de abstinência nos dependentes de morfina, oxicodona e outros fármacos opióides.

A equipa analisou, em ratos e em humanos, de que forma o ondansetrom poderia aliviar os sintomas de abstinência associada aos opiáceos.

Segundo revela o estudo publicado na revista «Pharmacogenetics and Genomics», e divulgado pela Reuters Health, os resultados indicaram que o tratamento com fármacos como o ondansetrom "pode fornecer parte da solução para problemas de saúde pública significativos associados à utilização de opióides".

Na análise que envolveu humanos, os investigadores constataram que oito voluntários saudáveis do sexo masculino - pré-tratados com placebo ou ondansetrom antes de receberem morfina, seguida de naloxona - os sintomas de abstinência foram significativamente reduzidos nos participantes que receberam ondansetrom.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.reutershealth.com/en/index.html

http://www.buenasalud.com/news/index.cfm?news_id=24311&mode=browse

http://www.sciencedaily.com/releases/2009/02/090217212255.htm

EMEA recomenda nova contra-indicação para aliscireno

Fármaco Razilez® encontra-se comercializado no mercado português

A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) recomendou a inclusão de uma nova contra-indicação no folheto informativo dos medicamentos que contêm aliscireno, adverte o Infarmed em circular informativa.

A EMEA determina que esta substância não deve ser utilizada em doentes que tenham tido angioedema (inchaço dos tecidos subcutâneos), aquando de administrações anteriores de aliscireno.

O aliscireno está autorizado na União Europeia desde Agosto de 2007 para o tratamento de hipertensão arterial essencial (pressão arterial elevada sem causa identificável), sob a denominação de Rasilez®, Enviage®, Sprimeo®, Tekturna® e Riprazo®. O fármaco Razilez® encontra-se comercializado no mercado português.

A agência europeia recomenda, também, a inclusão de uma advertência relativa à necessidade de interromper o tratamento e procurar aconselhamento médico, caso os doentes desenvolvam sinais de angioedema.

De acordo com a nota do Infarmed, na sequência da notificação de casos de angioedema ou reacções semelhantes com medicamentos contendo aliscireno, o Comité de Medicamentos para Uso Humano da EMEA (CHMP) concluiu, após avaliação dos dados disponíveis, que o benefício dos medicamentos com aliscireno no tratamento da hipertensão essencial continua a suplantar os riscos, embora o angioedema possa ocorrer como um efeito secundário raro e grave associado a estes medicamentos.

O aliscireno está também autorizado em associação com a hidroclorotiazida, com a denominação de Rasilez HCT. Esta contra-indicação e advertência já estão contempladas no RCM e no FI deste medicamento.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=1300918

CE analisa dossier sobre farmácias privadas nos hospitais

A Comissão Europeia (CE) compromete-se a enviar uma resposta “no prazo de seis semanas” às dúvidas levantadas pela Ordem dos Farmacêuticos (OF) em relação à abertura de farmácias privadas nos hospitais.

A OF defende que a abertura de farmácias nos hospitais “coloca em causa a viabilidade económico-financeira das restantes farmácias comunitárias, correndo-se o risco de se verificar um encerramento forçado de centenas destas unidades.”

A carta enviada pela OF ao presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, “levanta questões que requerem um exame pormenorizado actualmente em curso”, esclarece a Ordem no seu site.

Na opinião da OF, a abertura de farmácias privadas nos hospitais “coloca em causa a viabilidade económico-financeira das restantes farmácias comunitárias, correndo-se o risco de se verificar um encerramento forçado de centenas destas unidades.”

Raquel Garcez


Fonte:
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=1492&articleID=2641

Farmacêuticos entre os profissionais que os portugueses mais confiam

Os farmacêuticos estão entre as profissões que os portugueses mais confiam, revela o estudo “European Trusted Brands” realizado pela revista Reader´s Digest. A classe é apenas superada pelos bombeiros e pilotos de aviação.

Nove em cada dez pessoas inquiridas apontou o farmacêutico como o profissional de preferência, avança o site da Ordem dos Médicos com base no estudo efectuado anualmente pela revista Reader´s Digest aos seus 10.500 assinantes.


Numa lista de 20 profissões, sobressaem como “as mais confiáveis” as ligadas à área da Saúde, assumindo os farmacêuticos, enfermeiros e médicos, a terceira, quarta e quinta posições, respectivamente.


O inquérito – realizado desde 2000 - avalia as marcas e profissões em que as populações de 16 países europeus mais confiam e tem uma margem de erro de 3,4%.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=1492&articleID=2640

Vitaminas B reduzem risco de Degenerescência Macular da Idade

Investigadores norte-americanos referiram que tomar uma combinação de vitaminas B6 e B12 juntamente com ácido fólico parece reduzir o risco de Degenerescência Macular relacionada com a Idade (DMI) nas mulheres.

O Dr. William G. Christen, do Hospital Brigham e de Mulheres e da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, em Boston, e colegas conduziram um ensaio clínico aleatório envolvendo 5 442 mulheres com 40 anos ou mais que já sofriam de doença cardíaca ou, pelo menos, apresentavam três factores de risco.

Do total de mulheres, 5 205 não sofriam de DMI no início do estudo. Em Abril de 1998, estas mulheres receberam aleatoriamente placebo ou uma combinação de ácido fólico (2,5 miligramas por dia), hidrocloreto de piridoxina, ou seja, vitamina B6 (50 miligramas por dia), e cianocobalamina, uma forma sintética de vitamina B12 (1 miligrama por dia).

As participantes continuaram a terapia até Julho de 2005 e foram seguidas relativamente ao desenvolvimento da DMI até Novembro de 2005.

Durante uma média de 7,3 anos de tratamento e seguimento, foram documentados 137 novos casos de DMI, incluindo 70 casos que foram visualmente significativos, resultando numa acuidade visual de 20/30 ou pior.

As mulheres que tomaram os suplementos apresentaram um risco 34 por cento menor de qualquer Degenerescência Macular relacionada com a Idade e um risco 41 por cento menor de DMI visualmente significativa.

Os autores do estudo referiram que o efeito benéfico do tratamento começou a emergir aproximadamente após dois anos e persistiu ao longo do estudo.

A DMI é uma doença degenerativa da retina que afecta a mácula, a parte central da retina, responsável pela visão nítida e focada das formas e das cores. Como o próprio nome indica, está relacionada com a idade e começa a surgir depois dos 50 anos.

Em Portugal, estima-se que cerca de 45 mil pessoas entre os 50 e os 59 anos tenham DMI. Este número sobe para perto de 100 mil afectados entre os 60 e os 69 anos e para quase 300 mil acima dos 70 anos.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/25/B_vitamins_reduce_macular_degeneration/UPI-62671235539499/
http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/859/

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Estudo: Apenas o exercício ajuda a prevenir problemas lombares

Investigadores norte-americanos referiram que uma revisão sistemática de estudos descobriu que o exercício no local de trabalho e em instalações próximas é efectivo na prevenção de problemas lombares.

O Dr. Stanley J. Bigos, da Universidade de Washington, referiu que evidências fortes e consistentes revelam que muitos métodos populares de prevenção falham, enquanto o exercício tem um impacto significativo, tanto em termos de prevenção dos sintomas como na redução das dores lombares relacionadas como o trabalho.

Intervenções passivas, tais como cintos lombares e palmilhas no sapato, parecem não actuar e oito ensaios descobriram que as intervenções ergonómicas, desde reduzir o levantamento de objectos a sessões de treino ergonómico, foram ineficazes na prevenção dos problemas de costas.

A revisão, publicada na “The Spine Journal”, descobriu que 20 ensaios controlados eram de elevada qualidade e sete dos oito ensaios de elevada qualidade, promovendo diversos programas de exercício, revelaram-se efectivos, mas outros métodos comuns e populares falharam, incluindo intervenções educacionais ergonómicas, suportes lombares, palmilhas no sapato e gestão do stress.

Contudo, um dos autores, o Dr. John Holland, referiu que a revisão não desacredita as inovações ergonómicas populares, que podem aumentar a produtividade, qualidade do produto e conforto no trabalho, sendo que existem muitas razões pelas quais a investigação deve continuar.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/23/Only_exercise_helps_lower-back_problems/UPI-84701235433444/

Estudo encontra ligação entre infertilidade masculina e cancro testicular

Investigadores norte-americanos relataram que os homens inférteis têm aproximadamente uma probabilidade três vezes maior de desenvolverem cancro testicular do que aqueles que não têm problemas de fertilidade.

A descoberta sugere uma causa comum para ambos os problemas, talvez erros na forma como o organismo tenta reparar os danos do material genético ou factores ambientais.

Os investigadores relataram na “Archives of Internal Medicine” que, enquanto a relação infertilidade-cancro foi encontrada na Europa, o novo estudo, que analisou mais de 22 mil homens da Califórnia, é a maior investigação dos Estados Unidos até agora.

O Dr. Thomas Walsh e colegas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, referiram que os homens do estudo foram avaliados em centros de tratamento para a infertilidade. Aqueles que revelaram ser inférteis tinham uma probabilidade 2,8 vezes maior de desenvolver cancro testicular, em relação à população geral.

O Dr. Walsh, agora na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, referiu que os investigadores não acreditam que o tratamento para a infertilidade seja a raiz do problema, pois os homens não se submetem a cirurgia, nem tomam fármacos para a infertilidade.

Os investigadores referiram que uma explicação mais plausível é que uma exposição comum está por detrás da infertilidade e do cancro testicular. Estudos anteriores sugerem que determinadas formas graves de infertilidade masculina estão associadas a uma defeituosa reparação do ADN, o que também está associado a um desenvolvimento de tumores.

Adicionalmente, outras investigações têm sugerido uma interacção envolvendo os factores genéticos e os ambientais.

Durante os últimos 30 a 50 anos, tem havido um aumento notável e continuado da incidência de cancros testiculares, especialmente nos países escandinavos.

Durante o mesmo período existem evidências de um declínio da qualidade do sémen e da fertilidade nos países industrializados. Contudo, ainda não é claro se estas duas tendências são independentes ou se estão relacionadas uma com a outra.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51M70D20090223

Cálcio associado a um menor risco de cancro

Investigadores norte-americanos referiram que níveis mais elevados de cálcio estão associados a um menor risco de cancro em geral para as mulheres e a um menor risco de cancro colo-rectal nos homens e nas mulheres.

O Dr. Yikyung Park, do Instituto Nacional do Cancro, em Bethesda, e colegas analisaram dados de 293 907 homens e 198 903 mulheres que participaram num estudo sobre saúde e dieta alimentar.

Os participantes responderam a um questionário sobre os hábitos alimentares, quando iniciaram o estudo entre 1995 e 1996, relatando as quantidades e a frequência com que consumiam produtos lácteos e outros alimentos. Os dados foram então relacionados com os registos estatais oncológicos para identificar novos casos de cancro em 2003.

O estudo, publicado na “Archives of Internal Medicine”, descobriu que, após uma média de sete anos de seguimento, 36 965 casos de cancro foram identificados em homens e 16 605 em mulheres.

Os autores do estudo referiram que, tanto nos homens como nas mulheres, a ingestão de alimentos lácteos e de cálcio estava inversamente associada aos cancros do sistema digestivo.

Um quinto dos homens que consumiram a maior quantidade de cálcio através de alimentos ou suplementos, cerca de 1 530 miligramas por dia, tinham um risco 16 por cento menor de sofrerem destes tipos de cancros do que um quinto que consumiu a menor quantidade, 526 miligramas por dia.

Para as mulheres, um quinto das que consumiram a maior quantidade de cálcio, 1 881 miligramas por dia, apresentaram um risco 23 por cento menor do que um quinto daquelas que consumiram a menor quantidade, 494 miligramas por dia.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/24/Calcium_linked_to_less_cancer_risk/UPI-96851235454882/

Estatinas podem ajudar a regenerar músculo cardíaco

Investigadores norte-americanos demonstraram que o fármaco pravastatina, uma estatina, pode ser capaz de prevenir o desenvolvimento de doença cardíaca ao regenerar o músculo cardíaco danificado.

Num artigo, publicado na “Circulation Research”, os investigadores da Universidade de Buffalo relataram que a pravastatina mobiliza as células sanguíneas progenitoras, células produzidas na medula óssea que são capazes de se transformar em muitos tipos diferentes de células, sendo que estas se infiltram no coração e se desenvolvem em células musculares do coração, ou miócitos, melhorando a função cardíaca.

A investigação, desenvolvida no Centro de Investigação em Medicina Cardiovascular, da Universidade de Buffalo, utilizou um modelo suíno de hibernação miocárdica para este estudo.

O autor principal, o Dr. Gen Suzuki, referiu que é bem-vinda a descoberta de que um fármaco com um excelente perfil de segurança, utilizado amplamente para diminuir o colesterol, é efectivo em melhorar a função cardíaca na hibernação miocárdica.

O investigador acrescentou que estes dados fornecem uma nova estratégia para tratar os pacientes com insuficiência cardíaca isquémica que não são candidatos a cirurgia de “bypass” da artéria coronária por enxerto ou a angioplastia coronária com balão.

A pravastatina aumentou o número de células progenitoras na medula óssea em proporção à dose do fármaco e isto ocorreu em apenas cinco semanas após o tratamento com pravastatina em animais.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/23/Statins_may_regenerate_heart_muscle/UPI-29771235424528/

Epilepsia: FDA alerta que zonisamida pode provocar distúrbio sanguíneo

A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) referiu que o fármaco zonisamida, utilizado para tratar crises epilépticas parciais em adultos, pode provocar uma acidez excessiva do sangue em alguns pacientes.

A doença, denominada acidose metabólica, pode incluir uma variedade de sintomas, tais como fadiga, anorexia, batimentos cardíacos irregulares ou letargia.

Com o tempo, esta doença pode provocar problemas renais e ósseos, sendo que a doença parece ser pior e mais frequente nos pacientes mais jovens, acrescentou a FDA.

A agência aconselha que os médicos testem o sangue dos pacientes antes de utilizarem o fármaco, comercializado como Zonegran pela Eisai Co Ltd, e posteriormente de forma periódica durante o tratamento, mesmo se estes não apresentarem sintomas.

A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue.

Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema de amortecimento do pH do corpo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta libertar o sangue do excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbónico.

Finalmente, também os rins tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir demasiado ácido, o que conduz a uma acidose grave e finalmente ao coma.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/23/eline/links/20090223elin017.html

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Alzheimer: primeira patente europeia para vacina terapêutica

A empresa de biotecnologia, Biotech Araclon, recebeu sua primeira patente europeia para uma vacina terapêutica para a doença de Alzheimer. A empresa pretende começar a regulamentar a vacina ao longo deste ano, para iniciar os ensaios clínicos em seres humanos, no final 2010.

Segundo o relatório da Biotech Araclon, "depois de desenvolver e patentear uma série de anticorpos, alcançamos uma vacina que já conseguiu resultados promissores em modelos animais, principalmente em cães."

As conclusões relativas à toxicidade e eficácia em modelos animais geraram grandes expectativas à empresa face a este projecto ambicioso.

A empresa tem, actualmente, mais de trinta registos de patentes internacionais e após conquistar o mercado europeu, tem como alvo os Estados Unidos.

Raquel Pacheco


Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9825

Cancro da Próstata: CE aprova Firmagon

A Comissão Europeia aprovou a comercialização do Firmagon (degarelix) indicado para doentes com cancro de próstata avançado, anunciou a Ferring Pharmaceuticals.

De acordo com o site PMFarma, durante o estudo da fase III, ficou comprovado que o medicamento - um antagonista dos receptores GnRH - produziu uma redução rápida e significativa nos níveis de testosterona em 96% dos doentes.

A testosterona tem um papel importante no crescimento e propagação do cancro de próstata.

Raquel Garcez

Fonte: http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9833

Cirrose do fígado pode também danificar cérebro e coração

Um novo estudo descobriu que a inflamação acrescida provocada pela cirrose do fígado pode levar as pessoas com esta doença a desenvolverem também problemas neurológicos, cognitivos e de ritmo cardíaco.

A cirrose do fígado, que mata 25 mil pessoas nos Estados Unidos e 2 mil em Portugal todos os anos, é frequentemente um resultado do consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou da hepatite C. Esta doença afecta o fígado e surge devido ao processo crónico e progressivo de inflamações.

A doença ocorre quando o fígado é danificado e não consegue filtrar as toxinas convenientemente. As pessoas que sofrem de cirrose tendem a ter problemas relacionados com o coração e uma doença conhecida como encefalopatia hepática, que ocorre quando quantidades cada vez maiores de toxinas não filtradas atingem o cérebro, deteriorando a função cerebral. A encefalopatia hepática pode afectar tanto a performance física como a mental.

De acordo com os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade College London e do Hospital Royal Free, em Londres, todas as três doenças estão relacionadas com o aumento da inflamação sistémica.

Num estudo com pessoas com cirrose, publicado na “American Journal of Physiology-Gastrointestinal and Liver Physiology”, a equipa de investigadores descobriu fortes ligações entre os problemas dos batimentos cardíacos e a encefalopatia hepática. O nível de citocinas inflamatórias (moléculas que activam a resposta do organismo à inflamação) de uma pessoa aumentou à medida que a incapacidade cognitiva ampliou e a variabilidade na frequência cardíaca diminuiu.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_80601.html
ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=338817&headline=98&visual=25&tema=37

Fármaco anti-enjoo pode ajudar a aliviar sintomas de abstinência de opióides

O tratamento com o fármaco ondansetrom contra os enjoos pode ajudar a diminuir os sintomas de abstinência das pessoas dependentes de morfina, oxicodona e outros fármacos opióides.

O Dr. J. David Clark, da Universidade de Stanford, em Palo Alto, na Califórnia, e colegas estudaram se o ondansetrom (um fármaco normalmente utilizado para tratar as náuseas e vómitos causados pela quimioterapia) poderia aliviar os sintomas de abstinência associada aos opiáceos em ratos e humanos.

Os investigadores explicaram que uma das dimensões da dependência é a física, sendo que esta pode ser modelada em ratos.

Os investigadores trataram um grupo de ratos durante quatro dias com doses cada vez mais elevadas de morfina. Posteriormente, os ratos receberam naxolona (um fármaco antagonista dos opiáceos) e os investigadores contabilizaram as vezes que os animais saltaram em 15 minutos, como medida da dependência física.

Os resultados, publicados na “Pharmacogenetics and Genomics”, revelaram que o tratamento dos ratos com ondansetrom reduziu significativamente os saltos que estavam associados à abstinência da morfina.

Os investigadores conduziram a seguir um estudo em humanos. Oito voluntários saudáveis do sexo masculino foram pré-tratados com placebo ou ondansetrom antes de receberem morfina seguida de naloxona. Os sintomas de abstinência foram significativamente reduzidos nos participantes que receberam ondansetrom.

Embora os pacientes a receberem medicamentos opióides de forma crónica possam não desenvolver dependência, a tolerância, o aumento da sensibilidade à dor e a dependência física que podem desenvolver podem complicar a gestão do paciente.

Os investigadores concluíram que o tratamento com fármacos como o ondansetrom pode fornecer parte da solução para significativos problemas de saúde pública associados à utilização de opióides.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/20/eline/links/20090220elin024.html

Diabetes: Níveis de açúcar elevados podem afectar a memória

Resultados de um estudo revelaram que um aumento dos níveis de açúcar no sangue, nas pessoas com diabetes tipo 2, provoca uma pior função cerebral.

Os participantes do estudo, cerca de 3 mil pessoas com 55 anos ou mais do Canadá e dos Estados Unidos, submeteram-se a testes cognitivos delineados para medir diversos aspectos do funcionamento da memória.

Os investigadores descobriram que um aumento de 1 por cento dos níveis de hemoglobina A1C (uma medida dos níveis médios de glicose no sangue durante 2 a 3 meses) foi associado a resultados ligeiramente menores nos testes de rapidez psicomotora, função cognitiva global, memória e realização de tarefas múltiplas.

Contudo, não foi encontrada qualquer ligação entre os resultados dos testes e os níveis diários de glicose no sangue, que são medidos através de um teste de glicose em jejum.

O investigador principal, o Dr. Jeff Williamson, do Centro Médico Baptista da Universidade de Wake Forest, referiu que uma das complicações pouco conhecidas da diabetes tipo 2 é o declínio da memória que leva à demência, particularmente à Doença Alzheimer.

Este estudo, publicado na “Diabetes Care”, acrescenta evidências de que um mau controlo da glicose no sangue está fortemente associado a um pior funcionamento da memória e que estas associações podem ser detectadas bem antes da pessoa desenvolver uma perda de memória grave.

Investigações anteriores demonstraram que as pessoas com diabetes têm uma probabilidade 1,5 vezes maior de experienciar um declínio cognitivo e desenvolver demência do que aquelas que não sofrem de diabetes.

O Dr. Williamson salientou que as pessoas com diabetes devem estar abertas à possibilidade de terem um familiar que se certifique periodicamente que estão a gerir bem a diabetes através de monitorização, dieta, exercício e medicação.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_80766.html

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fármaco pode ajudar a melhorar memória nos idosos

Investigadores espanhóis referiram que num estudo um fármaco utilizado para um tipo de distúrbio metabólico hereditário melhorou a memória de animais de laboratório com Doença de Alzheimer.

Os investigadores do Centro de Investigação Médica Aplicada da Universidade de Navarra, em Pamplona, demonstraram que o fármaco fenilbutirato de sódio, actualmente prescrito para pacientes com perturbações no ciclo da ureia, facilita a fusão de proteínas responsáveis pelas ligações entre os neurónios, assim aumentando a capacidade de aprendizagem do rato envolvido.

A Dra. Ana Garcia-Osta referiu que estas descobertas, publicadas na “Neuropsychopharmacology”, oferecem perspectivas novas e promissoras para o tratamento da Doença de Alzheimer e outras demências relacionadas.

A investigadora referiu que o déficit cognitivo está associado a uma perda de ligações entre os neurónios. Para a memória se desenvolver é necessário que sejam activados uma série de mecanismos celulares e moleculares, sendo que a interrupção destes processos afecta a capacidade de assimilar e armazenar novas memórias.

A equipa de investigadores referiu que está actualmente focada em tentar descobrir o mecanismo de acção deste fármaco. A Dra. Garcia-Osta referiu que este fármaco está agora clinicamente disponível e é bem tolerado, sendo que a confirmação do seu valor terapêutico em humanos poderá ser aplicada à Doença de Alzheimer num período de tempo mais curto do que outros fármacos que estão a ser estudados.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/19/A_drug_may_improve_memory_in_elderly/UPI-29871235068180/

Dengue: vacina da Sanofi inicia ensaios clínicos na Tailândia

A divisão de vacinas da Sanofi-Aventis, Sanofi Pasteur, anunciou em comunicado que a sua candidata a vacina tetravalente em estudo para o dengue vai entrar num ensaio clínico pediátrico na Tailândia.


O objectivo desta fase é feterminar a sua eficácia na protecção de crianças contra aquela que é a doença tropical mais alastrada no mundo a seguir à malária é o objectivo desta fase.

A candidata a vacina tetravalente da Sanofi Pasteur é a primeira a alcançar este estágio de desenvolvimento clínico.


Raquel Garcez

Fonte: http://www.sanofipasteur.com/sanofi-pasteur2/sp-media/SP_CORP/EN/54/635/Dengue%20Thailand%20180209%20ENG.pdf?siteCode=SP_CORP

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cancro: portuguesas descobrem mutação responsável pela progressão

Uma mutação genética responsável pela progressão do cancro foi identificada por investigadoras portuguesas. A descoberta pode abrir caminho ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o cancro.

Publicado na última edição da revista Nature Genetics, o estudo – feito em colaboração com colegas de outros países – baseou-se na análise de amostras de tumores enviadas de vários países.

Em declarações à Agência Lusa, uma das autoras do artigo, Sónia Melo, esclareceu que "as colaborações internacionais surgiram depois de encontrarmos a mutação, de desenvolvermos alguns estudos funcionais e de descobrirmos que a mutação era biologicamente bastante relevante".

A investigadora revelou que, “o mais interessante no estudo é que a mutação descrita tem como consequência que nos cancros estudados a produção de pequenas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) que regulam a expressão dos genes, chamadas microRNAs, deixa de ser correcta”.

Apesar da carcinogénese ter sido associada a várias vias, Sónia Melo sublinhou o facto de esta ser “a primeira vez que se liga a via de biogénese das microRNAs ao processo tumorogénico.”


Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa/ http://www.nature.com/ng/journal/vaop/ncurrent/abs/ng.317.html

Eisai pode comercializar antiepiléptico da Bial na Europa

Caso ganhe a aprovação de comercialização na Europa, o novo antiepiléptico da Bial - o Zebinix® (acetato de eslicarbazepina) - poderá ser comercializado e distribuído pela Eisai Europe Ltd, a subsidiária europeia da Eisai Co, Ltd.

Segundo o acordo firmado - avançado pela Agência Lusa - a Bial vai receber 95 milhões de euros, montante referente ao pagamento inicial pela concessão da licença, mais outros pagamentos decorrentes de futuras aprovações do fármaco na área da epilepsia na Europa. Em contrapartida, a Eisai obtém licença para a comercialização, promoção e distribuição daquele fármaco na Europa.

Os laboratórios Bial submeteram o Zebinix® à aprovação da Agência Europeia do Medicamento (EMEA), em Março de 2008, estando prevista a sua aprovação para o segundo trimestre de 2009.

O fornecimento do produto acabado à Eisai, os direitos de desenvolvimento e produção competem à maior farmacêutica portuguesa, assim como, a opção de co-promoção de Zebinix® na Europa.


O Zebinix®, está indicado para o tratamento adjuvante das crises parciais de epilepsia, com ou sem generalização secundária, em doentes com 18 ou mais anos de idade.

Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa

Tibolona aumenta risco de recorrência de cancro da mama

Descobertas de um estudo, publicadas na "The Lancet Oncology", demonstraram que a utilização de tibolona, um fármaco para o tratamento de substituição hormonal, em pacientes com cancro da mama que têm sintomas vasomotores resultou num aumento de 40 por cento do risco de recorrência do cancro, em comparação com as pacientes que receberam placebo.

O estudo, que foi terminado seis meses antes do previsto devido ao risco elevado, envolveu 3 098 mulheres, com sintomas vasomotores que se submeteram a tratamento cirúrgico para o cancro da mama, que receberam aleatoriamente uma dose diária de tibolona ou de placebo.

Após um seguimento médio de 3,1 anos, os dados indicaram que as mulheres que receberam tibolona apresentaram um aumento de 15,2 por cento na recorrência do cancro, em comparação com um aumento de 10,7 por cento naquelas que receberam placebo.

Contudo, os investigadores referiram que os sintomas vasomotores e a densidade mineral óssea melhoraram significativamente no grupo que recebeu tibolona, em comparação com as que receberam placebo.

O investigador principal, o Dr. Peter Kenemans, e colegas referiram que muitas pacientes com cancro da mama utilizam actualmente a tibolona para os sintomas da menopausa, mas os resultados do ensaio demonstram que os médicos não devem prescrever o medicamento a sobreviventes de cancro.

A tibolona, que é comercializada como Clitax, Goldar, Livial, Tibolona Teva (genérico) ou Ulcinil, pertence ao grupo de medicamentos denominados de Terapêutica Hormonal de Substituição (THS). O fármaco está indicado para o alívio dos sintomas resultantes da menopausa (natural ou cirúrgica) e para a prevenção e tratamento da osteoporose pós-menopáusica (enfraquecimento dos ossos).

Na menopausa (ou após um cirurgia para remoção dos ovários) o organismo feminino pára de produzir estrogénio, a hormona feminina. Podem então surgir nas mulheres certas queixas, tais como afrontamentos, suores nocturnos, irritação vaginal, depressão e desejo sexual diminuído. A deficiência em hormonas sexuais pode também causar a rarefacção dos ossos (osteoporose).

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=C28A9B1E9E83453D87118EA199A9C11D

EMEA recomenda suspensão da comercialização do Raptiva para a psoríase

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a suspensão da comercialização do fármaco Raptiva (efalizumab), da Merck KGaA e da Genentech, para o tratamento da psoríase, referindo que os benefícios do medicamento já não superam os riscos, devido a questões de segurança, incluindo a ocorrência de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP).

Adicionalmente, num alerta de saúde pública publicado no site da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), a agência refere que recebeu três casos confirmados e outro possível de leucoencefalopatia multifocal progressiva em pacientes a tomar Raptiva, desde que o fármaco foi aprovado em 2003. Três dos pacientes morreram.

A FDA declarou que está a rever os casos adicionais de leucoencefalopatia multifocal progressiva e irá seguir os passos apropriados para assegurar que os riscos do Raptiva não superam os benefícios.

Em Outubro, a rotulagem do fármaco foi actualizada, de modo a incluir uma caixa de aviso relativamente aos riscos de infecções potencialmente fatais com a utilização do produto.
O Raptiva (efalizumab) está autorizado na União Europeia (UE) desde Setembro de 2004, sendo comercializado em 24 países da UE, incluindo Portugal.

O Raptiva é utilizado no tratamento de adultos com psoríase em placas crónica (de longa duração), moderada a grave (uma doença que provoca lesões vermelhas e escamosas na pele). Utiliza-se em doentes que não responderam ou não toleram outros tratamentos sistémicos (em todo o organismo) contra a psoríase, incluindo a ciclosporina, o metotrexato e o PUVA (psoraleno, raios ultravioleta A). O medicamento só pode ser obtido mediante receita médica.

A LMP é uma infecção cerebral rara causada pelo vírus JC (Vírus John Cunningham), o qual está habitualmente presente na população em geral, apenas conduzindo à LMP quando o sistema imunitário está comprometido, resultando frequentemente em incapacidade grave ou morte.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do;jsessionid=B93BD93B7A464CB25FD5C71580076390?articleid=3F8AE446FE154A9C8BDBD47472DB09F2
www.emea.europa.eu/humandocs/PDFs/EPAR/raptiva/6565604pt1.pdf

Vacina HPV: Infarmed garante que benefício é superior a eventuais riscos

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) afirmou que o benefício da vacina Gardasil®, contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero, "mantém-se claramente superior ao risco" de eventuais reacções adversas.

"Podemos ainda adiantar que nenhuma das reacções adversas constitui facto novo, estando descritas no respectivo Resumo das Características do Medicamento (RCM). É de sublinhar, a propósito, que o perfil de benefício da vacina contra o HPV [vírus do papiloma humano] não sofreu alteração. Isto é, de acordo com a informação actualmente disponível, o benefício do medicamento mantém-se claramente superior ao risco", esclareceu o Infarmed à Agência Lusa.

A propósito de notícias sobre reacções adversas possivelmente relacionadas com a vacina em Espanha, também o director-geral da Saúde, Francisco George, defendeu que "não existem razões ou evidências que justifiquem a suspensão da vacinação, reforçando-se a recomendação de administrar a vacina HPV, Gardasil®, de acordo com as orientações do Programa Nacional de Vacinação".

Por seu turno, o cenário no país vizinho, levou a que mais de metade dos especialistas em Saúde Pública das universidades espanholas assinaram um manifesto a pedir a suspensão da vacinação contra o vírus que provoca o cancro do colo do útero por considerarem duvidosa a relação custo/eficiência do tratamento e não estar totalmente provada a sua segurança, avança a agência Lusa.

Raquel Garcez

Fonte: Agência Lusa

Ácido zoledrónico tem efeitos anti-tumurais

O ácido zoledrónico tem efeitos anti-tumurais directos, indica um estudo publicado no The New England Journal of Medicine.

A investigação - realizada pelo Grupo Austríaco de Estudo do Cancro da Mama e do Cólon (ABCSG) – comprova que o ácido zoledrónico oferece uma significativa protecção contra o reaparecimento (recorrência) do cancro da mama em mulheres na pré-menopausa.

Segundo informa o site Medpage Today, os resultados do primeiro grande estudo de Fase III permitiram concluir que a administração do ácido zoledrónico - em conjunto com a terapêutica hormonal após cirurgia - diminui em 36% o risco de reaparecimento do cancro ou morte, nas doentes a quem foi diagnosticado um cancro numa fase inicial e estejam em pré-menopausa.

A propriedade anti-tumural desta substância activa já havia sido apontada num estudo anterior.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vitamina B e ácido fólico podem ajudar a reduzir enxaqueca

A vitamina B e o ácido fólico podem ajudar a minimizar uma enxaqueca, indica uma investigação australiana da Griffith University que teve por base um outro estudo que identificou um gene denominado MTHFR.

Segundo os investigadores, estima-se que cerca de 20% das pessoas que sofrem de enxaqueca apresentem mutações ou disfunções no gene MTHFR. Na prática, o que acontece é que a mutação leva a maiores níveis de homocisteína.

Os resultados do novo estudo, confirmam a teoria de que a vitamina B em conjunto com o ácido fólico reduziria os níveis de homocisteína.

De acordo o site Telegraph.co.uk, os doentes receberam, durante seis meses, doses de vitamina B e ácido fólico, tendo descrito ao longo desse período "diminuição da frequência e gravidade da dor de cabeça e da incapacidade associada a ela".

Raquel Garcez

Fonte: http://www.telegraph.co.uk/health/healthnews/4523675/Vitamin-B-and-folic-acid-help-fight-migraines.html

Medicamentos para a tensão ajudam a esquecer traumas

Cientistas holandeses acreditam que os medicamentos para a tensão arterial pode ajudar a esquecer traumas.

Segundo um estudo conduzido por investigadores da Universidade de Amsterdão, na Holanda, essas memórias poderiam ser alteradas quando evocadas após a ingestão de um beta-bloqueador - chamado propanolol -, frequentemente usado na prevenção de doenças cardíacas.

De acordo com a BBC, a investigação envolveu 60 pessoas e consistiu na criação artificial de sentimentos de medo nos voluntários, mostrando-lhes imagens de aranhas, associadas a choques eléctricos nos pulsos. Um dia depois, o grupo foi separado. A uma metade, foi administrado propranolol, um bloqueador beta. À outra metade, foi administrado um placebo, antes de lhes serem mostradas as mesmas imagens de aranhas.

Os resultados permitiram constatar que o grupo que tomou o medicamento para o coração mostrou menos sinais de medo. A equipa holandesa ficou convencida de que os medicamentos para a tensão arterial alteram a maneira como os acontecimentos são recordados, podendo, assim, ajudar os doentes que sofrem de problemas emocionais depois de viverem acontecimentos traumáticos.

Raquel Garcez


Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090216_memoriaremedionp.shtml

Melanoma e Doença de Parkinson podem estar relacionados

Investigadores relataram que quando existem casos de melanoma na família também há a possibilidade de existir Doença de Parkinson.

Os investigadores descobriram que uma história familiar de melanoma parece estar relacionada com uma susceptibilidade genética para desenvolver a Doença de Parkinson.

O Dr. Xiang Gao, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, referiu à Reuters Health que a co-ocorrência de Parkinson e melanoma tem sido relatada em diversos estudos, sendo que este estudo é o primeiro que demonstra que esta co-ocorrência pode dever-se a mecanismos genéticos comuns a estas duas doenças.

Os investigadores analisaram dados de dois estudos a decorrer: o estudo de seguimento de profissionais de saúde masculinos e o estudo de saúde de enfermeiras.

Todos os participantes, cerca de 132 mil homens e mulheres, não sofriam de Parkinson no início dos estudos, mas nos seguintes 14 a 20 anos ocorreram 543 casos.

Os participantes tinham fornecido informações sobre a existência de quaisquer casos de melanoma nos seus pais ou irmãos. Os investigadores descobriram que uma história familiar de melanoma quase duplicou a probabilidade de desenvolver Parkinson, tendo concluído que ambas as doenças partilham componentes genéticos comuns.

O Dr. Gao referiu que, relativamente aos possíveis mecanismos subjacentes nas duas doenças, o metabolismo dos pigmentos e os genes que codificam as proteínas neste processo, pelo menos em parte, explicam esta associação.

A equipa de investigadores demonstrou recentemente que as pessoas com cabelo ruivo ou com uma variante do gene de pigmentação, denominado MC1R, tinham duas a três vezes mais probabilidade de desenvolver a Doença de Parkinson. O Dr. Gao explicou que tanto o cabelo ruivo como o gene MC1R são factores de risco bem estabelecidos para o melanoma.

O investigador acrescentou que será importante confirmar estas descobertas em outras populações, pois se estas forem confirmadas poderão ajudar os médicos a identificar populações de risco elevado de Doença de Parkinson.

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave. O melanoma tem início nas células da pele, os melanócitos (células pigmentares), quando estes se tornam malignos. Em Portugal, surgem anualmente cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.

Isabel Marques

Alimentos coloridos ajudam a prevenir doenças

Os alimentos coloridos desempenham um papel importante na prevenção de certas doenças e no fortalecimento do corpo, devido às propriedades dos corantes, concluiu um estudo do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com o Folha Online, a autora da investigação e especialista em nutrição clínica, Fabiana Carvalho Trovão, “os alimentos não são coloridos por mero capricho da Natureza, cada cor representa um pigmento, um nutriente com propriedades específicas.”

Por isso, a especialista aconselha que “o ideal é consumir cinco porções por dia, uma de cada cor”, deste modo, “fortalecemos o sistema imunológico e preparamos o corpo para combater substâncias cancerígenas e doenças”, sublinhou.

A especialista dá o exemplo do betacaroteno, corante responsável pela coloração amarela ou alaranjada dos alimentos e, popularmente, associado ao bronzeado uniforme e duradouro. Esta substância possui, também, algumas outras propriedades, nomeadamente, anticancerígenas.

Segundo uma descoberta feita por outra nutricionista, Luciana Tomita, a ingestão de alimentos com essa coloração “ajuda a proteger a mulher contra o cancro do colo do útero”.

Raquel Garcez

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=373194

Amamentação diminui risco de pneumonia nos bebés do sexo feminino

A amamentação parece reduzir o risco de infecção pulmonar grave e hospitalização associada entre os bebés do sexo feminino, mas não entre os do sexo masculino.

Os rapazes podem retirar alguma protecção da amamentação, mas este estudo, publicado na “The Pediatric Infectious Disease Journal”, pode ter sido demasiado pequeno para identificar suficientemente este benefício específico.

Ainda assim, os resultados provenientes do estudo com bebés em Buenos Aires reflectem os de investigações anteriores conduzidas na Argentina e nos Estados Unidos e, tomados em conjunto, indicam que as mães de meninas devem prestar atenção à importância da amamentação para proteger os pulmões das bebés.

Os investigadores, liderados pelo Dr. Fernando Polack, da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no Tennessee, avaliaram como a amamentação alterou o risco de pneumonia e hospitalização entre 323 bebés que desenvolveram uma infecção respiratória aguda, em média, aos 4,6 meses.

No geral, 77 por cento dos bebés foram amamentados, tendo 23 por cento das meninas que foram alimentadas com leite em fórmula desenvolvido pneumonia viral, em comparação com 5 por cento das que foram amamentadas. A hospitalização foi mais frequentemente necessária entre as bebés alimentadas com leite em fórmula (38%) do que entre as amamentadas (18%).

Estas associações foram sustentadas após serem tidos em conta outros factores de risco, tais como a utilização de tabaco em casa, existência de irmãos com 10 anos ou menos, viver num ambiente com muitas pessoas, os bebés terem menos de três meses, a presença de outras infecções virais e história de asma entre os membros da família.

Por outro lado, quaisquer benefícios para os rapazes não foram estatisticamente significativos neste estudo.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/17/eline/links/20090217elin001.html

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma maçã por dia ajuda a proteger contra o cancro da mama

Investigadores norte-americanos confirmaram que uma maçã por dia, juntamente com outras frutas e vegetais, realmente ajuda a reduzir o risco de uma mulher desenvolver cancro da mama.

O Dr. Rui Hai Liu, da Universidade de Cornell, em Ithaca, Nova Iorque, referiu que os seus seis estudos, publicados no ano passado, acrescentam evidências de que a maçã e outros produtos inibem significativamente o tamanho de tumores mamários em ratos, sendo que quantos mais extractos de maçã estes recebessem maior era a inibição.

No seu último estudo, o Dr. Liu descobriu que um tipo de adenocarcinoma, um tumor altamente maligno e que é a principal causa de morte em pacientes com cancro da mama, foi evidente em 81 por cento dos tumores nos animais de controlo.

Contudo, este tipo de tumor apenas se desenvolveu em 57 por cento, 50 por cento e 23 por cento dos ratos que receberam doses de extractos de maçã baixas, médias e elevadas, respectivamente, o equivalente a uma, três e seis maçãs por dia em humanos, durante o estudo de 24 semanas.

Os estudos salientam o papel importante dos fitoquímicos, conhecidos com fenólicos ou flavonóides, descobertos nas maçãs, noutras frutas e em vegetais.

O Dr. Liu referiu que estes estudos acrescentam evidências de que um consumo elevado de frutas e vegetais, incluindo maçãs, podem fornecer aos consumidores mais fenólicos, que estão a provar ter benefícios importantes para a saúde. O investigador acrescentou que recomenda que as pessoas comam mais e uma maior variedade de frutas e vegetais diariamente.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/17/Apple_a_day_helps_keep_breast_cancer_away/UPI-58271234900716/

Tratamento com arsénico e vitamina A efectivo para pacientes com leucemia

Resultados de um estudo de longo prazo parecem indicar que os investigadores conseguiram tratar efectivamente e com segurança pacientes com leucemia, um cancro do sangue e da medula óssea, com uma combinação de arsénico e vitamina A.

No artigo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os investigadores chineses referiram que prescreveram o regime a 85 pacientes e monitorizaram-nos durante uma média de 70 meses.

Destes pacientes, 80 atingiram uma remissão completa e os investigadores não encontraram, a longo prazo, quaisquer problemas associados nos seus corações ou pulmões, não tendo havido desenvolvimento de cancros secundários.

Os investigadores referiram que, dois anos após o tratamento, os pacientes apresentavam níveis de arsénico no sangue e na urina bem abaixo dos limites de segurança e apenas ligeiramente mais elevados do que os níveis de controlo.

O tratamento foi efectivo e actuou melhor do que qualquer um dos compostos administrados isoladamente.

Os autores recomendaram que o tratamento seja administrado a pacientes com cancro do sangue e da medula óssea, ou leucemia promielocítica aguda.

Embora a vitamina A seja considerada por alguns peritos como um tratamento viável, esta é a primeira vez que a sua utilização é monitorizada durante um período de tempo tão extenso.

Desde o século XVIII, os compostos do arsénico têm sido utilizados como medicamentos para tratar determinados problemas. A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) aprovou a sua utilização para o tratamento de pessoas com cancro do sangue e da medula óssea em 2000.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51F4RX20090216

Fármaco experimental para aterosclerose não prejudica o fígado

Investigadores austríacos desenvolveram e testaram um fármaco sintético para a aterosclerose que pode reduzir a acumulação de placas perigosas nos vasos sanguíneos, sem efeitos adversos para o fígado.

A autora principal, a Dra. Adelheid Kratzer, da Universidade de Graz, referiu que os resultados encorajadores deste estudo em ratos, publicados na “Journal of Lipid Research”, podem levar a um novo tipo de fármaco para tratar ou mesmo prevenir a aterosclerose, sem produzir o efeito secundário de fígado gordo, que leva a outros problemas como a diabetes.

O fármaco, denominado DMHCA, direcciona-se às proteínas chamadas receptores farnesóide X, que controlam os níveis de colesterol do organismo ao limitar a absorção de colesterol alimentar e ao aumentar a conversão do colesterol em ácidos biliares. Infelizmente, a maior parte dos ligantes dos receptores farnesóide X também controlam a produção de ácidos gordos, por isso os compostos terapêuticos que activam estes receptores também aumentam os níveis de outras gorduras, particularmente no fígado.

Contudo, o DHMCA apresentou efeitos insignificantes na produção de gordura nos testes laboratoriais, pelo que os investigadores o testaram em ratos geneticamente modificados para serem ateroscleróticos.

Os investigadores descobriram que o DHMCA pode reduzir significativamente o tamanho das lesões arteriais nos ratos entre 45 e 48 por cento sem aumentar o conteúdo gordo no fígado ou no sangue, em comparação com outro fármaco experimental do mesmo género, o T0901317.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/16/Atherosclerosis_drug_doesnt_hurt_liver/UPI-76781234812462/

Cientistas descodificam vírus da constipação

O genoma de todas as estirpes conhecidas do vírus da constipação ou do rinovírus foi sequenciado por investigadores norte-americanos. A descoberta poderá abrir caminho à identificação as suas vulnerabilidades.

De acordo com o estudo – publicado no site da revista Science – a equipa de cientistas terá analisado os genes de 99 estirpes de rinovírus consideradas de referência e de outras dez recentemente identificadas "no terreno".

A sequência genética de todas as estirpes conhecidas do vírus da constipação, representa um avanço na ciência que poderá conduzir ao desenvolvimento de um tratamento para esta infecção.

Raquel Garcez


Fonte: http://www.azprensa.com/noticias_ext.php?idreg=40318&AZPRENSA=bd2f350747095b4cc3ec9e03776e2776

Cancro do Cólon: medicamento reduz incidência em roedores

A enzastaurina reduziu significativamente a incidência de cancro do cólon em roedores, revela um estudo realizado pela Mayo Clinic.

De acordo comum comunicado da Mayo Clinic, os resultados sugerem que a enzastaurina poderá ser considerada um tratamento quimiopreventivo eficaz em pessoas que apresentem elevado risco de cancro do cólon.

Os especialistas constataram também que, nos casos em que surgiram tumores, estes eram menos avançados e agressivos, quando comparados com o grupo de controlo. A investigação conduziu ainda a outro conclusão aliada ao facto de a droga não aparentar produzir efeitos adversos severos.

Raquel Garcez

Esclerose Múltipla: Merck e Novartis disputam primeiro fármaco no mercado

A colocação no mercado do primeiro fármaco para a esclerose múltipla está a ser disputada pela Merck KGaA e a Novartis. Ambos os laboratórios planeiam solicitar às autoridades reguladoras a aprovação para comercializar os seus tratamentos orais.

A conquista poderá traduzir-se em 1.3 mil milhões de dólares anuais em vendas, à medida que os pacientes passem a adoptar esta forma de tratamento em detrimento dos injectáveis.

Segundo destaca o site Bloomberg, os novos fármacos poderão significar para muitos doentes “o fim de injecções dolorosas e infusões que deixam os pacientes com dores crónicas e depressão.”

Raquel Garcez

Fonte: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=20601202&sid=a4EfOSGwR87A&refer=healthcare

Cancro pediátrico: Europa desenvolve medicamentos específicos

Um consórcio europeu (O3K) vai desenvolver medicamentos anticancerígenos bocais adaptados para crianças. O anúncio foi feito em Paris por ocasião do Dia Mundial da Criança com Cancro.

Segundo noticia a Agência Lusa, o projecto está a ser coordenado por um dos maiores centros europeus de luta contra o cancro - o Instituto Francês Gustave Roussy - cujo departamento pediátrico trata 450 crianças por ano.
Para o instituto, "o objectivo do projecto O3K (Oral Off-patent Oncology drugs for Kids) é desenvolver novos medicamentos especificamente adaptáveis para as crianças."

Estes novos medicamentos serão preparados a partir de outros já utilizados em cápsulas ou medicamentos para adultos, inadaptados para crianças. O projecto é financiado pela Comissão Europeia e os ensaios clínicos deverão arrancar no fim de Novembro próximo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.moo.pt/noticia/saude/remedios_especificos_para_cancro_infantil_correio_da_manha/148523/

Venda de medicamentos em unidose avança este ano

O Ministério da Saúde garante que a venda de medicamentos em unidose vai avançar ainda este ano, mas em regime experimental e apenas nas farmácias hospitalares.

A venda de medicamentos em dose única é um compromisso do actual Governo assinado em 2006. No entanto, actualmente, a venda de medicamentos em unidose existe apenas no Hospital de Santo André, em Leiria.

A garantia de que este tipo de venda avança este ano foi dada pelo Ministério da Saúde à TSF. Uma notícia que, no entanto, é desconhecida para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma): "Neste momento não sabemos se há algo em cima da mesa. Para nós trata-se de mera especulação. Não fomos consultados no passado recente sobre absolutamente nada", disse João Almeida Lopes à TSF.

De referir que, há estudos que indicam que o Estado pouparia, por ano, 180 milhões de euros se já estivesse em vigor a venda de medicamentos unidose. Por seu turno, para a Apifarma, a medida representa uma a ameaça para a segurança dos doentes.

Raquel Garcez

Fonte: http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_detalhes.php?id=39940
_correio_da_manha/148523/

Insónia relacionada com sestas para aliviar dores de cabeça

Investigadores norte-americanos referiram que dormir para lidar melhor com a dor crónica provocada pelas enxaquecas pode levar a insónias crónicas.

Investigadores do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, compararam um grupo de 32 mulheres com cefaleias tensionais confirmadas, como classificadas pela Sociedade Internacional de Cefaleias, a um grupo de 33 mulheres que apresentavam dores mínimas.

Oitenta e um por cento das mulheres no grupo das cefaleias relataram dormir como uma forma de lidar com as suas dores de cabeça, tendo este método também sido cotado como a estratégia mais efectiva de auto-gestão da dor.

O estudo, publicado na "Journal of Clinical Sleep Medicine”, descobriu que tirar uma sesta para aliviar as dores de cabeça pode servir como uma ligação comportamental entre as enxaquecas e o distúrbio do sono.

O investigador principal, o Dr. Jason C. Ong, referiu que a insónia é uma queixa comum entre as pessoas que sofrem de dores de cabeça. Embora tirar sestas possa aliviar a dor, também pode diminuir a necessidade de dormir à noite para o cérebro, levando a uma capacidade reduzida de iniciar e manter o sono durante a noite.

O estudo descobriu que 58 por cento das pessoas com cefaleias tensionais relataram problemas de sono como uma causa das dores de cabeça, em comparação com 18 por cento daquelas que apenas sofriam de dores de cabeça mínimas.

As cefaleias tensionais devem-se à tensão muscular no pescoço, nos ombros e na cabeça. A tensão muscular pode ser consequência de uma posição corporal incorrecta, de stress social ou psicológico ou do cansaço.

As cefaleias tensionais manifestam-se geralmente de manhã ou às primeiras horas da tarde e pioram ao longo do dia. Muitas vezes, sente-se uma dor mantida e moderada sobre os olhos ou a nuca, ou então uma sensação de pressão forte (como uma fita apertada à volta da cabeça), que pode acompanhar a dor. Esta pode abranger toda a cabeça e por vezes irradiar para trás, para a nuca até aos ombros.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/16/Insomnia_linked_to_tension_headache_naps/UPI-85211234817838/
www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D88%26cn%3D852

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vitamina B12 pode ajudar a aliviar aftas na boca

Investigadores israelitas referiram que, num estudo, doses nocturnas de vitamina B12 preveniram efectivamente o retorno de aftas na boca.

O estudo, publicado na “The Journal of the American Board of Family Medicine”, descobriu que as aftas na boca recorrentes, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), reduziram significativamente após cinco ou seis meses de tratamento com vitamina B12, independentemente dos níveis iniciais de vitamina B12 no sangue.

O investigador principal, o Dr. Ilia Volkov, do Hospital Clalit e da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, referiu que, durante o último mês de tratamento, um número significativo de participantes no grupo de intervenção atingiu um estado sem úlcera aftosa.

Os investigadores testaram o efeito da vitamina B12 em 58 pacientes com estomatite aftosa recorrente, aleatoriamente seleccionados, que receberam uma dose oral de 1 000 microgramas de B12 ao deitar ou placebo, sendo testados mensalmente ao longo de seis meses.

De acordo com o Dr. Volkov, a média de duração dos surtos e a média do número de aftas por mês diminuiu em ambos os grupos, durante os primeiros quatro meses do ensaio. Contudo, a duração dos surtos, o número de aftas e o nível de dor foram reduzidos significativamente aos cinco e seis meses de tratamento com vitamina B12.

As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta.

Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento, por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final.

As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três e, de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.

Isabel Marques

Infarmed: Registados 21 casos de reacções adversas à Gardasil em Portugal

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a vacina Gardasil para prevenir o cancro do colo do útero recebeu 21 notificações de reacções adversas, desde que começou a ser comercializada em Portugal, em 2006, sendo que 14 das quais foram consideradas graves, mas não houve qualquer caso mortal.

Contudo, o Infarmed salienta que não há provas de que as reacções adversas tenham sido consequência directa da imunização com a vacina Gardasil, que foi a escolhida para ser administrada no Plano Nacional de Vacinação, afastando a necessidade de suspender a venda do medicamento em Portugal. Seis casos foram notificados pela indústria farmacêutica e os outros 15 foram reportados por profissionais de saúde.

O presidente da Infarmed, Vasco Maria, desvalorizou os casos registados, salientando que são reacções esperadas quando se trata de medicamentos que mexem com o sistema imunitário, como é o caso das vacinas.

A informação foi actualizada pelo Infarmed, depois de se saber que em Espanha já existem 120 notificações de reacções adversas, 45 das quais consideradas graves. Sete jovens foram hospitalizadas recentemente em Espanha, o que levou as autoridades espanholas a suspenderem, temporariamente, um lote da vacina, estando a situação a ser investigada.

Após a divulgação dos primeiros casos em Espanha, o Infarmed informou que o lote suspenso (NH52670) não chegou a Portugal, mas confirmou a existência de 21 casos de reacções adversas.

A maior parte dos casos, em Portugal, tem a ver com sintomas associados a reacções do foro alérgico, adiantou uma fonte do Infarmed, enquanto em Espanha há registos de convulsões e desmaios.

Em Janeiro último, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou que a vacina contra o cancro do colo do útero passasse a incluir no folheto informativo a ocorrência de desmaios ou convulsões como possíveis reacções adversas.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365067&idCanal=62
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=387797&tema=37&pagina=&palavra=&ver=1

Estrogénio relacionado com síndrome das pernas inquietas durante a gravidez

Um estudo alemão, publicado na revista científica “Sleep”, indicou que o estrogénio tem um papel importante no despoletar da síndrome das pernas inquietas (SPI) durante a gravidez.

O investigador principal, o Dr. Thomas Pollmächer, do Instituto Max Planck de Psiquiatria, em Munique, referiu à Reuters Health que, pela primeira vez, existem evidências directas de que esta síndrome na gravidez está directamente relacionada com as alterações hormonais.

No estudo, dez mulheres grávidas com síndrome das pernas inquietas e nove grávidas saudáveis, para o controlo, forneceram amostras de sangue e submeteram-se a estudos num laboratório do sono durante a noite, no terceiro trimestre da gravidez, e novamente três meses após o parto.

Oito das dez pacientes com a síndrome relataram sintomas de pernas inquietas antes da actual gravidez e todas as dez descreveram uma piora dos sintomas durante a gravidez.

De acordo com os investigadores, as mulheres com síndrome das pernas inquietas demonstraram níveis de estrogénio significativamente mais elevados durante a gravidez, em comparação com o grupo de controlo. Outros níveis hormonais relacionados com a gravidez não diferiram significativamente entre os dois grupos.

Os estrogénios, que são chamados hormonas esteróides neuroactivas, são importantes, não só para a concepção e gravidez, mas também actuam directamente no cérebro.

Esta descoberta nas mulheres grávidas pode ajudar a compreender a síndrome das pernas inquietas, em geral, e eventualmente levar a um caminho adicional para o desenvolvimento de um tratamento.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51C5V920090213

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ácidos gordos ómega-3 ajudam a proteger o fígado

Investigadores espanhóis revelaram que as dietas ricas em ácidos gordo ómega-3, provenientes de alimentos como o salmão e as sardinhas, ajudam a proteger o fígado de danos e contra a resistência à insulina.

O Dr. Joan Claria, da Universidade de Barcelona, descobriu que dois tipos de lípidos nos ácidos gordos ómega-3, denominados protectinas e resolvinas, são a causa do efeito protector.

Os investigadores estudaram quatro grupos de ratos com um gene alterado para os tornar obesos e diabéticos. Um dos grupos recebeu uma dieta enriquecida com ómega-3, o segundo grupo recebeu uma dieta de controlo, o terceiro recebeu ácido docosahexaenóico (DHA) e o último grupo recebeu apenas resolvinas.

Após cinco semanas, foram examinadas amostras de sangue e fígado dos ratos do estudo. Os ratos que receberam a dieta rica em ómega-3 exibiram menos inflamação e melhoraram a tolerância à insulina. Isto deveu-se à formação de protectinas e resolvinas dos ácidos gordos ómega-3.

O estudo, publicado na “Federation of American Societies for Experimental Biology Journal”, demonstrou, pela primeira vez, que estes lípidos derivados dos ácidos gordos ómega-3 podem realmente reduzir a ocorrência de complicações hepáticas, tais como esteatose hepática ou fígado gordo e resistência à insulina, nas pessoas obesas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/13/Omega-3_guards_against_insulin_resistance/UPI-41511234565171/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fármaco para a hipertensão ajuda pacientes com doença renal

Investigadores revelaram que elevadas doses do fármaco candesartan, para a pressão sanguínea elevada, pode proteger as pessoas com doença renal de desenvolveram insuficiência renal e de precisarem de diálise ou transplante.

Doses diárias de oito vezes a quantidade normal do fármaco diminuíram as quantidades anormais de proteína na urina, denominada proteinúria, em pacientes com doença renal.

A Dra. Ellen Burgess, da Universidade de Calgary, no Canadá, referiu que quanto melhor for a redução da proteinúria com o tratamento, menor será a probabilidade do paciente vir a desenvolver doença renal de última fase, necessitando depois de terapia de substituição como diálise ou transplante. A diabetes e a hipertensão são as principais causas de doença renal grave.

A investigadora revelou que reduzir a proteína na urina pode também diminuir o risco de doença cardiovascular como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

O candesartan, que é comercializado como Atacand, da AstraZeneca, e Blopress, da Takeda, pertence a um grupo de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II, que são utilizados para baixar a pressão sanguínea e facilitar o bombeamento do sangue pelo coração.

O estudo, publicado na “Journal of the American Society of Nephrology”, envolveu 269 pacientes que tinham níveis elevados de proteína na urina apesar de tomarem a dose standard de 16 miligramas por dia de candesartan.

As pessoas que receberam 128 mg por dia do fármaco, durante 30 semanas, apresentaram mais de um terço de redução da proteína na urina, em comparação com aquelas que receberam 16 mg por dia, durante o mesmo período.

Os investigadores referiram que ficaram surpreendidos com os resultados, sublinhando que outros antagonistas dos receptores da angiotensina II tinham sido testados em doses elevadas mais sem o mesmo sucesso.

Isabel Marques

Fontes:
www.reuters.com/article/healthNews/idUSTRE51A8CW20090211

Ácido úrico elevado aumenta risco de morte por doença cardiovascular

Resultados de um estudo conduzido em Taiwan revelaram que níveis elevados de ácido úrico no sangue são um forte indicador de morte devido a doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e outras causas.

O Dr. Wen-Harn Pan, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipé, referiu que esta descoberta é verdadeira não só para os grupos de risco elevado, mas também para a população geral, e potencialmente para grupos de baixo risco.

Os investigadores estudaram dados de aproximadamente 42 mil homens e 49 mil mulheres com uma média de 51 anos. Todos realizaram exames médicos entre 1994 e 1996 e foram seguidos até ao final de 2003.

Níveis elevados de ácido úrico no sangue, definidos como estando acima dos sete miligramas por decilitro, foram documentados no primeiro exame em 40 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres. Durante uma média de seguimento de 8,2 anos, 5 427 participantes morreram e 1 151 dessas mortes foram atribuídas a doença cardiovascular.

Na população geral do estudo, um nível elevado de ácido úrico no sangue foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco de morte devido a doença cardiovascular, AVC, insuficiência cardíaca congestiva ou outra causa.

Um nível elevado de ácido úrico no sangue teve ainda um maior impacto na morte entre as pessoas com pressão sanguínea elevada e diabetes.

O Dr. Pan revelou, na "Arthritis & Rheumatism”, que um nível elevado de ácido úrico no sangue é um factor de risco para a morte relacionada com causas cardiovasculares, mesmo naqueles sem os factores habituais de risco de doença cardiovascular.

Em conclusão, o Dr. Pan referiu que os dados demonstram que as pessoas com níveis elevados de ácido úrico no sangue apresentaram uma pior sobrevivência do que aquelas com níveis mais baixos.

O ácido úrico é um produto da divisão dos compostos do nitrogénio e, normalmente, é excretado pela urina. Durante décadas, tem-se sido reconhecido que o ácido úrico é encontrado em níveis elevados nas articulações das pessoas que sofrem de gota. Mais recentemente, tem-se sugerido que o ácido úrico pode ser um sinal de perigo lançado por células danificadas que despoleta a inflamação e uma resposta imunitária forte.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/12/eline/links/20090212elin027.html

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Estudo relaciona psoríase e osteoporose em homens

Investigadores israelitas acreditam na existência de uma associação entre psoríase e osteoporose, mas apenas entre os indivíduos do sexo masculino, revala um estudo publicado no Journal of Investigative Dermatology.

De acordo com a investigação realizada na Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, a prevalência de osteoporose foi significativamente maior entre os doentes com psoríase do que nos indivíduos que compunham o grupo controlo: 3,1% versus 1,7%.

O estudo envolveu 7.936 doentes, com idades entre os 51 e os 90 anos, diagnosticados com psoríase, tendo sido compardo com um grupo de controlo composto por 14.835 indivíduos que não apresentavam psoríase.

A fraca associação estatística entre psoríase e osteoporose nas mulheres sugere que a relação entre psoríase e osteoporose só exista nos homens.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/jid/index.html

Ácido acetilsalicílico diminui risco de cancro do estômago

O risco de desenvolver carcinomas estomacais pode ser reduzido através do uso de certos medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) – especialmente o ácido acetilsalicílico - indica um estudo publicado no British Journal of Cancer.

A investigação norte-americana - liderada por Christian Abnet, do National Cancer Institute em Maryland, nos Estados Unidos – constatou que a toma de AINEs permitiu reduzir em um terço o risco de desevnvolver certos tipos de cancro do estômago.

Segundo informa o British Journal of Cancer, o estudo analisou 311.115 pessoas, com idade superior a 50 anos, ao longo de sete anos. Dos avaliados, 73% tomaram ácido acetilsalicílico e 56% recorreram a outros AINEs, pelo menos uma vez, nos 12 meses anteriores ao início da investigação.

Os resultados alcançados apontam esta possível protecção do ácido acetilsalicílico. “As pessoas que tomaram pelo menos um comprimido de ácido acetilsalicílico no ano anterior à pesquisa apresentaram um risco 36% menor de desenvolver cancro do estômago do que as pessoas pertencentes ao grupo que não tomou o fármaco com tanta frequência”, lê-se no artigo.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.nature.com/bjc/index.html

Bombas de insulina: comparticipação chega em Fevereiro

“O fornecimento das bombas está a ser ultimado, havendo a «perspectiva de que o processo esteja formalizado no decorrer de Fevereiro”, a informação foi avançada pela Administração Central do Sistema de Saúde e confirmada pelo Ministério da Saúde ao jornal Expresso.

A notícia não ganhou o entusiasmo do coordenador nacional do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes, José Boavida, que diz só acreditar na data avançada por estes organismos quando o processo estiver finalizado. “A implementação das bombas infusoras de insulina arrasta-se há três anos e a última promessa de finalização do processo remonta a Novembro de 2007”, explicou.

De acordo com a estimativa nacional, são mais de 600 os diabéticos necessitados de uma bomba de insulina. No entanto, apesar de esta ser a realidade, a Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde é peremptória: “Não havendo experiência anterior suficiente, estimou-se que no primeiro ano de implementação o número de doentes contemplados ronde os 100”, ressalvando que “este número é passível a correcção à medida que a experiência demonstre necessidade de alteração”.

Segundo os critérios de elegibilidade destes doentes, a “grande aposta” será feita nas crianças e grávidas e só serão contemplados os diabéticos tipo 1.

Raquel Garcez

Fonte: http://aeiou.expresso.pt/comparticipacao_em_bombas_de_insulina_prevista_este_mes=f497046

Aspirina reduz risco de lesão colorrectal

O uso prolongado de doses reduzidas de aspirina reduz em 13% a probabilidade de lesões pré-cancerosas em pacientes em risco de desenvolverem cancro colorrectal, sugere um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute e divulgado pelo site Medical News Today.

A investigação conduzida por cientistas da Escola de Medicina de Dartmouth, nos Estados Unidos, incidiu nos participantes do ensaio Aspirin/Folate Polyp Prevention, 1.100 dos quais foram considerados de alto risco em relação ao cancro colorrectal devido ao historial de desenvolvimento de pólipos.

Segundo os resultados divulgados, as pessoas que foram testadas com a dose mais reduzida (81 miligramas) de aspirina, e que continuaram frequentemente a tomar este medicamento, apresentaram um risco 13% mais reduzido de desenvolverem lesões pré-cancerosas, ou adenomas, em comparação com os voluntários testados com placebo. Após o fim do tratamento, o efeito protector da aspirina manteve-se activo durante algum tempo.

A mesma conclusão saiu de um estudo congénere, onde os indivíduos em risco de cancro colorrectal - a tomar aspirina - alcançaram uma redução de 28% na probabilidade de desenvolverem lesões avançadas.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.medicalnewstoday.com/articles/138650.php

Autismo: identificados dois genes relacionados com sintomas

Um estudo norte-americano constatou que os roedores portadores de mutações genéticas no PTEN e no gene transportador da serotonina apresentam cérebros de maiores dimensões. Uma situação que parece estar relacionada com os sintomas do autismo.

De acordo com o site Sott.net, investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirmam ter identificado dois genes que, em roedores, demonstraram estar relacionados com os sintomas do autismo.

No artigo publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas reportam a descoberta de que os animais que eram portadores do PTEN e do gene de transporte da serotonina registavam sinais mais severos e tinham o cérebro maior do que os roedores que apenas apresentavam uma das mutações genéticas.

Segundo explica o coordenador do estudo, Damon T. Page, “os resultados providenciam evidências que indicam que a severidade dos sintomas do autismo pode ser o resultado de variações do ADN em diversos locais do genoma”.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.sott.net/articles/show/175674-2-Genes-Implicated-in-Autism

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fármacos para insuficiência cardíaca podem ajudar a tratar distrofia de Duchenne

Investigadores norte-americanos descobriram que uma nova classe de fármacos experimentais para a insuficiência cardíaca pode também ajudar a tratar um distúrbio muscular fatal denominado distrofia muscular de Duchenne.

Os investigadores do Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, referiram que a medicação pode ser efectiva embora a insuficiência cardíaca e a distrofia muscular de Duchenne não possam parecer mais díspares.

A Duchenne afecta rapazes, normalmente antes dos seis anos, destruindo as células musculares e tornando-os progressivamente mais fracos. Muitos destes pacientes morrem entre os 20 e os 30 anos.

No que diz respeito à insuficiência cardíaca, as pessoas que sofrem desta doença são privadas da capacidade do coração bombear o sangue na sétima, oitava ou nona década da vida.

O estudo, publicado na “Nature Medicine”, descobriu que as células musculares afectadas em ambas as doenças apresentam a mesma fuga microscópica que enfraquece os músculos esqueléticos na Duchenne e os músculos cardíacos na insuficiência cardíaca. A fuga deixa o cálcio penetrar lentamente nas células dos músculos esqueléticos, que ficam danificadas devido ao excesso de cálcio, na distrofia muscular de Duchenne.

Nas pessoas com insuficiência cardíaca crónica, uma fuga de cálcio semelhante enfraquece continuamente a força produzida pelo coração e também activa uma enzima que digere proteínas que danifica as fibras musculares do coração.

O investigador principal, o Dr. Andrew Marks, coloca a hipótese de que uma nova classe de fármacos experimentais, que foram delineados para parar a fuga no coração, poderá também funcionar para a distrofia muscular de Duchenne. Os fármacos, quando foram administrados a ratos com a doença, melhoraram dramaticamente a força muscular e reduziram o número de células musculares danificadas.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/09/Heart_failure_drug_aids_Duchenne_disease/UPI-89341234223059/

Mulheres que bebem frequentemente refrigerantes podem aumentar risco renal

Um estudo norte-americano revelou que as mulheres que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia têm o dobro da probabilidade de demonstrar sinais precoces de doença renal.

Contudo, o investigador principal, o Dr. David Shoham, do Sistema de Saúde da Universidade Loyola, em Chicago, referiu que o estudo não encontrou um risco elevado para os homens ou para as pessoas que bebem refrigerantes dietéticos.

Os investigadores examinaram dados de uma amostra representativa de 9 358 adultos, provenientes de um Inquérito da Análise da Nutrição e da Saúde Nacional dos Estados Unidos, que incluiu amostras de urina e um questionário acerca dos hábitos alimentares.

O estudo, publicado na revista científica “PLoS ONE”, descobriu que as mulheres que relataram beber dois ou mais refrigerantes, nas 24 horas anteriores, tinham 1,86 vezes mais probabilidade de ter albuminúria, um marcador para danos iniciais nos rins.

A albuminúria é um excesso da quantidade de uma proteína denominada albumina na urina. Como os rins saudáveis filtram as moléculas grandes, como a albumina, uma quantidade excessiva pode ser um sinal de danos nos rins.

Cerca de 11 por cento da população tem albuminúria. O estudo descobriu que, entre as pessoas que bebem duas ou mais latas de refrigerantes por dia, 17 por cento apresentam este marcador inicial de doença renal. Contudo, não é claro por que motivo beber refrigerantes aumenta o risco apenas para as mulheres.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/10/Women_drinking_soda_can_up_kidney_risk/UPI-91191234302921/

Demasiada vitamina E durante a gravidez pode prejudicar o bebé

Investigadores holandeses referiram que as mulheres que ficaram grávidas recentemente devem ter em atenção a quantidade de vitamina E que ingerem, uma vez que parece que elevados níveis da vitamina podem aumentar o risco do bebé nascer com defeitos congénitos do coração.

A probabilidade de terem um bebé com um defeito do coração era 70 por cento mais elevado para as mulheres que apresentavam a ingestão mais elevada de vitamina E proveniente apenas da dieta, em comparação com as que tinham a ingestão mais baixa.

Além disso, a ingestão elevada de vitamina E mais a utilização de suplementos que contêm vitamina E aumentaram o risco de defeitos congénitos do coração entre cinco e nove vezes.

O Dr. R. P. M. Steegers-Theunissen, do Centro Médico da Universidade de Roterdão, e colegas relataram, na “BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology”, que elevados níveis de vitamina E podem desequilibrar o balanço oxidante/antioxidante dos tecidos embrionários.

Outros mecanismos possíveis, que explicam os efeitos adversos dos níveis elevados de vitamina E para o bebé, incluem a modificação dos genes envolvidos no desenvolvimento embrionário do coração e a inibição das enzimas celulares envolvidas na limpeza natural das toxinas.

O estudo incluiu 276 mães cujos bebés nasceram com defeitos congénitos do coração e 324 mães de controlo cujos bebés tinham nascido sem problemas de coração.

As mães completaram questionários de frequência alimentar relativos às quatro semanas antes do início do estudo, quando os seus bebés tinham 16 meses. Segundo os investigadores, os padrões alimentares durante este período eram semelhantes àqueles antes das mulheres ficarem grávidas.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/10/eline/links/20090210elin027.html