sexta-feira, 20 de março de 2009

Milhões de pessoas podem beneficiar da toma de estatinas

Investigadores norte-americanos referiram que mais de 6 milhões de pacientes cardíacos podem beneficiar da toma de estatinas para prevenir ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

A Dra. Erin D. Michos, da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, referiu que cerca de metade de todos os eventos cardiovasculares ocorrem em pacientes que não têm colesterol elevado e que aproximadamente 20 por cento desses eventos ocorrem em pessoas que não têm qualquer factor identificável de risco de doença cardiovascular.

Os investigadores basearam-se nas pesquisas do Hospital Brigham e de Mulheres, em Boston, que descobriram que as estatinas protegem contra os ataques cardíacos e AVCs, mesmo em pacientes adultos mais velhos.

A Dra. Michos e o Dr. Roger S. Blume, que reuniram dados de uma sondagem sobre nutrição e saúde nacional, estimaram que cerca de 6,5 milhões de adultos com baixo colesterol e elevada proteína C-reactiva, um biomarcador de inflamação e indicador de risco de doença cardíaca, podem beneficiar das estatinas.

O estudo, publicado na “Journal of the American College of Cardiology”, revelou ainda que se os investigadores expandirem os critérios da pesquisa para o nível de colesterol limite a 160 mg/dl, que os médicos frequentemente utilizam para decidir se prescrevem ou não estatinas, o grupo que beneficia das estatinas pode aumentar para 10 milhões de pessoas.

Os investigadores estão assim a demonstrar que os médicos podem ser capazes de prevenir milhares de ataques cardíacos, AVCs e mortes todos os anos, se se expandir os critérios de prescrição de estatinas para incluir os níveis da proteína C-reactiva, algo que se pode avaliar através de um simples teste sanguíneo.

Isabel Marques

Fontes:
www.upi.com/Health_News/2009/03/19/Millions_may_benefit_from_taking_statins/UPI-27521237506560/

Herceptin prolonga sobrevivência de pacientes com cancro do estômago

Resultados de um estudo de Fase III demonstraram que a utilização do fármaco oncológico Herceptin (trastuzumab), da Roche, em combinação com quimioterapia standard, prolongou significativamente a sobrevivência geral dos pacientes com cancro do estômago (gástrico) avançado HER2 positivo, em comparação com quimioterapia isoladamente.

O ensaio envolveu 594 pacientes com cancro gástrico HER2 positivo inoperável, localmente avançado, recorrente e/ou metastático. Os pacientes receberam aleatoriamente um tratamento de primeira linha com Herceptin, em combinação com quimioterapia, ou quimioterapia isoladamente.

O primeiro objectivo era a sobrevivência geral, enquanto os objectivos secundários incluíam a sobrevivência livre de progressão e a taxa de resposta geral.

O chefe da divisão farmacêutica da Roche, William Burns, sublinhou que este estudo demonstrou, pela primeira vez, que o Herceptin prolonga a sobrevivência dos pacientes com outro cancro que não o cancro da mama.

O Herceptin está aprovado para o tratamento do cancro da mama, estando a ser avaliada a sua utilização para o cancro do estômago.

O cancro do estômago é a segunda causa de morte relacionada com cancro mais comum a nível mundial, com mais de 900 mil novos casos diagnosticados todos os anos. Este cancro habitualmente não é diagnosticado até estar numa fase avançada, porque os pacientes frequentemente não relatam sintomas antes dessa fase.

Isabel Marques

Fontes:
www.firstwordplus.com/Fws.do?articleid=365E897ECFF64A158DE76185EDBBCD68