sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ácidos gordos encontrados no peixe podem ajudar a reduzir tumores

Investigadores egípcios relataram que um ácido gordo ómega-3 encontrado nos óleos de peixe reduziu o tamanho dos tumores em ratos e fez com que a quimioterapia fosse mais potente, enquanto limitou os seus efeitos prejudiciais.

As descobertas, publicadas na “Cell Division”, da BioMed Central, acrescentam evidências que demonstram um leque de benefícios para a saúde do consumo de ácidos gordos encontrados nos alimentos como o salmão.

O Professor A.M. El-Mowafy e colegas da Universidade de Mansoura, no Egipto, observaram a forma como um ácido gordo ómega-3, denominado ácido docosahexanóico (DHA), afectou o crescimento dos tumores em ratos e quão bem interagiu com um fármaco de quimioterapia, denominado cisplatina.

O Professor El-Mowafy referiu que os resultados sugerem um regime terapêutico novo e produtivo na gestão de tumores sólidos baseado na combinação da cisplatina e possivelmente outras quimioterapias com DHA.

De acordo com a Reuters Health, o investigador acrescentou ainda que o DHA obteve efeitos quimiopreventivos proeminentes por si só e aumentou também consideravelmente os efeitos da cisplatina.

Em Março, investigadores norte-americanos demonstraram que uma dieta rica de ácidos gordos ómega-3, o tipo encontrado em peixes como o salmão, carapau, arenque e sardinhas, protege contra o cancro da próstata avançado, mesmo em homens com maior risco da doença.

Os ácidos gordos, também encontrados em alimentos como as nozes e os vegetais de folha verde, têm demonstrado providenciar efeitos anti-inflamatórios e têm sido relacionado com um menor risco de doença cardíaca.

Neste estudo, a equipa do Professor El-Mowafy descobriu que, a nível molecular, o DHA reduziu a acumulação de glóbulos broncos, inflamação sistémica e uma doença perigosa marcada pela diminuição dos níveis de antioxidantes, sendo que todas estas questões têm sido relacionadas com o crescimento dos tumores.

Esta investigação também demonstrou que os ácidos gordos reduziram a toxicidade e a danificação dos tecidos dos rins provocados pela quimioterapia.

Isabel Marques

Fontes:
www.reutershealth.com/archive/2009/04/02/eline/links/20090402elin010.html

Hepatite B: novas terapêuticas entram no mercado

Após aprovação do Infarmed, as novas orientações terapêuticas para o tratamento da hepatite B entraram no mercado farmacêutico hospitalar. Um medicamento antiviral como tratamento de primeira linha está na base destas terapêuticas ditas inovadoras - o Viread (tenofovir disoproxil fumarate) da biofarmacêutica Gilead Sciences.

A avaliação da Autoridade Nacional do Medicamento e de Produtos de Saúde (Infarmed) comprovou o valor terapêutico acrescentado deste medicamento de toma oral e uma relação custo-benefício favorável, face às restantes alternativas terapêuticas, estimando uma poupança anual de 1 500 euros ano por doente em tratamento nos hospitais.

As novas terapêuticas - definidas pela European Association Studies for the Study of the Liver (EASL) e com autorização de introdução de mercado (AIM) atribuída pela Comissão Europeia desde Abril de 2008 – apresentam-se como tratamentos preferenciais para doentes que apresentem falência a outros tratamentos prévios por resistência a outros fármacos, uma das situações mais frequentes nos tratamentos alternativos.

No relatório do Infarmed lê-se que o Viread "está indicado para tratamento de hepatite B crónica, em adultos com doença hepática compensadas com evidência de replicação viral activa e histológica de inflamação activa e/ou fibrose”.

Raquel Garcez

Fonte: Infarmed

VIH: Descoberta molécula eficaz contra vírus resistente

Um estudo inglês sugere que a molécula D-1mT pode ser usada juntamente com a terapia anti-retroviral para travar a replicação do vírus da imunodeficiência humana (VIH).

Segundo os especialistas do Colégio Imperial de Londres, a investigação testou a eficácia da molécula D-1mT em macacos infectados com o vírus da imunodeficiência símia (VIS), que é semelhante à humana (VIH), noticia o site Bio-Medicine.

Os investigadores explicaram que, após seis dias de tratamento, apenas três dos macacos apresentavam níveis detectáveis de VIS, e após 13 dias foram detectados reduzidos vestígios de SIV em dois dos animais.

A equipa de cientistas acredita, os resultados do estudo poderão conduzir à criação de um novo fármaco contra o VIH, que embora ainda esteja em fase de testes, poderá ser a solução para as pessoas infectadas com o vírus da sida que não respondem à terapia tradicional anti-retroviral.

“Necessitamos de entender o funcionamento da D-1mT para podermos pensar em desenvolvê-la enquanto um potencial tratamento para o VIH”, rematou Adriano Boasso, um dos autores do trabalho.

Raquel Garcez

Fonte: http://www.bio-medicine.org/biology-news-1/Potential-new-HIV-drug-may-help-patients-not-responding-to-treatment-7779-3/