quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fisioterapia e anti-inflamatórios são o melhor tratamento para dor lombar

Uma revisão de estudos publicados revelou que a combinação de fisioterapia e fármacos anti-inflamatórios é o tratamento mais efectivo para a dor lombar provocada por doença sintomática lombar degenerativa do disco.

Os autores da revisão descobriram que, em 90 por cento das pessoas que sofrem de dor lombar, os sintomas desapareciam por si só em três meses e que a maioria destes pacientes recuperava em seis meses.

Estas descobertas indicam que o tratamento inicial para todos os pacientes com dor lombar, excluindo uma emergência, deve ser não invasivo.

O investigador principal, o Dr. Luke Madigan, da Clínica Ortopédica de Knoxville, no Tennessee, referiu que, recentemente, a cirurgia de substituição do disco tem sido proposta como uma cura ou tratamento para esta doença.

Contudo, o Dr. Madigan acrescentou que os resultados a longo prazo dos estudos da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), relativamente à substituição do disco lombar, ainda estão para ser publicados, pelo que, até lá, é aconselhada precaução.

O investigador também referiu que a cirurgia para tratar esta doença tem uma taxa de sucesso de 50 a 60 por cento.

Os investigadores concluíram, na “Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons”, que os tratamentos não invasivos apresentam um sucesso mais elevado ao ajudarem os pacientes a fortalecer a área danificada e ao prevenirem danos posteriores. Estes tratamentos incluem fisioterapia, fármacos anti-inflamatórios, exercício e a educação do paciente acerca dos mecanismos do corpo, indicando, por exemplo, que se deve flectir as pernas, em vez de se dobrar as costas, quando se quer baixar ou pegar em pesos.

Isabel Marques

Fontes:
www.nlm.nih.gov/medlineplus/news/fullstory_75040.html

Disfunção eréctil relacionada com risco cardíaco

Investigadores norte-americanos referiram que os homens, com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofrem de disfunção eréctil têm uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver doença cardíaca.

O estudo conduzido na Clínica Mayo, em Rochester, no Minnesota, descobriu que os homens que sofrem de disfunção eréctil têm um risco 80 por cento maior de desenvolverem doença cardíaca.

A Dra. Jennifer St. Sauver referiu que o risco de doença coronária era mais elevado nos homens mais jovens.

A Dra. St. Sauver sugeriu que os homens mais novos e os seus médicos poderão ter de considerar a disfunção eréctil como um indicador de um futuro risco de doença coronária e tomar as medidas apropriadas para a prevenção.

No estudo, os investigadores identificaram 1 402 homens, em 1996, que não sofriam de doença cardíaca e, a cada dois anos, durante dez anos, os homens foram avaliados relativamente à sua saúde urológica e sexual.

A prevalência de disfunção eréctil nos participantes do estudo era de 2,4 por cento nos homens entre os 40 e os 49 anos, 5,6 por cento naqueles entre os 50 e os 59 anos, 17 por cento nos homens entre os 60 e os 69 anos e 38,8 por cento entre os homens com 70 anos ou mais.

Após mais de dez anos de seguimento, os investigadores descobriram que os homens com disfunção eréctil tinham uma probabilidade 80 por cento maior de desenvolver doença coronária, em comparação com os homens que não sofriam de disfunção eréctil.

As descobertas, publicadas na “The Mayo Clinic Proceedings”, também revelaram que o risco mais elevado de nova doença cardíaca foi observado nos participantes mais jovens do estudo, aqueles com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofriam de disfunção eréctil.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/02/03/Erectile_dysfunction_linked_to_heart_risk/UPI-55351233696156/

Fumar durante a gravidez reduz fluxo sanguíneo para o feto

Uma nova investigação sugere que fumar durante a gravidez reduz o fluxo sanguíneo para o feto em desenvolvimento, o que, por sua vez, retarda o seu crescimento.

A Dra Malene Rohr Andersen, do Hospital Universitário Gentoffe, na Dinamarca, referiu que se sabe, há cerca de 50 anos, que os bebés de mães que fumaram durante a gravidez têm um peso à nascença mais baixo.

A investigadora acrescentou que este estudo apresenta uma possível explicação relativamente à razão pela qual existe um fluxo sanguíneo reduzido para o feto.

A equipa de investigadores estudou 266 grávidas, das quais 182 eram não fumadoras, 43 eram fumadoras e 41 era ex-fumadoras.

De acordo com o relatório publicado na “Circulation”, os bebés cujas mães eram fumadoras pesavam menos, tinham uma cabeça mais pequena e eram mais pequenos, em comparação com os recém-nascidos cujas mães eram não fumadoras ou ex-fumadoras.

Fumar foi associado, no feto, a uma queda de 47 por cento dos níveis de uma proteína chave que ajuda os vasos sanguíneos a relaxar e o fluxo sanguíneo a aumentar, denominada síntase do óxido nítrico endotelial (eNOS).

A Dra. Andersen referiu que este estudo é um dos primeiros a demonstrar uma medida bioquímica do que se passa para provocar um peso mais baixo à nascença.

Fumar também foi associado a uma redução de 18 por cento dos níveis de bom colesterol no plasma do feto.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin028.html

Alguns analgésicos podem apresentar riscos para pacientes cardíacos

Uma nova investigação sugere que a utilização de determinados analgésicos, conhecidos como anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte de pacientes com insuficiência cardíaca crónica, está associada a um aumento do risco de morte e doença cardiovascular.

O Dr. Gunnar H. Gislason, do Hospital Universitário Gentofte, na Dinamarca, referiu que a acumulação de evidências apontam para um aumento do risco cardiovascular com a utilização de anti-inflamatórios não esteróides, particularmente em pacientes com doença cardiovascular estabelecida.

No estudo actual, os investigadores avaliaram o risco de morte e admissão no hospital, devido a ataques cardíaco ou insuficiência cardíaca, associado à utilização destes fármacos em 107 092 pacientes que sobreviveram a uma primeira hospitalização devido a insuficiência cardíaca.

Entre os participantes do estudo, 36 354 pacientes (cerca de 34%) posteriormente aviaram, pelo menos, uma receita de anti-inflamatórios não esteróides. No total, 60 974 pacientes (57%) morreram durante o estudo, 8 970 (8,4%) foram hospitalizados devido a ataque cardíaco e 39 984 (37,5%) devido a insuficiência cardíaca.

A utilização de AINEs, como o Vioxx (rofecoxib) e o Celebrex (celecoxib), da Pfizer, assim como o ibuprofeno, o diclofenac e o naproxeno, foi associada a um aumento significativo do risco de morte nos participantes do estudo.

Embora o Vioxx tenha sido retirado do mercado em Portugal devido ao elevado risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em adultos, o Celebrex continua a ser comercializado.

Os investigadores relataram, na “Archives of Internal Medicine”, que existiu um aumento do risco de morte relacionado com a dosagem e um maior risco de admissão no hospital como resultado de ataque cardíaco e insuficiência cardíaca associados à utilização de AINEs.

Os investigadores concluíram que, entretanto, devido à acumulação de evidências, é necessária uma consciencialização geral entre os médicos, as autoridades de cuidados de saúde e o público em geral, relativamente ao potencial risco cardiovascular dos AINEs, em particular nos pacientes com doença cardiovascular ou com risco cardiovascular aumentado.

A insuficiência cardíaca é uma doença crónica na qual o coração perde gradualmente a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente, deixando os órgãos com falta de oxigénio.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/02/03/eline/links/20090203elin029.html