terça-feira, 27 de janeiro de 2009

EMEA recomenda aprovação de MabThera para leucemia linfocítica crónica

A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a aprovação da extensão da indicação do fármaco MabThera (rituximab), da Roche, como tratamento de primeira linha para a leucemia linfocítica crónica (LLC), em combinação com quimioterapia.

A opinião positiva emitida pelo Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), da EMEA, baseou-se nos resultados de um estudo aleatório de última fase, que envolveu 817 pacientes com leucemia linfocítica crónica, que demonstraram que o MabThera, em combinação com quimioterapia, aumentou significativamente a sobrevivência livre de progressão, em comparação com a quimioterapia isoladamente.

As recomendações do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP), da EMEA, são normalmente seguidas pela Comissão Europeia (CE) passados poucos meses.

Actualmente, o MabThera está aprovado na União Europeia como terapia para pacientes com linfoma não-Hodgkin, assim como para tratamento da artrite reumatóide.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=319CA1A4E11D437C98D7FC7DBF3450F2

Tratamento mais curto para a tuberculose latente é bem tolerado

Investigadores canadianos revelaram que o tratamento de quatro meses com o fármaco rifampina é mais bem tolerado para a tuberculose do que o tratamento de nove meses com o fármaco isoniazida.

O Dr. Dick Menzies, da Universidade McGill, em Montreal, referiu que os pacientes infectados com a forma latente da tuberculose não demonstram sintomas e não são contagiosos, mas apresentam um desafio maior quando se trata de controlar a doença.

Actualmente, os pacientes diagnosticados com tuberculose latente são tratados durante nove meses com doses diárias de isoniazida. Embora efectivo, este tratamento é muito longo e apresenta grandes efeitos secundários para o fígado.

O Dr. Menzies referiu que os resultados demonstram que o tratamento de quatro meses com rifampina é mais bem tolerado do que o tratamento tradicional de nove meses com isoniazida.

Os efeitos secundários com a rifampina são muito menos frequentes, especialmente a toxicidade hepática, que é o risco mais grave da terapia tradicional com isoniazida. Adicionalmente, há uma probabilidade muito maior dos pacientes completarem este tratamento, uma vez que a terapia standard de nove meses apresentava uma grande desvantagem por ser muito longo.

O estudo, publicado na “Annals of Internal Medicine”, incluiu 847 pacientes do Canadá, Brasil e Arábia Saudita, e os resultados podem ser generalizados para uma população muito ampla, segundo o investigador.

Contudo, serão necessários mais estudos aprofundados para testar a efectividade desta medicação contra a tuberculose latente, mas os investigadores deste estudo referiram que esta opção de tratamento parece promissora.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/New_treatment_for_latent_tuberculosis/UPI-69661232742991/

Doses mais elevadas de fármacos ajudam a tratar asma devido a constipações

Investigadores canadianos revelaram que doses elevadas de corticosteróides inaláveis são efectivas na redução da gravidade e duração dos ataques de asma despoletados pelas constipações.

A investigadora principal, a Dra. Francine Ducharme, do Centro de Investigação do Hospital Sainte-Justine e da Universidade de Montreal, descobriu que doses elevadas de corticosteróides, como a fluticasona, quando inaladas no início de uma constipação e tomadas durante 10 dias, reduzem o número de ataques de asma moderados a graves que requerem a utilização de emergência esteróides orais.

O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, referiu que a nova abordagem terapêutica foi testada em 129 crianças dos 12 meses aos seis anos. Os investigadores, ao aumentarem a dose pediátrica normal em seis vezes, durante um máximo de 10 dias, e iniciando a administração assim que as constipações começaram, notaram uma redução de 50 por cento dos ataques de asma que requerem a utilização esteróides orais em crianças.

Os investigadores revelaram que a descoberta é muito importante, uma vez que este grupo etário representa mais de metade, cerca de 60 por cento, das crianças que são levadas às urgências ou são admitidas no hospital devido a ataques de asma.

O tratamento básico para a asma, que consiste na administração de doses fracas de esteróides inaláveis, tal como fluticasona numa base diária, não demonstrou ser efectiva em crianças com asma induzida por infecção viral.


Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/01/23/Higher_doses_of_drug_helps_treat_asthma/UPI-80481232741229/