quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Antidepressivo escitalopram pode ajudar a diminuir ansiedade em idosos

Um novo estudo relata que os adultos mais idosos com distúrbio de ansiedade generalizada tratados com o antidepressivo escitalopram demonstraram uma melhoria significativa dos sintomas.

O investigador principal, o Dr. Eric J. Lenze, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, referiu que este foi o primeiro estudo em grande escala que analisou os medicamentos antidepressivos como tratamento para os distúrbios de ansiedade em adultos idosos.

De acordo com o Dr. Lenze, cerca de 7,3 por cento das pessoas mais idosas sofrem de ansiedade, e a percentagem é ainda mais elevada entre aquelas que recebem cuidados médicos. As pessoas com ansiedade generalizada podem passar até 40 horas por semana consumidas pela preocupação.

Durante muitos anos, o tratamento para a ansiedade nos idosos baseou-se na inexistência de tratamento ou em sedativos como o Valium (diazepam) ou o Xanax (alprazolam). Contudo, existem preocupações relativamente à segurança destes medicamentos para os idosos.

O escitalopram pertence à classe de antidepressivos denominada inibidores selectivos de recaptação da serotonina (ISRS), que são considerados seguros. O investigador acrescentou que estes fármacos estão aprovados para o tratamento da ansiedade.

Embora os investigadores tenham utilizado o escitalopram para este estudo, o Dr. Lenze acredita que outros medicamentos ISRS poderiam produzir o mesmo efeito benéfico.

Para este estudo, a equipa de investigadores testou a efectividade do escitalopram em 177 adultos com 60 anos ou mais, que sofriam de distúrbio de ansiedade generalizada. Os participantes receberam aleatoriamente escitalopram ou placebo durante 12 semanas.

Os resultados, publicados na edição de 21 de Janeiro da “Journal of the American Medical Association”, revelaram que 69 por cento das pessoas que tomaram escitalopram apresentaram reduções dos níveis de ansiedade, em comparação com os 51 por cento daquelas que receberam placebo.

Os participantes que tomaram escitalopram também apresentaram uma melhoria mais elevada dos sintomas como a actividade e funcionamento social.

O Dr. Lenze sublinhou que existem tratamentos efectivos para a ansiedade em idosos para além dos sedativos.

O investigador acrescentou que espera que este estudo ajude a aumentar a consciencialização de que os distúrbios de ansiedade são comuns entre as pessoas mais idosas, e que frequentemente não são detectados ou são tratados apenas com sedativos.

O Dr. Douglas Mennin, da Universidade de Yale, concorda que os médicos devem estar atentos aos problemas de ansiedade entre os seus pacientes mais idosos, referindo ainda que muitos destes enfrentam situações cada vez mais tensas, tais como a perda de amigos, de mobilidade e de trabalho, sendo a ansiedade um resultado natural.

O distúrbio de ansiedade generalizada, que é um dos distúrbios psiquiátricos mais comuns nos adultos mais idosos, inclui sintomas como preocupação e ansiedade crónicas, e outros problemas como tensão muscular, transtornos do sono e fadiga.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_74028.html

Aprovado na Europa medicamento de venda livre para combater a obesidade

A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização do fármaco Alli (orlistato), um medicamento não sujeito a receita médica, da GlaxoSmithKline, para combater obesidade. O fármaco deverá estar à venda nas farmácias portuguesas ainda no primeiro trimestre deste ano e poderá custar cerca de 60 euros.

O Alli, que é o primeiro medicamento para perder peso sem receita médica no mercado europeu, é uma versão de baixa dosagem do Xenical (orlistato), da Roche, este sujeito a receita médica, e está indicado para pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 28 kg/m.

O fármaco opera ao reduzir a quantidade de gordura que o corpo absorve da comida. O tratamento consiste em comprimidos de 60 miligramas, três vezes ao dia juntamente com as refeições. Mas tem de ser tomado conjuntamente com uma dieta baixa em calorias e em gorduras.

A gordura não digerida é eliminada através de movimentos intestinais, o que pode provocar efeitos secundários, tais como gases e outras alterações intestinais.

Contudo, a farmacêutica sublinha que o Alli não é nenhum comprimido mágico e que requer o comprometimento com o seguimento de uma dieta baixa em gorduras.

Os ensaios clínicos demonstraram que, quando associado a uma dieta baixa em calorias e com menos gordura, o orlistato 60 miligramas pode ajudar a perder 50 por cento mais de peso, em comparação com uma dieta isoladamente.

Os especialistas defendem ainda que a terapêutica farmacológica só está indicada quando as alterações do estilo de vida não resultam.

O fármaco estará disponível nos próximos meses nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), sendo que a aprovação por parte da CE já era esperada, após a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) ter concedido uma opinião positiva em Outubro. O fármaco já está disponível nos Estados Unidos, sem a necessidade de receita médica, desde Junho de 2007.

Isabel Marques

Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357018
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/493229
www.reuters.com/article/rbssHealthcareNews/idUSLL23936420090121

Actividade física durante o frio previne o aumento dos transtornos das varizes

A exposição a fontes de calor intensas, como o aquecimento elevado, os focos de calor próximos ou o calor proveniente do solo, associada à inactividade física, favorece o aparecimento ou o agravamento dos transtornos relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica em pessoas que têm varizes.

Contudo, a descida brusca das temperaturas pode ampliar a necessidade de aumentar a actividade física das pessoas de forma a gerar calor. De acordo com o Dr. Rodrigo Rial, do Capítulo Espanhol de Flebologia, esse exercício físico, associado ao frio, repercute-se de forma positiva na prevenção do aparecimento de incómodos relacionados com as varizes e a insuficiência venosa.

Assim, ainda que de forma indirecta, uma abordagem adequada à queda das temperaturas beneficia a saúde venosa.

Durante os meses de Inverno, os sintomas da insuficiência venosa e as varizes melhoram de uma forma geral, uma vez que as veias se encontram menos dilatadas. Contudo, existe a possibilidade de se fazer frente ao frio intenso de uma forma passiva, sendo que essa atitude sedentária repercute-se de modo negativo na saúde venosa.

No caso das pessoas idosas, mais propensas a adoptar esta atitude, é necessário incidir na necessidade de se movimentarem para activar a circulação e evitar complicações.

Caminhar diariamente é um factor chave na prevenção desta doença, em qualquer época do ano e em qualquer idade.

O tipo de vestuário, cuja variação também está associada às oscilações das temperaturas, apresenta-se igualmente como um componente preventivo. Os peritos recomendam a utilização de roupa cómoda, larga, suave e ventilada. As cintas e as ligas, cuja utilização aumenta nas pessoas mais idosas com a chegada do frio, dificultam a circulação, o mesmo acontecendo com as meias de compressão inadequadas.

O Capítulo Espanhol de Flebologia adverte que, nestas alturas de frio, recorrer de forma incorrecta a fontes de calor (lareiras, calor elevado, etc) favorece a dilatação venosa que, juntamente com o sedentarismo e a atitude passiva, aumenta de forma considerável os sintomas de Insuficiência Venosa.

Outra consequência, associada ao frio ambiental, é o aumento do consumo de calorias na dieta, que pode levar a um aumento de peso se não estiver associado ao exercício físico, e que deve ser evitado pelas pessoas portadoras de problemas venosos ou com edema nas pernas devido à idade.

Isabel Marques

Fontes:
http://espana.pmfarma.com/noticias/noti.asp?ref=9653

Dieta baixa em carboidratos queima mais excesso de gordura no fígado

Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas que seguem dietas baixas em hidratos de carbono queimam mais excesso de gordura no fígado para produzir energia, em comparação com aquelas que consomem dietas baixas em calorias.

O Dr. Jeffrey Browning, do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, referiu que as descobertas, publicadas na “Hepatology”, podem ter implicações no tratamento da obesidade e das doenças relacionadas, como a diabetes, a resistência à insulina ou o fígado gordo não alcoólico.

O investigador referiu que, em vez de se olhar para os fármacos para combater a obesidade e as doenças que dela advêm, talvez optimizar as dietas possa não só gerir e tratar estas doenças, como também preveni-las.

Os investigadores distribuíram aleatoriamente 14 adultos obesos ou com excesso de peso por uma dieta baixa em hidratos de carbono ou por uma dieta baixa em calorias e monitorizaram sete indivíduos magros numa dieta normal.

Após duas semanas, os investigadores utilizaram técnicas avançadas de processamento de imagem para analisar os diferentes métodos, ou caminhos bioquímicos, que os participantes utilizaram para produzir glicose.

Os investigadores descobriram que os participantes do grupo da dieta baixa em hidratos de carbono produziram mais glicose a partir de aminoácidos ou de lactato do que os do grupo da dieta baixa em calorias.

As pessoas que seguiram a dieta baixa em calorias receberam cerca de 40 por cento da sua glicose a partir do glicogénio, ou seja, hidratos de carbono ingeridos e armazenados no fígado até que o organismo precise deles.

Contudo, os que seguiram a dieta baixa em hidratos de carbono retiraram apenas 20 por cento da sua glicose do glicogénio. Estes participantes queimaram gordura do fígado para produzir energia, em vez de procurarem nas suas reservas de glicogénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/20/Low-carb_diet_burns_more_excess_liver_fat/UPI-87671232474337/