terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sono insuficiente diminui resistência à constipação comum

As pessoas que dormem menos de sete horas por noite parecem ter uma probabilidade três vezes maior de desenvolver uma doença respiratória, após a exposição ao vírus da constipação, em comparação com aqueles que dormem oito horas ou mais.

O Dr. Sheldon Cohen, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburgh, explicou que estudos experimentais demonstraram que a privação de sono resulta numa função imune mais fraca. Contudo, existem poucas evidências directas que suportem a teoria de que o sono afecta a susceptibilidade às doenças.

A equipa de investigadores entrevistou 153 homens e mulheres diariamente, durante 14 dias consecutivos, para saber quantas horas dormiam por noite, que percentagem do seu tempo na cama era passado a dormir (o que os investigadores denominaram eficiência do sono) e se se sentiam descansados.

Posteriormente, os participantes do estudo ficaram de quarentena e foram-lhes administradas gotas nasais contendo o rinovírus que provoca a comum constipação.

Os resultados demonstraram que quanto menos uma pessoa dormisse, maior era a probabilidade de desenvolver uma constipação.

Uma eficiência do sono mais reduzida também foi associada ao desenvolvimento de uma constipação, sendo que os homens e mulheres que passaram menos de 92 por cento do seu tempo na cama a dormir tinham uma probabilidade 5,5 vezes maior de ficarem doentes, em comparação com aqueles cuja eficiência do sono era de 98 por cento ou mais. Sentir-se descansado não foi associado a constipações.

Estes dados, publicados na “Archives of Internal Medicine”, suportam as sete a oito horas de sono como um objectivo razoável. Contudo, mesmo um distúrbio do sono habitual (perdas de sono de 2 a 8 por cento, 10 a 38 minutos para quem dorme 8 horas) foi associado a um risco 3,9 vezes maior de desenvolver uma constipação.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/01/12/eline/links/20090112elin026.html

Estudo da UE revela que sarampo ainda persiste na Europa

Um estudo da União Europeia (UE) revela que o sarampo persiste como um problema de saúde na Europa, principalmente porque muito poucas crianças estão a ser convenientemente vacinadas.

O estudo, publicado na revista científica “The Lancet”, refere que a doença, cujos sintomas incluem febre, durante quatro dias, acompanhada de tosse, nariz congestionado, conjuntivite e erupção na pele, provavelmente não será eliminada no próximo ano, como os oficiais de saúde esperavam.

O estudo, realizado pelo Instituto Statens Serum da Dinamarca para a Comissão Europeia (CE), descobriu 12.132 casos de sarampo na Europa. A maioria ocorreu na Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Roménia e Suiça, tendo sido registadas sete mortes.

O número de casos registados aumentou apesar da introdução, há mais de 20 anos, de uma vacina contra o sarampo nos programas de vacinação infantil de rotina.

Na maioria dos casos, as crianças infectadas não foram vacinadas ou foram vacinadas de forma incompleta.

A vacina VASPR, que fornece imunização contra o sarampo, a papeira e a rubéola, geralmente é administrada às crianças quando estas completam um ano, recebendo uma segunda dose por volta dos 4 ou 5 anos.

A segunda dose não é um reforço, mas antes uma dose para produzir imunidade numa pequena percentagem de crianças que não desenvolveram imunidade ao sarampo após a primeira dose.

O estudo conclui que a elevada incidência de sarampo, em alguns países europeus, revela uma cobertura de vacinação sub-óptima, o que, por sua vez, levanta sérias dúvidas de que o objectivo da eliminação da doença até 2010 possa ser atingido.

De facto, a doença não será eliminada sem uma maior utilização da vacina VASPR.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/12/EU_study_Measles_persists_in_Europe/UPI-45341231793782/